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UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INTEGRAÇÃO CONTEMPORÂNEA DA AMÉRICA LATINA UM INCENTIVO AO BOM VIVER MUNDIAL – PELA PERSPECTIVA DE UMA MUDANÇA DE HÁBITO ALIMENTAR. Fábio Dozza de Miranda Foz do Iguaçu/PR/Brasil DEZEMBRO/2016 RESUMO O presente artigo objetiva mostrar o quanto hábitos alimentares influenciam em questões além da saúde, como clima, economia. Ao longo do trabalho, são apresentados diversos dados e pesquisas, que mostram problemas causados devido ao o consumo de ingredientes que de origem animal. Tendo como característica uma pesquisa exploratória, descritiva, quantitativa e de caráter documental, foram agrupados inúmeros relatos de especialistas no assunto, em tabelas, imagens e texto. Palavras–chave: Desmatamento, Produção de alimentos, Fome Mundial, Consumo de água, Veganismo, Dieta saudável, Doenças causadas pelo leite, Doenças causadas pela carne 2/57 1. Introdução A proposta de estudar o dispêndio de recursos naturais para manter hábitos alimentares partiu de quando percebi que esses hábitos fazem mal à saúde. Esses aspectos peculiares trazem à tona a possibilidade de analisar as dinâmicas desse processo, e como nossos hábitos alimentares influenciam para que tudo isso ocorra. Tendo como base indícios de que a saúde do planeta seja uma questão de interesse público, mediado pela situação de iminente risco para parte da população ficar sem água, sem comida, parti da ideia da necessidade do estudo e da observância de dados que corroboram para a necessidade de uma mudança de hábito alimentar. Vale ressaltar a importância do tema, que pode ser estudado em função das problemáticas comum de saúde, por exemplo, mas também para levantar questões mais complexas, como o aquecimento global, fome, assassinatos, escravidão (mais- valia extrema dos humanos e animais), consumo d'água, violência, escravidão, , desigualdades econômicas e sociais. A Amazônia é a região mais violenta do Brasil, respondendo pela maioria dos casos de morte em conflitos pela terra e número de trabalhadores escravizados em fazendas de pecuária. Precisamos cuidar do Planeta, precisamos cuidar da saúde, mas o que fazer para isso? Procurarei mostrar que há pouco interesse em discutir as principais razões para o crescimento exponencial do desmatamento e doenças é a ignorância. Falta de discernimento em enfrentar esse problema na raiz, que poderia ser minimizado com uma simples mudança de hábito alimentar. 3/57 “A pecuária bovina é sinônimo da história da ocupação do Brasil. Desde que o primeiro europeu colocou seus pés no Brasil, foi seguido pela pata do boi. O vírus da gripe, o boi, a bíblia e a arma de fogo modificaram este continente. As políticas públicas e a maior parte das empresas despreza os 10.000 anos de convivência com a floresta tropical. Desta aprendizado passo a passo, de descoberta do ser e viver. O Brasil trata as comunidades indígenas e a caboclas como culturas “primitivas”, “bárbaras” e “demoníacas”. O mato, o espaço do desconhecido, do que não pode ser controlado, é o antro do medo, da escuridão. É no mato que estão os piores horrores.” A pecuária é o pior empregador que existe no planeta. A miséria brasileira no campo pode ser resumida a uma frase: a pecuária bovina expulsou o homem do campo. Numa grande fazenda na Amazônia, emprega- se diretamente uma pessoa a cada setecentos bois, que ocupa uma área de 1 mil hectares. A mesma área com agricultura familiar empregaria pelo menos 100 vezes mais, com agro-floresta em permacultura empregaria 250 pessoas! A pecuária é altamente concentradora de renda. Inexiste uma única região do Brasil onde a pecuária promoveu o desenvolvimento com justiça social.(MEIRELLES, 2006). 4/57 2 – Desmatamento A expansão econômica sobra a Amazônia é incentivada desde a década de 60 pelo Governo, principalmente para a pecuária bovina, onde o desmatamento é sinônimo de progresso. A participação dessa atividade no superavit primário é um dos argumentos utilizados para pressionar por mais apoio. Meirelles Filho (2014) mostra que mesmo com as novas leis ambientais, melhor fiscalização/monitoramento “não foram suficientes para inibir o desmatamento e a invasão de terras públicas, inclusive territórios indígenas, quilombolas e unidades de conservação”. Devido as alterações climáticas a Amazônia está mais seca e mais inflamável devido a degradação. A Rede Amazônia Sustentável recomenda a criação de um sistema nacional de previsão de secas e de alerta e monitoramento de incêndios em tempo real na Amazônia. Todos habitantes dessa região (humanos e demais espécies) estão sob ameaça. De 1960 a 2010, a área desmatada alcançou área equivalente à soma da superfície de três estados – Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. (MEIRELLES FILHO, 2014). Atualmente, no planeta Terra 30% das áreas cultiváveis são destinados à pecuária e 33% destinado a produção de grãos para ração. A previsão para 2050 é que o consumo dobre, ou seja, 126% da área do planeta cultivável para criar animais. (SLYWITCH, 2015) 5/57 Na imagem abaixo, obtida em 2015, na região de Santarém (PA), mais de 7.400 km² de florestas foram atingidas por incêndios (uma área maior do que a área desmatada no mesmo ano na Amazônia Legal - área que engloba 9 Estados Brasileiros). Fonte: Ambiental Midia (2016) Legenda: Roxo = Terras Indígenas - Verde = Áreas Protegidas - Vermelho = Áreas Queimadas João Meirelles Filho (2006), procura desmistificar a ideia de que o problema do desmatamento são os latifundiários, a expansão da soja, madeireiros e assim por diante. Ele indaga, em seu artigo, que isso são as consequências, de atos que praticamos em nosso dia a dia. Meirelles, já afirmava em 2006 que não era difícil perceber que o grande responsável são as propriedades rurais dedicadas à pecuária (tanto as pequenas com menos de 500 hectares, que representavam 400mil famílias, quanto as médias e grandes propriedades, que somavam 25mil famílias). E por que a pecuária cresce tanto no país? Quem consome o resultado dessa atividade? Segundo ele, mais de 90% da carne produzida na Amazônia é consumida internamente. Ele demonstra que em quarenta anos, de 1964 a 2004, o rebanho bovino da Amazônia tinha saltado 1,5 milhão 6/57 para 60 milhões de cabeças. Segundo o autor, devia-se tanto pelo “fracasso das demais atividades econômicas, como pela completa incompreensão do que seja a natureza amazônica ou impaciência com a Natureza, preferindo carbonizá-la a conduzir a dança da sustentabilidade”. Fonte: Instituto Peabiru, Belém/PA. A ilustração acima de um boi cujos cortes correspondem às áreas desmatadas em toda a Amazônia trouxe a sobre nossas escolhas de, em especial, as que vão parar em nosso prato. O Instituto Peabiru tem como missão facilitar processos de fortalecimento da organização social e da valorização da sociobiodiversidade para que as populações extrativistas e os agricultores familiares da Amazônia sejam protagonistas de suas realidades, contribuindo para o investimento social corporativo, conservação da biodiversidade, segurança alimentar e serviços ambientais. Um outro estudo, através de uma expedição de dez dias, representantes da SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira) participaram de uma expedição que passou por comunidades ribeirinhas do Rio Amazonas, próximo à divisa entre Amazonas e Pará, com o objetivo de colherinformações sobre a devastação da floresta Amazônica pela atividade da pecuária. 