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FICHAMENTO - República VELHA

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DADOS SOBRE A OBRA
	REFERÊNCIA COMPLETA DA OBRA: 
	CASTRO, Flávia. História Do Direito Geral e do Brasil, 5ºEd., Rio de janeiro: Lumen Juris, 2013 – Capítulo 16 – República Velha.
	
	PALAVRAS-CHAVE: Executivo, Governo Provisório, Judiciário, Legislativo, Sistema Eleitoral, Código civil, Constituição, Código penal, República, Proclamação
	
	FICHAMENTO DE LEITURA
	QUESTÕES DIRECIONADAS
	I. Quais é(são) a(s) ideia(s) principal(is) defendida(s) pelo autor(a)?
- Proclamação da República
- Governo Provisório
- Poder Executivo
- Poder Judiciário
- Divisão dos Poderes
- A Constituição de 1891
- Poder Legislativo 
- O sistema Eleitoral adotado
- O Código Penal de 1890
-O Código Civil de 1916
- Peculiaridades do sistema eleitoral durante a República velha
- Supremo Tribunal Federal 
- Sem órgão legislativo é igual termos uma ditadura
- Nome do país para Estados Unidos do Brasil
- Deveres do Governo Provisório
- O movimento Republicano
- As novidades da Constituição de 1891
	II. Que argumentos são usados para fundamentar esta(s) ideia(s)?
A proclamação do Brasil foi para a maioria da população uma coisa ‘do nada’, pegou muita gente de surpresa, e tiveram de concordar por não terem outra saída. A república que se tornara o Brasil teve um parte da elite considerando que o governo monárquico não atendia a seus interesses econômicos, a abolição teve grande influencia nesse pensamento. Grandes proprietários de terras que antes defendiam a Monarquia demonstravam decepção, a abolição não lhes trouxe nenhum tipo de ressarcimento, para eles, um traição explicita do governo. Porém, a maioria da população aderiu ao Regime Monárquico que acabou de vez com a escravidão.
O Governo Provisório foi instaurado graças a um golpe militar, que consciente de ser a única força nacional depois da Guerra do Paraguai derrubou o governo. Decretaram então o regime republicano federalista, e asseguraram a administração pública, direitos individuais e principalmente respeitar os acordos feitos pelo regime anterior. O nome do país foi alterado para Estados Unidos do Brasil, dando força ao Estado escolher seus constituintes. Resumindo o autor deixa claro que é o que faltava para uma ditadura militar, pois não havia nenhum órgão legislativo funcionando. Impuseram medidas de censuras e também a Família Real foi banida por decreto e vários suspeitos foram presos. Outra medida é a efetividade da pena de morte instaurada pela Comissão Militar de Sindicâncias e Julgamentos. Em 22 de junho de 1980 foi convocada a Assembléia Constituinte, que deveria legitimar o governo republicano. Entretanto foram considerados eleitores, todos os cidadãos brasileiros, que soubessem ler e escrever. A mulher continua sem obter o poder a voto. 
O Governo Provisório cria um grupo de comissão de juristas, que chamaria de Comissão dos Cinco que, elaborariam mais tarde um projeto constitucional. O que cada um dos cinco tinha que fazer era criar uma proposta que não fosse igual a do colega, somando cinco propostas diferentes. Então, aconteceu que dois deles apresentam um mesmo projeto e a Comissão não apresentou nada. Mais tarde as propostas restantes foram revistas pelos Ministros, na casa de Rui Barbosa. A constituição de 1891 teve grande influência Norte-Americana, legalizando o nome “Estados Unidos do Brasil”. A constituição de 1891 traz a divisão dos três poderes clássicos: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Das funções atribuídas a cada poder, o executivo seria composto pelo Presidente da República e o Vice-Presidente só iria agir caso o Presidente recebesse impedimento de qualquer natureza. O Poder Judiciário era dividido em Judiciário Federal e Estadual, a Justiça Federal obteve o cargo do Supremo Tribunal Federal, em contra partida ficou aberto ao Congresso criar tantos juízes e tribunais Federais quando considerassem necessários. O Supremo Tribunal Federal foi condecorado com a competência única de certos temas em instância única, assim os juízes inferiores não podiam interferir. Obtinham também a jurisdição ordinária, de recurso e de revisão. 
