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Scheila Maria 2017 ANATOMIA E FISIOLOGIA URINÁRIA RIM Anatomia: Localizam-se retroperitoneais, na parede posterior do abdome, no nível de T12-L3, sendo o direito um pouco mais caudal. Cada rim pesa 125 - 170g, mede cerca de 10cm de comprimento e repousam nos mm. quadrado lombar e psoas. Cada rim é envolto por massa de tecido adiposo (gordura perirrenal), que por sua vez é envolvida pela fáscia renal ou fáscia de Gerota. * Fáscia de Gerota: barreira anatômica que divide o espaço retroperitoneal e possui 3 folhetos (lateral, superior e medial). É, portanto fechada superiormente e lateralmente funcionando como barreira anatômica para neoplasias e coleções perirrenais (que não passam também de um rim para outro). No entanto por ser aberta inferiormente, possibilita a disseminação nessa direção. A fáscia envolve também adrenal e vasos. Anatomia intrarrenal: O rim compreende três regiões de medial para lateral: pelve, medula e córtex. A pelve em direção à medula ramifica-se em 2 ou 3 grupos calicinais maiores, que por sua vez ramificam-se em 8-18 cálices menores. A medula renal, porção média do rim possui 8-18 pirâmides renais com bases voltadas para o córtex e ápices voltados para a medula. Cada ápice desemboca em uma papila renal que se abre em um cálice menor. O córtex, por sua vez é dividido em porção subcapsular (ou externa) e justamedular. Vascularização: O pedículo renal consiste em uma artéria e uma veia renal. As artérias renais são ramos diretos da aorta abdominal. Ao atingir o seio renal, divide-se em 5 ramos segmentares que suprem regiões distintas sendo 4 anteriores e 1 posterior (que irriga pelo menos 50% do rim) e não possuem circulação colateral entre elas. Assim, a oclusão ou lesão de um desses ramos causa infarto segmental renal. A drenagem venosa correlaciona-se com a circulação arterial. * Veia renal esquerda x direita: A veia renal esquerda recebe três tributárias: veias gonadal esquerda, adrenal esquerda e lombar e depois desemboca na VCI. Já a renal direita é bem mais curta e não recebe tributárias, desemboca diretamente na VCI. URETER Anatomia: Possui cerca de 22-30 cm, inicia-se na junção ureteropiélica e segue inferiormente até adentrar a pelve, cruzar anteriormente os vasos ilíacos e, por fim atingir a bexiga. Possui três pontos de estreitamento: junção ureteropiélica, cruzamento com vasos ilíacos e junção ureterovesical. *Vascularização ureteral: recebe irrigação de múltiplos ramos arteriais em seu trajeto (a. gonadal, renal, aorta e ilíaca comum). * Locais de impactação de cálculos: os três pontos de estreitamento supracitados (junção ureteropiélica, cruzamento com vasos ilíacos e junção ureterovesical) correspondem aos locais mais comuns de impactação de cálculos. BEXIGA Anatomia: No sexo masculino relaciona-se posteriormente com os ductos deferentes, vesícula seminal, ureter e reto; inferiormente relaciona-se com a próstata e superiormente com íleo e cólon. No sexo feminino relaciona-se posteriormente com útero, vagina e reto, inferiormente com a uretra e superiormente com útero e íleo. Vascularização: a irrigação arterial é realizada pelas artérias vesicais superior, média e inferior. Todas são ramos da ilíaca interna. * Trígono da bexiga: área limitada por três vértices: os pontos de entrada dos dois ureteres e o ponto de saída da uretra. O trígono é importante clinicamente, pois as infecções tendem a persistir nessa área. * Músculo detrusor da bexiga: consiste em três camadas de fibras musculares lisas que possuem receptores muscarínicos (acetilcolina) e quando estimulados contraem-se para que ocorra micção. * Micção: os impulsos nervosos provocam a contração do mm. detrusor da bexiga e o relaxamento do mm esfíncter interno da uretra. Simultaneamente o centro de micção inibe os neurônios motores somáticos que inervam o mm esquelético, no mm esfíncter externo da uretra. Com a contração da parede da bexiga e o relaxamento dos mm esfíncteres, ocorre a micção. TESTÍCULOS E ESCROTO Anatomia: no escroto, abaixo da pele há a túnica dartos e sob ela as camadas oriundas da parede abdominal: as fáscias espermáticas externa (deriva da aponeurose do m. externo do abdome); fáscia cremastérica ou músculo cremáster (deriva do m. oblíquo interno do abdome); túnica interna e, por fim, túnica vaginal (derivada do peritôneo). * Camadas do escroto (externamente para internamente): pele; túnica dartos; tela subcutânea; fáscia espermática externa; fáscia cremastérica; fáscia espermática interna; túnica vaginal. * Hidrocele: ocorre quando há acúmulo de líquido na túnica vaginal Vascularização: as artérias que promovem irrigação testicular são a artéria testicular, deferencial e cremastérica. A drenagem é feita pelo