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DISCIPLINA DE CINESIOTERAPIA Prof Leonardo Picchi CINESIOTERAPIA A arte de cura A cinesioterapia é definida etimologicamente como a arte de curar, utilizando todas as técnicas do movimento. Licht (1965) definiu exercício terapêutico como "movimento do corpo ou das partes corporais para alívio de sintomas ou melhorar a função". CINESIO TERAPIA METAS DO EXERCÍCIO TERAPÊUTICO - Avaliação do indivíduo - Identificação do problema: Objetivo e Plano de tratamento • Restauração ou manutenção de força • Resistência à fadiga (muscular ou cardiorrespiratória) • Mobilidade e Flexibilidade • Relaxamento • Coordenação e Habilidade Exercício Terapêutico: Sobrecargas e forças são colocadas no sistema corporal de modo progressivo e apropriado para melhorar força geral do indivíduo em suas AVDs. FORÇA Habilidade que um músculo ou grupo muscular tem para desenvolver tensão e força resultantes em um esforço máximo, dinâmica e estaticamente em relação às suas demandas. O indivíduo desenvolve força muscular normal necessária para as atividades cotidianas. - Testes manuais: definido como grau de força que o permite contrair contra resistência. Fatores que influenciam a força do músculo normal Área de secção transversa Relação entre comprimento e tensão Fatores que influenciam a força do músculo normal Recrutamento de unidades motoras Tipo de contração muscular Fatores que influenciam a força do músculo normal Velocidade de contração Motivação do paciente Mudanças Neuromusculares que levam ao aumento de força - Hipertrofia / Hiperplasia - Recrutamento de fibras Normal Hipertrofia Hiperplasia Princípios gerais para exercício de fortalecimento • Princípio de excesso de carga • Utilizar carga alta ou baixa até o ponto de fadiga RESISTÊNCIA À FADIGA Desempenho de tarefas motoras repetitivas, manutenção de um nível estável de atividade funcional como andar e subir escadas. É o desempenho do trabalho por longo período de tempo. Alterações nos sistemas muscular e cardiorrespiratório que resultam em aumento da resistência à fadiga Alterações IMEDIATAS durante o exercício: - Aumento do fluxo sanguíneo muscular e da demanda e consumo de O2. - Aumento da FC e da PA - Aumento da frequência e profundidade respiratória Mudanças adaptativas à LONGO PRAZO - Muscular: maior vascularização ou densidade capilar - Cardiovasculares: maior eficiência da capacidade de trabalho cardíaco e redução da FC de repouso. Princípios para exercícios de resistência à fadiga • Resistência muscular: repetição de movimentos • Resistência geral: melhora da capacidade aeróbica do indivíduo (grandes grupos musculares) MOBILIDADE E FLEXIBILIDADE - Tecidos moles e articulares se alongam e se encurtam - Retração Mobilização de tecidos moles Músculo: contração / relaxamento (alongamento passivo) - Imobilidade / Contratura Tecido conjuntivo: ff colágenas (não contráteis e pouco flexíveis) - Cicatrizes (maior densidade de tec. conj.) Pele: elasticidade para o movimento (queimaduras, incisões etc) Mobilidade articular Cinemática articular própria com frouxidão capsular adequada para permitir rotação e deslizamento normal entre superfícies ósseas. Caso haja restrição capsular ou relação defeituosa, há interferência na movimentação normal. Tipos de exercícios de mobilização - Alongamento passivo - Alongamento ativo - Exercício de flexibilidade - Mobilização articular RELAXAMENTO Esforço consciente para aliviar tensões musculares. A tensão muscular prolongada causa dor que leva a um espasmo muscular que resulta em mais dor, ou seja, DOR= ESPASMO= + DOR (p.ex. dor de cabeça, parto, DPOC etc) Bases terapêuticas do relaxamento - Contração ativa causa RELAXAMENTO - Contração do AGONISTA causa relaxamento de seu ANTAGONISTA - Pensamento consciente (indivíduo consciente do relaxamento) Princípios para exercícios de relaxamento - Posicionamento confortável com corpo bem apoiado (orientar a contrair e relaxar os músculos progressivamente) - Associar respiração profunda COORDENAÇÃO E DESTREZA Coordenação é o uso do músculo certo, no momento certo, com intensidade certa. Exige organização do SNC. - Desenvolvida no período fetal e nos 1os anos de vida - Habilidade motora fina e grossa: atividade motora primitiva reflexa e, posteriormente, refinada com atividades repetitivas. - Lesão do SNC (AVC, PC, etc): prejuízo do movimento normal em geral Exercício terapêutico na melhora da coordenação motora • Princípios gerais envolvem repetição consciente de poucas atividades motoras e uso de auxílios sensoriais (táteis, proprioceptivos), com o aumento da velocidade com o passar do tempo. • Tipos de abordagem: FNP, Bobath, Terapia sensorial
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