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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
nome do curso HISTÓRIA 3ºSEMESTRE
ALUNO :JOÃO RICARDO DE TOLEDO
Produção Textual em Grupo
BEBEDOURO
2017
UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ
HISTÓRIA 3ºSEMESTRE
PRODUÇÃO TEXTUAL EM GRUPO
ALUNO :JOÃO RICARDO DE TOLEDO 
Trabalho apresentado ao Curso de História da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná,para as disciplinas Introdução aos Estudos Históricos;Sociedades Ágrafas e História Antiga;História Medieval ;Metodologia Científica • Seminário da Prática III. Professores Julho Zamariam;Marina Costa de Oliveira; Patrícia Graziela Gonçalves;José Osvaldo Henrique Corrêa. 
		
BEBEDOURO/SP
2017
Introdução
Este trabalho pretende examinar as condições semelhantes à escravidão que ainda estão presentes nos dias de hoje, embora tenha passado mais de um século da abolição da escravidão. O principal objetivo deste trabalho é apresentar e analisar os aspectos envolvidos no trabalho escravo contemporâneo, bem como escravidão na Antiguidade; servidão na Idade Média destacando a importância da busca por uma maior proteção aos trabalhadores, principalmente no que diz respeito às condições em que trabalham. 
Podemos definir trabalho como qualquer atividade física ou intelectual, realizada por ser humano, cujo objetivo é fazer, transformar ou obter algo.
Trabalho é um conjunto de atividades realizadas, é o esforço feito por indivíduos, com o objetivo de atingir uma meta. O trabalho também pode ser abordado de diversas maneiras e com enfoque em várias áreas, como na economia, na física, na filosofia, a evolução do trabalho na história.
O trabalho também possibilita ao homem concretizar seus sonhos, atingir suas metas e objetivos de vida, além de ser uma forma de expressão. É o trabalho que faz com que o indivíduo demonstre ações, iniciativas, desenvolva habilidades. É com o trabalho que ele também poderá aperfeiçoá-las. O trabalho faz com que o homem aprenda a conviver com outras pessoas, com as diferenças, a não ser egoísta e pensar na empresa, não apenas em si. Dos primórdios da Humanidade até aos nossos dias o conceito “trabalho” foi sofrendo alterações, preenchendo páginas da história com novos domínios e novos valores. Do Egito à Grécia e ao Império Romano, atravessando os séculos da Idade Média e do Renascimento, o trabalho foi considerado como um sinal de opróbrio, de desprezo, de inferioridade. Esta concepção atingia o estatuto jurídico e político dos trabalhadores, escravos e servos. Com a evolução das sociedades, os conceitos alteraram-se. O trabalho tortura, maldição, deu lugar ao trabalho como fonte de realização pessoal e social, o trabalho como meio de dignificação da pessoa.
A escravidão é um tipo de relação de trabalho que existia há muito tempo na história da humanidade.Já na Antiguidade, o código de Hamurabi, conjunto de leis escritas da civilização babilônica, apresentava itens discutindo a relação entre os escravos e seus senhores. Não se restringindo aos babilônios, a escravidão também foi utilizada entre os egípcios, assírios, hebreus, gregos e romanos. Dessa forma, podemos perceber que se trata de um fenômeno histórico extenso e diverso. 
Quando falamos em escravidão, é difícil não pensarmos nos europeus que superlotavam os porões de seus navios de homens trazidos da África independente de suas vontades e que foram colocados à venda de forma desumana e cruel por toda a América. Entretanto, a escravidão é bem mais antiga do que o tráfico do povo africano. A escravidão é um conceito a muito identificado com a África, porém devemos perceber que tal conceito não surgiu na África e nem foi uma exclusividade deste continente. Nosso senso comum sobre o passado nos leva a pensar em escravidão como uma relação de posse de mercadoria, atrelada à violência, passividade do escravo e ao cativeiro, visão essa que povoa o imaginário popular daqueles que ignoram as relações históricas em que estão inseridas as sociedades humanas. Ela é tão antiga quanto à própria história, quando os povos derrotados em batalhas eram escravizados por seus conquistadores. Neste caso, citamos como exemplo os hebreus, que foram vendidos como escravos desde o começo da História.   
  Temos diversos relatos de escravidão ao longo da história, sendo em sociedades tidas como evoluídas como Grécia Antiga e no Império Romano, seja em sociedades pouco conhecidas como os Maias na América Central. Desta forma não podemos caracterizar escravidão à África, nem tão pouco observar um único tipo de escravidão atemporal.
   Nas diversas sociedades africanas o conceito de escravidão era presente em boa parte dos povos mais organizados, em linhas gerais podemos identificar uma escravidão obtida em diversas guerras por poder, nelas os derrotados eram escravizados, e uma vez nesta condição eram obrigados a fazer serviços para a sociedade como cuidar da casa, da plantação, criação de animais etc. daí identificarmos a escravidão africana como doméstica.