7/57 Nesse relatório da expedição, são feitas críticas a algumas entidades que trabalham com a temática do desmatamento na Amazônia, que “inocentemente” recomendam a intensificação da criação de gado, ou seja, diminuírem o espaço que os bois ocupam, subjugando o sofrimento dos animais, e a área plantada necessária para produzir ração para esses animais. Outros defendem a aquacultura, também subjugando o sofrimento ainda maior dos animais. Fonte: SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira) “É impossível falar em preservação da floresta amazônica sem falar no problema do consumo de carnes e derivados". E nós vimos este fato com os nossos próprios olhos”. Para que tudo isso? Para que toda essa brutalidade com um ecossistema exuberante e único, junto ao sofrimento dos animais, à violência social imposta aos próprios pequenos pecuaristas (...)” (SVB, 2014) 8/57 3 - Fome Segundo previsão da ONU, até 2050 teremos 9 bilhões de pessoas no planeta Terra. Atualmente com população de 7 bilhões de pessoas, um bilhão passam fome e dois bilhões são subnutridas; Um boi, necessita de 1 hectare (10mil m²), para gerar 210kg de carne, em 2 ou 3 anos. Se essa área fosse destinada a agricultura, no mesmo período de tempo, geraria: 5 toneladas de feijão; 16 Toneladas de Trigo; 4 toneladas de cenoura; 40 toneladas de tomate; 13 toneladas de arros; 23 toneladas de milho 9/57 4 - Sede O maior impacto sobre o consumo de água, deriva dos hábitos alimentares, principalmente baseados em carnes e laticínios. Para produzir 1 kg de arroz, por exemplo, a demanda aproximada é de 3.500L de água, já para o mesmo 1kg de carne bovina o consumo é de aproximadamente 15.000L (HOEKSTRA; CHAPAGAIN, 2008, APUD UNESCO, 2013). A quantidade de água, solos e recursos utilizados para produzir 1kg de carne seria suficiente para alimentar pelo menos 50 pessoas (MEIRELLES, 2006). Aproximadamente 7 milhões de pessoas morrem anualmente devido a desastres e doenças relacionadas a água. Vários estudos mostram que se a população global usufruísse do mesmo estilo de vida estadunidense médio, seriam necessárias 3,5 planetas Terras para sustentar a demanda. Porém, 85% da população mundial vive na metade mais seca do planeta, onde quase 1bilhão de seres humanos não possuem 10/57 acesso à água limpa e quase 2,5 bilhões não têm acesso a saneamento adequado. (UNESCO, 2013) No artigo da Nações Unidas para cooperação pela água, é demonstrado através de vários exemplos que a cooperação pela água gera paz: como no Lago Titicaca onde no final do século passado, a Bolívia e o Peru criaram a Autoridade Autônoma Binacional do Lago Titicaca em reconhecimento à importância do manejo conjunto do lago. Como a finalidade de resolver conflitos relacionados à água e fomentar a cooperação. Outro exemplo citado, é o sobre o Aquífero Guarani que é compartilhado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, onde em 2010, os presidentes dos quatro países assinaram um acordo de cooperação para ampliação do conhecimento sobre o aquífero e identificação de áreas críticas e promover a conservação e proteção ambiental do Aquífero Guarani para garantir o uso igualitário de seus recursos hídricos. (UNESCO, 2013) Entre outros exemplos na Africa, Oriente Médio, América do norte, é demonstrado que o acesso à água pode ser fonte de conflito, mas também é catalisador de cooperação e construção da paz. “A cooperação em uma questão tão prática e vital quanto o manejo da água pode ajudar a superar tensões culturais, políticas e sociais e pode fomentar a confiança entre diferentes grupos, comunidades, regiões ou estados”, (UNESCO, 2013) “Em síntese, 78% dos empregos que constituem a mão de obra mundial são dependentes dos recursos hídricos”. (UNESCO, 2016) O alarme sobre esta escassez de água, seus efeitos e solução foi dado pelos relatórios produzidos pela ONU, preparando os países para uma possível segunda crise global nos próximos anos. 70% da água potável é usada na agricultura e, mesmo com a produção de alimentos per capita aumentando, cresce a pressão por terras e água. 11/57 Ao longo do ano, o Brasil envia ao Exterior cerca de 112 trilhões de litros de água doce, segundo dados da Unesco — o equivalente a quase 45 milhões de piscinas olímpicas ou mais de 17 mil lagoas do tamanho da Rodrigo de Freitas. Tantos litros são o total dos recursos hídricos necessários para produzir essas commodities. A soja, o principal cereal exportado, pelo Brasil, alimenta, sob a forma de ração, boa parte do rebanho bovino da China, que tem aumentado exponencialmente seu consumo de carne. (LOBO, 2015) — A alocação dos recursos hídricos, além de ambiental, é uma questão econômica, porque quando a água é escassa é preciso destiná-la para onde haverá maiores benefícios para a sociedade. Mas sendo a água um bem público, o mercado não é o único determinante. A água deve ser usada para produzir alimentos para a população, para culturas ligadas a biocombustíveis ou para plantações de commodities para exportação? Isso é uma escolha política — aponta Arjen Hoekstra, criador do conceito de “pegada hídrica” e autor de diversos estudos sobre água virtual numa parceria entre Unesco e a Universidade de Twente, nos Países Baixos. (THAIS LOBO, O Globo) 12/57 Fonte: Hoekstra(2002) Exemplo de consumo de água Produto Litros de Água Consumidos 1 ovo 200 1kg carne bovina 15.400 1kg de carne suína 5.988 1kg de queijo 5.988 1kg de carne frango 4.325 1kg de Milho 1.222 1kg de banana 790 1kg de Laranja 560 “Anualmente, mais de 200 milhões de toneladas de dejetos (fezes e urina) dos animais criados para abate chegam aos oceanos do planeta. Esses efluentes são responsáveis por 50% da poluição da água na Europa. Na Dinamarca não é mais permitida a criação de porcos em escala industrial, em parte da Alemanha também não. Enquanto a produção de carne nos paises centrais cai, o Brasil atinge recordes na exportação desse produto. O mundo chamado de desenvolvido reconheceu que é melhor negócio importar a carne brasileira – e deixar os custos ambientais no território produtor”. (HIATH). No Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, de 2016, é informado que com o maior consumo (principalmente devido a produção de carnes), a disponibilidade de água causará um aumento na tensão pela disputa de água, interferindo na segurança energética e alimentar, e possivelmente a segurança geopolítica (migrações em várias escalas). Impactando atividades econômicas. (UNESCO, 2016) 13/57 5 - Clima Um relatório sobre emissões da pecuária não poderia deixar de fora o país com maior rebanho comercial de bovinos do mundo, com aproximadamente 209 milhões de cabeças. O Brasil recebe destaque justamente por suas NAMAs (Nationally Appropriate Mitigation Action), ou seja, ações nacionais que os países em desenvolvimento já possuem ou pretendem adotar para a adaptação e mitigação das mudanças climáticas. A pecuária é responsável por emitir anualmente 7,1 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e), cerca de 14,5% de toda a liberação de gases do efeito estufa (GEEs) resultante das atividades humanas. Em alguns países, como no Brasil, o setor e as mudanças do uso da terra provocadas por ele e pela agricultura são o principal contribuinte para as emissões nacionais. (FAO, 2013) De acordo com o relatório: “Tackling climate change throughlivestock: A global assessment of emissions and mitigation opportunities” (algo como Lidando com a mudança climática através da pecuária: uma avaliação global das emissões e oportunidades de mitigação), as principais fontes de emissões da pecuária são: produção de alimentos para os animais (transformação de áreas intocadas para pastagens) e processamento (45%), liberação de GEEs (gases efeito estufa) durante o processo digestivo do gado (39%), decomposição dos resíduos (10%). A porcentagem restante é proveniente do transporte dos animais e do processamento industrial da carne. (FAO, 2013) Abaixo podemos ter uma ideia de como uma agricultura mecanizada e pasto interferem não só na vegetação, mas também na quantidade e variedade de animais. 