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2-Um incentivo ao Bom viver através de uma mudança alimentar

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INTEGRAÇÃO
CONTEMPORÂNEA DA AMÉRICA LATINA
UM INCENTIVO AO BOM VIVER MUNDIAL – PELA PERSPECTIVA DE
UMA MUDANÇA DE HÁBITO ALIMENTAR.
Fábio Dozza de Miranda
Foz do Iguaçu/PR/Brasil
DEZEMBRO/2016
RESUMO
O presente artigo objetiva mostrar o quanto hábitos alimentares influenciam em
questões além da saúde, como clima, economia. Ao longo do trabalho, são
apresentados diversos dados e pesquisas, que mostram problemas causados devido
ao o consumo de ingredientes que de origem animal. Tendo como característica uma
pesquisa exploratória, descritiva, quantitativa e de caráter documental, foram agrupados
inúmeros relatos de especialistas no assunto, em tabelas, imagens e texto. 
 Palavras–chave: Desmatamento, Produção de alimentos, Fome Mundial, Consumo de
água, Veganismo, Dieta saudável, Doenças causadas pelo leite, Doenças causadas
pela carne
2/57
1. Introdução
A proposta de estudar o dispêndio de recursos naturais para manter hábitos
alimentares partiu de quando percebi que esses hábitos fazem mal à saúde. Esses
aspectos peculiares trazem à tona a possibilidade de analisar as dinâmicas desse
processo, e como nossos hábitos alimentares influenciam para que tudo isso ocorra.
Tendo como base indícios de que a saúde do planeta seja uma questão de interesse
público, mediado pela situação de iminente risco para parte da população ficar sem
água, sem comida, parti da ideia da necessidade do estudo e da observância de dados
que corroboram para a necessidade de uma mudança de hábito alimentar.
Vale ressaltar a importância do tema, que pode ser estudado em função das
problemáticas comum de saúde, por exemplo, mas também para levantar questões
mais complexas, como o aquecimento global, fome, assassinatos, escravidão (mais-
valia extrema dos humanos e animais), consumo d'água, violência, escravidão, ,
desigualdades econômicas e sociais. A Amazônia é a região mais violenta do Brasil,
respondendo pela maioria dos casos de morte em conflitos pela terra e número de
trabalhadores escravizados em fazendas de pecuária.
Precisamos cuidar do Planeta, precisamos cuidar da saúde, mas o que fazer
para isso? Procurarei mostrar que há pouco interesse em discutir as principais razões
para o crescimento exponencial do desmatamento e doenças é a ignorância. Falta de
discernimento em enfrentar esse problema na raiz, que poderia ser minimizado com
uma simples mudança de hábito alimentar.
3/57
“A pecuária bovina é sinônimo da história da ocupação do Brasil.
Desde que o primeiro europeu colocou seus pés no Brasil, foi seguido pela
pata do boi. O vírus da gripe, o boi, a bíblia e a arma de fogo modificaram este
continente. As políticas públicas e a maior parte das empresas despreza os
10.000 anos de convivência com a floresta tropical. Desta aprendizado passo
a passo, de descoberta do ser e viver. O Brasil trata as comunidades
indígenas e a caboclas como culturas “primitivas”, “bárbaras” e “demoníacas”.
O mato, o espaço do desconhecido, do que não pode ser controlado, é o antro
do medo, da escuridão. É no mato que estão os piores horrores.” 
A pecuária é o pior empregador que existe no planeta. A miséria
brasileira no campo pode ser resumida a uma frase: a pecuária bovina
expulsou o homem do campo. Numa grande fazenda na Amazônia, emprega-
se diretamente uma pessoa a cada setecentos bois, que ocupa uma área de 1
mil hectares. A mesma área com agricultura familiar empregaria pelo menos
100 vezes mais, com agro-floresta em permacultura empregaria 250 pessoas! 
A pecuária é altamente concentradora de renda. Inexiste uma única
região do Brasil onde a pecuária promoveu o desenvolvimento com justiça
social.(MEIRELLES, 2006).
 
4/57
2 – Desmatamento
A expansão econômica sobra a Amazônia é incentivada desde a década de 60
pelo Governo, principalmente para a pecuária bovina, onde o desmatamento é sinônimo
de progresso. A participação dessa atividade no superavit primário é um dos
argumentos utilizados para pressionar por mais apoio. 
Meirelles Filho (2014) mostra que mesmo com as novas leis ambientais, melhor
fiscalização/monitoramento “não foram suficientes para inibir o desmatamento e a
invasão de terras públicas, inclusive territórios indígenas, quilombolas e unidades de
conservação”.
Devido as alterações climáticas a Amazônia está mais seca e mais inflamável
devido a degradação. A Rede Amazônia Sustentável recomenda a criação de um
sistema nacional de previsão de secas e de alerta e monitoramento de incêndios em
tempo real na Amazônia. Todos habitantes dessa região (humanos e demais espécies)
estão sob ameaça.
De 1960 a 2010, a área desmatada alcançou área equivalente à soma da
superfície de três estados – Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
(MEIRELLES FILHO, 2014).
Atualmente, no planeta Terra 30% das áreas cultiváveis são destinados à
pecuária e 33% destinado a produção de grãos para ração. A previsão para 2050 é que
o consumo dobre, ou seja, 126% da área do planeta cultivável para criar animais.
(SLYWITCH, 2015)
5/57
Na imagem abaixo, obtida em 2015, na região de Santarém (PA), mais de 7.400
km² de florestas foram atingidas por incêndios (uma área maior do que a área
desmatada no mesmo ano na Amazônia Legal - área que engloba 9 Estados
Brasileiros). 
Fonte: Ambiental Midia (2016)
Legenda: 
Roxo = Terras Indígenas - Verde = Áreas Protegidas - Vermelho = Áreas Queimadas
João Meirelles Filho (2006), procura desmistificar a ideia de que o problema do
desmatamento são os latifundiários, a expansão da soja, madeireiros e assim por
diante. Ele indaga, em seu artigo, que isso são as consequências, de atos que
praticamos em nosso dia a dia.
Meirelles, já afirmava em 2006 que não era difícil perceber que o grande
responsável são as propriedades rurais dedicadas à pecuária (tanto as pequenas com
menos de 500 hectares, que representavam 400mil famílias, quanto as médias e
grandes propriedades, que somavam 25mil famílias). E por que a pecuária cresce tanto
no país? Quem consome o resultado dessa atividade? Segundo ele, mais de 90% da
carne produzida na Amazônia é consumida internamente. Ele demonstra que em
quarenta anos, de 1964 a 2004, o rebanho bovino da Amazônia tinha saltado 1,5 milhão
6/57
para 60 milhões de cabeças. Segundo o autor, devia-se tanto pelo “fracasso das
demais atividades econômicas, como pela completa incompreensão do que seja a
natureza amazônica ou impaciência com a Natureza, preferindo carbonizá-la a conduzir
a dança da sustentabilidade”.
 Fonte: Instituto Peabiru, Belém/PA.
A ilustração acima de um boi cujos cortes correspondem às áreas desmatadas
em toda a Amazônia trouxe a sobre nossas escolhas de, em especial, as que vão parar
em nosso prato. O Instituto Peabiru tem como missão facilitar processos de
fortalecimento da organização social e da valorização da sociobiodiversidade para que
as populações extrativistas e os agricultores familiares da Amazônia sejam
protagonistas de suas realidades, contribuindo para o investimento social corporativo,
conservação da biodiversidade, segurança alimentar e serviços ambientais.
Um outro estudo, através de uma expedição de dez dias, representantes da SVB
(Sociedade Vegetariana Brasileira) participaram de uma expedição que passou por
comunidades ribeirinhas do Rio Amazonas, próximo à divisa entre Amazonas e Pará,
com o objetivo de colherinformações sobre a devastação da floresta Amazônica pela
atividade da pecuária.
7/57
Nesse relatório da expedição, são feitas críticas a algumas entidades que
trabalham com a temática do desmatamento na Amazônia, que “inocentemente”
recomendam a intensificação da criação de gado, ou seja, diminuírem o espaço que os
bois ocupam, subjugando o sofrimento dos animais, e a área plantada necessária para
produzir ração para esses animais. Outros defendem a aquacultura, também
subjugando o sofrimento ainda maior dos animais.
