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Conflito Aparente de Normas

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Direito Penal IV
Aluno: Lucas Monteiro Mendes 
Período: 5º
Professor: Cristian Kiefer
Conflito Aparente de Normas
O conflito aparente de normas ocorre quando, aparentemente, há um conflito de normas penais. Isso quer dizer que a confusão é apenas aparente, no entanto, há elementos capazes de distingui-las. Para facilitar a distinção dos elementos é necessária a aplicação dos princípios para definir qual norma aplicar no caso concreto.
Em primeiro momento há de se falar nos elementos capazes de definir a aplicação da norma ao caso concreto, que são: unidade do fato, existência de uma infração penal apenas; pluralidade de normas, aparentemente duas ou mais normas tratam de tal infração penal; aparente aplicação de todas as normas, aparentemente as duas ou mais normas se aplicam a tal infração penal; e efetiva aplicação de apenas uma delas, como o legislador criou cada norma penal para cada conduta delitiva específica, entende-se que, após a análise dos elementos através dos princípios, é possível identificar qual norma penal aplicar.
Desta forma, para facilitar a identificação de qual norma penal aplicar, como já dito acima, aplicam-se os princípios, que são: 
Princípio da especialidade (lex specialis derogat generali), nesse princípio a norma especial derroga a norma geral. Considerado o princípio mais importante, é o primeiro a ser utilizado para resolver os conflitos aparentes da norma. A especificidade da norma alenca todos os elementos necessários para tipificar o crime, facilitando na hora de aplicar ao caso concreto, como, por exemplo, o infanticídio (art. 123, CP) prevalece sobre o homicídio (art. 121, CP). Entende-se que apesar de o resultado ser o mesmo o homicídio é geral e o infanticídio especial, pois possui características especializates, que são o próprio filho, durante o parto ou logo após e sob a influência do estado puerperal. Mas não basta a simples análise das normas penais, é necessário identificar o dolo do agente no caso concreto.
Por fim, vejamos um ácordão acerda do tema no TJMG:
Processo: Apelação Criminal - 0059125-78.2015.8.13.0342 (1) 
Relator(a): Des.(a) Fortuna Grion
Data de Julgamento: 18/04/2017 
Data da publicação da súmula: 27/04/2017 
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAÇÃO - PECULATO FURTO - CONFLITO APARENTE DE NORMAS - PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE - APLICAÇÃO NO CASO CONCRETO - MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS SOMENTE EM RELAÇÃO A UM DOS RÉUS - CONDENAÇÃO DO CORRÉU - IMPOSSIBILIDADE - DESCLASSIFICAÇÃO PARA ESTELIONATO - INADMISSIBILIDADE - MAJORAÇÃO DAS REPRIMENDAS - NECESSIDADE - CONTINUAÇÃO DELITIVA - APLICAÇÃO DA FRAÇÃO MÁXIMA DE AUMENTO - POSSIBILIDADE. 01. Considerando que a vantagem indevida auferida em prejuízo da Administração Pública - bem jurídico tutelado no crime de peculato-furto - foi alcançada pelo agente por meio de um especial modo de agir, consubstanciado na inserção de dados falsos nos sistemas de informações da administração pública, verifica-se a especialidade do delito previsto no art. 313-A do CP em relação àquele previsto no art. 312, §1º, do mesmo códex. 02. Inexistindo prova segura da culpabilidade de um dos agentes, a absolvição é mesmo medida que se impõe, em virtude da aplicação do princípio do in dubio pro reo. 03. Tendo em vista que o agente, na condição de servidor público municipal autorizado, inseriu dados falsos nos sistemas de informação da Administração pública com o fito de obter vantagem indevida em prejuízo do município, não há falar-se em desclassificação para o crime comum de estelionato, porquanto praticou crime próprio, em razão de sua especial condição de funcionário público autorizado, contra a Administração Pública, bem jurídico tutelado no delito previsto no art. 313-A do CP. 04. Devem as penas-base se afastarem do mínimo legal quando há circunstância judicial desfavorável ao agente, devendo ser observado, para tanto, o princípio da proporcionalidade e da razoabilidade. 05. Considerando que o agente praticou o delito previsto no art. 313-A do CP 65 vezes, produzindo 65 resultados, a fração adequada para majoração das penas é de dois terços.