14/57 Fonte: Ambiental Media (https://t.co/ViCY8GElXm) Com a disponibilidade de recursos hídricos ameaçada pela mudança climática exacerba, imagina-se que eventos climáticos extremos aumentem (em intensidade e frequência). Essa mudança climática levará, inevitavelmente, a perdas de empregos em determinados setores. (UNESCO, 2016) 6 - Doenças No relatório da expedição da SVB (2014), eles perceberam a incidência de doenças crônicas como obesidade e hipertensão nas comunidades Ribeirinhas, depois do início da pecuária na região. Esse crescente índice de doenças, com prevalência da hipertensão, que deve-se, ao menos, parcialmente, o estilo alimentar - que exclui uma variedade de frutas, legumes e verduras, incluindo em vez disso grandes quantidades de muita carne. 15/57 A humanidade poderia se ver livre de sete em cada dez doenças que apareceram nas últimas décadas, caso mudássemos nossos hábitos alimentares, deixado de lado o consumo de produtos de origem animal. Carnes (frango, porco, peixe e boi), laticínios e ovos prejudicam a saúde humana, como é mostrado através da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), a ONU alertou em seu relatório intitulado “World Livestock 2013: Changing Disease Landscapes.” (“Pecuária Mundial 2013: Mudando o Panorama das Doenças”, em tradução livre) que a busca por mais alimentos de origem animal tem deixado nossa sociedade mais doente: “O aumento da população, a expansão agrícola e a existência de cada vez mais cadeias de abastecimento alimentar globais alteraram dramaticamente a forma como as doenças emergem, como passam de uma espécie para outra e como se espalham.” (FAO/ONU, 2013) O consumo de produtos de origem animal pode trazer problemas diretos como doenças cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de câncer etc., mas é ainda mais nocivo se pensarmos que toda a dieta baseada em grandes quantidades de proteína de origem animal demanda quantidades imensas de recursos naturais. Com o meio ambiente afetado, a tendências de novas doenças surgirem é maior. Por causa da globalização, há ainda maior facilidade de um novo vírus se espalharem, como já aconteceu com as gripes aviária e suína, recentemente. 16/57 “Carnívoros verdadeiros secretam uma enzima, a URICASE, para metabolizar o ácido úrico da carne. Na sua ausência, o organismo neutraliza esse forte ácido usamos minerais alcalinos, como o cálcio, podendo formar cristais e causar gota, pedra no rim, doenças renais, artrite e reumatismo. SE NÃO FABRICA A URICASE, COMO PODE O HOMEM CONSIDERAR-SE CARNÍVORO? Por isso os produtos ácidos desmineralizam o organismo, retirando dos ossos principalmente o cálcio, para corrigir o pH ácido gerado pela alimentação ácida”. (PIRAJA, 2015) 17/57 “Só há relatos de cânceres em animais com hábitos carnívoros” (A Carne é Fraca) “Ninguém nunca ouviu alguém dizer que esta com deficit de proteínas” (A Carne é fraca) O Dr. Shynia, do Japão, mostra em sua famosa apresentação no YouTube que Câncer, polipos e outras doenças têm sua origem no consumo de proteína animal (Carne, Leite e derivados). Criações intensivas como as de frango para carne, de galinhas para a produção de ovos e a de porcos são grandes celeiros de novas doenças, uma vez que a proximidade dos animais e as condições quase sempre insalubres do ambiente colaboram para a proliferação de doenças. Veganismo uma alternativa para ajudar ao Planeta No documentário “A Engrenagem”, do Instituto Nina Rosa, são narrados diversos argumentos em favor da dieta vegana, como ao invés de plantar grãos para alimentar animais, que viraram comida para poucos que podem consumi-los, esses grãos (ou outros vegetais) poderiam alimentar muito mais pessoas. É mostrado que com metade dos grãos e vegetais que os animais comem, poderia acabar com a fome no mundo. Com os cereais utilizados para gerar 225g de carne bovina, daria para alimentar 40 pessoas. No Brasil, ha mais bois do que pessoas, são 205 milhões de bovinos. São abatidos anualmente 4bilhões de frangos, 40 milhões de porcos. Quanta comida, quanta água, quanto espaço esses animais necessitam (ROSA), que poderiam ser usados para alimentação humana, através de Vegetais. 18/57 O veganismo (consumo zero de produtos de origem animal) pode evitar a catastrófica escassez de água, que se avizinha dos mananciais hídricos mundiais, já que, com dietas não veganas, não haverá água o bastante na agricultura para produzir comida a uma população de 9 bilhões. 19/57 É sabido que mais da metade da produção agrícola mundial é usada para alimentação de animais e que a produção de alimentos de origem animal consomem até 10 vezes mais água que aqueles da dieta vegana. Além disso, são conhecidos os resultados intangíveis de medidas como eliminação do desperdício e incremento comercial entre países com excedentes de alimentos e os com deficit. Decorre daí que a adoção da dieta vegana é a única opção restante que, ao reduzir ou zerar a pecuária, poderá aumentar a quantidade de água disponível à agricultura e também oportunizar o redirecionamento de mais produtos agrícolas para uso de pessoas. Guia Alimentar para a População Brasileira (2014) Lançado em novembro de 2014, o governo brasileiro admite que produtos de origem animal podem ser prejudiciais à saúde e certamente são prejudiciais ao meio ambiente. O documento será distribuído em escolas e hospitais gratuitamente. O novo material, que substitui o guia lançado em 2006, mudou completamente o tom em relação à alimentação que agora, na versão mais recente, não inclui produtos de origem animal. Atualizado por pesquisas oficiais publicadas ao longo dos anos em todo o mundo, trata a alimentação vegetariana de forma mais natural e cotidiana. O novo guia reconhece que não é necessário consumir carne, laticínios ou ovos para ser saudável, embora mantenha o posicionamento presente no guia antigo de que vegetarianos precisam ter atenção na hora de combinar os alimentos. Na página 84, é dito que: “Por diversas razões, algumas pessoas optam por não consumir alimentos de origem animal, sendo assim denominadas vegetarianas. A restrição pode ser apenas com relação a carnes ou pode envolver também ovos e leite ou mesmo todos os alimentos de origem animal. Embora o consumo de carnes ou de outros alimentos de origem animal, como o de qualquer outro grupo de alimentos, não seja absolutamente imprescindível para uma alimentação saudável, a restrição de qualquer alimento 20/57 obriga que se tenha maior atenção na escolha da combinação dos demais alimentos que farão parte da alimentação. Quanto mais restrições, maior a necessidade de atenção e, eventualmente, do acompanhamento por um nutricionista.”