 Fonte: SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira)
“É impossível falar em preservação da floresta
amazônica sem falar no problema do consumo de carnes e derivados".
E nós vimos este fato com os nossos próprios olhos”. Para que tudo
isso? Para que toda essa brutalidade com um ecossistema exuberante
e único, junto ao sofrimento dos animais, à violência social imposta
aos próprios pequenos pecuaristas (...)” (SVB, 2014)
8/57
3 - Fome
Segundo previsão da ONU, até 2050 teremos 9 bilhões de pessoas no planeta
Terra. Atualmente com população de 7 bilhões de pessoas, um bilhão passam fome e
dois bilhões são subnutridas; 
Um boi, necessita de 1 hectare (10mil m²), para gerar 210kg de carne, em 2 ou 3
anos. Se essa área fosse destinada a agricultura, no mesmo período de tempo, geraria:
 5 toneladas de feijão;
 16 Toneladas de Trigo;
 4 toneladas de cenoura;
 40 toneladas de tomate;
 13 toneladas de arros;
 23 toneladas de milho
9/57
4 - Sede
O maior impacto sobre o consumo de água, deriva dos hábitos alimentares,
principalmente baseados em carnes e laticínios. Para produzir 1 kg de arroz, por
exemplo, a demanda aproximada é de 3.500L de água, já para o mesmo 1kg de carne
bovina o consumo é de aproximadamente 15.000L (HOEKSTRA; CHAPAGAIN, 2008,
APUD UNESCO, 2013).
A quantidade de água, solos e recursos utilizados para produzir 1kg de carne
seria suficiente para alimentar pelo menos 50 pessoas (MEIRELLES, 2006). 
Aproximadamente 7 milhões de pessoas morrem anualmente devido a desastres
e doenças relacionadas a água. Vários estudos mostram que se a população global
usufruísse do mesmo estilo de vida estadunidense médio, seriam necessárias 3,5
planetas Terras para sustentar a demanda. Porém, 85% da população mundial vive na
metade mais seca do planeta, onde quase 1bilhão de seres humanos não possuem
10/57
acesso à água limpa e quase 2,5 bilhões não têm acesso a saneamento adequado.
(UNESCO, 2013)
No artigo da Nações Unidas para cooperação pela água, é demonstrado através
de vários exemplos que a cooperação pela água gera paz: como no Lago Titicaca onde
no final do século passado, a Bolívia e o Peru criaram a Autoridade Autônoma
Binacional do Lago Titicaca em reconhecimento à importância do manejo conjunto do
lago. Como a finalidade de resolver conflitos relacionados à água e fomentar a
cooperação. Outro exemplo citado, é o sobre o Aquífero Guarani que é compartilhado
por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, onde em 2010, os presidentes dos quatro
países assinaram um acordo de cooperação para ampliação do conhecimento sobre o
aquífero e identificação de áreas críticas e promover a conservação e proteção
ambiental do Aquífero Guarani para garantir o uso igualitário de seus recursos hídricos.
(UNESCO, 2013)
Entre outros exemplos na Africa, Oriente Médio, América do norte, é
demonstrado que o acesso à água pode ser fonte de conflito, mas também é
catalisador de cooperação e construção da paz. “A cooperação em uma questão tão
prática e vital quanto o manejo da água pode ajudar a superar tensões culturais,
políticas e sociais e pode fomentar a confiança entre diferentes grupos, comunidades,
regiões ou estados”, (UNESCO, 2013)
“Em síntese, 78% dos empregos que constituem a mão de obra mundial são
dependentes dos recursos hídricos”. (UNESCO, 2016)
O alarme sobre esta escassez de água, seus efeitos e solução foi dado pelos
relatórios produzidos pela ONU, preparando os países para uma possível segunda crise
global nos próximos anos. 70% da água potável é usada na agricultura e, mesmo com a
produção de alimentos per capita aumentando, cresce a pressão por terras e água.
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Ao longo do ano, o Brasil envia ao Exterior cerca de 112 trilhões de litros de água
doce, segundo dados da Unesco — o equivalente a quase 45 milhões de piscinas
olímpicas ou mais de 17 mil lagoas do tamanho da Rodrigo de Freitas. Tantos litros são
o total dos recursos hídricos necessários para produzir essas commodities. A soja, o
principal cereal exportado, pelo Brasil, alimenta, sob a forma de ração, boa parte do
rebanho bovino da China, que tem aumentado exponencialmente seu consumo de
carne. (LOBO, 2015)
— A alocação dos recursos hídricos, além de ambiental, é uma questão
econômica, porque quando a água é escassa é preciso destiná-la para onde haverá
maiores benefícios para a sociedade. Mas sendo a água um bem público, o mercado
não é o único determinante. A água deve ser usada para produzir alimentos para a
população, para culturas ligadas a biocombustíveis ou para plantações de
commodities para exportação? Isso é uma escolha política — aponta Arjen Hoekstra,
criador do conceito de “pegada hídrica” e autor de diversos estudos sobre água virtual numa
parceria entre Unesco e a Universidade de Twente, nos Países Baixos. (THAIS LOBO, O Globo)
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Fonte: Hoekstra(2002)
 
Exemplo de consumo de água
Produto Litros de Água
Consumidos
1 ovo 200
1kg carne bovina 15.400
1kg de carne suína 5.988
1kg de queijo 5.988
1kg de carne frango 4.325
1kg de Milho 1.222
1kg de banana 790
1kg de Laranja 560
“Anualmente, mais de 200 milhões de toneladas de dejetos (fezes e
urina) dos animais criados para abate chegam aos oceanos do planeta. Esses
efluentes são responsáveis por 50% da poluição da água na Europa. Na
Dinamarca não é mais permitida a criação de porcos em escala industrial, em
parte da Alemanha também não. Enquanto a produção de carne nos paises
centrais cai, o Brasil atinge recordes na exportação desse produto. O mundo
chamado de desenvolvido reconheceu que é melhor negócio importar a carne
brasileira – e deixar os custos ambientais no território produtor”. (HIATH).
No Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos
Hídricos, de 2016, é informado que com o maior consumo (principalmente devido a
produção de carnes), a disponibilidade de água causará um aumento na tensão pela
disputa de água, interferindo na segurança energética e alimentar, e possivelmente a
segurança geopolítica (migrações em várias escalas). Impactando atividades
econômicas. (UNESCO, 2016)
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5 - Clima
Um relatório sobre emissões da pecuária não poderia deixar de fora o país com
maior rebanho comercial de bovinos do mundo, com aproximadamente 209 milhões de
cabeças. O Brasil recebe destaque justamente por suas NAMAs (Nationally Appropriate
Mitigation Action), ou seja, ações nacionais que os países em desenvolvimento já
possuem ou pretendem adotar para a adaptação e mitigação das mudanças climáticas.
A pecuária é responsável por emitir anualmente 7,1 gigatoneladas de dióxido de
carbono equivalente (CO2e), cerca de 14,5% de toda a liberação de gases do efeito
estufa (GEEs) resultante das atividades humanas. Em alguns países, como no Brasil, o
setor e as mudanças do uso da terra provocadas por ele e pela agricultura são o
principal contribuinte para as emissões nacionais. (FAO, 2013)
De acordo com o relatório: “Tackling climate change throughlivestock: A global
assessment of emissions and mitigation opportunities” (algo como Lidando com a
mudança climática através da pecuária: uma avaliação global das emissões e
oportunidades de mitigação), as principais fontes de emissões da pecuária são:
produção de alimentos para os animais (transformação de áreas intocadas para
pastagens) e processamento (45%), liberação de GEEs (gases efeito estufa) durante o
processo digestivo do gado (39%), decomposição dos resíduos (10%). A porcentagem
restante é proveniente do transporte dos animais e do processamento industrial da
carne. (FAO, 2013)
Abaixo podemos ter uma ideia de como uma agricultura mecanizada e pasto
interferem não só na vegetação, mas também na quantidade e variedade de animais.