Princípio da subsidiariedade (lex primaria derogat subsidiariae), norma primária derroga norma subsidiaria. Neste caso, na ocorrência de dois fatos jurídicos a norma que abranger os dois fatos em apenas um crime será aplicada, ou seja, quando ocorrer estupro seguido de morte o agente responderá apenas pelo crime do art. 213, §2º, do CP, e não pelo crime de estupro (art. 123, CP) e homicídio (art. 121, CP), pois, como pode notar-se, a norma penal do art. 213, §2º, CP abrange o crime de estupro seguido de morte. Fernando Capez sintetiza que: “a norma que descreve o ‘todo’, isto é, o fato mais abrangente, é conhecido como primária e, por força do princípio da subsidiaridade, absorverá a menos ampla, que é norma subsidiária, justamente porque esta última cabe dentro dela. A norma primária não é especial, é mais ampla”. Desde que o agente não queira aquele resultado, pois se o agente deseja o resultado morte, ele responderá pelos dois crimes separadamente.
Conforme julgado do TJMG abaixo, pode-se observar a aplicação de tal princípio ao caso concreto:
Processo: Apelação Criminal - 0048538-31.2015.8.13.0363 (1) 
Relator(a): Des.(a) Wanderley Paiva
Data de Julgamento: 18/04/2017 
Data da publicação da súmula: 28/04/2017 
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - CRIME DE ROUBO (ART. 157, §2º, I e II DO CP) - ABSOLVIÇÃO POR RECONHECIMENTO DA DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA - IMPOSSIBILIDADE - DESCLASSIFICAÇÃO PARA O DELITO DE AMEAÇA - INVIABILIDADE - CRIME DE CORRPUÇÃO DE MENORES (ART. 244-B DA LEI 8.069/90) - PLEITO DE ABSOLVIÇÃO - AFASTADO - CRIME DE NATUREZA FORMAL - RECURSO NÃO PROVIDO. 
- A desistência voluntária deve ocorrer na fase de execução e por vontade própria do agente, sem influência de qualquer circunstância alheia, não sendo viável aplicá-la quando o crime foi consumado. 
- Inviável a desclassificação do crime de roubo para o crime de ameaça, pois a conduta tipificada no art.147 do Código Penal tem caráter subsidiário, ou seja, somente se aplica quando a ação desenvolvida pelo agente não integra outro crime mais grave. 
- O crime previsto no art. 244-B da Lei 8.060/90 é um delito formal, bastando para sua configuração que o agente imputável instigue ou pratique com o menor uma infração penal, independente da existência ou não de vida criminal pregressa do tutelado. 
- Recurso não provido.
Após, pode-se aplicar duas formas de aplicação do princípio da subsiariedade: 
a expressa ou explícita, há na própria norma o reconhecimento de sua subsidiariedade. Ex.: art. 129, §3º, CP – Lesão corporal seguida de morte – “Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo”, e;
a tácita, será quando, dependendo do caso concreto, for aplicável a norma que melhor se adequar. Ex.: mediante uso de violência, a vítima é constrangida a entregar a sua carteira ao autor. Neste caso haverá incidência do art. 157, caput, CP – Roubo – “Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência”, mas poderia aplicar também o art. 146, caput, CP – Constrangimento ilegal – “Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda”. Mas como a norma nada fala, aplica-se a primeira norma. 
Princípio da alternatividade, ocorre quando há várias formas de praticar determinado tipo penal, podendo ocorrer de um ou outro ato. Como ocorre, por exemplo, no art. 33, caput, Lei de Drogas), que diz “Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregara consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar”. Será esse o princípio de menor aplicabilidade entre os doutrinadores, pois normalmente não há conflito entre os normas alternativas com outras normas, mas há conflito nas alternativas da tipificação do crime. Pois, como, o exemplo acima mostra, se o agente praticar um ou mais atos do delito e desde que exista o nexo causal entre as condutas, configurará a incidência de um único crime.
