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Direito Processual Civil I

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DISCIPLINA: Direito Processual Civil 1 – Processo de CONHECIMENTO
PROFESSOR: João Paulo Falavinha Marcon
PROCEDIMENTOS∕RITOS
Antes do início do estudo do Processo (ou “Fase”) de Conhecimento, faz-se necessário destacar que, nos termos do art. 272 do CPC, ele pode de desenrolar de acordo com dois tipos diferentes de PROCEDIMENTO∕RITO: COMUM OU ESPECIAL. O procedimento ESPECIAL é o previsto em LEGISLAÇÕES ESPECIAIS e que, assim, possuem características próprias, como é o caso das Leis nº 9.099∕95 (referente aos Juizados Especiais ESTADUAIS) e nº 10.259∕2001 (regulamentadora dos Juizados Especiais FEDERAIS). O CPC também dispõe que a REGRA, quanto ao procedimento a ser adotado é o COMUM e, ainda, classifica-o em SUMÁRIO e ORDINÁRIO. Assim, diante de um caso concreto, a lógica e a sequência a serem seguidas são as seguintes:
1º - verificar se há alguma lei especial, que detalhe o procedimento (a sequência de atos processuais) a serem praticados;
2º - SE não houver lei especial, deve-se analisar o art. 275 do CPC, que prevê quais são as hipóteses em que o procedimento sumário deve, obrigatoriamente, ser adotado;
3º - SE o caso concreto (fatos) não se enquadrar em nenhuma das hipóteses previstas no artigo acima, o procedimento a ser seguido é o ordinário.
Ou seja, não é o autor da ação que “escolhe” qual o procedimento que vai adotar.
PROCEDIMENTO SUMÁRIO
Projetado para ser mais rápido e simples que o ordinário. A sumariedade decorre da adoção de 3 técnicas procedimentais:
Concentração de atos processuais;
Vedação de atos que ampliam a demanda (o que não significa desrespeito à ampla defesa e ao contraditório);
Restrição parcial no campo probatório pericial, pois se exclui a perícia complexa. Isso porque este é reconhecido o meio probatória mais complexo e demorado. Se ele for fundamental para resolução do conflito, o CPC, art. 277, par. 5º prevê a conversão do procedimento sumário em ordinário.
*Acompanhar com a leitura dos arts. no CPC para melhor compreensão.
As hipóteses legais em que é obrigatório o uso do procedimento sumário estão previstas no art. 275 do CPC.
SEQUÊNCIA PROCEDIMENTAL
PETIÇÃO INICIAL: deve preencher os requisitos formais dos arts. 282 e 283 do CPC. Porém, no rito sumário, se o autor quiser que sejam ouvidos testemunhas, estas já devem ser arroladas na inicial. Se houver interesse de uso de perícia simples, já devem se indicar os quesitos (perguntas) e, eventualmente, um assistente técnico.
E se o autor não fizer isso? Consequência: PRECLUSÃO PROBATÓRIA. O que não significa que a petição inicial será indeferida, o autor apenas não poderá requerer a produção dessas provas posteriormente.
CITAÇÃO: ao receber a citação, o requerido é intimado a comparecer a uma audiência de conciliação, a ser realizada no prazo de 30 dias, momento em que apresentará sua DEFESA. Lembre-se que a sua ausência à audiência produz os efeitos do art. 277, caput e par. 2º do CPC, quais sejam: o juiz poderá reputar verdadeiros os fatos alegados pelo autor na inicial (REVELIA). Vale a regra de que o réu deve ser citado com a antecedência mínima de 10 dias da audiência.
Quando este prazo começa a contar∕correr? DISCUSSÃO DOUTRINÁRIA
Na data da efetiva ciência do requerido, ou seja, o dia em que soube que havia um processo contra ele (minoria);
Nos termos do art. 241 do CPC: juntada aos autos -> mandado de citação, carta com aviso de recebimento, carta precatória (maioria).
*Para a FAZENDA PÚBLICA e para o MINISTÉRIO PÚBLICO, o prazo é dobrado (CPC, 277, caput): citação 20 dias antes da audiência.
-> CONTAGEM DO PRAZO: REGRESIVA – a data da audiência é o 1º dia. A partir deste, deve-se “voltar no tempo” até que termine a contagem. *Lembrar das regras quanto a feriados, recessos e finais de semana.

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