14/57
Fonte: Ambiental Media (https://t.co/ViCY8GElXm)
Com a disponibilidade de recursos hídricos ameaçada pela mudança climática
exacerba, imagina-se que eventos climáticos extremos aumentem (em intensidade e
frequência). Essa mudança climática levará, inevitavelmente, a perdas de empregos em
determinados setores. (UNESCO, 2016)
6 - Doenças
No relatório da expedição da SVB (2014), eles perceberam a incidência de
doenças crônicas como obesidade e hipertensão nas comunidades Ribeirinhas, depois
do início da pecuária na região. Esse crescente índice de doenças, com prevalência da
hipertensão, que deve-se, ao menos, parcialmente, o estilo alimentar - que exclui uma
variedade de frutas, legumes e verduras, incluindo em vez disso grandes quantidades
de muita carne. 
15/57
A humanidade poderia se ver livre de sete em cada dez doenças que
apareceram nas últimas décadas, caso mudássemos nossos hábitos alimentares,
deixado de lado o consumo de produtos de origem animal. Carnes (frango, porco, peixe
e boi), laticínios e ovos prejudicam a saúde humana, como é mostrado através da FAO
(Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), a ONU alertou em
seu relatório intitulado “World Livestock 2013: Changing Disease Landscapes.”
(“Pecuária Mundial 2013: Mudando o Panorama das Doenças”, em tradução livre) que a
busca por mais alimentos de origem animal tem deixado nossa sociedade mais doente:
 “O aumento da população, a expansão agrícola e a existência de
cada vez mais cadeias de abastecimento alimentar globais alteraram
dramaticamente a forma como as doenças emergem, como passam de uma
espécie para outra e como se espalham.” (FAO/ONU, 2013)
O consumo de produtos de origem animal pode trazer problemas diretos como
doenças cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de câncer etc., mas é ainda mais
nocivo se pensarmos que toda a dieta baseada em grandes quantidades de proteína de
origem animal demanda quantidades imensas de recursos naturais. Com o meio
ambiente afetado, a tendências de novas doenças surgirem é maior. Por causa da
globalização, há ainda maior facilidade de um novo vírus se espalharem, como já
aconteceu com as gripes aviária e suína, recentemente.
16/57
“Carnívoros verdadeiros secretam uma enzima, a URICASE,
para metabolizar o ácido úrico da carne. Na sua ausência, o
organismo neutraliza esse forte ácido usamos minerais alcalinos,
como o cálcio, podendo formar cristais e causar gota, pedra no rim,
doenças renais, artrite e reumatismo.
SE NÃO FABRICA A URICASE, COMO PODE O HOMEM
CONSIDERAR-SE CARNÍVORO? Por isso os produtos ácidos
desmineralizam o organismo, retirando dos ossos principalmente o
cálcio, para corrigir o pH ácido gerado pela alimentação ácida”.
(PIRAJA, 2015)
17/57
“Só há relatos de cânceres em
animais com hábitos carnívoros” (A
Carne é Fraca)
“Ninguém nunca ouviu alguém
dizer que esta com deficit de
proteínas” (A Carne é fraca)
O Dr. Shynia, do Japão, mostra em sua famosa apresentação no YouTube que
Câncer, polipos e outras doenças têm sua origem no consumo de proteína animal
(Carne, Leite e derivados).
 Criações intensivas como as de frango para carne, de galinhas para a produção
de ovos e a de porcos são grandes celeiros de novas doenças, uma vez que a
proximidade dos animais e as condições quase sempre insalubres do ambiente
colaboram para a proliferação de doenças.
 Veganismo uma alternativa para ajudar ao Planeta
No documentário “A Engrenagem”, do Instituto Nina Rosa, são narrados diversos
argumentos em favor da dieta vegana, como ao invés de plantar grãos para alimentar
animais, que viraram comida para poucos que podem consumi-los, esses grãos (ou
outros vegetais) poderiam alimentar muito mais pessoas. É mostrado que com metade
dos grãos e vegetais que os animais comem, poderia acabar com a fome no mundo.
Com os cereais utilizados para gerar 225g de carne bovina, daria para alimentar 40
pessoas.
No Brasil, ha mais bois do que pessoas, são 205 milhões de bovinos. São
abatidos anualmente 4bilhões de frangos, 40 milhões de porcos. Quanta comida,
quanta água, quanto espaço esses animais necessitam (ROSA), que poderiam ser
usados para alimentação humana, através de Vegetais.
18/57
O veganismo (consumo zero de produtos de origem animal) pode evitar a
catastrófica escassez de água, que se avizinha dos mananciais hídricos mundiais, já
que, com dietas não veganas, não haverá água o bastante na agricultura para produzir
comida a uma população de 9 bilhões.
19/57
É sabido que mais da metade da produção agrícola mundial é usada para
alimentação de animais e que a produção de alimentos de origem animal consomem
até 10 vezes mais água que aqueles da dieta vegana. Além disso, são conhecidos os
resultados intangíveis de medidas como eliminação do desperdício e incremento
comercial entre países com excedentes de alimentos e os com deficit. Decorre daí que
a adoção da dieta vegana é a única opção restante que, ao reduzir ou zerar a pecuária,
poderá aumentar a quantidade de água disponível à agricultura e também oportunizar o
redirecionamento de mais produtos agrícolas para uso de pessoas.
Guia Alimentar para a População Brasileira (2014)
Lançado em novembro de 2014, o governo brasileiro admite que produtos de
origem animal podem ser prejudiciais à saúde e certamente são prejudiciais ao meio
ambiente. O documento será distribuído em escolas e hospitais gratuitamente.
O novo material, que substitui o guia lançado em 2006, mudou completamente o
tom em relação à alimentação que agora, na versão mais recente, não inclui produtos
de origem animal. Atualizado por pesquisas oficiais publicadas ao longo dos anos em
todo o mundo, trata a alimentação vegetariana de forma mais natural e cotidiana. O
novo guia reconhece que não é necessário consumir carne, laticínios ou ovos para ser
saudável, embora mantenha o posicionamento presente no guia antigo de que
vegetarianos precisam ter atenção na hora de combinar os alimentos.
Na página 84, é dito que:
“Por diversas razões, algumas pessoas optam por não consumir alimentos de
origem animal, sendo assim denominadas vegetarianas. A restrição pode ser apenas
com relação a carnes ou pode envolver também ovos e leite ou mesmo todos os
alimentos de origem animal. Embora o consumo de carnes ou de outros alimentos de
origem animal, como o de qualquer outro grupo de alimentos, não seja absolutamente
imprescindível para uma alimentação saudável, a restrição de qualquer alimento
20/57
obriga que se tenha maior atenção na escolha da combinação dos demais alimentos
que farão parte da alimentação. Quanto mais restrições, maior a necessidade de
atenção e, eventualmente, do acompanhamento por um nutricionista.”(Ministério da
Saúde).
Na página 30, é informado que alimentos de origem animal são boas fontes de
proteínas e de vitaminas e minerais essenciais, mas que não contem fibras e excesso
de calorias e gorduras não saudáveis. Embora continue indicando que a população
brasileira consuma carnes, ovos e laticínios, ainda que alerte que produtos de origem
animal podem ser fortes colaboradores para a obesidade, para doenças do coração e
para outras doenças crônicas, o posicionamento se alinha perfeitamente aos grandes
estudos de nutrição da última década.
Outro ponto importante que o guia aborda é a questão do meio ambiente. Sobre
este assunto, o Ministério da Saúde é enfático em dizer que a produção de produtos de
origem animal é um dos maiores problemas ambientais do Brasil e motivo de
preocupação. O guia aponta danos desde o desmatamento para abertura de pastos e
uso intenso da água até os problemas causados pelas monoculturas de soja e milho
utilizadas para a fabricação de ração para animais da pecuária.
