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História do Direito II Bimestre

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Período Joanino e liberdades no antigo regime (1808-1822)
Antes da chegada de Dom João XI não havia uma distinção entre os portugueses que nasciam no Brasil e os que nasciam em Portugal. Entretanto, havia regras que limitavam a liberdade de quem morava no Brasil, eram elas:
Limitações intelectuais
Proibia instalações de universidades na colônia, proibia impressões na colônia, ter a posse de maquinas de impressão era considerado um crime de lesa a majestade e todas as impressões deveriam ser feitas em Portugal além de passar por três licenças sendo: A licença do santo oficio, da coroa e do prelado oficial (coroa e santo ofício). Havia uma lista de livros proibidos de circular nas colônias -INDEX- por exemplo livros que citassem a Revolução Francesa.
Limitações industriais
Proibição da instalação de manufatura no Brasil. Era permitido apenas o modo de produção extrativista (mineral, animal e vegetal) com dependência das manufaturas portuguesas.
Limitações comerciais
Impediam a colônia de fazer livre comercio, só poderia importar e exportar da colônia para Portugal, mas havia exceções, por exemplo no tráfico de escravos oriundos da África. Existia uma relação comercial de tráfico, a escravidão era um contrato de compra e venda.
**Essas limitações são impostas geograficamente ao Brasil e não demograficamente brasileiros.**
**”Pacto Colonial = Limitações”**
A sede por independência surgiu no século XVIII, mas foi aplacada com a vinda da Família Real, com este acontecimento as limitações foram extintas.
Dom João VI e a Coroa Portuguesa se estabeleceram no Brasil por conta da invasão de Napoleão a Portugal, tornando a então colônia em sede do governo (metrópole) e se torna Reino Unido de Brasil Portugal e Algarves. Nesse período houve diversas mudanças positivas no Brasil nos âmbitos: comercial, industrial e intelectual.
Âmbito intelectual
Liberação da circulação de inúmeras obras anteriormente extintas pelo INDEX. Imprensa aberta mas ainda com censura e abertura da Imprensa Régia. Além do estabelecimento da Faculdade Bahiana de Medicina.
Âmbito comercial 
Abriu os portos para que o Brasil pudesse também negociar com os países aliados de Portugal (na época, praticamente era apenas a Inglaterra). 
Âmbito industrial 
Abertura dos Portos ás Nações Amigas (Inglaterra), além das primeiras indústrias manufatureiras no Brasil (fábricas).
O Brasil não tinha infraestrutura para ser metrópole então muitos investimentos foram feitos pela Coroa, muitas obras de melhoria foram feitas para “civilizar” o Rio de Janeiro.
O direito constrói um conjunto de novas normas modernizadoras para transformar o Brasil. A Legislação de João XI traz um direito mais modernizador, ocorrem atualizações legislativas, o direito fica mais organizado, principalmente ligado ao direito comercial, repensa nos novos modelos de terras e de justiça e atualiza as leis antigas.
EM 1822: “INDEPENDÊNCIA” DO BRASIL
Anotações da Constituição Política do Império do Brasil de 1824
Em 1823, Dom Pedro instala uma Assembleia Constituinte, a fim de redigir uma Constituição para o Brasil. A Constituição que estava sendo criada dava pouquíssimos poderes ao imperador, o que, obviamente, não o agradou. Dom Pedro então dissolve a constituinte e escolhe um grupo de juristas para a nova constituinte. Assim, foi outorgada a Constituição de 1824. Com ela, foi instituído o regime de Monarquia Constitucional, que de certa forma, limita os poderes do rei. Além disso, houve a criação dos 4 poderes: os 3 poderes clássicos (Legislativo, Executivo e Judiciário), com a adição do poder Moderador (Com o intuito de balancear os outros poderes). A constituição dava ainda, alguns privilégios a coroa. Vários elementos foram mantidos, mas vários elementos foram inovados. Esta foi a constituição mais duradoura: 65 anos.
