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UNIVERSIDADE MANDUME YA NDEMUFAYO Escola superior Politécnica Departamento de Biologia Marinha NAMIBE Trabalho Individual de Recursos Haliêutico Importância do Carapau (Trachurus trecae) na Pesca em Angola e no Namibe em particular. Autor: José L. Victor Docente: Jeremias Malheiro Namibe 2015 UNIVERSIDADE MANDUME YA NDEMUFAYO Escola superior Politécnica Departamento de Biologia Marinha NAMIBE Importância do Carapau (Trachurus trecae) na Pesca em Angola e no Namibe em particular Autor: José L. Victor Trabalho de recurso Halietico de caracter individual, no curso de Biologia Marinha na UMN Doutor:Jeremias A. Malheiro Namibe 2015 I. Agradecimento Antes de tudo agradeco a Deus pela força que me consedeu e por ter-me acompanhado neste tempo todo na minha formação, agradeço tambem a minha familia pela ajuda que tem dado neste longo tempo. Quero também dar a minha interna gratidão a varios amigos e colegas pelo conselhos e sugestão sobre esta minha formação. Esto grato com todos esforços dados pelos professores e professoras que durante esses anos tenhe me transmitido os seus conhecimentos que faz-nos homem e mulhes lucido e formado. II. Resumo Neste trabalho fez-se o levantamento de forma simples e objectivas, no que concerne ao Trachurus trecae, vulgo carapau do Cunene seu habitante, reprodução e crescimento, a sumula das capturas de uns anos pra ca, e do subsequente, preço do produto distribuição e comercialização bem como sua caracterização geral, cujo objectivo é descrever o carapau a nível da costa do Namibe, Para a realização do presente trabalho, apoie me pela metodologia discretiva exploratória, apoiada pelos métodos empíricos, teóricos e estatísticos que possibilitaram a análise e descrição das informações obtidas, de fontes disponíveis. Os resultados colectados proporcionaram informações à sociedade sobre a captura e comercialização do carapau do Cunene na costa do Namibe. Palavras-chave: Carapau do Cunene (Trachurus trecae),captura, Namibe. III. Introdução Os peixes são animais vertebrados aquáticos que vivem nos rios, oceanos e lagos. São organismos pertencentes ao Phylum Chordata (animais com corda dorsal notocorda) e subfilo vertebrata (animais com crânio cartilagíneo ou ósseo; com vertebra ou arcos vertebrais). Apareceram em nosso planeta há milhões de anos, antes da espécie humana. Atualmente existem mais de (28000) vinte e oito mil especes catalogadas. A costa angolana tem aproximadamente 1900 km de comprimento e duas correntes divergentes (a de Angola e a de Benguela), que criam um forte sistema de upwelling responsável pela produção básica de recursos marinhos. Contudo, a sobre pesca e as mudanças nas condições hidroclimáticas reduziram fortemente o potencial das pescas, que se estima ser atualmente da ordem de 36 0000 toneladas/ano, compreendendo 285 000 toneladas de pequenas espécies pelágicas, como o carapau e a sardinela, e 55 000 toneladas de várias espécies demersais, incluindo 7 000 toneladas de camarão de águas profundas. A Província do Namibe estende-se a 420 Km de litoral, é a maior e a mais importante do Pais do ponto de vista de pesca, a julgar não só pela sua dimensão, senão também pela variedade e diversidade de recursos ai capturados, distribuídos e comercializados nas respetivas baia. Das diversas espécies existentes na nossa costa, o trabalho visa na discrição do carapau do Cunene (Trachurus trecae). Fonte: Agência de notícia (Angop). Índice Agradecimento----------------------------------------------------------------------------------I Resumo ------------------------------------------------------------------------------------------II Introdução---------------------------------------------------------------------------------------III Breve discrição Trachurus trecae (Cadenat, 1950) ...................................................... 8 1- Caracterização da espécie / grupo de espécies ......................................................... 8 1.1- Posição taxionómica Trachurus trecae (Linnaeus, 1758) ..................................... 9 1.2- Distribuição a nível Mundial ............................................................................... 10 1.3- Caracterização da anatomia externa .................................................................... 