“A diminuição da demanda por alimentos de origem animal reduz
notavelmente as emissões de gases de efeito estufa (responsáveis pelo aquecimento
do planeta), o desmatamento decorrente da criação de novas áreas de pastagens e o
uso intenso de água. O menor consumo de alimentos de origem animal diminui ainda
a necessidade de sistemas intensivos de produção animal, que são particularmente
nocivos ao meio ambiente. Típica desses sistemas é a aglomeração de animais, que,
além de estressá-los, aumenta a produção de dejetos por área e a necessidade do
uso contínuo de antibióticos, resultando em poluição do solo e aumento do risco de
contaminação de águas subterrâneas e dos rios, lagos e açudes da região. Sistemas
intensivos de produção animal consomem grandes quantidades de rações fabricadas
com ingredientes fornecidos por monoculturas de soja e de milho. Essas
monoculturas, por sua vez, dependem de agrotóxicos e do uso intenso de fertilizantes
químicos, condições que acarretam riscos ao meio ambiente, seja por contaminação
das fontes de água, seja pela degradação da qualidade do solo e aumento da
resistência de pragas, seja ainda pelo comprometimento da biodiversidade. O uso
intenso de água e o emprego de sementes geneticamente modificadas (transgênicas),
21/57
comuns às monoculturas de soja e de milho, mas não restritos a elas, são igualmente
motivo de preocupações ambientais.” – (GAPB, páginas 31 e 32)
O Guia Alimentar Para a População Brasileira (GAPB) é o material mais
importante do país e o posicionamento oficial do governo a respeito da alimentação dos
brasileiros. Serve também para formar a opinião de milhares de profissionais de saúde
como médicos e nutricionistas. Por isso, o novo jeito do Ministério da Saúde encarar a
alimentação praticada pelos vegetarianos e veganos é uma excelente notícia, para a
saúde, para os animais e para o planeta.
Saúde x Importância do pH alcalino
Em 1931, Otto Heinrich Warburg (1883-1970), recebeu o prêmio Nobel por
descobrir a CAUSA PRIMÁRIA DE MUITAS DOENÇAS E DO CÂNCER, provou que um
estilo de vida antifisiológico e com uma alimentação antifisiológica gera condições para
as doenças invadirem o organismo. Para ele a alimentação antifisiológica – dieta
baseada em alimentos acidificantes mais sedentarismo cria no organismo um ambiente
de acidez abaixo de pH 7,0
“A falta de oxigênio e a acidez são as duas caras de uma mesma moeda:
quando você tem um, você tem o outro. As substâncias ácidas repelem o oxigênio; em
oposto, as substâncias alcalinas atraem o oxigênio. Privar uma célula de 35% de seu
oxigênio durante 48 horas, pode convertê-la em cancerígena. Todas as células
normais tem como requisito absoluto o oxigênio, porém as células cancerosas podem
viver sem oxigênio – uma regra sem exceção. Os tecidos cancerosos são tecidos
ácidos, enquanto que os saudáveis são tecidos alcalinos” (Warbug, 1931).
Em sua obra “O metabolismo dos tumores”, Warburg (1931) mostrou que todas
as formas de câncer se caracterizam por duas condições básicas: a acidose (acidez do
sangue) e a hipoxia (falta de oxigênio). Ele também demonstrou que as células
cancerosas são anaeróbias (não respiram oxigênio) e não sobrevivem na presença de
22/57
altos níveis de oxigênio; mas sobrevivem graças a glicose, sempre que o ambiente está
livre de oxigênio.
Então, o câncer é uma forma de defesa que certas células do organismo
apresentam para continuarem com vida, em um ambiente ácido e carente de oxigênio.
Já nas crianças com câncer, a herança da mãe é o fator, já que os alimentos e bebidas
que ingeridos pela mãe são compartilhados com o bebê.
Dra. Cristina Pirajá, ressalta que para manter o equilíbrio do pH é importante
evitar alimentos com pH baixo, ou seja, ácidos (como ingredientes de origem animal,
café, refrigerante e etc) e consumir alimentos com PH alto (alcalinos), como vegetais,
frutas com pouco açúcar, etc. (PIRAJÁ, 2015).
Pirajá também informa que embora o pH no interior do estômago dos humanos
seja de aproximadamente 5, graças à presença do ácido clorídrico, o pH do sangue é
de +/- 7,4 (bem como da maioria de nossas células e fluídos), e a diminuição desse PH
esta relacionado com o surgimento de inúmeras doenças. Abaixo desse valor, a acidez
do sangue torna-se um meio propício para os mais variados fungos, bactérias e vírus.
Medições do pH da saliva de pacientes com câncer registraram valores entre 4,5 e 5,7.
A “gota” nada mais é que o ácido úrico está elevado no sangue que transporta
nutrientes as células e cria cristais nas articulações. Um bebê é alcalino, e um idoso é
mais ácido. Para reverter o processo é necessário alimentação alcalina.
Dr. Roberto Amaral também ressalta que a acidez no organismo pode levar a
várias condições médicas, tais como úlceras, problemas de pele, artrite, osteoporose e
até mesmo fadiga e depressão. O nosso organismo foi projetado para ser alcalino.
Assim como o nosso corpo tem mecanismos para regular a temperatura, de forma que
se mantenha num valor determinado, ele faz o mesmo para tentar manter o valor de
alcalinidade do sangue. PH é a medida que define se um elemento ou composto é
ácido ou básico (alcalino) (AMARAL, 2013). 
Ele também mostra que um dos fatores que determinam o pH do sangue é, o
alimento ingerido. Muitos médicos do passado já diziam que a alimentação correta é a
maior prevenção contra doenças. O importante disso tudo é ter em mente que o
sangue, que leva os nutrientes por todo o organismo, deve ter em média o pH entre
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7,36 a 7,42. Ou seja, levemente alcalino. Em algumas situações, como estresse,
envelhecimento, poluição e alimentação incorreta, é possível que a produção de ácidos
aumente e coloque em risco o equilíbrio do pH sanguíneo. Nesses casos, o organismo
ativa alguns mecanismos regulatórios, como por exemplo, o “sequestro” do cálcio
dos ossos. Estas reservas de minerais alcalinos são facilmente consumidas devido ao
nosso estilo de vida ocidental, ou seja, a maioria de nós ingere alimentos e bebidas que
contém ácidos fortíssimos. Estes ácidos manifestam-se na nossa dieta através das
colas e das bebidas gaseificadas, pizza, batatas fritas, bolos, biscoitos, refeições feitas
no micro-ondas, pão, cafeína, queijo, alimentos com gordura, tabaco, bebidas
alcoólicas, lácteas, natas, etc. Por isso, os efeitos de uma dieta constituída por carne,
produtos lácteos, bebidas gaseificadas, álcool, etc., são os de provocar uma rápida
utilização das nossas reservas alcalinas.
 Se o organismo está constantemente utilizando o cálcio para eliminar os ácidos que
consumimos, então futuramente surgirão os sintomas da osteoporose(AMARAL, 2013).
Entendendo o PH
O potencial Hidrogeniônico, ou pH, é uma escala logarítmica que mede o grau de
acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma determinada solução. Este conceito foi
introduzido em 1909 pelo químico Dinamarquês Søren Peter Lauritz Sørensen. O pH
varia de acordo com a temperatura e a composição de cada substância (concentração
de ácidos, metais, sais, etc).
As substâncias em geral, podem ser caracterizadas pelo seu valor de pH, sendo
que este é determinado pela concentração de íons de Hidrogênio (H+). Quanto menor o
pH de uma substância, maior a concentração de íons H+ e menor a concentração de
íons OH-.
Podemos medir os valores de pH, que variam de 0 a 14, com o aparelho
chamado pHmetro, ou com menos precisão com o uso de indicadores (substância que
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revela a presença de íons hidrogênio livres em uma solução, ele muda de cor em
função da concentração de H+ e de OH- ).
pH = 0,0 (máximo de acidez);
pH = 7,0 (neutro);
pH = 14,0 (máximo de alcalinidade).
Estudos recentes reforçam a ideia de que uma dieta com pH equilibrado, otimiza
o metabolismo aumentando a capacidade do organismo na eliminação de toxinas, além
de diminuir a retenção de líquidos, consequentemente contribuindo com o processo de
emagrecimento. É necessário que haja equilíbrio na ingestão de alimentos ácidos e
alcalinos, mas também na quantidade de alimento consumido. A dieta alcalina, baseia-
se em pesquisas realizadas pelo Dr. Robert Young e que levaram a nutricionista Vicki
Edgson e a chef Natasha Corrett a publicar o livro “Honestly Healthy”. A proposta do
programa é aumentar o consumo de alimentos ricos em minerais alcalinos (magnésio,
potássio, cálcio e sódio) como: chá verde, grãos integrais, vegetais e amêndoas,
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inhame, lentilha, melão, brócolis, repolho, maçã, mamão, frutas cítricas e secas, folhas
verdes, legumes, raízes, azeite de oliva, milho verde, abobrinha, quiabo e chuchu cru e
de bebidas saudáveis que não contenham cafeína ou açúcar, como suco de vegetal
fresco, água destilada, água de limão, chá de ervas, caldo de legumes, entre outros
e evitar os alimentos ricos em ácidos como refrigerantes(incluindo água com gás e
água tônica), café, chá-preto, açúcar, adoçantes, amendoim, grãos e vegetais ricos em
amido (trigo, massas e feijão), farinhas brancas, todos os produtos processados e
lácteos .