Preâmbulo:
O preâmbulo da constituição se forma sob um conjunto de farsas, diferentemente do que foi escrito “tendo-nos requeridos os povos deste Império, juntos em Câmaras, que nós quanto antes jurássemos e fizéssemos jurar o Projeto da Constituição...” a constituição foi outorgada por Dom Pedro I por conta da dissolução da Assembleia de 1823 por se mostrar liberal demais propondo um modo de governo parlamentar transformando assim o rei apenas em uma figura pública. Também se deixa claro no preâmbulo que a constituição foi oferecida a observação do povo e que recebeu a mais plena aprovação, quando o que realmente aconteceu foi a reprovação da maioria das Câmaras e reprovada pela população.
1º Titulo: Do Império do Brasil, seu Território, Governo, Dinastia, e Religião.
Art. 1. O Império do Brasil é a associação Política de todos os Cidadãos Brasileiros. Eles formam uma Nação livre, e independente, que não admite com qualquer outra laço algum de união, ou federação, que se oponha á sua Independência.
 É um artigo simbólico, que busca demonstrar a separação de Brasil e Portugal. Consolida a independência do Brasil e esclarece o deslace com quaisquer nações.
Art. 2. O seu território é dividido em Províncias na forma em que atualmente se acha, as quais poderão ser subdivididas, como pedir o bem do Estado.
Estabelece a possibilidade de redivisão do território interno.
Art. 3. O seu Governo é Monárquico Hereditário, Constitucional, e Representativo.
Estabelece a forma de governo como Monárquico Hereditário (não eletivo), Constitucional (oposto de absolutista, soberano sujeito a limites da constituição) e Representativo (o povo brasileiro se representa por meio de órgãos políticos como a câmara dos deputados e dos senadores, o povo legisla e não o soberano).
Art. 4. A Dinastia Imperante é a do Senhor Dom Pedro I atual Imperador, e Defensor Perpetuo do Brasil. 
Estabelece a Dinastia Imperante (família imperial).
Art. 5. A Religião Católica Apostólica Romana continuará a ser a Religião do Império. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior do Templo. 
Da sinal de uma constituição de contradições entre o novo e o velho, o liberal e o conservador. Permite a liberdade religiosa, mas não de forma perfeita, a religião Católica Apostólica Romana continua como religião oficial do Império submetendo as demais religiões a cultos domésticos sem nenhuma forma de manifestação exterior.
2º Titulo: Dos Cidadãos Brasileiros.
Art. 6. São Cidadãos Brasileiros       
I. Os que no Brasil tiverem nascido, quer sejam ingênuos, ou libertos, ainda que o pai seja estrangeiro, uma vez que este não resida por serviço de sua Nação. 
Todos aqueles que o pai for estrangeiro mas que ele (filho) tenha nascido no Brasil. Ingênuos são os que nascem livres e libertos são os que não nascem livres, mas sim que se tornam.
II. Os filhos de pai brasileiro, e os ilegítimos de mãe brasileira, nascidos em país estrangeiro, que vierem estabelecer domicilio no Império. 
Filho de pai e mãe brasileiro que tenha nascido no estrangeiro terá direito a nacionalidade brasileira.
III. Os filhos de pai brasileiro, que estivesse em país estrangeiro em serviço do Império, embora eles não venham estabelecer domicilio no Brasil. 
Os que fossem filhos de pais brasileiros que prestassem serviço ao império no estrangeiro.
IV. Todos os nascidos em Portugal, e suas Possessões, que sendo já residentes no Brasil na época, em que se proclamou a Independência nas Províncias, onde habitavam, aderiram á esta expressa, ou tacitamente pela continuação da sua residência.
Os que nasceram em Portugal, mas que residiam no Brasil na época da proclamação da independência tem o direito a sua residência.
V. Os estrangeiros naturalizados, qualquer que seja a sua Religião. A Lei determinará as qualidades precisas, para se obter Carta de naturalização.
Inventou a nacionalidade brasileira, pré-requisitos:
Ius Sanguis: Nacionalidade hereditária.
Direito territorial: Nacionalidade por local de nascimento.
** Contanto que sejam livres ou libertos**
Art. 7. Perde os Direitos de Cidadão BrasileiroI. O que se naturalizar em país estrangeiro.