11 1.4 Caracterização ecológica: habitat, profundidades, hábitos alimentares, principais predadores, etc. ........................................................................................................... 12 1.5 Características reprodutivas e do crescimento ...................................................... 12 1.6 Ciclo de vida: fase larval – adulto......................................................................... 14 2. Caracterização da pescaria/ pescarias .................................................................. 14 2.1 Importância a nível mundial ................................................................................. 15 2.2 Importância a nível de Angola e no Namibe ........................................................ 15 2.3 Tipos de pescarias em Angola e no Namibe (industrial / artesanal ...................... 16 2.4 Descrição da frota (embarcações, pescadores, etc.) .............................................. 17 2.5 Descrição dos engenhos e das operações de pesca ............................................... 18 2.6 Destino do produto, preços ................................................................................... 18 3. Estatísticas pesqueiras (1998 – 2002) .................................................................. 19 3.1 Evolução dos desembarques da espécie/ grupo de espécies ................................. 21 3.1.1 A nível de Angola e Província do Namibe (total).............................................. 21 3.1.3 A nível do Namibe – por engenhos de pesca ..................................................... 21 3.1.4 Por Localidades ou zonas de Pescas .................................................................. 22 3.2.1 Representatividade da espécie (em %) no grupo, na pesca artesanal e industrial .................................................................................................................................... 22 3.2.2 Representatividade da espécie (em %) no grupo, por engenhos de pesca ......... 22 3.2.3 Representatividade da espécie (em %) no grupo, por localidades ou zonas de pescas .......................................................................................................................... 23 4. Investigação e Gestão do recurso: ....................................................................... 23 4.1 Historial da investigação do recurso em Angola e no Namibe ............................. 23 4.2 Estado de exploração do recurso........................................................................... 23 4.3 Legislação de pescas (evolução e medidas actuais) .............................................. 24 5. Recomendação ……………………………………………………………………16 Conclusão……………………………………………………………………..……17 Bibliografia ………………………………………………………………………..18 Brevediscrição Trachurus trecae (Cadenat, 1950) O carapau que se encontra na costa continental de Angola é um teleósteo membro da Grande família Carangidae e pertencente ao género Trachurus. Este género, compreende uma grande variedade de espécies, distribuídas Praticamente por todos os mares do mundo. Sinónimos: Nenhum Nome loca: Carapau, Chicharro; Charro; Charrinho (quando pequeno) Chicharro- espanhol; Carapau do Cunene (Port). Nome FAO: Es- jurel cunene; Fr – Chinchard cunene; In. Cunene horse mackerel Tamanho: Max. Pelo menos ate 35 Cm LF Habitat e biologia: Espécie muito em aguas costeiras, desde a superfície até ao fundo Tipo de boca focinha Arte de pesca utilizadas: uma espécie muito abundante ao, longo de toda a costa de Angola, capturada principalmente de Maio a outubro, por arte de arrasto, artes de cerca para bordo com sacada e nas armações. 1- Caracterização da espécie / grupo de espécies O Trachurus trecae, vulgarmente conhecido como carapau ou chicharro, é um peixe teleósteo perciforme azulado da família dos carangídeos . Com um comprimento que pode chegar aos quarenta centímetros, o carapau tem corpo fusiforme. É bastante comum no Oceano Atlântico a partir do norte da costa do Senegal até a Islândia e por todo o Mediterrâneo. O carapau é a 3ª espécie mais capturada na costa portuguesa, tendo as capturas estabilizado, em torno dos 10.000 toneladas. 