Nesta dieta todos os alimentos são permitidos, porém os alcalinos devem estar
presentes numa proporção maior, explica a nutricionista Patricia Rung, da Clínica de
Nutrição Funcional Patricia Davidson Haiat. Esta proporção entre os alimentos pode
variar entre as diferentes pessoas, mas geralmente ela deve ter pelo menos 60%
alcalinos e 40% ácidos”. É importante ressaltar que a acidez dos alimentos deve ser
medida sobre seu efeito no organismo após a digestão e não em seu teor de acidez e
alcalinidade intrínseca, ou seja, o limão torna-se alcalino no organismo!
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Dr. Amaral Neto, enfatiza que o ideal para o bom funcionamento orgânico é que o
paciente não faça a dieta por um período curto de tempo, mas que seja um estilo de
alimentação a ser adotada para a vida. A dieta não tem contraindicações e qualquer
pessoa pode aderir. Porém é necessário evitar dietas muito restritivas, para que o
organismo não seja prejudicado pela falta de outros nutrientes, além de respeitar a
individualidade bioquímica e adequar as necessidades nutricionais de cada um, para
evitarmos qualquer deficiência, por isso é fundamental ter um acompanhamento de um
nutricionista com experiência no assunto.
Ha redução de até 35% do colesterol em vegetarianos estritos, redução de até
31% de mortes por infarto, redução de até 50% de risco de apresentar diabetes.
Mostram que vários órgãos de saúde indicam essa dieta, como American Institute for
Cancer Research, American Heart Association, FDA (Food and Drug Administration),
Departamento de Agricultura dos USA, e a Associação Dietética americana e
nutricionistas do Canadá, que diz: "Dietas vegetarianas ou veganas corretamente
planejadas são saudáveis, adequadas em termos nutricionais e trazem benefícios para
a saúde na prevenção e no tratamento de determinadas doenças”
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Fonte: ArcoIrisuniversal.org
O problema do Leite Animal para Humanos
No video/palestra MITO do LEITE, Dr. Lair Ribeiro comenta que embora haja
vasta literatura, poucas pessoas procuram informação Para o que ele chama de “Mito
do Leite” e “Mito do Calcionismo”, é uma crise de bom senso, esse consumo errôneo
que foi disseminando no mundo, principalmente no Ocidente.
“Um rato dobra de peso em quatro dias. Um bezerro dobra
de peso em 47 dias. Um ser humano em média dobra de peso em 180
dias. São estruturas diferentes. É ai começa a problemática: o leite de
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vaca foi feito para o bezerro, o leite do rato foi feito para o rato, o leito
humano foi feito para humano.” (Dr. Lair Ribeiro)
Há 10mil anos não haviam vacas domesticadas. Dr. Lair lembra que o nosso
genoma não mudou porque começamos a tomar leite de vaca, e mostra que países
com alto consumo de leite e derivados, como é o caso dos EUA, tem maior incidência
de osteoporose (aumentou 55% de 1995 a 2006) e fraturas ósseas do que países onde
há menor consumo de leite animal (há também leites vegetais). Ele indaga a questão
de que a grande maioria dos estudos não consegue demonstrar uma correlação
positiva entre ingestão de cálcio, na forma de produtos lácteos, e um equilíbrio do
cálcio no organismo. 
Nos países orientais, como China, Japão, Vietnã ou Tailândia, não há consumo
de produtos lácteos. E os habitantes desses países tem uma das mais baixas taxas de
osteoporose e fratura óssea do mundo.(Hegsted, M. Fractures apud Ribeiro)
“É importante ressaltar que desde os anos noventa do século vinte, o Dr.
Daniel Cramer, da Universidade de Harvard, discutiu a relação existente entre o
consumo de derivados do leite e o aparecimento de câncer dos ovários. Outros
estudos confirmam a mesma relação com o câncer da próstata. Essa última
relação é confirmada pelos dados da Organização Mundial de Saúde, que
mostram a ocorrência de 1 caso de câncer da próstata em cada grupo de 20.000
homens, nos países que como a China não consomem leite, enquanto no Reino
Unido, ocorrem 70 vezes mais casos de câncer da próstata em igual número de
indivíduos. (PLANT, 2007)
A única espécie que toma leite de outra espécie, a única espécie que toma leite
depois de adulto é a humana. Austrália, Nova Zelândia, América do Norte e Oeste
Europeu possuem as maiores taxas de consumo de leite de vaca, e também tem a
maior incidência de osteoporose e risco de fratura óssea! (FESKANICH, 1997)
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O Dr. Robert Kradjian, Chefe da Divisão de Cirurgia da Mama do Seton Medical
Centre, na Califórnia recomenda evitar o consumo de leite e seus derivados a todas as
suas pacientes (KRADJIAN, 2008). 
 Dr. Lair Ribeiro também ressalta a questão da Intolerância à lactose. Ele explica
que o leite tem um açúcar chamado lactase, que quando a enzima lactose atua no
leite, quebra a lactase em galactose e glicose. Mesmo que você não tenha nenhum
problema com a lactose, você pode ter intolerância a galactose. 
O ser humano para de fabricar lactose por volta dos quatro, cinco anos de idade
em média. Mostrando o seguinte: você esta ficando adulto, você esta crescendo,
você tem que parar de mamar, parar de tomar leite. NÃO HÁ NECESSIDADE DE
tomar leite a vida inteira, por isso não ha necessidade de se produzir lactose a
vida inteira (Dr. Lair Ribeiro)
Há campanhas, inclusive do Ministério da Saúde, para evitar ao máximo dar leite
de vacaao bebê, nos primeiros anos de vida. Isso é estabelecido no mundo inteiro. 
“Leite não pode ser considerado um "sports drink", não previne
osteoporose e possivelmente contribui para o desenvolvimento de DCV (Doença
cardio vascular) e câncer de próstata” (Physicians Committee for Responsible
Medicine, Good Medicine 2, Spring 2001:23.). 
Um comitê dos médicos norte americanos se reuniram em 2001 e fizeram uma
manifestação sobre isso: Osteoporose é uma doença pediátrica com consequências
geriátricas (Dr. Duane Alexander, apud RIBEIRO). 
Estudos demonstram que leite de vaca não protege seres humanos contra
fraturas ósseas. De fato, o alto consumo pode aumentar o risco de fratura.
(FESKANICH, 1997).
 Uma avaliação de 58 estudos mostrou que não ha relação entre o consumo de
leite, os níveis de cálcio e a saúde óssea. (LANOU, A.J et al. Dairy products and bone
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health in children and young adults: A reevaluation of the evidence. Pediatircs 115
(2005): 736-43.: "Conventional wisdom on milk questioned, APUD, RIBEIRO) 
O cálcio do leite da vaca é muito pobre, a biodisponibilidade dele é muito
pequena, 32% do cálcio que está no leite é absorvido. A vaca não precisa tomar leite
para ter cálcio, ela come o verde, a biodisponibilidade do cálcio que você consegue na
verdura é MUITO maior do que a do leite (ver alternativas ao leite animal, em anexo).
Na palestra Mito do Leite, vemos que o cálcio para se segurar ao osso precisa ter
vitamina D3, magnésio, e como falta isso na maioria das pessoas esse cálcio não fica
nos ossos, ele vai ser depositado nas artérias coronária, aneurisma de aorta.
Dr. Lair Ribeiro mostra que a análise dos nutrientes em 100 gramas de leite de
vaca e 100 gramas de leite humano. 
