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Café Certificado
 Trabalhador sem direitos
Resumo
 
A margem da lei
	Em 2016, as condições trabalhistas nas fazendas brasileiras de café ganharam espaço na mídia internacional após a publicação de três relatórios, na qual denunciam: casos de trabalho infantil e escravidão, trabalho forçado, jornadas exaustivas, servidão por dívidas e condições laborais degrantes de trabalho.
	De acordo com a notícia, o trabalho sem carteira assinada ainda é a realidade da maioria dos trabalhadores rurais brasileiros. Com isso os seus direitos garantidos por leis , muitas vezes são omitidos por seus empregadores. A grande maioria apresentam dificuldades em comprovar seu tempo de exercício na profissão, para poder ter acesso ao benefício da aposentadoria, em vista disso precisam buscar na justiça quando atingem a idade necessária. No entanto, o prazo para a concessão do benefício pode alongar-se por muitos anos dependendo da região e das peculiaridades do caso.
	Entretanto, mesmo para trabalhadores que trabalham com carteira assinada, o pleno acesso aos benefícios previstos pela legislação (férias remuneradas, 13º proporcional, auxílio-doença, descanso aos domingos, pagamento por horas extras trabalhadas, seguro desemprego e verbas rescisórias quando demitos), não é uma garantia. A central única dos trabalhadores, afirma, que é comum eles serem registrados recebendo apenas o salário mínimo, o restante é pago a parte, com isso, eles são lesadas no recebimento de seus direitos trabalhistas.
	As normas de saúde e segurança para os cafezais são infringidas. Um dos problemas comuns enfrentados é a falta de água potável, péssimas condições de saneamento e transportes inadequados como: ônibus velhos, caminhões ou carroças engatadas em tratores. As mortes não são raras. Além disso, a cafeicultura brasileira usa agrotóxicos proibidos em outros países.
	O baixo valor das multas trabalhistas cobradas pela fiscalização do governo federal é um obstáculo no enfrentamento de todas essa legalidades. De acordo com oo advogado Carlos Henrique Calicchio Messias, " Se não houver a aplicação severa de sanções e multas, infelizmente não se muda a cultura (dos empregadores). É por questão de custo que eles deixam de cumprir a lei".
	Devido a reforma trabalhista, a vida dos trabalhadores do café vão piorar ainda mais , isso porque durante o mandatário da presidenta Dilma em 2014 o Brasil já estava a passar por períodos conturbados em sua economia; não bastando o PIB do Brasil ter encolhido 4% e acarretar na maior recessão do Brasil, a presidenta Dilma deu impulso político a uma série de propostas para modificar a legislação trabalhista nacional, e os maiores afetados seriam os trabalhadores do café, já que uma das principais propostas da presidenta era a flexibilização das normas para a terceirização do produto. Inclusive o Conselho Nacional do Café já havia concordado com o ato pois acreditavam que a terceirização permitiria a redução de custos , possibilitando a negociação de Benefícios como Férias, 13° salário, Salário mínimo e FGTS. 
 	As mudanças não param por aí, com o impeachment de Dilma, Michel Temer assumi o cargo em 2016 e já proporá mudanças trabalhistas e previdenciárias. E os mais prejudicados foram os trabalhadores rurais, que tiveram a idade mínima de aposentadoria aumentada.