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PSI PENS E LING. -Vygotsky e Piaget i.ppt

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 PENSAMENTO E LINGUAGEM
PIAGET E VYGOTSKY
SONIA MEDEIROS
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JEAN PIAGET
	
	
Nasceu em Neuchâtel, Suíça, em 9 de agosto de 1896. Aos dez anos de idade publicou artigos sobre a observação de um pardal albino e, aos 15 anos, era conhecido dos zoólogos europeus por ensaios sobre moluscos. Em 1918, doutorou-se em ciências pela universidade de Neuchâtel, onde também estudou filosofia. Logo depois, interessou-se pela psicologia e epistemologia e foi para Zurique, onde estudou com Carl Gustav Jung e estagiou na clínica de Eugen Bleuler.
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JEAN PIAGET
	
A partir de 1919, estudou durante dois anos na Sorbonne e trabalhou na criação e aplicação de testes de leituras em crianças. Os erros que elas cometiam despertaram seu interesse pelo processo cognitivo infantil.
 “Não existem estruturas inatas: toda estrutura pressupõe uma construção. Gênese e estrutura são indissociáveis temporalmente, ou seja, estando em presença de uma estrutura como ponto de partida e de mais uma complexa como ponto de chegada, entre as duas se situa necessariamente um processo de construção que é a gênese. (Piaget, 1976)”.
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O DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO PARA PIAGET
	
Para Piaget o estudo do desenvolvimento humano era de total importância; para ele não podemos considerar que a criança seja um adulto em miniatura, pois tal apresenta características próprias de sua idade. 
Compreender isso é compreender a importância do desenvolvimento humano. Seus estudos demonstraram que existem formas de perceber, compreender e se comportar diante do mundo, próprias de cada faixa etária, isto é, existe uma assimilação progressiva do meio ambiente, que implica uma acomodação das estruturas mentais a este novo dado do mundo exterior
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	Para Piaget, a criança continuamente cria e recria seu modelo de realidade. Ele procurou explicar a evolução da conduta cognitiva e da formação do pensamento da infância à idade adulta. 
A evolução mental passa por quatro estágios, determinados por um modelo genético universal:
	Estágio sensório motor vai do nascimento a cerca de dois anos de idade; pré-operacional, até os seis ou sete anos; operacional concreto, até os 12 anos e operações formais que prolonga-se até a maturidade
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PIAGET
	 Para ele o conhecimento (psiquismo), no recém –nascido, não está nem no sujeito nem no objeto, mas num ponto (P) periférico, externo ao sujeito e ao objeto. 
A medida que o sujeito interage com os objetos (p-o) penetrando nas suas propriedades intrínsecas, ele vai se construindo como sujeito (p – s). 
A medida que ele vai construindo o seu psiquismo, a sua interação com os objetos vai se tornando mais elaborada e diversificada. Esse é um processo de trocas.
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TEORIA DO CONHECIMENTO NA PERSPECTIVA PIAGETIANA
A preocupação central de Piaget era elaborar uma teoria do conhecimento que pudesse explicar como o organismo conhece o mundo, para tanto, estudou os processos de pensamentos presentes desde a infância inicial até a idade adulta; interessando-se pela necessidade de conhecimento típico do homem, onde apresentou sua visão interacionista.
 Nesta mostrou a criança e o homem num processo ativo de continua interação, procurando entender quais os mecanismos mentais que o sujeito usa nas diferentes etapas da vida para poder entender o mundo; pois para ele a adaptação a realidade externa depende basicamente do conhecimento
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VYGOTSKY
Nasceu em Orscha, país da extinta Uniao sovietica em 17 de novembro de 1896. 
Na universidade de Moscou cursou Direito, ao mesmo tempo que frequentou cursos de História e Filosofia aprofundando seus estudos em Psicologia e Literatura, que o levaram a se interessar pelo funcionamento psicológico do homem , interessando-se em trabalhar com problemas neurológicos, assim, ainda estudou medicina.
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VYGOSTKY
Desenvolveu uma teoria não detalhada sobre a construção do psiquismo humano, utilizando-se de categorias conceituais inspiradas no materialismo histórico e dialético de Marx e Engels. 
Da mesma maneira que, para Marx, a história da humanidade não deveria ser estudada como sendo decorrente de um propósito divino ou dos ideais dos homens, mas a partir da ação do homem concreto, para Vygotsky a constituição do psiquismo não poderia ser encontrada nas profundezas da alma ou nos pré-formismos da mente, mas nas relações sócio-históricas.
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VYGOSTKY
O estudo da linguagem e do pensamento ocupou lugar de destaque em suas teorias, pois são essas funções psíquicas consideradas como constituidoras do sujeito e de acordo com Vygotsky, é exemplo nítido da mediação semiótica e da internalização como processos constitutivos.
Para Vygotsky, o momento crucial em que a fala começa a servir ao intelecto e os pensamentos começam a ser verbalizados é caracterizado pelas perguntas constantes formuladas pela criança (“o que é isso”) e pela ampliação repentina de seu vocabulário. A criança parece descobrir a função simbólica das palavras e nesse momento há um enorme desenvolvimento da comunicação infantil com o ambiente circundante e vai ocorrendo a internalização da fala racional e do pensamento verbal.
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TEORIA DE VYGOTSKY
	No processo de internalização da fala, a criança passa por estágios:
 1) Fala social ou exterior;
 2) Fala egocêntrica;
 3) Fala interior;
	 A fala egocêntrica, diferentemente da postulação de Piaget, é o meio caminho em direção a fala interior, isto é, a partir da fala para o outro, a criança começa a falar para si própria e só depois é que começa a fazer parte de sua fala interna.
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 FORMAÇÃO DO PENSAMENTO E DA LINGUAGEM
Para Vygotsky a trajetória do pensamento desvincula-se da linguagem e a trajetória da linguagem independe do pensamento.
 Num determinado momento do desenvolvimento filogênico, essas duas trajetórias se unem e o pensamento se torna verbal e a linguagem é atribuída à necessidade de intercâmbio dos indivíduos durante o trabalho. O surgimento do pensamento verbal e da linguagem como sistema de signos é um momento crucial no desenvolvimento da espécie humana em que o biológico transforma-se em sócio-histórico.
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SEMIÓTICA
A Semiótica (do grego σημειωτικός literalmente "a ótica dos sinais"), é a ciência geral dos signos e da semiose que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos, isto é, sistemas de significação. Ambos os termos são derivados da palavra grega σημεῖον (sēmeion), que significa "signo“. Foi usada pela primeira vez em Inglês por Henry Stubbes (1670), em um sentido muito preciso, para indicar o ramo da ciência médica dedicado ao estudo da interpretação de sinais. John Locke usou os termos "semeiotike" e "semeiotics" no livro 4, capítulo 21 do Ensaio acerca do Entendimento Humano (1690).
Mais abrangente que a lingüística, a qual se restringe ao estudo dos signos lingüísticos, ou seja, do sistema sígnico da linguagem verbal, esta ciência tem por objeto qualquer sistema sígnico - Artes visuais, Música, Fotografia, Cinema, Culinária, Vestuário, Gestos, Religião, Ciência, etc.
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VYGOTSKY
 Para ele o sujeito não se reduz a um mero reflexo das estimulações externas e nem tão pouco se desenvolve a partir de potencialidades internas, mas se constitui na interação sujeito – objeto, por meio da mediação semiótica.
 Isso implica na identificação dos mecanismos cerebrais subjacentes a uma determinada função psicológica e na explicação detalhada de sua historia ao longo de seu desenvolvimento, com o objetivo de estabelecer as relações entre as formas simples e complexas do comportamento.
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VYGOTSKY
	