II. O que sem licença do Imperador aceitar Emprego, Pensão, ou Condecoração de qualquer Governo Estrangeiro.
III. O que for banido por Sentença.
Perde direito de nacionalidade brasileira aquele que criar laços de emprego, pensão ou de coordenação com qualquer outro governo, se naturalizar em país estrangeiro ou for banido por sentença. 
Art. 8. Suspende-se o exercício dos Direitos Políticos
I. Por incapacidade física, ou moral.
II. Por Sentença condenatória a prisão, ou degredo, enquanto durarem os seus efeitos.
Suspende-se o exercício dos Direitos políticos por incapacidade psíquica ou moral, ou por prisão.
3º Título: Dos Poderes (os 4 poderes), e Representação Nacional.
Art. 10. Os Poderes Políticos reconhecidos pela Constituição do Império do Brasil são quatro: o Poder Legislativo, o Poder Moderador, o Poder Executivo, e o Poder Judicial.
Os poderes políticos reconhecidos pela Constituição são quatro: Legislativo, Executivo, Judicial e Moderador. O poder moderador é limitado, inspirado no poder real criado por Benjamin Constan que pensando no choque possível entre os 3 poderes de Montesquieu criou este poder para equilibrar as disputas.
** Benjamin Constam pensando no possível choque entre os 3 poderes de Montesquieu cria o poder real, para equilibrar as disputas.**
Art. 11. Os Representantes da Nação Brasileira são o Imperador, e a Assembleia Geral.
Os representantes da nação brasileira são o Imperador e a Assembleia Geral (órgão que representa o povo).
Art. 12. Todos estes Poderes no Império do Brasil são delegações da Nação.
Todos estes poderes no Império do Brasil são delegações das Nações, ou seja, os quatro poderes são emanados do povo.
4º Título: Poder Legislativo.
Art. 13. O Poder Legislativo é delegado á Assembleia Geral com a Sanção do Imperador.
O poder legislativo é delegado á Assembleia Geral com a sanção do Imperador, ou seja, a confirma o teor da lei criada.
Art. 14. A Assembleia Geral compõe-se de duas Câmaras: Câmara de Deputados, e Câmara de Senadores, ou Senado.
Art. 15. É da atribuição da Assembleia Geral
Diz respeito as competências e tarefas da Assembleia Geral
Inciso VIII. Fazer Leis, interpretal-as, suspendel-as, e rovogal-as.
Inciso VIII: É de competência da Assembleia Geral fazer leis, interpreta-las (que na prática não era cumprido pela Assembleia), suspende-las e revoga-las. (a questão de quem faz a lei ser o mesmo que a interpreta é de inspiração francesa onde os juízes não interpretavam a lei apenas aplicava).
Jurisdição: Resolver conflitos.
Legislação: Criar leis.
Inciso IX. Velar na guarda da Constituição, e promover o bem geral do Nação.
Art. 35. A Câmara dos Deputados é eletiva, e temporária.
A câmara dos deputados é eletiva e temporária (4 anos) e por conta disso eram mais propensos a mudar as leis, fazerem reformas, ou seja, serem mais dinâmicos.
Art. 40. 0 Senado é composto de Membros vitalicios, e será organizado por eleição Provincial. 
O senado era constituído de membros permanentes (vitalícios por isso mais conservadores) e o Senado era organizado por eleição.
Art. 45. Para ser Senador requer-se 
Determina os critérios de participação política, para ser senador (mecanismos de exclusão):
I. Que seja Cidadão Brasileiro, e que esteja no gozo dos seus Direitos Políticos.
II. Que tenha de idade quarenta anos para cima.
III. Que seja pessoa de saber, capacidade, e virtudes, com preferência os que tiverem feito serviços a Pátria.
IV. Que tenha de rendimento anual por bens, industria, comercio, ou Empregos, a soma de oitocentos mil réis.
Art. 90. As nomeações dos Deputados, e Senadores para a Assembleia Geral, e dos Membros dos Conselhos Gerais das Províncias, serão feitas por Eleições indiretas, elegendo a massa dos Cidadãos ativos em Assembleias Parochiaes os Eleitores de Província, e estes os Representantes da Nação, e Província.