(Ministério da Saúde). Na página 30, é informado que alimentos de origem animal são boas fontes de proteínas e de vitaminas e minerais essenciais, mas que não contem fibras e excesso de calorias e gorduras não saudáveis. Embora continue indicando que a população brasileira consuma carnes, ovos e laticínios, ainda que alerte que produtos de origem animal podem ser fortes colaboradores para a obesidade, para doenças do coração e para outras doenças crônicas, o posicionamento se alinha perfeitamente aos grandes estudos de nutrição da última década. Outro ponto importante que o guia aborda é a questão do meio ambiente. Sobre este assunto, o Ministério da Saúde é enfático em dizer que a produção de produtos de origem animal é um dos maiores problemas ambientais do Brasil e motivo de preocupação. O guia aponta danos desde o desmatamento para abertura de pastos e uso intenso da água até os problemas causados pelas monoculturas de soja e milho utilizadas para a fabricação de ração para animais da pecuária. “A diminuição da demanda por alimentos de origem animal reduz notavelmente as emissões de gases de efeito estufa (responsáveis pelo aquecimento do planeta), o desmatamento decorrente da criação de novas áreas de pastagens e o uso intenso de água. O menor consumo de alimentos de origem animal diminui ainda a necessidade de sistemas intensivos de produção animal, que são particularmente nocivos ao meio ambiente. Típica desses sistemas é a aglomeração de animais, que, além de estressá-los, aumenta a produção de dejetos por área e a necessidade do uso contínuo de antibióticos, resultando em poluição do solo e aumento do risco de contaminação de águas subterrâneas e dos rios, lagos e açudes da região. Sistemas intensivos de produção animal consomem grandes quantidades de rações fabricadas com ingredientes fornecidos por monoculturas de soja e de milho. Essas monoculturas, por sua vez, dependem de agrotóxicos e do uso intenso de fertilizantes químicos, condições que acarretam riscos ao meio ambiente, seja por contaminação das fontes de água, seja pela degradação da qualidade do solo e aumento da resistência de pragas, seja ainda pelo comprometimento da biodiversidade. O uso intenso de água e o emprego de sementes geneticamente modificadas (transgênicas), 21/57 comuns às monoculturas de soja e de milho, mas não restritos a elas, são igualmente motivo de preocupações ambientais.” – (GAPB, páginas 31 e 32) O Guia Alimentar Para a População Brasileira (GAPB) é o material mais importante do país e o posicionamento oficial do governo a respeito da alimentação dos brasileiros. Serve também para formar a opinião de milhares de profissionais de saúde como médicos e nutricionistas. Por isso, o novo jeito do Ministério da Saúde encarar a alimentação praticada pelos vegetarianos e veganos é uma excelente notícia, para a saúde, para os animais e para o planeta. Saúde x Importância do pH alcalino Em 1931, Otto Heinrich Warburg (1883-1970), recebeu o prêmio Nobel por descobrir a CAUSA PRIMÁRIA DE MUITAS DOENÇAS E DO CÂNCER, provou que um estilo de vida antifisiológico e com uma alimentação antifisiológica gera condições para as doenças invadirem o organismo. Para ele a alimentação antifisiológica – dieta baseada em alimentos acidificantes mais sedentarismo cria no organismo um ambiente de acidez abaixo de pH 7,0 “A falta de oxigênio e a acidez são as duas caras de uma mesma moeda: quando você tem um, você tem o outro. As substâncias ácidas repelem o oxigênio; em oposto, as substâncias alcalinas atraem o oxigênio. Privar uma célula de 35% de seu oxigênio durante 48 horas, pode convertê-la em cancerígena. Todas as células normais tem como requisito absoluto o oxigênio, porém as células cancerosas podem viver sem oxigênio – uma regra sem exceção. Os tecidos cancerosos são tecidos ácidos, enquanto que os saudáveis são tecidos alcalinos” (Warbug, 1931). Em sua obra “O metabolismo dos tumores”, Warburg (1931) mostrou que todas as formas de câncer se caracterizam por duas condições básicas: a acidose (acidez do sangue) e a hipoxia (falta de oxigênio). Ele também demonstrou que as células cancerosas são anaeróbias (não respiram oxigênio) e não sobrevivem na presença de 22/57 altos níveis de oxigênio; mas sobrevivem graças a glicose, sempre que o ambiente está livre de oxigênio. Então, o câncer é uma forma de defesa que certas células do organismo apresentam para continuarem com vida, em um ambiente ácido e carente de oxigênio. Já nas crianças com câncer, a herança da mãe é o fator, já que os alimentos e bebidas que ingeridos pela mãe são compartilhados com o bebê. Dra. Cristina Pirajá, ressalta que para manter o equilíbrio do pH é importante evitar alimentos com pH baixo, ou seja, ácidos (como ingredientes de origem animal, café, refrigerante e etc) e consumir alimentos com PH alto (alcalinos), como vegetais, frutas com pouco açúcar, etc. (PIRAJÁ, 2015). Pirajá também informa que embora o pH no interior do estômago dos humanos seja de aproximadamente 5, graças à presença do ácido clorídrico, o pH do sangue é de +/- 7,4 (bem como da maioria de nossas células e fluídos), e a diminuição desse PH esta relacionado com o surgimento de inúmeras doenças. Abaixo desse valor, a acidez do sangue torna-se um meio propício para os mais variados fungos, bactérias e vírus. Medições do pH da saliva de pacientes com câncer registraram valores entre 4,5 e 5,7. A “gota” nada mais é que o ácido úrico está elevado no sangue que transporta nutrientes as células e cria cristais nas articulações. Um bebê é alcalino, e um idoso é mais ácido. Para reverter o processo é necessário alimentação alcalina. Dr. Roberto Amaral também ressalta que a acidez no organismo pode levar a várias condições médicas, tais como úlceras, problemas de pele, artrite, osteoporose e até mesmo fadiga e depressão. O nosso organismo foi projetado para ser alcalino. Assim como o nosso corpo tem mecanismos para regular a temperatura, de forma que se mantenha num valor determinado, ele faz o mesmo para tentar manter o valor de alcalinidade do sangue. PH é a medida que define se um elemento ou composto é ácido ou básico (alcalino) (AMARAL, 2013). Ele também mostra que um dos fatores que determinam o pH do sangue é, o alimento ingerido. Muitos médicos do passado já diziam que a alimentação correta é a maior prevenção contra doenças. O importante disso tudo é ter em mente que o sangue, que leva os nutrientes por todo o organismo, deve ter em média o pH entre 23/57 7,36 a 7,42. Ou seja, levemente alcalino. Em algumas situações, como estresse, envelhecimento, poluição e alimentação incorreta, é possível que a produção de ácidos aumente e coloque em risco o equilíbrio do pH sanguíneo. Nesses casos, o organismo ativa alguns mecanismos regulatórios, como por exemplo, o “sequestro” do cálcio dos ossos. Estas reservas de minerais alcalinos são facilmente consumidas devido ao nosso estilo de vida ocidental, ou seja, a maioria de nós ingere alimentos e bebidas que contém ácidos fortíssimos. Estes ácidos manifestam-se na nossa dieta através das colas e das bebidas gaseificadas, pizza, batatas fritas, bolos, biscoitos, refeições feitas no micro-ondas, pão, cafeína, queijo, alimentos com gordura, tabaco, bebidas alcoólicas, lácteas, natas, etc. Por isso, os efeitos de uma dieta constituída por carne, produtos lácteos, bebidas gaseificadas, álcool, etc., são os de provocar uma rápida utilização das nossas reservas alcalinas. Se o organismo está constantemente utilizando o cálcio para eliminar os ácidos que consumimos, então futuramente surgirão os sintomas da osteoporose(AMARAL, 2013). Entendendo o PH O potencial Hidrogeniônico, ou pH, é uma escala logarítmica que mede o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma determinada solução. Este conceito foi introduzido