1.1- Posição taxionómica Trachurus trecae (Linnaeus, 1758) Reino: Animália Phylum: Chordata Sub-Phylum: Vertebrata Super-Classe: Pisces Classe: Osteichthyes Sub-Classe: Actinopterygi Super-Ordem: Teleostei Ordem: Perciformes Família: Carangidae Género: Trachurus Espécie: Trachurus Trecae (Canadet, 1950) 1.2- Distribuição a nível Mundial Fonte: www.fishbase.org Picture Luyben, J. figura 1 ilustra a distribuição mundial do Trachurus trecae ao longo dos oceanos. Esta espécie a nível Mundial encontra-se distribuído na áfrica Austral concretamente em: Angola, Namíbia, Africa do Sul, Mauritânia, áfrica Central Congo (Brazzaville), Gabão, Guiné-Bissau. Estende-se até a Europa como Portugal (Victor, J 2015) Tabela 1 acima ilustra a distribuição mundial do Trachurus trecae Espécie Autor Nome vulgar Área de distribuição Trachurus trecae Cadenat, 1950 Carapau-do-Cunene Costa atlântica da África Central e do Sul 1.3- Caracterização da anatomia externa O carapau possui corpo alongado e ligeiramente comprido, olhos grandes com uma pálpebra adiposa bastante desenvolvida, maxilar grande estendendo-se até abaixo do bordo anterior do olho. A mandíbula inferior é proeminente e os dentes, de dimensões pequenas, estão dispostos em filas únicas nas suas maxilas. A sua cor é de um tom prateado com colorações mais escuras (azuis) no dorso, cabeça, possui opérculos e cauda. Fonte:www.fishbase.org Picture Luyben, J .Figura 2 ilustração o Trachurus trecae (Cadenat, 1950) 1.4 Caracterização ecológica: habitat, profundidades, hábitos alimentares, principais predadores, etc. Sua distribuição ocorre ao longo de toda plataforma durante todo o ano, sendo uma espécie costeira; vive em baías, tostões, estuarina bento pelágico, e nas proximidades das ilhas. Os cardumes ocorrem desde a superfície até próximo ao fundo no intervalo de aproximadamente 20-100m de profundidade. Durante o dia formam densos cardumes junto ao fundo e durante a noite migram para a superfície formando cardumes mais dispersos. Com esse tipo de migração o carapau é alvo da pesca de arrasto do fundo e meia água durante o dia e de cerco durante a noite. A dieta alimentar do carapau consiste preferencialmente em crustáceos (copépodes, decápodes e eufausiáceos) e pequenos peixes, tais como Engraulis spp., Gobius spp. Ou Myctophidae.No carapau, tal como na maioria das espécies pelágicas, os períodos de alimentação alternam com as épocas de desova, em que os animais não consomem alimento algum. Este comportamento reflete-se no ciclo anual do teor em gordura, que é mais elevado no outono, após a época de verão em que os animais se alimenta, decrescendo no inverno, correspondendo à época de desova (Lockwood , 1977). Os principais predadores são as focas e o próprio homem. 1.5 Características reprodutivas e do crescimento O carapau à semelhança de outros Peixes são ovíparos, não possui dimorfismo sexual e os indivíduos dos dois sexos nadam em conjunto, libertando para a água os produtos sexuais. A libertação dos ovos pelas fêmeas tem de ser imediatamente seguida pela emissão de esperma dos machos, pois os ovos em contacto com a água rapidamente se tornam inviáveis (Grassé, 1958). Quando o oócito é libertado transporta consigo a informação genética e as reservas metabólicas necessárias para que o desenvolvimento embrionário permita a sobrevivência da larva até à sua fase de vida livre (Ramos, 1996). O desenvolvimento das células germinativas femininas e masculinas denomina-se gametogénese e decorre de processos meióticos, que se designam, respectivamente, por oogénese e espermatogénese. A fase de crescimento inicia-se com o desencadear da meiose, quando ocorre o emparelhamento dos cromossomas homólogos, originando os oócitos primários, com núcleo central onde se distingue, na periferia, uma coroa de nucléolos. A segunda fase de crescimento caracteriza-se pela evolução dos folículos, externamente aos oócitos, os quais são constituídos por três camadas: a mais exterior, denominada teca, é formada por tecido conjuntivo; a camada intermédia, granulosa (que pode ser simples ou estratificada), é responsável pela deposição de vitelo e produção de hormonas e a mais interior, a radiata ou zona pelúcida, que tem inicialmente a forma de lamela fina mas cuja espessura vai aumentando com o desenvolvimento do oócito e que é atravessada por inúmeros canais perpendiculares à superfície, cuja função é de permitir a passagem das microvilosidades do oócito e das células foliculares, através das quais se dá a passagem de substâncias de origem exógena (Ramos, 1986). A fase de crescimento completa-se com a vitelogénese, que leva à formação dos oócitos