 Análise de 100g de Leite
Nutrientes Vaca Ser Humano
Proteínas 4,0 1,1
Carboidrato 4,9 9
Sódio 50 16
Fósforo 97 18
Calcio 118 33
Caseína perce que causa alergia, a lactose desenvolve intolerância. Caseína é
apenas um exemplo, há várias proteínas lácteas que tem o potencial de desencadear
fenômenos alérgicos.
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Pasteurização: Antigamente o sujeito tirava o leite e vendia na própria fazenda,
não tinha processo de pasteurização. A pasteurização do leite resolveu alguns
problemas e criou outros. O leite que sai do peito da vaca não é o leite que sai da
caixinha. Pasteur sugeriu que o leite deveria ser aquecido a uma temperatura de
71,7°C por 15 segundos. E isso mataria todos os micróbios, todas as bactérias. Foi
inventado depois outra pasteurização que é a temperatura altíssima onde você chega a
150 graus centígrados por 5 segundos. Quando isso é feito o leite se torna totalmente
ESTÉRIL. Onde a desnaturação das proteínas é maior, porque não existe proteína com
conjugação secundária e terciária que aguente essa temperatura. O leite que sai da
vaca, apesar de todos os problemas, pelo menos há lactobacilos, ele tem uma flora
que vai lhe ajudar de alguma forma, mas quando ele passa pelo processo de
pasteurização aquelas bactérias são mortas, o leite fica totalmente estéril. Além dos
conservantes, das desnaturações, há outros químicos, como:
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* ANTIBIÓTICOS (MASTITES). Quando se tira duas, ou três vezes por dia, o ubere da
vaca desenvolve uma inflamação, desenvolve mastite. Para combater isso, é dado
antibióticos, que vão para o leite (se não é dado o antibiótico, fica inflamado, onde há
inflamação, há pus, e há dor para a vaca). E assim, a resistência bacteriana surge,
uma das causas dos antibióticos não estarem mais funcionando é o leite que tomamos.
- SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS.
- HORMÔNIOS
- METAIS
- BACTÉRIAS
- VITAMINA A & D acrescentadas. Um leite com vitamina D em termos de saúde não
significa absolutamente NADA. Só serve para vender mais, como estratégia de
marketing
Hormônios da vaca no leite:
- 8 Hormônios Pituitários;
- 7 Hormônios Esteroidais (E1,E3,P,T);
- 6 Hormônios Tireoidianos;
- 11 Fatores De Crescimento, porque o bezerro tem que crescer ele tem que dobrar de
tamanho em 47 dias, então os fatores de crescimento são mais concentrados, esta
TUDO NO LEITE. E fator de crescimento é proliferativo, se o ambiente é propício,
CAUSA CÂNCER! Todo fator de crescimento num ambiente propício desenvolve a
proliferação das células, predispondo ao câncer. (Mito do Leite)
Ao analisar o leite, vemos que há 59 hormônios distintos, que não pertencem a
você, são hormônios bovinos. 
Em geral, lactase é produzida pelo corpo humano até a idade de 4 anos. A partir
dos 4 anos começa a cair, aos nove anos some. Em teoria, o máximo que deveríamos
beber leite animal é até os nove anos de idade. não tomando no primeiro ano. Então a
intolerância a lactose é uma coisa, alergia ao leite é outra. (Wiliams, SR. Nutrition And
Diet Therapy, 7th Ed.(Mosby: St. Louis, 1993), p41, apud RIBEIRO). 
No livro “Galactolatria: mau deleite”, a autora Sônia T. Felipe (2012), defende
que a partir do momento de erupção da primeira dentição o ser humano para de
produzir a enzima digestiva do leite e essa seria a razão de tantos problemas de saúde
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relacionadas ao alimento. O leite de vaca não é bem digerido pelo organismo humano
por questões biológicas.
 “A maior parte dos seres humanos não tem mais a produção da enzima
que permite digerir o açúcar do leite, que é a lactose. Em função disso, as
pessoas sofrem uma série de disfunções digestivas e outros males que hoje os
estudiosos apontam como de origem galactogênica” (FELIPE, 2012)
Dr. Sônia ainda critica a qualidade do leite que é vendido no país. Onde o
produto comercializado em caixas é industrializado e processado para mascarar
contaminações causadas por sangue e pus de animais com inflamações (mastite)
nos mamilos e nos cascos. As vacas tornaram-se “máquinas” de fabricar leite, com
um alto nível de sofrimento físico e psicológico: vivem confinadas, alimentando-se
de grandes quantidades de grãos (que não estão preparadas para digerir) e até de
outros alimentos produzindo leite até a estafa completa. (FELIPE, 2012)
 A intolerância a lactose é a sua inabilidade de transformar a lactose em
galactose e glicose. Já a alergia ao leite, veja uma lista das principais que foram
detectados anticorpos contra:
 CASEINA;
 BLG – Betalacto Globulina
 ALG – Alfa Lacto Globulina
 BGG – Bovino Gama Globulina
 BSA – Bovino Soro Albumina
 BTC – Beta -Celulina
Na famosa palestra Mito do Leite, ouvimos que:
“... o leite cria um anticorpo contra a caseína e la no seu pâncreas tem uma
proteína que na cadeia de aminoácidos dela tem um grupo de aminoácidos parecido com o
grupo de aminoácidos da caseína, aquele anticorpo agora não só vai atacar a caseína do
leite com também vai lá e ataca o seu pâncreas! E você desenvolve diabetes tipo 1. Então,
a incidência de diabetes tipo 1 esta relacionada com o consumo de leite, pelo
processo do mimetismo molecular, pelo processo da homologia estrutural. Ou seja, a
proteína, caseína tem proteínas primas semelhantes que estão no fígado, que estão no
pâncreas, que estão em outras partes do corpo” (Dr. Lair Ribeiro)
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Em BRIGGS (1960), é mostrado que a ideia de que o leite seria bom para quem
tem úlcera causou um aumento de 600% na incidência de infarto do miocárdio nesse
grupo. 
Mulheres que tomam dois ou mais copos de leite têm um aumento de 66% no
risco de desenvolverem câncer de ovário. (PECK, 2000)
“Existe uma correlação entre ingestão de leite e câncer de próstata”
(GIOVANNUCCI, 1998, pag 87-92) 
Para fazer a vaca dar mais leite ela é engravidada hoje (porque tudo é
feito por inseminação artificial) e daqui a dois meses é engravidadanovamente.
Ela já esta grávida hoje, então o útero esta perfeito para receber a gravidez só
não tem o óvulo, mas é feito tudo por inseminação artificial. Eles vão lá e
fecundam ela novamente. Ela esta sendo ordenhada e ela esta grávida de novo.
Só que quando ela fica grávida ela tem placenta e quando tem placenta tem
hormônio. A produção de progesterona aumenta 20 a 25x numa mulher grávida,
a produção de estriol aumenta 20x. No caso da vaca aumenta 33x no leite.
Estrona! Que é um hormônio NÃO DESEJÁVEL, um hormônio CANCERÍGENO!
