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CINESIOTERAPIA [01] - Amplitude de movimento

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Cinesioterapia
I – Amplitude de movimento
O movimento necessário para realizar atividades funcionais pode ser entendido como a ação de forças musculares ou externas que movem os ossos em diferentes padrões ou amplitudes de movimento.
O movimento completo possível é chamado de amplitude de movimento (ADM).
Quando um segmento se movimenta ao longo de sua ADM, todas as estruturas na região são afetadas: músculos, superfícies articulares, cápsulas, ligamentos, fáscias, vasos e nervos.
Excursão funcional – é a distância que um músculo é capaz de se encurtar após ter sido alongado até seu comprimento máximo.
Músculos biarticulares ou multiarticulares normalmente funcionam na porção média de sua excursão funcional, na qual existe uma relação ideal entre comprimento e tensão.
1. Tipos de exercícios de ADM
ADM passiva:
É o movimento de um segmento dentro da ADM livre, sendo produzido inteiramente por uma força externa.
Essa força externa pode ser a gravidade, um aparelho, outra pessoa ou outra parte do corpo da própria pessoa.
ADM ativa:
É o movimento de um segmento dentro da ADM livre produzido pela contração ativa dos músculos que cruzam aquela articulação.
ADM ativo-assistida:
É um tipo de exercício de ADM ativo no qual uma força externa manual ou mecânica oferece assistência quando os músculos mobilizadores primários precisam de ajuda para completar o movimento.
2. Indicações e metas da técnica de ADM
2.1. ADM passiva
Indicações para a ADM passiva
Locais onde existem tecidos com inflamação aguda – o movimento passivo é benéfico; o movimento ativo poderia ser prejudicial para o processo de cicatrização.
Quando o paciente não é capaz ou não está autorizado a movimentar ativamente um segmento ou segmentos do corpo.
Metas da ADM passiva
Principal meta – diminuir as complicações que poderiam ocorrer em virtude da imobilização.
Manter a mobilidade da articulação e do tecido conjuntivo.
Minimizar os efeitos da formação de contraturas.
Manter a elasticidade mecânica do músculo.
Auxiliar a circulação e a dinâmica vascular.
Favorecer o movimento sinovial para nutrição da cartilagem e difusão de materiais dentro da articulação.
Diminuir ou inibir a dor.
Auxiliar o processo de cicatrização após lesão ou cirurgia.
Ajudar a manter no paciente a percepção dos movimentos.
Outros usos para ADM passiva
Exame de estruturas inertes – determinação das limitações de movimento, estabilidade articular e elasticidade dos músculos e outros tecidos moles.
Preparo dos tecidos para receber técnicas de alongamento passivo.
2.2. ADM ativa e ativo-assistida
Indicações para ADM ativa
Sempre que um paciente for capaz de contrair os músculos ativamente e mover um segmento.
Musculatura fraca e é incapaz de mover uma articulação por toda a amplitude desejada, a ADM ativo-assistida é usada para proporcionar ajuda suficiente para os músculos.
Usada para programas de condicionamento aeróbico.
Metas da ADM ativa
Manter a elasticidade fisiológica e a contratilidade dos músculos participantes.
Fornecer feedback sensorial proveniente dos músculos em contração.
Fornecer estímulos para a integridade dos ossos e dos tecidos articulares.
Favorecer a circulação e prevenir a formação de trombos.
Desenvolver a coordenação e as habilidades motoras para atividades funcionais.
3. Limitações dos exercícios de ADM
3.1. Limitações do movimento passivo
O movimento passivo não:
Previne a atrofia muscular.
Aumenta a força ou a resistência à fadiga.
Auxilia a circulação na mesma extensão que a contração muscular ativa, voluntária.
3.2. Limitações da ADM ativa
Nos músculos fortes, a ADM ativa não mantém ou aumenta a força.
4. Precauções e contraindicações para os exercícios de ADM
A ADM contínua e precoce, dentro de uma amplitude que não cause dor, mostra-se benéfica para a cicatrização e a recuperação prematura de muitas lesões de tecidos moles e articulações.
A ADM ativa dos membros superiores e as caminhadas próximas ao leito são atividades toleradas como exercícios iniciais após infarto do miocárdio, cirurgia de revascularização do miocárdio e angioplastia coronária transluminal percutânea.
5. Princípios e procedimentos para aplicação de técnicas de ADM
Exame, Avaliação e Plano de Tratamento
Examinar e avaliar os comprometimentos e o grau de função do paciente.
Determinar a habilidade do paciente para participar da atividade de ADM.
Determinar a quantidade de movimento que pode ser aplicada com segurança.
Decidir quais padrões podem alcançar as metas de forma mais adequada.
Monitorar a condição geral do paciente e suas respostas durante e após o exame e a intervenção.
Documentar e comunicar os achados e as intervenções.
Reavaliar e modificar a intervenção se necessário.
Preparo do Paciente
Descrever o plano e o método de intervenção.
Deixar a região livre.
Posicionar o paciente em uma posição confortável.
Posicionar-se de modo a poder usar uma mecânica corporal apropriada.
Aplicação de técnicas
Para controlar o movimento, segurar o membro em torno das articulações.
Dar suporte às áreas com integridade estrutural prejudicada.
Mover o segmento ao longo da amplitude completa livre de dor, até o ponto de resistência dos tecidos.
Realizar os movimentos de forma suave e rítmica, com 5 a 10 repetições.
Aplicação da ADM passiva
A força para o movimento é externa.
Nenhuma resistência ou assistência ativa é dada pelos músculos do paciente que cruzam aquela articulação.
O movimento é realizado dentro da ADM livre, ou seja, a amplitude possível sem forçar o movimento e sem causar dor.
Aplicação da ADM ativa
Demonstrar o movimento desejado usando ADM passiva, então, pedir para o paciente realizar o movimento.
Dar assistência somente na medida necessária para consegui um movimento suave.
O movimento é realizado dentro da ADM disponível.

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