secundários, a qual consiste no armazenamento de grande quantidade de nutrientes (a partir da síntese de componentes celulares exteriores ao oócito), que formam o vitelo, principal fornecedor de energia para o desenvolvimento embrionário (Ramos, 1999). Nesta fase podemos observar-se muitas gotas lipídicas de pequenas dimensões rodeando o núcleo. Estas gotas lipídicas aumentam em número e tamanho e vão-se fundindo, formando gotas maiores, localizadas geralmente apenas de um dos lados do núcleo, que inicia a sua migração para o polo animal. Crescimento: Máximo atinge, pelo menos 35 cm duração de garfo; mas relatórios não confirmados indicam máxima duração total até 80 cm. 1.6 Ciclo de vida: fase larval – adulto As formas e padrão de ciclo de vida dos peixes são as mais variadas dentre os vertebrados, diversas estratégias reprodutivas contribuíram para o sucesso na ocupação de ambiente distintos. O ciclo de vida do Carapau inicia geralmente, quando o macho deposita o espermatozoide na água, possibilitando a fecundação dos óvulos, apos a eclosão dos ovos, aparecem os alevinos com aparência um pouco parecida com os peixes adultos (Araujo,R) Fonte: https://www.google.com/imagem. Figura 3 acima ilustra o Ciclo de vida do carapau 2. Caracterizaçãoda pescaria/ pescarias Pescaria conjunto do ecossistema aquático e de todos os meios que nele actuam humanos, técnicos (barcos e artes de pesca), financeiros – para capturar uma espécie ou um grupo de espécies afins. (Malheiro, J.A, 2015). A contribuição das pescarias é essencial para a segurança alimentar dos países e comunidades. O setor, por meio do trabalho autônomo ou contratado, ajuda a reduzir a pobreza e as desigualdades entre a zona rural e urbana, além de gerar renda, por meio do comércio, tanto nacional como internacional. A captura do carapau foi muito intensivo na província do Namibe registo indicam, que na costa pescava-se muito carapau e outras espécies como a sardinha. 2.1 Importância a nível mundial A pesca é uma actividade milenar, e uma importante fonte de alimentos, empregos e importante fonte de alimento, empregos e impostos em muitas comunidades de diversos países, alem do mais os produtos da pesca são considerados um alimento extremamente saudável para o ser humano. Segundo informação do INIP, a costa angolana e rica em recursos marinhos, destacando-se as espécies pelágicas devido a sua importância económica biológica social. A espécie trachurus trecae constitui cerca de 20% do total do pescado desembarcado (FAO). O pescado é destacadamente a principal fonte proteica animal a população e e rico em ácidos graxos (ómega 3) o que eleva o aumento da sua procura no mercado internacional e nacional. É consumido defumado, fresco e meia cura. Na alimentação das populações ribeirinhas com a transformação de tecnológica ocorrida no sector após a década de 60, a actividade pesqueira teve seu valor econômico, político e social, estendido e intensificado. A contribuição das pescarias é essencial para a segurança alimentar dos países e comunidades. O setor, por meio do trabalho autônomo ou contratado, ajuda a reduzir a pobreza e as desigualdades entre a zona rural e urbana, além de gerar renda, por meio do comércio, tanto nacional como internacional. Os produtos da pescaria tiveram grande importância na história da humanidade, o comércio de peixe expandiu-se, permitindo que produtos da pesca de origem marinha atingissem o interior do mundo. 2.2 Importância a nível de Angola e no Namibe O carapau do Cunene tem um grande impacto na indústria pesqueira nacional pela sua importância económica e na dieta alimentar dos angolanos. A sua pesca desmesurada tem resultado na redução dos níveis nas reservas deste pescado, o que implicou a proibição da pesca para permitir a sua recuperação. A importância das pescas num país não se pode medir apena pela sua contribuição para o PIB, mas deve atender ao de serem os recursos e os produtos pesqueiros componentes fundamentais da alimentação e do emprego, além do caracter Auto renovável dos recursos pesqueiros significarem efetivamente que se um recurso pesqueiro ou qualquer outro recurso biológico Auto renovável, for bem gerido a sua direção é praticamente ilimitada, ao contrário do que sucede com os recursos. A pesca a nível da costa do Namibe, integra a captura, transformação e comercialização do pescado, é uma actividade cuja relevância transcende o lado puramente económico e que assume contornos sociais de estrema importância e significado (Herculano, C 2009). A captura desta espécie informou da área em 1977 somados aproximadamente 207.000 t (U.S.S.R. só). A captura total informada para esta espécie a FAO para 1999 era 81 692 t. Os países com as capturas maiores eram Angola (47 719 t) e Federação russa (33. 