plexo panpiniforme composto de 14 veias do cordão espermático e que, na região do anel inguinal externo, origina a veia testicular. A v. testicular esquerda desemboca na veia renal, já a direita, desemboca na VCI. * Plexo panpiniforme: 20% apresentam varicocele (deficiência nas válvulas) congênita ou adquirida (por trauma ou tumor). Ocorre indicação cirúrgica nos seguintes casos: (1) dor ou desconforto testicular; (2) atrofia testicular e; (3) problemas de fertilidade (apenas na varicocele bilateral). PRÓSTATA Anatomia: Mede cerca de 4 cm de lado e 3 cm do topo até a parte inferior, *pesando 20g. Possui a base contínua como colo vesical, relaciona-se anteriormente com o pube e posteriormente, com a superfície anterior do reto. Divide-se em 4 zonas: central, periférica, de transição e anterior. A zona periférica é a maior região, corresponde a 70% da massa glandular total e é o principal local de desenvolvimento da neoplasia maligna de próstata. A zona central corresponde a 20% e a de transição é periuretral e corresponde a 5-10%. Essa última quando apresenta crescimento patológico é responsável pelas manifestações da hiperplasia prostática benigna. Vascularização: é feita pelas artérias prostáticas que derivam da a. vesical inferior. PÊNIS E URETRA Pênis (anatomia e vascularização): é formado por dois corpos cavernosos localizados lateralmente e um corpo esponjoso localizado medialmente. Possui irrigação oriunda da artéria pudenda interna e drenagem pela veia dorsal profunda do pênis. Uretra: tubo que leva a urina da bexiga para o exterior, no ato da micção e mede cerca de 20 cm. No homem também dá passagem ao esperma durante a ejaculação e é formada por três porções: prostática (possui 2-3 cm e situa-se no interior da próstata e recebem a secreção oriunda da glândula, bem como das vesículas seminais e ductos deferentes); membranosa e esponjosa (localizada no corpo cavernoso do pênis). * Divisões da uretra masculina: prostática, membranosa e esponjosa * Espermograma simples x com frutose: as vesículas seminais secretam um líquido que contém frutose e então quando e espermograma com frutose é positivo pode indicar agenesia de vesículas seminais. FISIOLOGIA URINÁRIA Funções dos rins Regulação do volume do LEC e da composição e osmolaridade do sangue (removem o excesso de água, sais e resíduos do metabolismo das proteínas); Manutenção do equilíbrio iônico e regulação do pH (excretam o excesso de H+, ajudando a controlar o pH do sangue); Regulação da PA (secretam renina, que ativa o SRAA, resultando num aumento da PA); Excreção de resíduos (creatinina proveniente do metabolismo muscular, ureia, ácido úrico e hormônios); Produção de hormônios (eritropoetina, renina e enzimas que ajudam na conversão de vit D3 em calcitonina); Contribuição para o metabolismo ao sintetizar novas moléculas de glicose durante os períodos de jejum ou inanição; Outros tópicos importantes – ver: * 7% das pessoas com IR não precisam repor eritropoetina (produzida no fígado) * Vitamina D e câncer de próstata (deficiência de vit D parece ser um fator de risco) * Doença mineral óssea e doença renal crônica ( vitamina D e absorção de cálcio) * Hormônio paratireóideo x calcitonina (regulação do Ca++ no organismo)* Produção e regulação do ADH - Diabetes insipidus. * Características histológicas da membrana de filtração no néfron Obs: A Doença Renal Crônica é uma patologia que leva à perda progressiva da função dos rins. Entre suas principais causas estão à hipertensão arterial, o diabetes mellitus e o envelhecimento. Esta doença leva a alterações no metabolismo, ocorrendo retenção de fósforo, diminuição de cálcio e deficiência de vitamina D. A deficiência de vitamina D, geralmente abaixo de 30 ng/mL, prejudica a absorção de cálcio. Está, portanto associada à menor densidade mineral óssea, maior taxa de fraturas e de osteoporose, fatores que levam ao desenvolvimento da doença mineral óssea. Obs 2: Um dos mecanismos do metabolismo ósseo decorre da ação do paratormônio. Este hormônio causa um aumento no número de osteoclastos e reabsorção da matriz óssea, com liberação de fosfato de Ca e aumento da calcemia. A concentração de (PO4) 3- não aumenta no sangue, porque o próprio paratormônio acelera a excreção renal dos íons fosfato. O paratormônio atua sobre receptores localizados nos osteoblastos. Em resposta a esse sinal, os osteoblastos deixam de sintetizar colágeno e iniciam a secreção do fator estimulador de osteoclastos. Outro hormônio, a calcitonina, produzido pelas células parafoliculares da tireóide, inibe a reabsorção da matriz e, portanto, a mobilização de Ca. A calcitonina tem um efeito inibidor sobre os osteoclastos, ou seja, favorece a absorção óssea.
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