O homem, para agir sobre a natureza, usa sua força motriz ou instrumentos e ferramentas criados por ele mesmo. Para agir sobre o psiquismo, o homem usa, de acordo com Vygotsky, um outro tipo de instrumento, a suas ferramentas psicológicas, os signos. 
A mediação através dos signos ( que é a linguagem) é importante na construção
das funções mentais.
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PIAGET
 Já para Piaget, a aprendizagem e o desenvolvimento são concebidos, como processos resultantes da formação continua de esquemas, que são produzidos pela adaptação e pela organização, mediante a abstração empírica e reflexiva.
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 OS PESQUISADORES INTERACIONISTAS
Vygotsky e Piaget fazem parte de um grupo de teóricos que procuram explicar o comportamento humano dentro de uma perspectiva na qual o sujeito e o objeto interagem em um processo que resulta na construção e reconstrução de estruturas cognitivas. São os chamados teóricos interacionistas.
No interacionismo há interação entre o sujeito e o objeto para a construção do psiquismo do sujeito e para a construção dos próprios objetos.
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VYGOTSKY PIAGET
A linguagem e o pensamento humano tem origem social. A cultura faz parte do desenvolvimento humano e deve ser integrada ao estudo e explicação das funções superiores.
 O desenvolvimento humano refere-se ao desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico. O desenvolvimento mental é uma construção contínua que vai aperfeiçoar e solidificar uma estrutura mental, que quando estiver plenamente desenvolvida caracterizará um estado de equilíbrio superior quanto aspectos da inteligência, vida afetiva e relações sociais
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VYGOTSKY PIAGET
	Todos os fenômenos devem ser estudados como processos em permanente movimento e transformação;
	O homem constitui-se e se transforma ao atuar sobre a natureza com sua atividade e seus instrumentos 
 	Compreender que a criança não é um adulto em miniatura é compreender a importância do estudo do desenvolvimento humano; onde existem formas de perceber, compreender e se comportar diante do mundo, próprias de cada faixa etária
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VYGOTSKY PIAGET
	
		A mudança individual tem sua raiz nas condições sociais de vida. Assim, não é a consciência do homem que determina as formas de vida, mas é a vida que se tem que determina a consciência.
	 Estudar o desenvolvimento humano significa descobrir que ele é determinado pela interação de vários fatores. permitindo-nos reconhecer as individualidades, tornando-nos mais aptos para observar e interpretar os comportamentos
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VYGOTSKY 	 X 		 PIAGET
	
Se fizermos um paralelo entre esses dois teóricos poderíamos dizer que Piaget apresenta uma tendência hiperconstrutivista em sua teoria, com ênfase no papel estruturante do sujeito. 
Maturação, experiências físicas, transmissões sociais e culturais e equilibração são fatores de sua teoria. 
Já Vygotsky enfatiza o aspecto interacionista, pois considera que é no plano intersubjetivo, isto é, na troca entre as pessoas, que tem origem as funções mentais superiores.
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BIBLIOGRAFIA
	
	 BOCK. Ana Merces Bahia, FURTADO, Odair. TEIXEIRA, Maria de L. Trassi.Psicologias: Uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo, Editora Saraiva. 2005;
	COUTINHO, Maria Tereza da Cunha. e MOREIRA, Mercia. Psicologia da Educação. Belo Horizonte, editora LÊ. 2005;
	OLIVEIRA. Marta Kohl. VYGOTSKY, Aprendizagem e desenvolvimento um processo socio-historico. São Paulo. Editora Scipicione, 4º ed 1990.
	RAPPAPORT. Clara Regina, FIORI,Wagner da Rocha,DAVIS Claudia. Psicologia do desenvolvimento. Teorias do desenvolvimento. Vol 1. São Paulo. Editora pedagogica e Universitaria LTDA. 1981

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