Determina que a nomeação de deputados e senadores para a Assembleia Geral e dos membros dos Conselhos Gerais das províncias serão feitas por eleições indiretas, nas eleições primarias o povo participava onde os cidadãos ativos em assembleias elegiam os Eleitores de Províncias que por sua vez elegiam os Representantes da Nação (eleições indiretas).
Art. 91. Têm voto nestas Eleições primarias
Os Cidadãos Brasileiros, que estão no gozo de seus direitos políticos.
Os Estrangeiros naturalizados.
As eleições primárias ou assembleia parochies eram realizadas com a participação das pessoas dotadas do direito de votar.
 Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Parochiaes.
Trata-se de quem pode votar ou não, nas Eleições Paroquiais. Como não havia RG, nem título de eleitor, a paróquia que havia os registros dos nascimentos.
Os menores de vinte e cinco anos, nos quais se não compreendem os casados, e Oficiais Militares, que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados, e Clérigos de Ordens Sacras.
Fala que todos que estão vinculados a um parter família (que é o que concentração a riqueza da família, ou seja o pai).
        II. Os filhos famílias, que estiverem na companhia de seus pais, salvo se servirem Ofícios públicos.
        III. Os criados de servir, em cuja classe não entram os Guarda-livros, e primeiros caixeiros das casas de comércio, os Criados da Casa Imperial, que não forem de galão branco, e os administradores das fazendas rurais, e fabricas.
        IV. Os Religiosos, e qualquer, que vivam em Comunidade claustral.
        V. Os que não tiverem de renda liquida anual cem mil réis por bens de raiz, industria, comércio, ou Empregos. (IMPORTANTE)
Todas falam os Critérios de exclusão das eleições paroquiais.
Art. 93. Os que não podem votar nas Assembleias Primarias de Parochia, não podem ser Membros, nem votar na nomeação de alguma Autoridade eletiva Nacional, ou local.
Os que não podiam votar nas Assembleias Primárias de Parochial (que elegiam os eleitores de província os quais votavam nas eleições para deputados e senadores) não podem ser membros, nem votar na nomeação de qualquer autoridade eletiva nacional ou local.
Art. 94. Podem ser Eleitores, e votar na eleição dos Deputados, Senadores, e Membros dos Conselhos de Província todos, os que podem votar na Assembleia Parochial. Excetuam-se :
As assembleias parochiaes que escolhiam os eleitores.
Inciso I: Renda líquida anual inferior a duzentos mil reis.
Inciso II: Os libertos (transformam em cidadão de 2º categoria).
Inciso III: Os criminosos pronunciados em queréla (processo criminal de 1 individuo) ou devassa (processo criminal em grupo).
Art. 95. Todos os que podem ser Eleitores, abeis para serem nomeados Deputados. Excetuam-se
Inciso I: Os que tiverem renda líquida anual inferior a quatrocentos mil reis.
Inciso II: Os estrangeiros naturalizados.
Inciso III: Os que não professarem a religião do Estado.       
5º Título: Do Imperador
  Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização Política, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos mais Poderes Políticos.
 Art. 99. A Pessoa do Imperador é inviolável, e Sagrada: Ele não está sujeito a responsabilidade alguma.
 Art. 101. O Imperador exerce o Poder Moderador
Inciso I: Nomeando os Senadores, na forma do Art. 43.- 
Legislativo.
 Inciso II: Convocando a Assembleia Geral extraordinariamente nos intervalos das Sessões, quando assim o pede o bem do Império.- 
Legislativo.
Inciso III: Sancionando os Decretos, e Resoluções da Assembleia Geral, para que tenham força de Lei: Art. 62. 
Legislativo.
Inciso IV: Aprovando, e suspendendo interinamente as Resoluções dos Conselhos Provinciais: Arts. 86 e 87.
Legislativo.
Inciso V: Prorrogando, ou adiando a Assembleia Geral, e dissolvendo a Câmara dos deputados, nos casos, em que o exigir a salvação do Estado; convocando imediatamente outra, que a substitua.
Legislativo.
Inciso VI: Nomeando, e demitindolivremente os Ministros de Estado.
Executivo - Redundância, sempre se agregou ao executivo.