em 1909 pelo químico Dinamarquês Søren Peter Lauritz Sørensen. O pH varia de acordo com a temperatura e a composição de cada substância (concentração de ácidos, metais, sais, etc). As substâncias em geral, podem ser caracterizadas pelo seu valor de pH, sendo que este é determinado pela concentração de íons de Hidrogênio (H+). Quanto menor o pH de uma substância, maior a concentração de íons H+ e menor a concentração de íons OH-. Podemos medir os valores de pH, que variam de 0 a 14, com o aparelho chamado pHmetro, ou com menos precisão com o uso de indicadores (substância que 24/57 revela a presença de íons hidrogênio livres em uma solução, ele muda de cor em função da concentração de H+ e de OH- ). pH = 0,0 (máximo de acidez); pH = 7,0 (neutro); pH = 14,0 (máximo de alcalinidade). Estudos recentes reforçam a ideia de que uma dieta com pH equilibrado, otimiza o metabolismo aumentando a capacidade do organismo na eliminação de toxinas, além de diminuir a retenção de líquidos, consequentemente contribuindo com o processo de emagrecimento. É necessário que haja equilíbrio na ingestão de alimentos ácidos e alcalinos, mas também na quantidade de alimento consumido. A dieta alcalina, baseia- se em pesquisas realizadas pelo Dr. Robert Young e que levaram a nutricionista Vicki Edgson e a chef Natasha Corrett a publicar o livro “Honestly Healthy”. A proposta do programa é aumentar o consumo de alimentos ricos em minerais alcalinos (magnésio, potássio, cálcio e sódio) como: chá verde, grãos integrais, vegetais e amêndoas, 25/57 inhame, lentilha, melão, brócolis, repolho, maçã, mamão, frutas cítricas e secas, folhas verdes, legumes, raízes, azeite de oliva, milho verde, abobrinha, quiabo e chuchu cru e de bebidas saudáveis que não contenham cafeína ou açúcar, como suco de vegetal fresco, água destilada, água de limão, chá de ervas, caldo de legumes, entre outros e evitar os alimentos ricos em ácidos como refrigerantes(incluindo água com gás e água tônica), café, chá-preto, açúcar, adoçantes, amendoim, grãos e vegetais ricos em amido (trigo, massas e feijão), farinhas brancas, todos os produtos processados e lácteos . Nesta dieta todos os alimentos são permitidos, porém os alcalinos devem estar presentes numa proporção maior, explica a nutricionista Patricia Rung, da Clínica de Nutrição Funcional Patricia Davidson Haiat. Esta proporção entre os alimentos pode variar entre as diferentes pessoas, mas geralmente ela deve ter pelo menos 60% alcalinos e 40% ácidos”. É importante ressaltar que a acidez dos alimentos deve ser medida sobre seu efeito no organismo após a digestão e não em seu teor de acidez e alcalinidade intrínseca, ou seja, o limão torna-se alcalino no organismo! 26/57 Dr. Amaral Neto, enfatiza que o ideal para o bom funcionamento orgânico é que o paciente não faça a dieta por um período curto de tempo, mas que seja um estilo de alimentação a ser adotada para a vida. A dieta não tem contraindicações e qualquer pessoa pode aderir. Porém é necessário evitar dietas muito restritivas, para que o organismo não seja prejudicado pela falta de outros nutrientes, além de respeitar a individualidade bioquímica e adequar as necessidades nutricionais de cada um, para evitarmos qualquer deficiência, por isso é fundamental ter um acompanhamento de um nutricionista com experiência no assunto. Ha redução de até 35% do colesterol em vegetarianos estritos, redução de até 31% de mortes por infarto, redução de até 50% de risco de apresentar diabetes. Mostram que vários órgãos de saúde indicam essa dieta, como American Institute for Cancer Research, American Heart Association, FDA (Food and Drug Administration), Departamento de Agricultura dos USA, e a Associação Dietética americana e nutricionistas do Canadá, que diz: "Dietas vegetarianas ou veganas corretamente planejadas são saudáveis, adequadas em termos nutricionais e trazem benefícios para a saúde na prevenção e no tratamento de determinadas doenças” 27/57 Fonte: ArcoIrisuniversal.org O problema do Leite Animal para Humanos No video/palestra MITO do LEITE, Dr. Lair Ribeiro comenta que embora haja vasta literatura, poucas pessoas procuram informação Para o que ele chama de “Mito do Leite” e “Mito do Calcionismo”, é uma crise de bom senso, esse consumo errôneo que foi disseminando no mundo, principalmente no Ocidente. “Um rato dobra de peso em quatro dias. Um bezerro dobra de peso em 47 dias. Um ser humano em média dobra de peso em 180 dias. São estruturas diferentes. É ai começa a problemática: o leite de 28/57 vaca foi feito para o bezerro, o leite do rato foi feito para o rato, o leito humano foi feito para humano.” (Dr. Lair Ribeiro) Há 10mil anos não haviam vacas domesticadas. Dr. Lair lembra que o nosso genoma não mudou porque começamos a tomar leite de vaca, e mostra que países com alto consumo de leite e derivados, como é o caso dos EUA, tem maior incidência de osteoporose (aumentou 55% de 1995 a 2006) e fraturas ósseas do que países onde há menor consumo de leite animal (há também leites vegetais). Ele indaga a questão de que a grande maioria dos estudos não consegue demonstrar uma correlação positiva entre ingestão de cálcio, na forma de produtos lácteos, e um equilíbrio do cálcio no organismo. Nos países orientais, como China, Japão, Vietnã ou Tailândia, não há consumo de produtos lácteos. E os habitantes desses países tem uma das mais baixas taxas de osteoporose e fratura óssea do mundo.(Hegsted, M. Fractures apud Ribeiro) “É importante ressaltar que desde os anos noventa do século vinte, o Dr. Daniel Cramer, da Universidade de Harvard, discutiu a relação existente entre o consumo de derivados do leite e o aparecimento de câncer dos ovários. Outros estudos confirmam a mesma relação com o câncer da próstata. Essa última relação é confirmada pelos dados da Organização Mundial de Saúde, que mostram a ocorrência de 1 caso de câncer da próstata em cada grupo de 20.000 homens, nos países que como a China não consomem leite, enquanto no Reino Unido, ocorrem 70 vezes mais casos de câncer da próstata em igual número de indivíduos. (PLANT, 2007) A única espécie que toma leite de outra espécie, a única espécie que toma leite depois de adulto é a humana. Austrália, Nova Zelândia, América do Norte e Oeste Europeu possuem as maiores taxas de consumo de leite de vaca, e também tem a maior incidência de osteoporose e risco de fratura óssea! (FESKANICH, 1997) 29/57 O Dr. Robert Kradjian, Chefe da Divisão de Cirurgia da Mama do Seton Medical Centre, na Califórnia recomenda evitar o consumo de leite e seus derivados a todas as suas pacientes (KRADJIAN, 2008). Dr. Lair Ribeiro também ressalta a questão da Intolerância à lactose. Ele explica que o leite tem um açúcar chamado lactase, que quando a enzima lactose atua no leite, quebra a lactase em galactose e glicose. Mesmo que você não tenha nenhum problema com a lactose, você pode ter intolerância a galactose. O ser humano para de fabricar lactose por volta dos quatro, cinco anos de idade em média. Mostrando o seguinte: você esta ficando adulto, você esta crescendo, você tem que parar de mamar, parar de tomar leite. NÃO HÁ NECESSIDADE DE tomar leite a vida inteira, por isso não ha necessidade de se produzir lactose a vida inteira (Dr. Lair Ribeiro) Há campanhas, inclusive do Ministério da Saúde, para evitar ao máximo dar leite de vacaao bebê, nos primeiros anos de vida. Isso é estabelecido no mundo inteiro. “Leite não pode ser considerado um "sports drink", não previne osteoporose e possivelmente