973 t). Pegou comercialmente com pelágico, pesque com rede de arrasto e rede de arrasto de fundo e seines de bolsa, armadilhas e em engrenagem de linha. Fonte: Agência de notícia (Angop) 2.3 Tipos de pescarias em Angola e no Namibe (industrial / artesanal) As pescarias existentes em Angola e no Namibe são do tipo industrial, simi- industrial, e artesanal. Em Angola a actividade pesqueira é de grande importância na zona costeira, congregando grande parte da população e sendo a pesca simi industrial e a artesanal as mais extensivas. A pesca semi-industrial tem lugar a partir de 2 milhas náuticas (3,7km) da linha da costa, estendendo-se até as 200 milhas náuticas. Esta pesca é realizada por medidas e grandes embarcações, com capacidade considerável de carga e detentoras de diferentes artes de captura. Um dos aspectos importante, relacionada com a falta de gestão e fiscalização e a grande redução de stocks devido a sobre-exploração, principalmente de espécie pelágicas. Ao longo dos últimos 10 anos, as biomassas totais do carapau tende a diminuir. É de salientar que determinadas artes de pesca utilizadas quer na pesca industrial, quer na semi-industrial, capturam acidentalmente numerosas aves e mamíferos marinho (golfinhos e lobos marinhos) que são atraídos pelo engodo do pescado. A pesca Artesanal ao longo da costa Angolana é permitida por lei, numa ária inferior a 2 milhas náuticas da linha da costa. Esta actividade esta sujeita a restrições nos campos petrolíferos. (Fonte IPA: Instituto de pesca Artesanal) 2.4 Descrição da frota (embarcações, pescadores, etc.) A frota pesqueira em Angola está a ser renovada, as capturas que no início da década de 70 atingiram 450 mil toneladas, na sua maioria para exportação, totalizaram 312 mil toneladas em 1989, volume, mesmo assim, superior ao registado em anos anteriores. Este aumento foi devido à abertura das águas angolanas a empresas de pesca estrangeiras, cujas atividades são reguladas por acordos estabelecidos com o Ministério das Pescas e ao abrigo dos quais o país recebe uma percentagem sobre o peixe capturado. Segundo agência de notícia (Angop), Angola dispõe de 440 embarcações de pesca de pequena e grandes dimensões distribuídas pelas principais províncias piscatórias do país. Fonte: Agência de notícia (Angop) Embarcações Pescador Artes de pesca Empresa: Joaquim Salão Cerco Star Fish Príncipe das ondas Sicopal Diogo Cão Emalhar Empessul LDA Rio Curoca Maripesca Abrótea Dourada (Victor, J 2015) Tabela nº2 acima ilustra a discrição das frotas (embarcações, pescadores, etc.) 2.5 Descrição dos engenhos e das operações de pesca As espécies muito frequentes e abundantes em Angola são capturadas por artes de arrasto pelo fundo, arte de cercar para bordo, arte de emalhar e de aparelhos de anzois como palangre entre os 100 e os 150 m de profundidade. O Carapau do Cunene pode ser capturado pelas linhas, emalhar, arrastos e Cerco sendo o ultimo a que mas utiliza-se, consiste em: É efetuado por dois barcos de pequeno porte que carregam, a bordo uma lancha e um saveiro, entre os dois barcos estende-se uma rede e vai-se engodando continuamente o local. O carapau é atraído pela luz e pelo engodo, para cima da rede. 2.6 Destino do produto, preços O pescado capturado tem destino variado pois a maior quantidade e qualidade do pescado, destina-se ao consumo directo, isto é a dieta alimentar das populações consumindo fresco. O restante pescado são repartidos as fábricas de congelação. Ao nível da costa do Namibe, o circuito de comercialização de pescado e produto derivados teria conhecido melhorias significativas, no que diz respeito ao peixe freco e congelado. No âmbito inter provincial os nível de captura ainda não satisfazem a demanda dos grossistas de algumas províncias do interior do país. Destino Q.Absuluta por (ton) Q. Relativa % Consumo directo 1.508,2 47,5 Salga e seca Conservação Congelação 1.662,4 52,5 Total 3.170,6 100 (Victor, J 2015) Tabela nº 3 acima ilustra Destino do pescado 