Inciso VII: Suspendendo os Magistrados nos casos do Art. 154.
Judiciário - Só o judiciário demitia os juízes, o moderador não, fim do rex judex.
Inciso VIII: Perdoando, e moderando as penas impostas e os Réus condenados por Sentença. 
Judiciário
Inciso IX: Concedendo anistia em caso urgente, e que assim aconselhem a humanidade, e bem do Estado.
Judiciário
Executivo menos atribuído porque o Imperador era o executivo. 
 Art. 102: O Imperador é o Chefe do Poder Executivo, e o exercita pelos seus Ministros de Estado. São suas principais atribuições:
Inciso II: Nomear Bispos, e prover os benefícios Eclesiásticos. 
Aparelhamento da estrutura burocrática da Igreja com a estrutura oficial.
Antiga razão de guerra entre Reis e Igreja.
Inciso III: Nomear Magistrados.- (indicar) Juízes eram ocupados, inicio da expressão empossar os cargos públicos. (propriedade é diferente de posse)
Diferente do antigo regime que os cargos se tornavam propriedade, nesta constituição os cargos não eram propriedades.
Inciso IV: Prover os mais Empregos Civis, e Políticos. - Indicação
Inciso  XIV: Conceder, ou negar o Beneplácito (autorização dada pelo poder executivo para que uma regra do direito canônico fosse validada no Brasil) aos Decretos dos Concílios, e Letras Apostólicas, e qualquer outra Constituição Eclesiástica que se não opuseram á Constituição; e precedendo aprovação da Assembleia, se contiverem disposição geral.
Passaram então a coexistir 2 direitos canônicos: o original e o DEB (Direito Eclesiástico Brasileiro- concedido pelo Imperador)
6º Título: Do poder Judicial
 Art. 151: O Poder Judicial independente, e será composto de Juízes e Jurados, os quais terão lugar assim no Civil, como no Crime nos casos, e pelo modo, que os Códigos determinarem.
As decisões dos juízes só poderiam ser revistas nos próprios tribunais, ou seja, o Imperador não pode mais interferir.
A inserção dos jurados foi inspirada no direito Inglês, foi uma inovação do direito entretanto hoje foi mantida apenas no âmbito criminal de crimes contra á vida diferente desta época em que era utilizado para todo caso. Contudo, se na Inglaterra medieval o júri era a oportunidade de que o réu fosse julgado por seus iguais,no Brasil já que o júri era composto apenas por eleitores e o réu na maioria das vezes era pobre ou escravo era a oportunidade de ser julgado pó seus “inimigos”. 
Art. 152. Os Jurados pronunciam sobre o fato, e os Juízes aplicam a Lei.
O júri se posiciona apenas sobre os fatos, o juiz aplica o direito para o fato decidido pelo júri.
Art. 153. Os Juízes de Direito serão perpétuos, o que todavia se não entende, que não possam ser mudados de uns para outros Lugares pelo tempo, e maneira, que a Lei determinar.
Vitalícios, mas transferíveis.
 Art. 154. O Imperador poderá suspende-los por queixas contra eles feitas, precedendo audiência dos mesmos Juízes, informação necessária, e ouvido o Conselho de Estado. Os papeis que lhes são concernentes, serão remetidos á Relação do respectivo distrito, para proceder na forma da Lei.
Art. 155. Só por Sentença poderão estes Juízes perder o lugar.
Art. 158. Para julgar as Causas em segunda, e ultima instancia haverá nas Províncias do Império as Relações, que forem necessárias para comodidade dos Povos.
Nem toda província tinha Relações:
Supremo Tribunal de Justiça
↓ ↑ ↓
Relações- 2º instância
↑↑↑↑↑↑↑↑↑↑
Juízes
Supremo Tribunal de Justiça não é um tribunal de vértice (julgar em última instância) e sim de caçação (garantir que as resoluções das relações esteja corretas) servindo apenas como um recurso de revista onde se checa a relação e sua resolução, se esta estivesse incorreta era encaminhada a uma outra relação para ser novamente julgada. Havia apenas duas situações onde o recurso de revista poderia ser concedido:
Injustiça notória: Erro na aplicação da lei.