A mulher tem 10% de estrona, a vaca tem 80% de estrona. Dr. Lair Ribeiro)
Os malefícios relacionados à ingestão do leite animal são conhecidos apenas a
médio ou longo tempo e, então, detectáveis com certeza, apenas em exames
detalhados, que não são divulgados na grande imprensa. Podem ter como causas
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microrganismos e bactérias, como os originários da brucelose e tuberculose e dos
grupos da salmonela e de estafilococos. Tais informações podem ser encontradas em:
(ESTEVES, 1999), (CURVO, 1992), (KRADJIAN, 2008), (MELO, 1999), (PCRM, 2009),
(PLANT, 2007), (NutritionMD). Algumas delas:
 Acne
 Alergia (morte súbita em recém-nascidos foram associadas a alergia ao leite)
 Anemia
 Anorexia
 Asma
 Autismo (O autismo em 1970 você encontrava 1 caso a cada 10 mil crianças, em
2005 você passou a encontrar 1 caso a cada 500 crianças. E é 3x mais comum em
meninos. O autismo vem aumentando no mundo e tem a ver com a nutrição, com a
contaminação do leite e do leite materno . (RIBEIRO)
 Câncer de Próstata
 Câncer de mama
 Conjuntivites
 Diarreias
 Doença de Parkinson
 Dores abdominais
 Doença cardíaca
 Dor nas costas
 Dores articulares
 Endocardites
 Enxaqueca
 Esclerose múltipla
 Esquizofrenia (devido ao Beta 
Casomorfina 7 – Dr. Robert Cade)
 Febre (inclusive a ondulante e 
tifoide)
 Infecções de pele superficiais e 
profundas
 Infertilidade
 Mau hálito
 Meningites
 Náuseas
 Nevralgia
 Obesidade
 Obstipação (prisão de ventre)
 Perturbações intestinais, hepato-
biliares e vesiculares
 Pneumonias
 Septicemia (infecções da correntes 
sanguínea)
 Suor excessivo
 Tuberculose
 Vertigens
 Vômitos
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 Há também os males que se desenvolvem pela absorção da gordura saturada e do
colesterol, como também do excesso de proteína animal, altamente presentes no leite
animal. Estes são:
 Obesidade
 Diabetes
 Infartos (infarto do 
miocárdio)
 Doenças 
coronarianas
 Avc (acidente 
vascular cerebral)
 Impotência sexual 
masculina
 Trombose
 Dislipidemias
 Arteriosclerose
 Artrite
 Reumatismo
 Osteoporose
 A presença dos hormônios naturais ou ainda os hormônios sintéticos aplicados o
animal para aumento da produção do leite está também vinculado a diversos males
-principalmente de ordem sexual e de reprodução. Entre eles:
 Alterações hormonais
 Desequilíbrio menstrual
 Obesidade
 Diabetes
 Nanismo
 Gigantismo
 Doenças renais
 Hipertensão
 Crescimento de pelos nas mulheres
 Desenvolvimento precoce dos seios em 
meninas
 Ginecomastia (aumento das mamas no 
homem)
 Puberdade precoce
 Masculinização de mulheres
 Feminilização de homens
 Tumores de próstata
 Tumores de mama
 Tumores de útero
 Tumores de ovário
 Tumores de testículos
 Tumores benignos e malignos, 
principalmente dos órgãos ligados à 
reprodução
 Abortos prematuros
 Impotência sexual masculina
 Infertilidade 
A concentração de strona no soro do leite de uma vaca não prenha é de 30pg/ml.
A concentração numa vaca prenha (41-60 dias) é de 151pg/ml. Numa vaca prenha
(220-240 dias) é de 1000pg/ml. Houve um aumento de 33 vezes na concentração de
estrona no leite. (Mito do Leite)
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No gráfico abaixo, é possível perceber que a incidência de esclerose múltipla
aumenta com o consumo de leite. Um paciente com esclerose múltipla precisa parar de
tomar leite, para parar de desencadear processos autoimunes causados por uma série
de proteínas. Muitas começaram por causa do leite, ela tem uma alergia ao leite, cria o
anticorpo esse ataca a mielina nos nervos e desenvolve a esclerose múltipla (Dr. Lair
Ribeiro). 
Quanto maior o consumo de caseína, maior a incidência de diabetes tipo 1, pela
homologia estrutural. Quanto mais leite você toma, mais caseína tem.
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Dr. Lair Ribeiro informa vários estudos, como o de um grupo que fez
suplementação com cálcio, onde concluíram que o grupo que fez suplementação com
cálcio, teve mais infarto do miocárdio do que o grupo que não suplementou, e não
apresentou evidências que reduziram fraturas ósseas. Porque o cálcio não é só
absorver ele, ele teria que ficar preso no osso. Se ele não fica no osso ele se deposita
nas artérias e cria problemas. Quanto maior a ingestão de cálcio sozinho, maior a
incidência de fratura de quadril.
Percebe-se, que problema não é apenas o cálcio, é a relação cálcio/magnésio.
Na palestra virtual, Mito do Leite, é mostrado que na Finlândia, se morria muito do
coração, onde mais tinha doenças cardíacas no mundo. Mas isso mudou, pois o
departamento de saúde da Finlândia criou um sal, onde aumentaram a concentração de
magnésio, diminuíram a concentração de cálcio e esse problema caiu dramaticamente. 
Mostrando a relação ideal entre cálcio / magnésio é de no máximo 2 para 1. E no
leite é mais de 10 para 1. Ou seja o cálcio proveniente do leite é MALÉFICO, pois traz a
relação com o magnésio ruim para a saúde.
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Outro fator a ser observado é que 85% a 90% do osso é PROTEÍNA, não é
mineral. Segundo, produtos lácteos têm sido considerados alimentos saudáveis, e, isso
infelizmente é apenas um mito (CAMPBELL, 2006, apud RIBEIRO)
Não faz sentido que tenhamos que depender a vida toda de leite de uma outra
espécie para preencher nossas necessidades de cálcio.
O esqueleto é constituído de dois tipos de ossos: 
- Cortical (exterior) = 80%
- Trabecular (interior) = 20%
Ribeiro ressalta que é só no osso trabecular que tem a mineralização. E os
estudos de cremação mostram que independente da idade, seja um homem de 18 anos
ou um de 80 anos (de mesma altura e peso/massa) o que sobra de cinza é igual. Como
a cinza são os minerais, é o cálcio que ficou, podemos dizer que é mito dizer que o
osso tem menos cálcio a medida que envelhece, pois senão as cinzas do homem de 80
anos deveria pesar bem menos do que as do de 18 anos. (RIBEIRO)
Em 2014, a Escola de saúde pública de Harvard, nos EUA, restringiu o leite e
derivados de sua famosa pirâmide, inovando-a, agora em forma de prato. Um grande
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avanço para a saúde mundial, sugerindo mudanças significativas no padrão alimentar
para uma população saudável. Abaixo alguns pontos fundamentais:
 A preferência por óleos vegetais, minimizando o consumo de manteiga.
 Uma diminuição considerável no consumo de leite e derivados para 1a 2 porções
ao dia, sob a alegação de que estes produtos estão associados com o risco de certos
tipos de câncer. A imagem e nome destas categorias de alimentos sequer aparecem no
prato, o que demonstra uma enorme mudança de paradigma na dieta. Harvard ressalta
que as fontes vegetais de cálcio devem ser priorizadas, em detrimento do leite.
 A preferência por carnes brancas e fontes vegetais de proteína (leguminosas
principalmente) em detrimento das carnes vermelhas. A alegação é de que as carnes
vermelhas quando consumidas regularmente, aumentam os riscos de doenças
cardiovasculares, diabetes tipo 2 e câncer de intestino. 
 Frisa a importância deque os grãos e cereais sejam integrais. Na pirâmide
alimentar isso não é enfatizado.
 Frisa a importância de reduzir o consumo de doces ao mínimo, enquanto a
pirâmide alimentar sugere uma porção desse grupo alimentar igual ou superior à
ingestão de leguminosas e óleos e gorduras.
A “Pirâmida nova” de Harvard, agora na forma de prato: 
41/57
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“O consumo de carne é INSALUBRE, tanto que a Ciência já
associou o consumo de carne com vários tipos de câncer, como mama,
intestino e próstata, além de aumentar a incidência de patologias cardíacas e
metabólicas e transmitir doenças graves, como a Neurocisticercose e a
Doença da Vaca Louca. É ANTIFISIOLÓGICO, pois todo nosso organismo
tem evidências a favor de uma dieta vegetariana. 
Nosso intestino é longo e cheio de microvilosidades, que aumentam
a absorção dos alimentos, ao contrário do dos carnívoros, que é curto, por
isso o contato deles com a carne e suas toxinas dá-se por um breve período. 
Nossos ácidos estomacais são mais fracos, porque ácidos fortes
não são necessários para digerir frutas e vegetais; então o PH de nosso
estômago é em torno de 5, ao passo que o dos carnívoros, 1. Temos Ptialina
na boca, a Amilase salivar, enzima que começa a digerir os carboidratos dos
vegetais assim que entram na cavidade oral, ausente nos carnívoros
verdadeiros, pois esses não ingerem vegetais. Não fabricamos a Uricase,
enzima que metaboliza o ácido úrico presente na carne em grande
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quantidade, aí utilizamos nosso cálcio para alcalinizar esse forte ácido, o que
acidifica o organismo e provoca a formação de radicais livres, relacionados
ao envelhecimento. Fora que os cristais formados podem depositar-se nas
articulações, dando origem à Gota e a Reumatismos” (PIRAJA, 2015)
Carnívoros tem um intestino curto para rápida expulsão da carne em
decomposição. Vegetarianos, incluindo o homem, tem um intestino longo, para a
digestão lenta de frutas e vegetais. Carnívoros possuem longos e afiados dentes,
vegetarianos possuem dentes aptos a cortar e moer grãos, frutas e vegetais.