contribui para o desenvolvimento de DCV (Doença cardio vascular) e câncer de próstata” (Physicians Committee for Responsible Medicine, Good Medicine 2, Spring 2001:23.). Um comitê dos médicos norte americanos se reuniram em 2001 e fizeram uma manifestação sobre isso: Osteoporose é uma doença pediátrica com consequências geriátricas (Dr. Duane Alexander, apud RIBEIRO). Estudos demonstram que leite de vaca não protege seres humanos contra fraturas ósseas. De fato, o alto consumo pode aumentar o risco de fratura. (FESKANICH, 1997). Uma avaliação de 58 estudos mostrou que não ha relação entre o consumo de leite, os níveis de cálcio e a saúde óssea. (LANOU, A.J et al. Dairy products and bone 30/57 health in children and young adults: A reevaluation of the evidence. Pediatircs 115 (2005): 736-43.: "Conventional wisdom on milk questioned, APUD, RIBEIRO) O cálcio do leite da vaca é muito pobre, a biodisponibilidade dele é muito pequena, 32% do cálcio que está no leite é absorvido. A vaca não precisa tomar leite para ter cálcio, ela come o verde, a biodisponibilidade do cálcio que você consegue na verdura é MUITO maior do que a do leite (ver alternativas ao leite animal, em anexo). Na palestra Mito do Leite, vemos que o cálcio para se segurar ao osso precisa ter vitamina D3, magnésio, e como falta isso na maioria das pessoas esse cálcio não fica nos ossos, ele vai ser depositado nas artérias coronária, aneurisma de aorta. Dr. Lair Ribeiro mostra que a análise dos nutrientes em 100 gramas de leite de vaca e 100 gramas de leite humano. Análise de 100g de Leite Nutrientes Vaca Ser Humano Proteínas 4,0 1,1 Carboidrato 4,9 9 Sódio 50 16 Fósforo 97 18 Calcio 118 33 Caseína perce que causa alergia, a lactose desenvolve intolerância. Caseína é apenas um exemplo, há várias proteínas lácteas que tem o potencial de desencadear fenômenos alérgicos. 31/57 Pasteurização: Antigamente o sujeito tirava o leite e vendia na própria fazenda, não tinha processo de pasteurização. A pasteurização do leite resolveu alguns problemas e criou outros. O leite que sai do peito da vaca não é o leite que sai da caixinha. Pasteur sugeriu que o leite deveria ser aquecido a uma temperatura de 71,7°C por 15 segundos. E isso mataria todos os micróbios, todas as bactérias. Foi inventado depois outra pasteurização que é a temperatura altíssima onde você chega a 150 graus centígrados por 5 segundos. Quando isso é feito o leite se torna totalmente ESTÉRIL. Onde a desnaturação das proteínas é maior, porque não existe proteína com conjugação secundária e terciária que aguente essa temperatura. O leite que sai da vaca, apesar de todos os problemas, pelo menos há lactobacilos, ele tem uma flora que vai lhe ajudar de alguma forma, mas quando ele passa pelo processo de pasteurização aquelas bactérias são mortas, o leite fica totalmente estéril. Além dos conservantes, das desnaturações, há outros químicos, como: 32/57 * ANTIBIÓTICOS (MASTITES). Quando se tira duas, ou três vezes por dia, o ubere da vaca desenvolve uma inflamação, desenvolve mastite. Para combater isso, é dado antibióticos, que vão para o leite (se não é dado o antibiótico, fica inflamado, onde há inflamação, há pus, e há dor para a vaca). E assim, a resistência bacteriana surge, uma das causas dos antibióticos não estarem mais funcionando é o leite que tomamos. - SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS. - HORMÔNIOS - METAIS - BACTÉRIAS - VITAMINA A & D acrescentadas. Um leite com vitamina D em termos de saúde não significa absolutamente NADA. Só serve para vender mais, como estratégia de marketing Hormônios da vaca no leite: - 8 Hormônios Pituitários; - 7 Hormônios Esteroidais (E1,E3,P,T); - 6 Hormônios Tireoidianos; - 11 Fatores De Crescimento, porque o bezerro tem que crescer ele tem que dobrar de tamanho em 47 dias, então os fatores de crescimento são mais concentrados, esta TUDO NO LEITE. E fator de crescimento é proliferativo, se o ambiente é propício, CAUSA CÂNCER! Todo fator de crescimento num ambiente propício desenvolve a proliferação das células, predispondo ao câncer. (Mito do Leite) Ao analisar o leite, vemos que há 59 hormônios distintos, que não pertencem a você, são hormônios bovinos. Em geral, lactase é produzida pelo corpo humano até a idade de 4 anos. A partir dos 4 anos começa a cair, aos nove anos some. Em teoria, o máximo que deveríamos beber leite animal é até os nove anos de idade. não tomando no primeiro ano. Então a intolerância a lactose é uma coisa, alergia ao leite é outra. (Wiliams, SR. Nutrition And Diet Therapy, 7th Ed.(Mosby: St. Louis, 1993), p41, apud RIBEIRO). No livro “Galactolatria: mau deleite”, a autora Sônia T. Felipe (2012), defende que a partir do momento de erupção da primeira dentição o ser humano para de produzir a enzima digestiva do leite e essa seria a razão de tantos problemas de saúde 33/57 relacionadas ao alimento. O leite de vaca não é bem digerido pelo organismo humano por questões biológicas. “A maior parte dos seres humanos não tem mais a produção da enzima que permite digerir o açúcar do leite, que é a lactose. Em função disso, as pessoas sofrem uma série de disfunções digestivas e outros males que hoje os estudiosos apontam como de origem galactogênica” (FELIPE, 2012) Dr. Sônia ainda critica a qualidade do leite que é vendido no país. Onde o produto comercializado em caixas é industrializado e processado para mascarar contaminações causadas por sangue e pus de animais com inflamações (mastite) nos mamilos e nos cascos. As vacas tornaram-se “máquinas” de fabricar leite, com um alto nível de sofrimento físico e psicológico: vivem confinadas, alimentando-se de grandes quantidades de grãos (que não estão preparadas para digerir) e até de outros alimentos produzindo leite até a estafa completa. (FELIPE, 2012) A intolerância a lactose é a sua inabilidade de transformar a lactose em galactose e glicose. Já a alergia ao leite, veja uma lista das principais que foram detectados anticorpos contra: CASEINA; BLG – Betalacto Globulina ALG – Alfa Lacto Globulina BGG – Bovino Gama Globulina BSA – Bovino Soro Albumina BTC – Beta -Celulina Na famosa palestra Mito do Leite, ouvimos que: “... o leite cria um anticorpo contra a caseína e la no seu pâncreas tem uma proteína que na cadeia de aminoácidos dela tem um grupo de aminoácidos parecido com o grupo de aminoácidos da caseína, aquele anticorpo agora não só vai atacar a caseína do leite com também vai lá e ataca o seu pâncreas! E você desenvolve diabetes tipo 1. Então, a incidência de diabetes tipo 1 esta relacionada com o consumo de leite, pelo processo do mimetismo molecular, pelo processo da homologia estrutural. Ou seja, a proteína, caseína tem proteínas primas semelhantes que estão no fígado, que estão no pâncreas, que estão em outras partes do corpo” (Dr. Lair Ribeiro) 34/57 Em BRIGGS (1960), é mostrado que a ideia de que o leite seria bom para quem tem úlcera causou um aumento de 600% na incidência de infarto do miocárdio nesse grupo. Mulheres que tomam dois ou mais copos de leite têm um aumento de 66% no risco de desenvolverem câncer de ovário. (PECK, 2000) “Existe uma correlação entre ingestão de leite e câncer de próstata” (GIOVANNUCCI, 1998, pag 87-92) Para fazer a vaca dar mais leite ela é engravidada hoje (porque tudo é feito por inseminação artificial) e daqui a dois meses é engravidadanovamente. Ela já esta grávida hoje, então o útero esta perfeito para receber a gravidez só não tem o óvulo, mas é feito tudo por inseminação artificial. Eles vão