Mulidade manifesta: Erro no procedimento.
 Art. 163: Na Capital do Império, além da Relação, que deve existir, assim como nas demais Províncias, haverá também um Tribunal com a denominação de - Supremo Tribunal de Justiça - composto de Juízes Letrados, tirados das Relações por suas antiguidades; e serão condecorados com o Titulo do Conselho. Na primeira organização poderão ser empregados neste Tribunal os Ministros daqueles, que se houverem de abolir.
 Art. 164. A este Tribunal Compete
Inciso I: Conceder, ou denegar Revistas nas Causas, e pela maneira, que a Lei determinar.
Art. 179. A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Políticos dos Cidadãos Brasileiros, que tem por base a liberdade, a segurança individual, e a propriedade, é garantida pela Constituição do Império, pela maneira seguinte.
São os direitos individuais dos cidadãos brasileiros (libertos e ingênuos, ou seja escravos não se encaixam), alguns historiados os comparam a “Bill of Rights”.
Nenhum Cidadão póde ser obrigado a fazer, ou deixar de fazer alguma cousa, senão em virtude da Lei.
Princípio da legalidade.
        II. Nenhuma Lei será estabelecida sem utilidade pública.
        III. A sua disposição não terá efeito retroativo.
        IV. Todos podem comunicar os seus pensamentos, por palavras, escritos, e publica-los pela Imprensa, sem dependência de censura; com tanto que hajam de responder pelos abusos, que cometerem no exercício deste Direito, nos casos, e pela forma, que a Lei determinar.
Excluí formalmente a censura e cria a regra de responsabilidade por aquilo que se comunica. 
        V. Ninguém pode ser perseguido por motivo de Religião, uma vez que respeite a do Estado, e não ofenda a Moral Publica.
Até “... motivo de religião,” é uma lei justa e exemplar, entretanto sua continuidade a torna ineficaz.
        VI. Qualquer pode conservar-se, ou sair do Império, como Ihe convenha, levando consigo os seus bens, guardados os Regulamentos policiais, e salvo o prejuízo de terceiro.
        VII. Todo o Cidadão tem em sua casa um asilo inviolável. De noite não se poderá entrar nela, senão por seu consentimento, ou para o defender de incêndio, ou inundação; e de dia só será franqueada a sua entrada nos casos, e pela maneira, que a Lei determinar.
Estabelece a inviolabilidade da residência durante a noite.
        VIII. Ninguém poderá ser preso sem culpa formada, exceto nos casos declarados na Lei; e nestes dentro de vinte e quatro horas contadas da entrada na prisão, sendo em Cidades, Vilas, ou outras Povoações próximas aos lugares da residência do Juiz; e nos lugares remotos dentro de um prazo razoável, que a Lei marcará, atenta a extensão do território, o Juiz por uma Nota, por ele assinada, fará constar ao Réu o motivo da prisão, os nomes do seu acusador, e os das testemunhas, havendo-as.
        IX. Ainda com culpa formada, ninguém será conduzido á prisão, ou nela conservado estando já preso, se prestar fiança idônea, nos casos, que a Lei a admite: e em geral nos crimes, que não tiverem maior pena, do que a de seis meses de prisão, ou desterro para fora da Comarca, poderá o Réu livrar-se solto.
        X. A exceção de flagrante delito, a prisão não pode ser executada, senão por ordem escrita da Autoridade legitima. Se esta for arbitraria, o Juiz, que a deu, e quem a tiver requerido serão punidos com as penas, que a Lei determinar.
        O que fica disposto acerca da prisão antes de culpa formada, não compreende as Ordenanças Militares, estabelecidas como necessárias á disciplina, e recrutamento do Exercito; nem os casos, que não são puramente criminais, e em que a Lei determina todavia a prisão de alguma pessoa, por desobedecer aos mandados da justiça, ou não cumprir alguma obrigação dentro do determinado prazo.
        XI. Ninguém será sentenciado, senão pela Autoridade competente, por virtude de Lei anterior, e na forma por ela prescrita.
 Os incisos VIII, IX, X e XI são garantias constitucionais para o processo penal.