Há o seguinte julgado do TJMG: 
Processo: Apelação Criminal - 2367002-77.2014.8.13.0024 (1)
Relator(a): Des.(a) Paulo Calmon Nogueira da Gama
Data de Julgamento: 12/05/2016
Data da publicação da súmula: 20/05/2016
EMENTA: APELAÇÕES CRIMINAIS - TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS - PLEITO MINISTERIAL CONDENATÓRIO RELATIVAMENTE AO INCISO II DO § 1º DO ARTIGO 33 DA LEI N.º 11.343/06 - DESCABIMENTO - TIPO MISTO ALTERNATIVO - ABSOLVIÇÃO QUANTO AO "CAPUT" DESSE DISPOSTIVO - INVIABILIDADE - AUTORIA E MATERIALIDADE DELITIVAS COMPROVADAS - DIMINUIÇÃO DA FRAÇÃO RELATIVA À MINORANTE DO § 4º DO ARTIGO 33 DA LEI DE DROGAS - NECESSIDADE - IMENSA QUANTIDADE DE ENTORPECENTES - SUBSTITUIÇÃO DA PENA CORPORAL POR ALTERNATIVAS - DESCABIMENTO. 1. As condutas previstas no § 1º do artigo 33 da Lei de Drogas guardam com o "caput" desse dispositivo relação de alternatividade, havendo apenas um crime na hipótese em que o agente, além de ter em depósito, cultiva maconha. 2. Comprovadas autoria e materialidade concernentes ao crime previsto no artigo 33, "caput", da Lei n.º 11.343/06, não há falar-se em absolvição. 3. A relação entre a quantidade de drogas e a fração a ser aplicada em decorrência do reconhecimento do § 4º do artigo 33 da Lei n.º 11.343/06 é inversamente proporcional, porque tanto menor deverá ser esta quanto maior for a quantidade de entorpecentes. 4. Se imensa a quantidade de drogas, deve ser fixado, via de regra, regime inicial de cumprimento em sua modalidade fechada, assim como negada a substituição da pena corporal por alternativas.
Princípio da consunção, (lex consumens derogat consumptae), será aplicado quando o meio necessário para o resultado de determinado crime for tipificado como crime em outra norma penal, neste caso o fato mais amplo e mais grave absorverá outros menos amplos e menos graves. Assim, neste caso, a norma penal aplicável será a do resultado ou a dos atos praticados até o momento a depender da etapa para execução do crime. Ex.: “Uma testemunha afirmou à polícia que uma das vítimas da chacina ocorrida na madrugada desta segunda-feira em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, estava jurada de morte. Ao todo, seis pessoas morreram e duas ficaram feridas. Segundo informações da SSP (Secretaria de Segurança Pública), o crime aconteceu por volta da 1h na rua Francisco Ferreira da Costa, no bairro Jardim Industrial, quando três homens armados entraram na residência atirando. Apenas um rapaz de 20 anos que estava no local conseguiu sair sem ferimentos. Em depoimento, ele afirmou uma das vítimas - Robson Soares dos Santos, 22 - havia sido ameaçada de morte recentemente e, por isso, tinha se mudado para a região. Além dele, outras cinco pessoas morreram. Entre eles, estão ainda dois irmãos de Robson, Samuel Soares dos Santos, 21, e Caíque Soares Dias, 16.” (FOLHA ONLINE, 11 de maio de 2010).
Neste caso, pode-se afirmar que, o crime de ameaça (art. 147, caput, CP) foi absolvido pelo crime de homicídio (art. 121, caput, CP), pois o crime de homicídio é mais grave e mais amplo que o crime de ameaça. 
O TJMG possui o seguinte pensamento em relação ao tema:
Processo: Apelação Criminal - 2698560-33.2010.8.13.0024 (1)
Relator(a): Des.(a) Wanderley Paiva
Data de Julgamento: 27/04/2017
Data da publicação da súmula: 05/05/2017
EMENTA: APELAÇÃO CRIMINAL - CRIMES DE TRÂNSITO - ART. 303 DO CTB (POR DUAS VEZES) - ART. 306 DO CTB - PLEITO ABSOLUTÓRIO - INVIABILIDADE - AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS - ESTADO ETÍLICO EVIDENTE - PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO - INAPLICAILIDADE - COMPENSAÇÃO DE CULPAS - IMPOSSIBILIDADE - DIMINUIÇÃO DA PENA DE SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR VEÍCULO - POSSIBILIDADE - PENA FIXADA EM PATAMAR DESPROPORCIONAL À PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE - PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS - READEQUAÇÃO DE OFÍCIO - SENTENÇA REFORMADA PARCIALMENTE.
