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ESTRESSE TÉRMICO E SALINO Fisiologia Vegetal Eng. Agr. Derek Brito Chaim Jardim Rosa Mestrando em Agronomia PPGA/UFGD ESTRESSE TÉRMICO Temperatura Limitante 45 °C Sementes Secas 120 °C Grãos de Pólen 70 °C Termotolerância Induzida: Exposição breve e periódica a estresses térmicos subletais podem induzir tolerância a temperaturas letais. ESTRESSE TÉRMICO O Esfriamento Evaporativo e a manutenção de baixas temperaturas nos tecidos vegetais... Comum na maioria das plantas C3 e C4, com abundante suprimento hídrico até que água se torne limitante. ESTRESSE TÉRMICO ATENÇÃO! Figura 1. O estresse térmico é um perigo potencial em casas de vegetação, onde a baixa velocidade do ar e a alta umidade reduzem a taxa de resfriamento foliar. (Fonte: Google Imagens). Tabela 1. Temperaturas letais para as plantas (Fonte: Levitt, 1980 extraída de Taiz & Zeiger, 2006). ESTRESSE TÉRMICO Tanto a fotossíntese quanto a respiração são inibidas em altas temperaturas, mas com o aumento da temperatura, a taxa fotossintética decresce antes da taxa respiratória. PONTO DE COMPESAÇÃO DE TEMPERATURA Temperatura na qual a quantidade de CO2 fixado pela fotossíntese iguala-se a quantidade de CO2 liberado pela respiração. SOL SOMBRA ESTRESSE TÉRMICO Figura 2. Resposta da armole congelada (Altriplex sabulosa) e do mel doce do Arizona (Tidestromia oblongifolia) ao estresse térmico. A fotossíntese (A), a respiração (B) e a permeabilidade da membrana (C) foram mais sensíveis ao dano pelo calor em A. sabulosa do que em T. oblongifolia. No entanto, nas duas espécies a fotossíntese foi mais sensível ao estresse térmico do que qualquer dos outros dois processos; ela foi totalmente inibida sob temperaturas não prejudiciais à respiração (Fonte: Bjorkman e cols., 1980, extraída de Taiz & Zeiger, 2006). ESTRESSE TÉRMICO O Estresse Térmico reduz a Estabilidade da Membrana • Altas temperaturas Decréscimo na força das ligações de hidrogênio e das interações eletrostáticas entre os grupos polares de proteínas na fase aquosa da membrana, podendo levar a perda de íons; • A excessiva fluidez de lipídeos de membrana a temperaturas altas está relacionada a perda de função; • A ruptura das membranas também causa a inibição da fotossíntese e respiração, processos que dependem da atividade de transportadores de elétrons e enzimas associados a membranas. ESTRESSE TÉRMICO Adaptações protegem as plantas contra o aquecimento excessivo: A) Tricomas foliares refletivos e ceras foliares; B) Enrolamento foliar e orientação foliar vertical; C) Folhas pequenas, altamente divididas; D) Presença em algumas espécies, de dimorfismo foliar; E) Produção de “Proteínas de Choque Térmico” (‘desdobramento de proteínas’). ESTRESSE TÉRMICO RESFRIAMENTO X CONGELAMENTO Dano por Resfriamento: O crescimento torna-se mais lento, surgem descoloração ou lesões nas folhas e a folhagem dá a impressão de estar encharcada, como se fosse embebida em água por um longo tempo. Se as raízes sofrerem resfriamento, a planta pode murchar. Dano por Congelamento: Ocorre a temperaturas abaixo do ponto de congelamento da água. A indução de tolerância ao congelamento, como com o resfriamento, exige um período de aclimatação a temperaturas baixas. ESTRESSE TÉRMICO As propriedades das membranas alteram-se em resposta ao dano por resfriamento Resposta imediata Perda de função das membranas durante o resfriamento. Logo: A) As folhas danificadas mostram inibição da fotossíntese; B) Translocação mais lenta de carboidratos; C) Taxas respiratórias mais baixas; D) Inibição de síntese proteica e E) Aumento da degradação das proteínas existentes. ESTRESSE SALINO SODICIDADE X SALINIDADE Sodicidade: Altas concentrações de Na+. Sua alta concentração em um solo sódico, pode não apenas prejudicar diretamente as plantas como também degradar a estrutura do solo, decrescendo a porosidade e a permeabilidade à água. Salinidade: Altas concentrações de sais totais como por exemplo Ca2+, Mg2+, SO2-4 e NaCl. A salinidade da água do solo ou da água de irrigação é medida quanto à condutividade elétrica ou quanto ao seu potencial osmótico. ESTRESSE SALINO A salinidade reduz o crescimento e a fotossíntese de espécies sensíveis Figura 3. O crescimento de espécies diferentes submetidas à salinidade, em relação ao de controles não-salinizados. As curvas dividindo as regiões são baseadas em dados de espécies diferentes. As plantas cresceram durante um a seis meses (Fonte: Greenway e Munns, 1980, extraída de Taiz & Zeiger, 2006). ESTRESSE SALINO O dano pelo sal envolve efeitos osmóticos e efeitos iônicos específicos Potencial osmótico baixo (mais negativo) nas zonas radiculares Afeta o balanço hídrico geral das plantas, forçando-as a busca de um potencial hídrico ainda mais baixo para que consigam se desenvolver. Ambiente de baixo potencial hídrico causado pela SALINIDADE Ambiente de baixo potencial hídrico causado pela DESSECAÇÃO DO SOLO ESTRESSE SALINO Além das respostas das plantas ao potencial hídrico baixo, têm-se também os efeitos nocivos da toxicidade de Na+, SO2-4 e Cl - tais como: • Inativação de enzimas que inibem a síntese proteica; • Inibição da fotossíntese quando altas concentrações de Na+ e Cl- se acumulam nos cloroplastos, não afetando o transporte de elétrons mas sim o metabolismo do carbono e a fosforilação. ESTRESSE SALINO Diferentes mecanismos para evitar o dano pelo sal: • Exclusão via meristemas, em particular da parte aérea, e de folhas que estão se expandindo de forma ativa e fotossintetizando; • Impedimento, via sistema radicular, da chegada de íons potencialmente prejudiciais à parte aérea; • Presença de glândulas de sal na superfície das folhas em plantas resistentes ao sal, onde ele é cristalizado e fica inerte; • Acúmulo de íons no vacúolo e síntese de solutos compatíveis no citosol (Objetivo decréscimo do Ψs); • Redução de área foliar, ou perda de folhas em razão do estresse osmótico (= aos mecanismos de estresse hídrico).
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