 XVIII. Organizar–se-ha quanto antes um Código Civil, e Criminal,fundado nas solidas bases da Justiça, e Equidade.
O código civil foi criado apenas na República em 1916. Era dever da Assembleia Geral criar o quanto antes tais códigos.
        XIX. Desde já ficam abolidos os açoites, a tortura, a marca de ferro quente, e todas as mais penas cruéis.
        XX. Nenhuma pena passará da pessoa do delinquente. Por tanto não haverá em caso algum confiscação de bens, nem a infâmia do Réu se transmitirá aos parentes em qualquer grau, que seja.
        XXI. As Cadeias serão seguras, limpas, o bem arejadas, havendo diversas casas para separação dos Réus, conforme suas circunstancias, e natureza dos seus crimes.
Ficção, isso nunca aconteceu.
XXII. É garantido o Direito de Propriedade em toda a sua plenitude. Se o bem público legalmente verificado exigir o uso, e emprego da Propriedade do Cidadão, será ele previamente indenizando do valor dela. A Lei marcará os casos, em que terá lugar esta única exceção, e dará as regras para se determinar a indenização. 
XXVII. O Segredo das Cartas é inviolável. A Administração do Correio fica rigorosamente responsável por qualquer infração deste Artigo.
O estado poderá pegar alguma propriedade de uma pessoa, mas esse terá que o indenizar. Assegura o direito à propriedade.
Assegura o direito de propriedade e era o principal argumento escravista de que a uma desapropriação coletiva.
Conselho de Estado
Instituição formada por notáveis: Pessoas públicas muito conhecidas como ex-deputados, nobres, ex-senadores, ex-ministros, advogados. (Pessoas dotadas de alto prestigio social)
Era o órgão de Aconselhamento do Imperador tanto no exercício do poder Moderador quanto no Executivo. Possuía basicamente três funções:
Aconselhar o imperador na utilização do poder moderador: Sempre que o imperador quisesse utilizar as prerrogativas desse poder teria que ouvir a opinião do Conselho do Estado (não era obrigado a seguir o conselho, mas sim a escutar).
Atuar no processo de interpretação das leis: Para suprir a omissão da Assembleia Geral na interpretação das leis (que foi um dever lhe atribuído na constituição), o Conselho passou a fazê-lo.
Como ocorria: As dúvidas eram mandadas pelos consulentes para o Ministério de Justiça esse encaminhava para o Conselho de Estado o qual se reunia para interpretar como a lei seria utilizada, então se produzia um parecer (proposta de interpretação da lei), depois era encaminhado para o Imperador que avalia se o parecer era bom ou não.
Caso o Imperador não aprovasse: encaminhava de volta ao Conselho de Estado para que produzisse um novo parecer.
Caso o Imperador aprovasse: ele daria a interpretação oficial e encaminhava para o Ministério de Justiça o qual fazia o aviso e encaminhava para o Consulente.
Como esse sistema recebia muitas leis duplicadas se cria a Coleção de leis do Império para solucionar então quando o Rei aprovava um parecer ele não era apenas passado pala o consulente mas sim se tornava público através da Coleção.
Contencioso administrativo: No século XX o poder judicial só poderia resolver os conflitos comutativos (conflitos de interesses privados). Toda vez que houvesse um conflito entre privados e órgãos públicos esses conflitos tinham que ser resolvido pelo Conselho de Estado como um processo administrativo para resolver conflitos entre cidadão e estado.
**Obs: No Brasil Império só poderia ser resolvido como descrito acima. Mas com a República isso muda, a justiça pode resolver os conflitos de cidadãos e estado (o conselho desaparece).**
Código criminal do Império (1830)
Considerado um exemplo de Código Criminal para as nações civilizadas,tinha por características:
Linguagem objetiva, literal e racional.
Faz a transição do Direito Medieval para o Direito Moderno 
Fim do tratamento de acordo com a qualidade da pessoa – Embora ainda haja, ocorre em intensidade consideravelmente reduzida.
Crime de insurreição: Reunião de vinte ou mais escravos para ter a liberdade a partir da força.
Pena de morte continua a existir, é aplicada majoritariamente para escravos -morte era só através da forca.