3. Estatísticas pesqueiras(1994 – 2015) Anos Capturas do Carapau (Qtd/toneladas) 1994 9.9983 1995 6.272 1996 6.279 1997 11.541 1998 7.508,70 1999 7.323 2000 12.863 2001 7.400 2002 14.735 2003 8.265 2004 5.974 2005 2.406 2006 3.207 2007 1.4 2008 2.635 2009 5.19 2010 2.22 2011 2.777 2012 3.394 2013 16,428 2014 10.285 2015 4.304 Total 152.405 (Victor, J 2015 Tabela nº4 ilustração dos anos de capturas da espécie Trachurus trecae no ano de 1994 a 2015 (Victor, J 2015) Fonte: CIP Gráfico 1:Dados de captura da espécie (Trachurus trecae) no ano de 1994 a 2015 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 Dados de Captura do Carapau Anual Captura… Anos 3.1 Evolução dos desembarques da espécie/ grupo de espécies 3.1.1 A nível de Angola e Província do Namibe (total) 3.1.3 A nível do Namibe – por engenhos de pesca Anos Engenhos de pesca Total (%) 1994 Cerco 9.9983 0,099983 1995 6.272 0.06272 1996 6.279 0.06279 1997 11.541 0.11541 1998 7.508,70 0.075087 1999 7.323 0.07323 2000 12.863 0.12863 2001 7.400 0.07400 2002 14.735 0.14735 2003 Emalhar 8.265 0.08265 2004 5.974 0.05974 2005 2.406 0.02406 2006 3.207 0.03207 2007 1.4 0.014 2008 2.635 0.02635 2009 5.19 0.0519 2010 2.22 0.0222 2011 2.777 0.02777 2012 3.394 0.03394 2013 16,428 0.16428 2014 10.285 0.10285 2015 4.304 0.4304 (Victor, J 2015) Tabela nº 5 ilustra os Engenhos de pesca a nível do Namibe 3.1.4 Por Localidades ou zonas de Pescas (Victor, J 2015) Gráfico nº 2 ilustra as Área de pesca na provincia do Namibe 3.2.1 Representatividade da espécie (em %) no grupo, na pesca artesanal e industrial Segundo os dados do IPA o carapau é espécie que mas predomina na nossa costa com 185,4 toneladas que corresponde a 16,5 %. (pesca artesanal). 3.2.2 Representatividade da espécie (em %) no grupo, por engenhos de pesca Segundo o IPA o engenho de pesca que mais se destacou é o cerco com 12.544,40 toneladas, Emalhar com 31.7 toneladas de salientar que a captura de arrasto só é permitido para investigação científica, devidos os danos que esta arte provoca. 0,00 500,00 1.000,00 1.500,00 2.000,00 2.500,00 Sul do Tombwa Centro (Namibe) Norte(Lucira) Qtd (Tonelada) Qtd (Tonelada) 3.2.3 Representatividade da espécie (em %) no grupo, por localidades ou zonas de pescas Espécies Zona de pesca Total % Carapau Tombwa Centro (Namibe) Lucira 135,4 Tons % Tons % Tons % 2.233,6 33,3 2.327,7 31,9 439,4 70,2 Victor, J (2015) Tabela 6 representatividade da espécie em % 4. Investigação e Gestão do recurso 4.1 Historial da investigação do recurso em Angola e no Namibe A pesca tem sido desde a antiguidade, uma fonte importante de recursos alimentares. Os engenhosos processos de pesca empregues pelo povo primitivos são o expoente do conhecimento e destreza que alcançaram nestes trabalhos superiores aos desenvolvimentos por estes povos noutras atividades de produção. A pesca tem sido a base económica tradicional dos povos costeiros. De geração a geração a pesca deixa de ser uma ocupação familiar para dar uma moderna industrialização. A utilização dos recursos científicos e tecnológicos tem tornando possível aumentar a produção e diminuir a rudeza do ofício. 4.2 Estado de exploração do recurso O número de peixes comestíveis é elevado, no entanto a exploração comercial baseia-se apena num limite de espécies. A maioria das pescarias é sujeita a alguma forma de organização, com medidas específicas, que variam por pais. No entanto a adesão nem sempre é tao eficaz como seria de esperar. Apenas algumas pescarias estão sob um regime de acesso livre são principalmente a pesca costeira em pequena escala. Na maioria dos casos não há plano de cesso limitado, que exigem a emissão de uma licença, que normalmente é combinado com outras restrições nominal total de capturas e esforço para manter a mortalidade por pesca sob controlo. Os sistemas também são utilizados como a regulação do tamanho da primeira captura, encerramentos geográfico e sazonal para proteção dos juvenis e desovantes. A maior parte da expansão da produção nas duas últimas décadas se deve ao aumento das capturas, mais recentemente de outras espécies demérsais e particularmente na plataforma e talude. Avaliações disponíveis indicam que até a década de 1980 e início de 1990 na Argentina unidades populacionais de peixes foram totalmente exploradas, mas logo entro em um estado de sobre-exploração, (FAO 1983 em meados da década de 1990, e