A população poderia participar dos julgamentos, aplaudindo ou vaiando as teses apresentadas, isso no primeiro momento do Supremo Tribunal Federal. O que chama a atenção é o fato do Poder Judiciário utilizar a Jurisprudência, tanto federal quanto estadual. O Poder Legislativo era composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, todos necessitavam sanção do Presidente da República. O Legislativo tinha o poder de legislar temas de Direito Civil, Criminal, comercial e processual da Justiça Federal. 
O Sistema Eleitoral era formado por indivíduos voluntários, ou seja, o voto não era obrigatório e não necessitava renda mínima, únicas ressalvas era não ser analfabeto total, não ser mendigo, religioso e nem praça de pré. Idade mínima era de 21 anos para exercer o voto. Os Estados tinham total autonomia para realizar o processo de votação, e isso gerou variação quanto ao processo eleitoral de cada município. Uma nova Lei promulgada em 1812 pelo Congresso, criar novas regras de alistamento, que passou a ser feito individualmente por cada município que escolheis comissões de cinco eleitores. Um fato importante é que o voto não era secreto.
A constituição de 1891 propôs a mudança da capital federal para o Planalto Central, que ficava mais longe da costa litorânea em caso de ataques. Propôs também que Estado e Igreja se separassem, dando em teoria, liberdade de culto no país. A Igreja Católica era detentora de todo controle da vida civil, os registros desde o batismo, casamento e o de morte também era de poder dela. A constituição também colocou em vigência o Habeas Corpus e idéias mais claras sobre legalidade da prisão, princípio da Ampla Defesa e princípio da Individualidade das Penas.
O Código Penal de 1890 teve grandes dificuldades para ser de fato criado. As Penas de Galés já não tinham mais eficácia e foram aos poucos sendo abolidas por total, e então foi introduzido o novo Código Penal. Várias das leis nele citado tiveram de ter falhas corrigidas e supridas por outras novas, o princípio que rege o código penal é o da legalidade e territorialidade para os crimes. Uma característica do código era a semelhança entre os crimes, chegando ao ponto de não saber como aplicar. Tinham leis exclusivas para menores de 21 anos de idade, a reclusão, por exemplo, era uma pena que deveria de ser cumpridas em fortalezas, praças de guerra ou estabelecimentos militares. Já a “prisão com trabalho obrigatório” tinha de ser cumprida em prisões agrícolas ou estabelecimentos militares. O máximo de restrição de liberdade era de trinta anos. Um preso poderia sair antes da sanção que recebeu por bom comportamento, que era prevista no código penal. Os cultos ainda eram bem polêmicos, os legisladores não consideravam o espiritismo e suas práticas como religião. O voto de cabresto e a ordem do Coronel são constitucionais, ou seja, na república velha, o legislador teve como objetivo elaborar um artigo que chegava a ser engraçado se não fosse tão sério.
O código Criminal não tinha previsto o falso testemunho, o que antes com a Ordenação Filipina indicava pena no Brasil. O crime de estupro era diferenciado para mulheres “honestas” e prostitutas. O Adultério continua sendo caso de pena caso a mulher deita-se com outro homem, e para o homem ser punido deve manter outra mulher. 
O código Civil de 1916 foi posto com muita dificuldade e demora, não tinha uma definição de quem era cidadão, e isso dificultava muito a criação do Código Civil para substituir o Código Civil Napoleônico. Em 1854, o ministro da Justiça José Thomaz Nabuco de Araújo fez uma solicitação a Augusto Teixeira de Freitas, um dos melhor advogados do país, que elaborasse uma redação do Código Civil. Com algumas divergências o código ficou congelado de 1867 a 1872, até o próprio ministro começar a fazer ele mesmo. Existiam vários problemas internos, Câmara dos Deputados e Senado não entravam em um acordo, já existia um CódigoCivil criado por Beviláqua em trâmite, porém foi com uma longe demora que Rui Barbosa executou algumas emendas e então ocorre que no dia 1 de janeiro de 1916 o código civil é sancionado. 