-Comete o crime capitulado no artigo 306 do CTB, com redação dada pela Lei 11.705/2008, de perigo abstrato, o agente que dirige o veículo automotor sob o efeito de álcool em quantidade superior à permitida pela lei, o que restou devidamente comprovado nos autos. 
-Demonstrado que o delito de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor não constitui meio necessário para configurar o resultado do delito de embriaguez ao volante, não se aplica o princípio da consunção. 
- No direito Penal não se admite a compensação de culpas, logo no crime de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, a culpa concorrente ou o incremento do risco provocado pela vítima não exclui a responsabilidade penal do acusado. 
-Havendo incorreção do juízo a quo no que se refere à valoração negativa de alguns dos vetores do art. 59 do Código Penal, mostra-se necessária a reestruturação da pena-base fixada na sentença. 
- Na condenação igual ou inferior a um ano, a substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos. Inteligência do art. 44, § 2º, primeira parte do CP. 
-Em respeito ao princípio da proporcionalidade, a pena de suspensão/proibição de se obter a permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, deve guardar certa simetria com a pena privativa de liberdade, bem como com a gravidade do injusto.
Existem 3 (três) hipóteses para verificar a aplicação da consunção:
Crime progressivo: ocorre quando um crime decorrente de uma vontade praticando vários atos violam diversos bens jurídicos a formar um ato único a fim de atingir o bem jurídico específico, ou seja, o último ato, causador do resultado pretendido, absorve todos os anteriores.
Crime complexo: quando uma norma penal abrange dois ou mais delitos autônomos, como, por exemplo, o latrocínio (art. 157, §3º, CP), que é o roubo seguido de morte. Neste caso, o latrocínio assume o papel de norma penal abrangente dos crimes de roubo (art. 157, CP) e homicídio (art 121, caput, CP).
Progressão criminosa: (a) em sentido estrito: o agente comede um crime e, após, decide cometer outro crime, producindo uma lesão mais grave. Por isso é necessário que o agente tenha duas vontas, mas só responderá pelo mais grave, ficando os demais absorvidos, desde que seja progressiva, pois o fato anterior sendo o menos grave o último fato acaba por este absrovido; (b) fato anterior não punível: o fato anterior menos grave, quando for necessário para execução de outro crime, será por este absorvido. Como exemplo, o agente falsifica uma carteira de identidade e com ela comete um estelionato. Responde pelos crimes de falso (art. 297 do CP) e estelionato (art. 171 do CP), uma vez que, o documento falsificado poderá ser utilizado em diversas fraudes. Se, falsificasse a assinatura de um fólio de cheque e passasse a um comerciante, responderia apenas pelo estelionato, pois não poderia utilizar mais a folha de cheque em outra fraude; e o fato posterior não punível, que é quando após a conduta pratica novo ataque ao mesmo bem jurídico, apenas para aproveitar-se da prátiva anterior, com isso, “os fatos posteriores que significam um aproveitamento e por isso ocorrem regularmente depois do fato anterior são por este consumidos . É o que ocorre nos crimes de intenção, em que aparece especial fim de agir. A venda pelo ladrão de coisa furtada como própria não constitui estelionato. Se o agente falsifica moeda e depois a introduz em circulação pratica apenas o crime de moeda falsa (art. 289, CP). (FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal, p. 360).
Através da utilização desses princípios fica afastada a possiiblidade de concorrência de uma oumais normas jurídico-penais para a discplina de um mesmo fato, comprovando-se que o dito conflito entre as normas é, sim, meramente aparente.
Bibliografia
SANTOS, L. R. (01 de novembro de 2013). Principios do conflito aparente de normas penais. Teresina, (2014), Brasil. Acesso em 06 de maio de 2017, disponível em https://jus.com.br/artigos/4482/principios-do-conflito-aparente-de-normas-penais
SILVA, H. C. (12 de dezembro de 2013). Conflito aparente de normas penais. Tucuruí, Pará, Brasil. Acesso em 06 de maio de 2017, disponível em http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12203

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