   Na África membros de uma tribo que fogem de seu território eram considerados degredados, por isso acabavam sendo escravizados em outras tribos, se somarmos isso a condição de derrota em guerras onde também se produziam escravos, observamos um quadro em que a pessoa escravizada não teria como escapar desta condição.
   Esta é uma situação importante para diferenciarmos o tipo de escravidão adotado no Brasil, onde havia cativeiros (senzala) para que os escravos não fugissem, já na África não havia a noção de cativeiro (prisão) uma vez que a pessoa escravizada não tinha para onde ir caso tentasse a fuga, visto que para onde ela fosse poderia ser novamente escravizada por uma tribo diferente.
   Nesta realidade de escravidão africana, o escravo se tornava uma propriedade de seu dono podendo ele ser vendido e comprado, e foi esta relação comercial que os portugueses se interessaram ao contornarem a África em suas rotas de comércio de especiarias, em pouco tempo a Coroa Portuguesa percebeu que o comércio de escravos era extremamente rentável, passando a investir cada vez mais nesta fonte de riqueza.
A consolidação do sistema feudal na Alta Idade Média e a participação política da nova classe social que surgia naquele momento os grandes proprietários criou a dependência financeira de uma classe mais baixa que estava subordinada a esses proprietários: os servos.
Os servos eram trabalhadores das grandes terras comandadas pelos 'senhores' e viviam nas redondezas da propriedade. Estavam vinculados à terra pelo trabalho e não tinham direito de salário ou benefícios; trabalhavam para morar no local e recebiam os suprimentos necessários para se alimentarem e sobreviverem.
A servidão é diferente da escravidão, já que os servos são ligeiramente mais livres que os escravos. Um servo podia sair das terras do senhor de terras e ir para onde quisesse, desde que não tivesse dívidas a pagar para o senhor de terras. Na servidão, o servo não trabalha para receber uma remuneração, mas para ter o direito de morar nas terras do seu senhor. Também não existe qualquer vínculo contratual entre os dois, mesmo porque senhor e servo eram analfabetos.
Diferente dos escravos, os servos não podiam ser vendidos pelos senhores feudais. Eram responsáveis pela mão-de-obra da propriedade, cuidando da parte agricultora. Algumas mulheres cuidavam do serviço doméstico do proprietário e, ao mesmo tempo, da plantação local.
Durante séculos os servos formaram o alicerce principal da ascensão fundiária. Os indícios de seu desaparecimento só surgiram no século XVII com a Revolução Industrial, e no século XVIII com o levante da Revolução Francesa. A Rússia foi o último país próximo à Europa a decretar o fim da servidão, em 1861.A revolução burguesa que deu origem ao capitalismo na Baixa Idade Média, fez com que a servidão diminuísse nas propriedades agrícolas, devido ao interesse dos antigos servos em mudar para as cidades para trabalhar nas indústrias.
Desenvolvimento
O regime escravocratano Brasil surgiu após o indígena, combatido desde os primórdios de sua independência, foi mantido até o final do século XIX, porque o desenvolvimento inicial do Brasil se fez sobre o suor, o sangue e o sacrifício do negro. A riqueza, o conforto, o luxo no período colonial e no império são resultados do trabalho servil. Foi sob a exploração desumana do índio e do negro pelos implacáveis colonizadores que se estruturou o sistema de produção para integrar o país na economia mundial.
Em 1559 foi autorizado o tráfico regular de escravos africanos para o Brasil. A exploração do escravo africano não contava com o repúdio da igreja, pelo contrário. Ela não apenas utilizava o trabalho escravo como também participava da renda do comércio negreiro. Em 13 de maio do 1888, a Lei Áurea aboliu a escravidão no Brasil, e essa, sem dúvida foi a lei trabalhista de maior importância promulgada no ordenamento jurídico brasileiro.
Num segundo momento da história do trabalho, o regime da escravidão vai transformando no plano histórico, em um sistema de servidão, no qual o trabalhador, pouco a pouco, se pessoaliza. O servo não é mais (coisa), como no regime da escravatura. O direito da época lhe reconhecia determinadas prerrogativas civis, dentre elas contrair núpcias. O trabalhador ressurgiu, na superfície da História, com uma característica inteiramente nova: passou a ser pessoa, muito embora seus direitos subjetivos fossem limitadíssimos. O senhor de baraço e cutelo que simbolizava o momento culminante do feudalismo, já não era o senhor de escravos da Antiguidade. O trabalhador medieval está no primeiro degrau de uma longa escada, que ele subiria lentamente, com sofrimentos e recuos: a escada da libertação. Era a época em que senhores feudais davam proteção militar e política aos servos, que não eram livres, mas, ao contrário, tinham de prestar serviços nas suas propriedades. Os servos tinham de entregar parte da produção rural aos senhores feudais em troca da proteção que recebiam e do uso da terra.