 Existe uma bipartição normativa do código criminal, era dividida em parte geral e parte especial :
Parte especial: Especificam os crimes e suas respectivas penas : 
Homicídio → Pena
Furto → Pena
Roubo → Pena
Moeda falsa → Pena 
Parte geral: Regras que se combinavam com a especial para aplicação no caso concreto:
Tentativa → Se combina com qualquer crime. Se caso uma pessoa tentar cometer algum crime e não conseguir concluir, isso pode reduzir a pena .
Arrependimento eficaz → O sujeito chega a concretizar o crime, mas se arrepende no mesmo instante e volta para tentar desfazer o que fez, isso pode reduzir a pena.
Processos Penais Inquisitoriais que foram abolidos com o Código de Processo Penal de 1832:
Querela: Conduta criminosa individual.
Devassa: Conduta criminosa coletiva.
Habeas Corpus: Pedido ao juiz para que haja o exame de violação de direito é extremamente informal, ou seja, qualquer pessoa pode fazer um habeas corpus em nome de qualquer pessoa. É um remédio constitucional livre, não é necessário sequer conhecimento técnico para formalizá-lo.
Processo Inquisitorial: A pessoa que acusa e que julga são a mesma pessoa, por isso um índice de condenação altíssimo. O Ouvidor instituído durante a época colonial era um exemplo de processo inquisitorial.
Processo Acusatorial: Processo de acusação moderno, onde se distingue a pessoa que acusa (promotor) da pessoa que julga (juiz). Criou a figura do promotor.
Ato adicional 1834: Acordo político entre liberais e conservadores para emendar as regras da constituição que não eram consideradas verdadeiramente constitucionais, com o objetivo de atingir a governabilidade.
Os conservadores: medidas centralizadoras do poder como a mudança da Regência Trina para a Regência Una.
Os liberais: criar as Assembleias Legislativas nas províncias para deliberar sobre questões locais.
Como a Constituição de 1824 previa que nem todas as regras que estavam na constituição seriam constitucionais e o Brasil estava em um momento difícil, conservadores e liberais estavam em um momento de bipolaridade política, então foi criado o ato adicional o qual foi um acordo político feito no Brasil entre conservadores e liberais para atender o interesse dos dois lados promovendo mudanças na constituição alterando regras que estavam previstas na constituição, que não eram constitucionais e que poderiam ser alteradas por lei. Então, foram criadas assembleias legislativas para descentralizar a administração e trazer um pouco de poder para as províncias . As regras que eram realmente consideradas Constitucionais na constituição de 1824 e por isso não poderiam ser alteradas eram as que diziam respeito ao : Poder Legislativo, Poder Judiciário, Poder Moderador, Poder Executivo , Direitos individuais e as Eleições e os Direitos políticos.
 
Código comercial de 1850
Lei mais antiga que está em vigor atualmente no Brasil, são novidades trazidas pelo código comercial:
Atos de comercio: Já foi revogado no Brasil, sobres coisas ligado ao mundo dos negócios. Por exemplo, empresas, bancos, falência (seria o direito empresarial atualmente. 
**Unificação do Direito Civil e o Direito Empresarial – Unificação do Direito Privado em 2002.**
Direito Marítimo: Atualmente no Brasil ainda permanece algumas diretrizes desse direito, regulava assuntos como por exemplo, se houvesse uma briga no barco ou casamentos nele por ser o principal meio de transporte, em período que o mundo iniciava os negócios transnacionais.
Regulamento n° 737 / 1850: Era uma regra processual forra o código processual. Eram regras processuais para gerenciar os conflitos comércios nos Tribunais do Comércio. (depende do Código comercial) 
Lei de terras: Surgiu para promover a modernização do registro de terras porque as pessoas não sabiam de quais terras eram proprietários.Ajudou a regulamentar normas que tratam de propriedades ou seja regulamentando normas para o registro de terras. Tinha como objetivo criar mais segurança jurídica o Importante para modernizar os registros fundiários do país. Alguns falam que foi a primeira reforma agrária do Brasil o que é questionável. (não vinculadas ao Código comercial)

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