posteriormente, no início a super exportação dos recurso foi principalmente devido a sobre pesca, com depleção grave da biomassa da população reprodutora. Isto levou a aplicação de medidas restritivas severas pelos dois grandes países pesqueiros), Argentina e Uruguai desde 1998. Estas medidas restritivas ainda estão em vigor e entre elas está a redução do total de quotas de capturas permitidas e fechamentos sazonais e geográficos, amplos para proteger os juvenis e desovantes. Embora tenha havido alguns sinais de aumento do recrutamento, as medidas restritivas tomadas até agora tem causado uma drástica redução na pressão de pesca que teria permitido uma recuperação mais rápida e duradoura. Nesse sentido observou-se que a pressão da pesca excessiva poderia ajudar a consolidar as tendências de queda na abundância de biomassa e atrasar ou prejudicar as tendências naturais possíveis para o aumento. O regulamento 2371/2002 enuncia as bases da política comum das pescas (PCP), cujo objectivo é garantir uma exploração sustentável dos recursos aquáticos vivos em termos económico, ambientais e sociais. As medidas adaptadas do âmbito do presente regulamento assentam na aplicação do princípio de precaução e em pareceres científicos fundamentados. Estão relacionados com a conservação e a proteção das unidades populacionais e dos ecossistemas marinhos, o acesso as águas e aos recursos, a frota. O controlo das Actividades, a tomada de decisão e a participação das partes envolvidas em todas as etapas da política. 4.3 Legislação de pescas (evolução e medidas actuais) A legislação de pesca tem estado a evoluir de uma forma significativa visto que os armadores e pescadores que estão envolvidos directamente nesta prática de captura de recursos na nossa vasta costa tem estado a cumprir com as medidas de gestão, obrigatoriedade e limites imposto pelo INIP contribuindo para a melhoria do próprio recurso, visto que as medidas de gestão visam fundamentalmente ajustar a capacidade de captura ao potencial disponível dos recursos biológicos aquáticos e da aquicultura. Sendo assim para o presente ano foram criadas as seguintes medidas. Para o ano de 2013: artigo 4 (Malhagem permitida por arte de pesca) 1- As malhagens mínimas permitidas são: a)- 80 mm para as espécies demersais, excepto a pescada do cabo b)- 25- 30 mm para a pesca de cerco 2- Para a pesca de arrastos demersais, a actividade de pesca deve confinar-se: a) – Ao período noturno compreendido entre as 18 (dezoito horas) da tarde e as 5 da manha para evitar- se a captura do carapau. b) – O período diurno entre as 5 horas da manha e as dezoito horas da tarde, para além dos 350 m de profundidade entre o 6º 00 ªS aos 17º 15ª S. Artigo nº 12 (áreas reservadas) 1. São estabelecidos as seguintes areias reservadas a) Toda a extensão do mar territorialate as 4 (quatro) milhas náuticas, bem como as águas continentais são reservadas a pesca artesanal, podendo estender-se até 8 (oito) milhas na zona norte do Ambriz à cabinda; b) Em toda a extensão da plataforma marítima fora das baías e portos é reservada a área das 2 (duas) milhas para as embarcações nacionais da pesca simi- industrial de cerco; c) Na zona compreendida entre o 13º, 15º e 17º a sul, a pesca de arrasto só é permitida para lá das 12 milhas. Para efeito das presentes medidas de gestão orienta- se, o seguinte: Continuar os estudos de seletividade para a determinação da distância entre as barras de grelha de seletividade; Caracterizar as artes de pesca e fazer o respectivo censo; Rever o instrutivo sobre a recolha de amostras para a realização da amostragem biológica da frota comercial; Reprodução distribuição do guia de campo das espécies comercias a todas as embarcações industrial, simi- industrial e artesanais; Fazer um estudo do impacto do esforço da pesca artesanal na dinâmica dos recursos pesqueiros; Licenciar seis (6) embarcações sendo duas (2) em cada uma das zonas norte, centro e sul para a recolha dos descartes dos produtos da pesca. Artigos nº7 (Obrigatoriedade de prestação de informação estatística) 1. Aprestação de informação estatística mediante o preenchimento do diário de pesca a bordo e do mapa de captura por parte das empresas armadoras e obrigatória para todas as embarcações de pesca das frotas industrial e simi industrial, ate ao 8 (oitavo) dia do mês seguinte, independentemente da arte que se utiliza e é extensiva também as espécies acompanhantes. 