De acordo com VIANNA (1984) a servidão foi um tipo muito generalizado de trabalho em que o indivíduo, sem ter a condição jurídica do escravo, na realidade não dispunha de sua liberdade. Foi uma situação marcante da inexistência de governos fortes centralizados, conforme relatamos no parágrafo anterior, de sistemas legais organizados ou de qualquer comércio externo. A servidão pode ser apontada como uma das características das sociedades feudais. Sua base legal estava na posse da terra pelos senhores, que se tornavam os possuidores de todos os direitos. Havia muitos pontos de semelhança entre a servidão e a escravidão. O senhor da terra podia mobilizá-los obrigatoriamente para a guerra e também, sob contrato, cedia seus servos aos donos das pequenas fábricas ou oficinas já existentes. A servidão evoluiu a partir da estrutura fundiária do Baixo Império Romano, caracterizada pela existência de latifúndios nos quais a mão-de-obra era formada por arrendatários que trabalhavam nos campos do proprietário e recebiam um lote de terra para a sua subsistência, mediante aluguel. Com a instabilidade do Império nos séculos III e IV d.C., diversos pequenos proprietários passaram a vender suas terras para os grandes senhores de terras e a empregar-se nos latifúndios como arrendatários, em troca de proteção.
A servidão disseminou-se na Europa no século X e tornou-se a forma predominante de organização do trabalho agrário europeu durante toda a Idade Média. Sobreviveu na Inglaterra até o século XVII, na França até a Revolução Francesa (1789) e, na maioria dos países europeus, até o início do século XIX. 
A servidão praticamente não existiu em Portugal, devido à existência de terra livre abundante nas regiões conquistadas aos árabes no sul do país. A fuga dos camponeses para essas terras cujos novos senhores, para atrair trabalhadores, davam boas condições de trabalho obrigou a melhoria das condições também no norte impedindo o desenvolvimento da servidão da gleba.
O feudalismo foi substituído por novo sistema econômico e social por volta do século XVI, visto que na Inglaterra as classes superiores passaram a cercar os pastos, preferindo explorá-los diretamente, pois, assim cercados, era muito pequeno o número de pastores necessários. Na Alemanha, após o fracassado levante dos camponeses, e a devastadora Guerra dos 30 Anos. Na França a Revolução varreu os últimos vestígios da servidão.
Já o chamado "trabalho análogo à condição de escravo", verificado no presente, apresenta diferenças em face da escravidão acima indicada. Esta existiu, em nosso país, até a época do Brasil Império, tendo a Lei Áurea, de 13 de maio de 1888, decretado a abolição da escravatura. De todo modo, ambas as situações afrontam a dignidade da pessoa humana, estando em total desacordo com o princípio de valorização social do trabalho.
Por isso, todas as formas de trabalho análogo à condição de escravo devem ser combatidas com vigor pelo Estado e por toda a sociedade. Além de "trabalho escravo", na atualidade, também são utilizadas as expressões trabalho forçado e "trabalho em condições análogas à de escravo. No presente, também é considerado trabalho forçado não só aquele em que o empregado não tenha se oferecido espontaneamente, mas também quando o trabalhador é enganado com falsas promessas de condições de trabalho.
Na conceituação mais tradicional, o trabalho escravo ou forçado exige que o trabalhador seja coagido a trabalhar ou permanecer prestando serviços, impossibilitando ou dificultando o seu desligamento. De todo modo, entende-se que essa coação pode ser de três ordens:
A coação moral ocorre quando o empregador, de forma ilícita e fraudulenta, aproveitando-se da pouca instrução dos trabalhadores, envolve-os em dívidas com a finalidade de impossibilitar o desligamento do trabalhador. Na coação psicológica, os trabalhadores são ameaçados de sofrer violência, a fim de que permaneçam trabalhando e não tentem a fuga, podendo haver a utilização de empregados armados para exercerem esta coação.
Na coação física, os trabalhadores são submetidos a castigos físicos, ou até mesmo assassinados, servindo como punição exemplar para evitar tentativas de fugas. A apreensão de documentos e objetos pessoais dos trabalhadores também constitui forma de coação para que o empregado permaneça prestando serviços.
Conclusão
O Direito do Trabalho é uma verdadeira conquista obtida ao longo da história da humanidade, exercendo papel fundamental, ao garantir condições mínimas de vida aos trabalhadores, assegurando a dignidade da pessoa humana e evitando abusos que o capital e a busca pelo lucro pudessem causar aos membros da sociedade, em especial àqueles que não detêm o poder econômico.