	III. Em tua opinião, qual é o ponto alto da obra? Compartilhas das opiniões do autor(a)?
O ponto alto da obra se dá a partir da imposição do Governo Provisório que decretou o regime republicano federalista, cuja missão é garantir a ordem pública, a liberdade e o direito do cidadão. Nesse mesmo dia o que chama a atenção é o nome do país ser alterado para Estados Unidos do Brasil. Um decreto de liberdade de escolhas de governantes ao Governo Provisório fez com que a idéia de ditadura militar ficasse mais forte, pois não havia órgão legislador em funcionamento.
O autor trás uma visão bastante convicta sobre os assuntos tratados no capítulo, de pronto imediato concordo com a reflexão dele, principalmente quando ele cita que a “Ditadura Provisória” colocava em prática as medidas duras de censura.
	IV. Espaço para reprodução de frases/trechos importantes da obra. 
“A principal incompatibilidade, aparentemente estava no fato do Jurista considerar que fazer um Código Civil sem abranger as relações comerciais seria marcar o Código com um "mal de nascença", visto que, por já existir um Código Comercial, o Civil estaria sempre subordinado o este.” Pág. 436
“O adultério tem o mesmo tratamento que no Código Criminal do Império, ou seja, incorre neste delito a mulher casada que deitar-se simplesmente com outro homem c o marido, somente comete tal crime se estiver mantendo uma outra mulher. Ainda como no Código Criminal, se houver, durante qualquer tempo, aquiescência do cônjuges impede a denúncia.” Pág. 434
“Outro ponto que merece destaque é a constitucionalização do Habeas Corpus e a indicação de parâmetros um pouco mais claros acerca da legalidade da prisão e do principio da Ampla Defesa.” Pág. 426
“(...) previu a mudança da capital federal para o Planalto Central, os argumentos para tal empreitada variavam desde uma melhor defesa da capital, que estando longe da costa ficaria mais protegida, até o de que, retirando a capital da República da cidade do Rio de Janeiro conseguir-se-ia afastar a administração pública da "balbúrdia do populacho", conforme afirmação atribuída ao presidente Campos Sales (...)” Pág. 424
“O eleitor não poderia ser também mendigo, nem religioso de ordem religiosa, nem praça de pré. A idade mínima para o alistamento eleitoral era de 21 anos” Pág. 422
“(...) Poder Judiciário a Constituição de 1891 consagra a utilização da Jurisprudência, tanto federal quanto estadual indicando explicitamente a necessidade do uso destas (...)” Pág. 419
“O Poder Judiciário foi montado, neste início de República, baseado no sistema dual, dando início à tradição dualista no Brasil. Tal sistema é composto pelo Poder Judiciário Federal e pelos poderes judiciários estaduais que acabaram por assim serem organizados até pelo modelo federativo a que se propunha o país c a Constituição.” Pág. 416
“O Supremo Tribunal Federal tinha jurisdição ordinária e de recurso, bem como a de revisão. Assim ao Supremo Tribunal Federal foi determinada a competência exclusiva para conhecer certos assuntos e m instância única, não sendo possível os juízes inferiores tratarem destas matérias. No máximo, eles somente poderiam praticar diligência quando solicitados, é a chamada jurisdição ordinária.” Pág. 417
“A divisão de poderes é estabelecida e elimina-se o Poder Moderador, ficando apenas os três clássicos poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário” Pág. 416
“Era República porque, o que se considerava como povo, estaria exercendo o poder, representativa, pois, governantes seriam eleitos de forma a representar os interesses do "povo" e federativa porque os Estados teriam autonomia.” Pág. 415
“As eleições para a Constituinte não foram portanto representativas, estima-se que pouco mais de uma centena de milhares de pessoas sabiam ler e escrever e às mulheres era vedado o direito de voto.” Pág. 413
“O ato mais forte d esta ditadura foi a criação da Comissão Militar de Sindicâncias e Julgamentos, um tribunal de exceção, com direito, inclusive, de decretar pena de morte.” ´Pág. 411
“Era, trocando em miúdos, o decreto que faltava para completar um quadro muito claro: o de uma ditadura militar. Uma ditadura militar em que não havia nenhum órgão legislativo funcionando desde que a Câmara foi fechada e a Constituição de 1824 deixava de viger.” Pág. 411
DADOS DO LEITOR(A)
Nome: ____Gustavo Mieczikoneski
_______
Turma: __
M1__

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