2. É obrigatório na separação por espécie do pescado, que geralmente é agrupado na classe de diversos outras espécies, para permitir o conhecimento real da composição específica das capturas e facilitar o trabalho de avaliação dos recursos. 3. Para a pesca artesanal a prestação da informação estatística, continua a processar-se através dos modelos atualmente em vigor. 4. O incumprimento do estabelecido nos números anteriores é punível nos termos previsto nº 1 do artigo 235 da lei dos Recursos biológicos Aquáticos. Artigo 8º (Limite de quota de pesca para o ano 2013) 1. É estabelecido o seguinte de quota de acordo com o TAC fixado no artigo 9º, priorizando as empresas com infra- estruturas de processamento e transformação em terra. 2. A soma das quotas de captura atribuir para o ano de 2013 não deve ultrapassar a TAC (total admissível de captura), previsto no artigo seguinte. Artigo 9º 1. O total admissível de captura o TAC para o ano de 203 (limitando-se na espécie em tratamento. Espécie demersais Carapau e outros espariedeos – 11.321 ton Artigo 13º (Proibição) 1. É proibida a pesca de arrasto para praia (banda-banda) 2. É proibida a pesca de arrasto em parelha 3. É proibida rejeição ou descarte de qualquer produto da pesca para o mar. 4. É proibido o uso de redes nos estuários tanto do lado marinho como no do fluvial. 5. É proibido a pesca industrial e semi-industrial na zona de cabinda entre os paralelos 5º 00ª S e, para a pesca artesanal na mesma zona é proibida qualquer actividade de pesca num raio de 100m (zona de segurança) das plataformas petrolíferas. Artigo 14º (Percentagem de capturas, peso e tamanhos mínimos) 1. É proibida a captura, descarga ou comercialização de qualquer espécie que não obedeça os pesos e tamanhos mínimos, estabelecidos por decreto executivo nº 109/05 de 5 de Novembro do mistério das pescas, salvo tratando se de rejeições ou descartes das pescas. 2. O despacho no número anterior não se aplica a pesca de investigação científica. 3. A inobservância do disposto no nº 1 constitui infração de pesca prevista e punível nos temos de lei dos recursos biológicos aquáticos lei nº 6-A/04 de 8 de outubro. Recomendação O presente trabalho não é fruto de uma obra acabada pelo que recomendo seguinte: Que se continue indo mais afundo com ajuda do professor Jeremias Malheiro. O conselho vai aos meus colega e a sociedade no geral a dar grande atenção na gestão dos recursos pesqueiro no que diz respeito a geração vindoura, na qualidade dos produtos da pesca. Para o melhoramento dos produtos da mesma, visto que o pescado constitui a base da dieta alimentar da maioria das populações. Conclusão Depois do árduo trabalho onde dificuldades não faltaram, tenho a seguinte conclusão: 1. Dada a importância destes recursos, torna-se necessários mecanismos de gestão eficientes que garantam a melhoria da utilização do recurso, permitindo assim a sua exploração sustentada a longo prazo. A sustentabilidade passa necessariamente por investigação detalhada sobre a biologia e dinâmica do recurso; 2. A implementação de medidas adequadas de gestão dos recursos vivos requer o conhecimento das populações biológicas e da sua renovação através do seu ciclo de vida; 3. Houve decréscimo nas capturas comparando aos anos anteriores. Bibliografia Lockwood, A. (1986). Carangidae. Fishes of the north-eastern Atlantic and the Mediterranean. UNESCO, Paris. vol. 2. ANDRONOV, V. N., 1985. Feeding of cape horse mackerel (Trachurus trachurus capensis, Castelnau) in the Namibia area. Colln. Scient. Pap. Int. Commn. SE. Atl. Fish. 12 (I) 1-16. ANON, 2002. Plano director do Sector das Pescas I fase. Diagnóstico do Sector. Versão final elaborada no âmbito da cooperação entre Ministério das Pescas e Ambiente da República de Angola e a Direcção das pescas e o Instituto de Investigação Marinha da Noruega. Froese, R. and D. Pauly. Editors. 2009.FishBase.World Wide Web electronic publication. www.fishbase.org, version (09/2009). Boletim anual (2005-2015) -CIP_Namibe Medidas de gestão das pescas (2010) -Diário da República I Série Nº123,de 2 Julho de 2010. Lei dos recursos biológicos aquáticos (nova lei das pescas) (publicada no diário da república nº 81, i série, suplemento). Agência de notícia Angop Malheiro, J. (2015). Recursos Haliêutico: UMN
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