lá e fecundam ela novamente. Ela esta sendo ordenhada e ela esta grávida de novo. Só que quando ela fica grávida ela tem placenta e quando tem placenta tem hormônio. A produção de progesterona aumenta 20 a 25x numa mulher grávida, a produção de estriol aumenta 20x. No caso da vaca aumenta 33x no leite. Estrona! Que é um hormônio NÃO DESEJÁVEL, um hormônio CANCERÍGENO! A mulher tem 10% de estrona, a vaca tem 80% de estrona. Dr. Lair Ribeiro) Os malefícios relacionados à ingestão do leite animal são conhecidos apenas a médio ou longo tempo e, então, detectáveis com certeza, apenas em exames detalhados, que não são divulgados na grande imprensa. Podem ter como causas 35/57 microrganismos e bactérias, como os originários da brucelose e tuberculose e dos grupos da salmonela e de estafilococos. Tais informações podem ser encontradas em: (ESTEVES, 1999), (CURVO, 1992), (KRADJIAN, 2008), (MELO, 1999), (PCRM, 2009), (PLANT, 2007), (NutritionMD). Algumas delas: Acne Alergia (morte súbita em recém-nascidos foram associadas a alergia ao leite) Anemia Anorexia Asma Autismo (O autismo em 1970 você encontrava 1 caso a cada 10 mil crianças, em 2005 você passou a encontrar 1 caso a cada 500 crianças. E é 3x mais comum em meninos. O autismo vem aumentando no mundo e tem a ver com a nutrição, com a contaminação do leite e do leite materno . (RIBEIRO) Câncer de Próstata Câncer de mama Conjuntivites Diarreias Doença de Parkinson Dores abdominais Doença cardíaca Dor nas costas Dores articulares Endocardites Enxaqueca Esclerose múltipla Esquizofrenia (devido ao Beta Casomorfina 7 – Dr. Robert Cade) Febre (inclusive a ondulante e tifoide) Infecções de pele superficiais e profundas Infertilidade Mau hálito Meningites Náuseas Nevralgia Obesidade Obstipação (prisão de ventre) Perturbações intestinais, hepato- biliares e vesiculares Pneumonias Septicemia (infecções da correntes sanguínea) Suor excessivo Tuberculose Vertigens Vômitos 36/57 Há também os males que se desenvolvem pela absorção da gordura saturada e do colesterol, como também do excesso de proteína animal, altamente presentes no leite animal. Estes são: Obesidade Diabetes Infartos (infarto do miocárdio) Doenças coronarianas Avc (acidente vascular cerebral) Impotência sexual masculina Trombose Dislipidemias Arteriosclerose Artrite Reumatismo Osteoporose A presença dos hormônios naturais ou ainda os hormônios sintéticos aplicados o animal para aumento da produção do leite está também vinculado a diversos males -principalmente de ordem sexual e de reprodução. Entre eles: Alterações hormonais Desequilíbrio menstrual Obesidade Diabetes Nanismo Gigantismo Doenças renais Hipertensão Crescimento de pelos nas mulheres Desenvolvimento precoce dos seios em meninas Ginecomastia (aumento das mamas no homem) Puberdade precoce Masculinização de mulheres Feminilização de homens Tumores de próstata Tumores de mama Tumores de útero Tumores de ovário Tumores de testículos Tumores benignos e malignos, principalmente dos órgãos ligados à reprodução Abortos prematuros Impotência sexual masculina Infertilidade A concentração de strona no soro do leite de uma vaca não prenha é de 30pg/ml. A concentração numa vaca prenha (41-60 dias) é de 151pg/ml. Numa vaca prenha (220-240 dias) é de 1000pg/ml. Houve um aumento de 33 vezes na concentração de estrona no leite. (Mito do Leite) 37/57 No gráfico abaixo, é possível perceber que a incidência de esclerose múltipla aumenta com o consumo de leite. Um paciente com esclerose múltipla precisa parar de tomar leite, para parar de desencadear processos autoimunes causados por uma série de proteínas. Muitas começaram por causa do leite, ela tem uma alergia ao leite, cria o anticorpo esse ataca a mielina nos nervos e desenvolve a esclerose múltipla (Dr. Lair Ribeiro). Quanto maior o consumo de caseína, maior a incidência de diabetes tipo 1, pela homologia estrutural. Quanto mais leite você toma, mais caseína tem. 38/57 Dr. Lair Ribeiro informa vários estudos, como o de um grupo que fez suplementação com cálcio, onde concluíram que o grupo que fez suplementação com cálcio, teve mais infarto do miocárdio do que o grupo que não suplementou, e não apresentou evidências que reduziram fraturas ósseas. Porque o cálcio não é só absorver ele, ele teria que ficar preso no osso. Se ele não fica no osso ele se deposita nas artérias e cria problemas. Quanto maior a ingestão de cálcio sozinho, maior a incidência de fratura de quadril. Percebe-se, que problema não é apenas o cálcio, é a relação cálcio/magnésio. Na palestra virtual, Mito do Leite, é mostrado que na Finlândia, se morria muito do coração, onde mais tinha doenças cardíacas no mundo. Mas isso mudou, pois o departamento de saúde da Finlândia criou um sal, onde aumentaram a concentração de magnésio, diminuíram a concentração de cálcio e esse problema caiu dramaticamente. Mostrando a relação ideal entre cálcio / magnésio é de no máximo 2 para 1. E no leite é mais de 10 para 1. Ou seja o cálcio proveniente do leite é MALÉFICO, pois traz a relação com o magnésio ruim para a saúde. 39/57 Outro fator a ser observado é que 85% a 90% do osso é PROTEÍNA, não é mineral. Segundo, produtos lácteos têm sido considerados alimentos saudáveis, e, isso infelizmente é apenas um mito (CAMPBELL, 2006, apud RIBEIRO) Não faz sentido que tenhamos que depender a vida toda de leite de uma outra espécie para preencher nossas necessidades de cálcio. O esqueleto é constituído de dois tipos de ossos: - Cortical (exterior) = 80% - Trabecular (interior) = 20% Ribeiro ressalta que é só no osso trabecular que tem a mineralização. E os estudos de cremação mostram que independente da idade, seja um homem de 18 anos ou um de 80 anos (de mesma altura e peso/massa) o que sobra de cinza é igual. Como a cinza são os minerais, é o cálcio que ficou, podemos dizer que é mito dizer que o osso tem menos cálcio a medida que envelhece, pois senão as cinzas do homem de 80 anos deveria pesar bem menos do que as do de 18 anos. (RIBEIRO) Em 2014, a Escola de saúde pública de Harvard, nos EUA, restringiu o leite e derivados de sua famosa pirâmide, inovando-a, agora em forma de prato. Um grande 40/57 avanço para a saúde mundial, sugerindo mudanças significativas no padrão alimentar para uma população saudável. Abaixo alguns pontos fundamentais: A preferência por óleos vegetais, minimizando o consumo de manteiga. Uma diminuição considerável no consumo de leite e derivados para 1a 2 porções ao dia, sob a alegação de que estes produtos estão associados com o risco de certos tipos de câncer. A imagem e nome destas categorias de alimentos sequer aparecem no prato, o que demonstra uma enorme mudança de paradigma na dieta. Harvard ressalta que as fontes vegetais de cálcio devem ser priorizadas, em detrimento do leite. A preferência por carnes brancas e fontes vegetais de proteína (leguminosas principalmente) em detrimento das carnes vermelhas. A alegação é de que as carnes vermelhas quando consumidas regularmente, aumentam os riscos de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e câncer de intestino. Frisa a importância deque os grãos e cereais sejam integrais. Na pirâmide alimentar isso não é enfatizado. Frisa a importância de reduzir o consumo de doces ao mínimo, enquanto a pirâmide alimentar sugere uma porção desse grupo alimentar igual ou superior à ingestão de leguminosas e óleos e gorduras. A “Pirâmida nova” de Harvard, agora na forma de prato: 41/57 42/57 “O consumo de carne é INSALUBRE, tanto que a Ciência já associou o consumo