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ESTUDO DE CASO II

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CENTRO UNIVERSITÁRIO – UNINTER 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
WALACI MAGNAGO 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINHARES 
2017 
ESTUDO DE CASO 
1) Como a professora pode abordar a cultura afro neste contexto? 
2) De que forma a professora deve abordar em sala de aula que as diferenças devem 
ser respeitadas e promovidas e não utilizadas como critérios de exclusão social e 
política? 
 
A escola é um dos principais meios de socialização. Nela as culturas coexistem: o 
educador expõe para os seus alunos seus conhecimentos culturais, e estes por sua 
vez também expõem os seus para o professor e colegas, podendo ser influenciados 
uns pelos outros ou não. Tudo isso deve ser feito de maneira que um respeite a cultura 
do outro, e a escola deve assumir este papel, para que seus membros transmitam a 
sua comunidade. 
A cultura afro-brasileira faz parte da nossa identidade. Este fato em si, já é relevante 
para se estimular o interesse pelo assunto e levá-lo a prática em ambientes escolares; 
é a partir desta fase da vida que se começa a ampliar as interações entre os sujeitos 
e é dever do educador intervir no processo de formação e percepção crítica das 
crianças, buscando evitar que estas se tornem preconceituosas, contribuindo, assim, 
para uma relação de respeito e aceitação das diferenças, do senso crítico entre outras 
coisas. A história dos africanos é parte da história do povo brasileiro. 
Desde quando chegaram ao Brasil, os africanos passaram a contribuir para a história 
do país, suas culturas se intercambiaram com a do povo que já habitava aqui, 
transformando o Brasil num país multicultural. Partindo deste ponto, acredito ter muita 
importância um brasileiro se desenvolver sem ter uma relação preconceituosa com a 
sua cultura. Muitos brasileiros praticam das culturas que os africanos deixaram sem 
se darem conta de onde está veio, e sem saber da sua história ou pelo menos não 
valorizam. Talvez, uma das soluções para superar o racismo seja a iniciativa de 
começar a legitimar a cultura afro-brasileira desde as crianças. 
Trabalhar simultaneamente a problemática de gênero, da diversidade sexual e das 
relações étnico-raciais, ou seja, abordar em conjunto a misoginia, a homofobia e o 
racismo não é apenas uma proposta absolutamente ousada, mas oportuna e 
necessária. No Brasil, o estudo destes três temas e dos correlativos processos de 
discriminação social deu origem a campos disciplinares distintos (quem estuda uma 
coisa não estuda outra), a diferentes arenas de atuação de ativistas (cujo diálogo entre 
si nem sempre é fácil) e, finalmente, a políticas públicas específicas. Apesar dessa 
fragmentação, gênero, raça, etnia e sexualidade estão intimamente imbricados na 
vida social e na história das sociedades ocidentais e, portanto, necessitam de uma 
abordagem conjunta. Para trabalhar estes temas de forma transversal, é fundamental 
manter uma perspectiva não-essencialista em relação às diferenças. 
Assim, diferentes desigualdades se sobrepõem e se reforçam. Faz todo o sentido, 
portanto, discuti-las em conjunto, pois aquele que é considerado como cidadão, o 
sujeito político por excelência, é homem, branco e heterossexual. Em torno dele 
constrói-se todo um universo de diferenças desvalorizadas, de subcidadãos e 
subcidadãs. 
Ao discutir tais questões com os professores, busca-se contribuir, mesmo que 
modestamente, com a escola em sua missão de formadora de pessoas dotadas de 
espírito crítico e de instrumentos conceituais para se posicionarem com equilíbrio em 
um mundo de diferenças e de infinitas variações. Pessoas que possam refletir sobre 
o acesso de todos/as à cidadania e compreender que, dentro dos limites da ética e 
dos direitos humanos, as diferenças devem ser respeitadas e promovidas e não 
utilizadas como critérios de exclusão social e política. 
Desse modo, acredito que educar para libertar consiste em proporcionar uma 
formação crítica e reflexiva, na busca por um processo de emancipação dos diferentes 
sujeitos, evidenciando o rompimento de práticas discriminatória, racistas e sexista que 
violem com os princípios de direitos humanos. Entendo que a educação possibilita 
essa libertação na medida em que proporciona o sujeito pensar e refletir acerca 
dessas questões, desmistificando as representações que se encontram arraigadas 
sob um viés opressor. 
Portanto, no que se trata ao papel da escola frente ao debate com as discussões que 
permeiam esse campo, acredito que a mesma cumpre uma importante função, tanto 
pessoal como social, pois, as provocações em torno das práticas enviesadas no 
respeito mútuo e direitos humanos serão difundidas em todos os contextos sociais .

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