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Conclusão
Cada vez mais os meios de comunicação procuram mostrar a importância do
consumo consciente da água, que devemos poupar água. Como vimos nesse trabalho,
a pecuária representa 70% do consumo mundial de água. Logo, apenas por esse
motivo já parece-me óbvio pararmos de incentivar esse consumo. Não é racional
reduzirmos o tempo no chuveiro e continuarmos consumido carnes, que como foi visto
ao longo do trabalho, consome água de vários dias de banho.
Precisamos abster-nos desse hábito, que além de cruel, insalubre a nossa
saúde, também consome muita água e espaço físico, o que em algumas décadas, se
não mudarmos, tornar-se-á insustentável.
“Não será a hora de formarmos agricultores da sustentabilidade
(permacultores), guarda-parques, guias de ecoturismo, artesãos, madeireiros
cuidadosos, cientistas e estudiosos do saber local?” (Meirelles, 2006)
Além da necessidade de mudarmos nossos hábitos, o governo precisa ter
políticas públicas que não se anulem. Pois o Ministério da Saúde, discretamente,
informar que carne animal, laticínios fazem mal à saúde, mas gastar bilhões com
tratamento de doenças causadas por esses hábitos, e o BNDES financiando
abatedouros, e o Ministério da Agricultura trabalhando em prol do desmatamento para
de maneira ineficiente (carnes ao invés de vegetais) produzir alimentos, parece-me que
a ciência está perdendo para o lobby das forças do mercado (poder financeiro).
De acordo com o antropólogo Sidney Mintz (HIATH), a comida foi um capítulo
fundamental na história do capitalismo passado: como alimentar pessoas, e como fazer
dinheiro alimentando-as. Precisa-se quebrar essa barreira onde o lucro esteja acima do
bem-estar do planeta, do privilégio de poucos em detrimento de muitos.
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A saúde da população, o bem viver, deveria ser a prioridade de seus
governantes, para isso espero que de alguma forma, esse trabalho seja mais um
incentivo para essa ideia crescer, ganhar adeptos que percebam que podemos fazer a
nossa parte, em um simples prato de comida.
Por que continuamos repetindo hábitos, cruéis, dos colonizadores europeus? Já
está na hora de também descolonizarmos nossos hábitos alimentares, evoluirmos para
hábitos menos selvagens, mais puros, condizentes com nosso corpo. Vamos
reconhecer esse erro e mudar? Essa troca do paladar, pelo discernimento é o caminho.
 
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BIBLIOGRAFIA
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Disponível em: <http://www.consciencia.net/2006/0128-meirelles-filho-amazonia.html>, 2006.
Acesso em 08/12/2016
18) MEIRELLES FILHO, João Carlos de Souza.; É possível superar a herança da
ditadura brasileira (1964- 1985) e controlar o desmatamento na Amazônia? Não,
enquanto a pecuária bovina prosseguir como principal vetor de desmatamento, 2014. 
19) MELO, Manuel R. C. 'Guia Prático da Alimentação Saudável e da Terapêutica
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20) MINISTÉRIO DA SAÚDE, Guia Alimentar para a população Brasileira. Disponível em:
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21) NutritionMD; 'Kids: Does Milk Really Help Bones?'; Disponível em: <
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23) PEABIRU, Instituto. Disponível em: <https://peabiru.org.br/>. Acesso em 08/12/2016
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25) PECK, P. Two or more glasses of milk may raise ovarian cancer risks, still doctors
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26) PIRAJA, Dra. Tereza Cristina Borges. Entrevista em 02/02/2015. CRM/BA 8342
27) PLANT, Jane. Dairy free diets to prevent breast cancer. Your Life in Your Hands. Ed.
Virgin Books, New York, 2007.
28) RIBEIRO, Dr Lair, Mito do Leite. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?
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<http://www.institutoninarosa.org.br/site/material-educativo-2/a-carne-e-fraca/> Acesso em:
28/01/2015
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31) ROSA, INSTITUTO NINA, A Engrenagem. Disponível em:
<http://www.institutoninarosa.org.br.> Acesso em: 28/01/2015
32) Shinya, Dr. Hiromi. A saúde depende do Intestino. Disponível em:
http://youtu.be/H4Z4TMpF3Nw > Acesso em: 03/02/2015
33) Slywitch, Dr. Eric. Alimentação sem Carne. Disponível em:
<http://www.alimentacaosemcarne.com.br>. Acesso em: 31/01/2015
34) SVB – Sociedade Vegetariana Brasileira. Disponível em: <
http://www.svb.org.br/noticias/1115-voce-ja-comeu-a-amazonia-hoje>. Acesso em:
08/12/2016
35) UNESCO, Ano Internacional de Cooperação pela água. 2012 Disponível em:
http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/FIELD/Brasilia/pdf/brz_sc_year_water_co
operation_presskit_pt_2013-2.pdf. Acesso em: 31/01/2015
36) UNESCO - Relatório das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento de Recursos
Hídricos. 2016 Disponível: <http://unesdoc.unesco.org/images/0024/002440/244040por.pdf>.
Acesso em 08/12/2016
37) WARBURG, Otto Heinrich. New Methods of Cell Physiology. Applied to cancer,
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Science < http://www.sciencemag.org/content/137/3523/30.extract >. Acessado em
05/02/2015
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ANEXO
Sugestões de Consumo
Como vimos, a dieta vegana é mais do que uma alternativa, é essencial para 
vivermos mais e melhor:
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Pirâmide alimentar vegana
Alternativa ao Leite animal
Além dos leites vegetais da tabela acima, há outras opções, como os leites de:
Alpiste, Amêndoas, Amendoim, Brotos de Soja (Moyashi), Cânhamo, Castanha-do-
Brasil(Castanha do Para), Girassol, Macadâmia, Sementes de Abóbora, podem ser
feitos em casa, e receitas são facilmente encontradas pela internet.
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Alternativa a Carne Animal
Não há um único alimento vegetal para substituir a carne animal, nenhum é
idêntico a ela. E nem precisa ser, pois a dieta vegana pode ser muito mais rica e
variada do que a dieta que onívora (que inclui as carnes). Precisa-se quebrar
preconceitos, pois a carne não é o centro da dieta.
A questão da proteína, não é problema, pois há uma diversidade enorme de
fontes, como castanhas e sementes (nozes, avelãs, castanha-do-Brasil/Pará, castanha
de caju, amêndoas, gergelim, semente de girassol) e pelas leguminosas (feijão, lentilha,
ervilha, grão-de-bico, soja e derivados). Comparada com a carne, esses alimentos
vegetais suprem nossas necessidades, mas com uma carga menor de gordura total e
gordura saturada. Isto permite que haja espaço para a inclusão de outros alimentos que
serão fontes de ainda outros nutrientes e assim a dieta se torna mais rica.
53/57
Dr. George Guimarães diz que os maiores benefícios da dieta vegetariana advém
justamente desta necessidade de variar a dieta. Precisa-se mudar os velhos hábitos
que contam com uma variedade muito limitada de alimentos para manter o indivíduo
razoavelmente saudável. Necessitamos explorar novos ingredientes, novas
preparações, novas influências culinárias. O resultado será uma dieta bastante variada,
que permite o consumo de uma gama maior de nutrientes e de substâncias protetoras
(antioxidantes, fitoquímicos, fibras), um quesito essencial para uma vida saudável.
(GUIMARÃES, 2006).
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Alternativa ao ovo animal
55/57
56/57
57/57
	Foz do Iguaçu/PR/Brasil
	DEZEMBRO/2016
	Veganismo uma alternativa para ajudar ao Planeta
	Guia Alimentar para a População Brasileira (2014)
	Saúde x Importância do pH alcalino
	Conclusão
	BIBLIOGRAFIA
	Sugestões de Consumo
	Pirâmide alimentar vegana
	Alternativa ao Leite animal
	Alternativa a Carne Animal
	Alternativa ao ovo animal

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