de carne com vários tipos de câncer, como mama, intestino e próstata, além de aumentar a incidência de patologias cardíacas e metabólicas e transmitir doenças graves, como a Neurocisticercose e a Doença da Vaca Louca. É ANTIFISIOLÓGICO, pois todo nosso organismo tem evidências a favor de uma dieta vegetariana. Nosso intestino é longo e cheio de microvilosidades, que aumentam a absorção dos alimentos, ao contrário do dos carnívoros, que é curto, por isso o contato deles com a carne e suas toxinas dá-se por um breve período. Nossos ácidos estomacais são mais fracos, porque ácidos fortes não são necessários para digerir frutas e vegetais; então o PH de nosso estômago é em torno de 5, ao passo que o dos carnívoros, 1. Temos Ptialina na boca, a Amilase salivar, enzima que começa a digerir os carboidratos dos vegetais assim que entram na cavidade oral, ausente nos carnívoros verdadeiros, pois esses não ingerem vegetais. Não fabricamos a Uricase, enzima que metaboliza o ácido úrico presente na carne em grande 43/57 quantidade, aí utilizamos nosso cálcio para alcalinizar esse forte ácido, o que acidifica o organismo e provoca a formação de radicais livres, relacionados ao envelhecimento. Fora que os cristais formados podem depositar-se nas articulações, dando origem à Gota e a Reumatismos” (PIRAJA, 2015) Carnívoros tem um intestino curto para rápida expulsão da carne em decomposição. Vegetarianos, incluindo o homem, tem um intestino longo, para a digestão lenta de frutas e vegetais. Carnívoros possuem longos e afiados dentes, vegetarianos possuem dentes aptos a cortar e moer grãos, frutas e vegetais. 44/57 Conclusão Cada vez mais os meios de comunicação procuram mostrar a importância do consumo consciente da água, que devemos poupar água. Como vimos nesse trabalho, a pecuária representa 70% do consumo mundial de água. Logo, apenas por esse motivo já parece-me óbvio pararmos de incentivar esse consumo. Não é racional reduzirmos o tempo no chuveiro e continuarmos consumido carnes, que como foi visto ao longo do trabalho, consome água de vários dias de banho. Precisamos abster-nos desse hábito, que além de cruel, insalubre a nossa saúde, também consome muita água e espaço físico, o que em algumas décadas, se não mudarmos, tornar-se-á insustentável. “Não será a hora de formarmos agricultores da sustentabilidade (permacultores), guarda-parques, guias de ecoturismo, artesãos, madeireiros cuidadosos, cientistas e estudiosos do saber local?” (Meirelles, 2006) Além da necessidade de mudarmos nossos hábitos, o governo precisa ter políticas públicas que não se anulem. Pois o Ministério da Saúde, discretamente, informar que carne animal, laticínios fazem mal à saúde, mas gastar bilhões com tratamento de doenças causadas por esses hábitos, e o BNDES financiando abatedouros, e o Ministério da Agricultura trabalhando em prol do desmatamento para de maneira ineficiente (carnes ao invés de vegetais) produzir alimentos, parece-me que a ciência está perdendo para o lobby das forças do mercado (poder financeiro). De acordo com o antropólogo Sidney Mintz (HIATH), a comida foi um capítulo fundamental na história do capitalismo passado: como alimentar pessoas, e como fazer dinheiro alimentando-as. Precisa-se quebrar essa barreira onde o lucro esteja acima do bem-estar do planeta, do privilégio de poucos em detrimento de muitos. 45/57 A saúde da população, o bem viver, deveria ser a prioridade de seus governantes, para isso espero que de alguma forma, esse trabalho seja mais um incentivo para essa ideia crescer, ganhar adeptos que percebam que podemos fazer a nossa parte, em um simples prato de comida. Por que continuamos repetindo hábitos, cruéis, dos colonizadores europeus? Já está na hora de também descolonizarmos nossos hábitos alimentares, evoluirmos para hábitos menos selvagens, mais puros, condizentes com nosso corpo. Vamos reconhecer esse erro e mudar? Essa troca do paladar, pelo discernimento é o caminho. 46/57 BIBLIOGRAFIA 1) AMARAL NETO, Dr. Roberto Franco do. 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Virgin Books, New York, 2007. 28) RIBEIRO, Dr Lair, Mito do Leite. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch? v=L8lJ2d1DQvw>. Acesso em: 03/02/2015 29) ROSA, INSTITUTO NINA, Alimentação. Disponível em: <http://www.institutoninarosa.org.br/site/veg/alimentacao.> Acesso em: 08/12/2016 30) ROSA, INSTITUTO NINA, A Carne é fraca. Disponível em: <http://www.institutoninarosa.org.br/site/material-educativo-2/a-carne-e-fraca/> Acesso em: 28/01/2015 48/57 31) ROSA, INSTITUTO NINA, A Engrenagem. Disponível em: <http://www.institutoninarosa.org.br.> Acesso em: 28/01/2015 32) Shinya, Dr. Hiromi. A saúde depende do Intestino. Disponível em: http://youtu.be/H4Z4TMpF3Nw > Acesso em: 03/02/2015 33) Slywitch, Dr. Eric. Alimentação sem Carne. Disponível em: <http://www.alimentacaosemcarne.com.br>. Acesso em: 31/01/2015 34) SVB – Sociedade Vegetariana Brasileira. Disponível em: < http://www.svb.org.br/noticias/1115-voce-ja-comeu-a-amazonia-hoje>. 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Acessado em 05/02/2015 49/57 ANEXO Sugestões de Consumo Como vimos, a dieta vegana é mais do que uma alternativa, é essencial para vivermos mais e melhor: 50/57 Pirâmide alimentar vegana Alternativa ao Leite animal Além dos leites vegetais da tabela acima, há outras opções, como os leites de: Alpiste, Amêndoas, Amendoim, Brotos de Soja (Moyashi), Cânhamo, Castanha-do- Brasil(Castanha do Para), Girassol, Macadâmia, Sementes de Abóbora, podem ser feitos em casa, e receitas são facilmente encontradas pela internet. 51/57 52/57 Alternativa a Carne Animal Não há um único alimento vegetal para substituir a carne animal, nenhum é idêntico a ela. E nem precisa ser, pois a dieta vegana pode ser muito mais rica e variada do que a dieta que onívora (que inclui as carnes). Precisa-se quebrar preconceitos, pois a carne não é o centro da dieta. A questão da proteína, não é problema, pois há uma diversidade enorme de fontes, como castanhas e sementes (nozes, avelãs, castanha-do-Brasil/Pará, castanha de caju, amêndoas, gergelim, semente de girassol) e pelas leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico, soja e derivados). Comparada com a carne, esses alimentos vegetais suprem nossas necessidades, mas com uma carga menor de gordura total e gordura saturada. Isto permite que haja espaço para a inclusão de outros alimentos que serão fontes de ainda outros nutrientes e assim a dieta se torna mais rica. 53/57 Dr. George Guimarães diz que os maiores benefícios da dieta vegetariana advém justamente desta necessidade de variar a dieta. Precisa-se mudar os velhos hábitos que contam com uma variedade muito limitada de alimentos para manter o indivíduo razoavelmente saudável. Necessitamos explorar novos ingredientes, novas preparações, novas influências culinárias. O resultado será uma dieta bastante variada, que permite o consumo de uma gama maior de nutrientes e de substâncias protetoras (antioxidantes, fitoquímicos, fibras), um quesito essencial para uma vida saudável. (GUIMARÃES, 2006). 54/57 Alternativa ao ovo animal 55/57 56/57 57/57 Foz do Iguaçu/PR/Brasil DEZEMBRO/2016 Veganismo uma alternativa para ajudar ao Planeta Guia Alimentar para a População Brasileira (2014) Saúde x Importância do pH alcalino Conclusão BIBLIOGRAFIA Sugestões de Consumo Pirâmide alimentar vegana Alternativa ao Leite animal Alternativa a Carne Animal Alternativa ao ovo animal
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