Não podem mais ser admitidas pelo Estado e pela sociedade afrontas à dignidade da pessoa humana e aos direitos humanos fundamentais nas relações de trabalho. Logo, as práticas de trabalho análogo à condição de escravo, trabalho forçado e trabalho degradante devem ser prontamente combatidas.
Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CTP), o número de trabalhadores libertados em condições análogas à de escravos na área urbana, que inclui ainda 38 confecções, superou o de resgatados no campo pela primeira vez. O levantamento de 2013 da CTP contabilizou a libertação de 2.208 trabalhadores em situação semelhantes à escravidão, desse total 1.228, ou seja, 56% estavam e centros urbanos. Em 2012, esse percentual foi de 30%, o que torna os dados de 2013 bem representativos.23 A construção lidera a lista de setores com mais casos de resgates em 2013, foram 914 libertados, 41% do total. Em segundo lugar, ficou a lavoura, com 21%. A construção civil já havia liderado em 2012, mas com uma porcentagem bem menor: 23%. A pecuária, no entanto, encabeça o “ranking” se contabilizados os casos desde 2003, com 27% das ocorrências, seguida pela cana, com 25%. Chama a atenção o fato de que 24% do total das libertações tenham ocorrido no estado de São Paulo. De acordo com dados do MTE, desde o ano de 1995 até o anode 2012, 44.415 trabalhadores foram resgatados nas 141 operações de fiscalizações promovidas pelo GEFM, dentro dos 255 estabelecimentos que foram inspecionados.
Um exemplo com relação ao trabalho escravo urbano contemporâneo apresentado no site Folha de São Paulo, diz respeito a um flagrante de trabalho degradante, em um cruzeiro no navio de luxo Magnífica, onde 11 (onze) tripulantes foram resgatados sob suspeita de estarem em condições consideradas análogas a de escravidão. Conquanto a escravidão tenha sido extinta em 1888, o trabalho escravo continua a existir, principalmente no meio rural, onde compreende o maior número de desigualdades. A exploração da mão de obra acontece nas fazendas, na produção de borracha, na região Amazônica, entre outros. A grande propriedade passou a ser priorizada em contrapartida com pouca mão de obra, o que consequentemente, ocasionou na continuidade da exploração dos trabalhadores. Essa mão de obra é empregada na pecuária, carvão, cana de açúcar, entre outros.
Ao ser caracterizado o trabalho análogo ao de escravo, além de presente a restrição à liberdade, tanto pela proibição da locomoção quanto por meio do trabalho forçado em razão de dívidas, vigilância ostensiva no local de trabalho ou retenção de documentos, o bem jurídico tutelado será sempre a liberdade individual, mesmo que não diretamente, o que significa que, de maneira evidente, a própria dignidade da pessoa humana estará sendo desprezada, pois constranger a liberdade de outrem lhe retira o direito ao livre arbítrio. É imprescindível também que toda a sociedade se conscientize se que o direito de propriedade de uma pessoa sobre a outra foi abolido há tempos, mas não se pode esconder que o trabalho escravo ou trabalho forçado ainda existe no país. E erradicá-lo não é atribuição apenas do Poder Público, sendo necessária também a participação de toda a sociedade, para que esses ideais sejam realmente efetivados.
A erradicação do problema só pode ser efetivada por meio da garantia de outros dois aspectos: a prevenção e a assistência ao trabalhador libertado, que devem ser feitas por meio de ações da sociedade civil e pela adoção de políticas públicas por órgãos governamentais, para que se reverta a situação de pobreza e de vulnerabilidade. A atuação nessas duas frentes de combate visa a atacar a origem do trabalho escravo, interrompendo a reincidência desse tipo de exploração.
Bibliografia
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SENTO-SÉ, Jairo Lins de Albuquerque. Trabalho escravo no Brasil. São Paulo: LTr, 2001. 
http://www.pco.org.br/nacional/escravidao-urbana-ultrapassou-casos-rurais/aeza,i.html http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/02/escravidao-urbana-passa-a-rural-pela-primeiravez-683.htmlhttp://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/04/1435814-fiscais-resgatam-tripulantes-de-cruzeirosob-condicao-de-trabalho-escravo.shtml
BELISÁRIO, Luiz Guilherme. A redução de trabalhadores rurais à condição análoga à de escravo: um problema de direito penal trabalhista. São Paulo: LTr, 2005. BRAVERMANN, Harry. Trabalho e capital monopolista. A degradação do Trabalho no Século XX. 3ªed., Rio de Janeiro, 2011. BRITO FILHO, José Cláudio Monteiro. Trabalho decente: análise jurídica da exploração do trabalho. São Paulo: LTR, 2013. CAMPOS, Raimundo Carlos Bandeira. Estudos de História Moderna e Contemporânea. São Paulo: LTR, 2007. COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. São Paulo: Saraiva, 2002.

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