TURBIDEZ(1) Relatório de Aula

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Relatório de Química Analítica Ambiental
Determinação da Turbidez
Método Nefelométrico
Alunas:
Bruna Chamusca
Jaqueline Cruz
Luana Francini
Turma MAM 271
Professoras:
Flávia Vieira
Neusa Arruda
SUMÁRIO
31 – Título	�
32 – Introdução	�
43 – Objetivo	�
44 – Materiais e Reagentes	�
55 – Metodologia	�
66 – Resultados e Discussões	�
77 – Conclusão	�
78 – Referências	�
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1 – Título: “Determinação da Turbidez pelo Método Nefelométrico em Amostra de Água Coletada no Ponto 3 do Lago da Quinta da Boa Vista”.
2 – Introdução
A turbidez é uma característica física da água, decorrente da presença de substâncias em suspensão, ou seja, sólidos suspensos, finamente divididos ou em estado coloidal, e de organismos microscópicos. O tamanho das partículas responsáveis pela turbidez varia muito, desde grosseiras a colóides, variando com o nível de turbulência do corpo hídrico. As partículas de menor tamanho e com baixa massa específica são mais difíceis de ser removidas pelo tratamento, por apresentarem menor velocidade de sedimentação. 
Este excesso de partículas em uma amostra de água provoca um aspecto turvo, ou seja, de transparência reduzida, que acontece devido à dispersão e à absorção da luz. Esta aparência nebulosa é esteticamente indesejável e potencialmente perigosa, pois pode apresentar propriedades tóxicas, atrapalhar a fotossíntese, provocar a floração de espécies, etc.
Antigamente, achava-se que a turbidez era proporcional ao peso da matéria em suspensão e, por isso, utilizava-se a unidade mg/L de sílica. Porém, esta unidade entrou em desuso porque foi descoberto que, na verdade, quanto mais subdividida uma fixada quantidade de uma dada substância, maior será a turbidez. Atualmente, existem várias formas de determinação da turbidez e esta é expressa em Unidades Nefelométricas de Turbidez, UNT (ou NTU, em inglês).
O turbidímetro é um aparelho que faz a determinação quantitativa da turbidez, sendo possível estabelecer uma correlação entre a intensidade luminosa registrada pela célula e a concentração do material em suspensão. A turbidez é medida comparando-se o espalhamento de um feixe de luz ao passar pela amostra com o espalhamento de um feixe de igual intensidade ao passar por uma suspensão padrão. Quanto maior o espalhamento maior será a turbidez.
Os fatores que interferem no resultado da análise são:
Materiais flutuantes, óleos e graxas e partículas maiores que se sedimentam rapidamente interferem negativamente e devem ser excluídos da amostra.
Bolhas de ar, mesmo minúsculas, interferem positivamente e devem ser eliminadas antes da leitura.
Turbidez excessiva interfere negativamente, por isso, para valores superiores a 40 unidades, deve-se diluir a amostra.
A cor absorve luz, portanto, interfere negativamente.
Os limites de turbidez para as diversas classes de águas naturais são impostos pela resolução CONAMA nº 357/2005.
3 – Objetivo
Determinação da turbidez pelo método nefelométrico em amostra de água coletada no lago da Quinta da Boa Vista (Ponto 3).
4 – Materiais e Reagentes
	Reagentes:
Água isenta de turbidez;
Suspensão estoque de turbidez de padrão primário;
Sulfato de Hidrazina – (NH2)2H2SO4;
Hexametilenotetramina – (CH2)6N6.
Soluções de turbidez diluídas;
Padrões secundários.
	Materiais:
Balão volumétrico 100 mL;
Turbidímetro com um nefelômetro;
Tubo de vidro incolor contendo a amostra.
Preparo dos Reagentes:
Água isenta de turbidez
A água foi passada através de um filtro de membrana de porosidade 0,45 mm.
Suspensão estoque de turbidez de padrão primário
Dissolução de 1,00 g de sulfato de hidrazina em água destilada e deionizada, diluindo ao final a 100 mL em balão volumétrico.
Dissolução de 10,00 g de hexametilenotetramina em água destilada e deionizada, diluindo ao final a 100 mL em balão volumétrico.
Feito isso, em outro balão volumétrico de 100 mL, misturar 5,0 mL da Solução 1 com 5,0 mL da Solução 2, deixando a 25±3 °C durante 24 horas, diluindo até a marca e misturando bem. Esta é a solução que apresenta turbidez de 4000 UNT.
Esta suspensão estoque deve ser mantida em frasco âmbar e é considerada estável por 1 ano.
Soluções de turbidez diluídas
Diluição da suspensão de padrão primário de 4000 UNT, com água isenta de turbidez. Estas soluções devem ser preparadas antes do uso e descartadas após.
Padrões Comerciais
Estas são suspensões estoque comerciais de Formazina (4000 UNT).
5 – Metodologia
Amostragem
A amostra foi coletada segundo a Norma ABNT NBR 9898:1987 – Preservação e técnicas de amostragem de efluentes líquidos e corpos receptores, que fixa as condições exigíveis para a coleta e a preservação de amostra e de efluentes líquidos domésticos e industriais e de amostra de água, sedimentos e organismo aquático dos corpos receptores interiores superficiais.
A água das amostras utilizadas na aula prática foi coletada no lago da Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Rio de Janeiro. Foram colhidas amostras simples, representativas das características da origem no instante exato da coleta.
As amostras analisadas por este grupo correspondem ao ponto de coleta número 3. Este ponto se localiza ao lado da ponte que cruza uma parte estreita do lago, em uma região próxima a pedras. O local de coleta é caracterizado por apresentar maior quantidade musgo nas pedras e margens comparado aos outros pontos, pois se apresenta como um ambiente mais úmido e que possui menor incidência de animais e pessoas. Por se localizar distante da área dos pedalinhos, que é a área mais de maior movimentação, este local também possui menor concentração de lixo. 
O dia da coleta foi um dia nublado, de clima úmido, com pouca chuva, em que a temperatura ambiente estava em torno de 20ºC. Houve um pequeno aumento no nível da água do lago neste dia por causa da chuva. A população de patos no lago estava muito superior à quantidade observada normalmente. No ponto 3, especificamente, a água apresentava-se turva, com poucas folhas na superfície e uma temperatura de 18ºC. A água contida no frasco de amostra apresentava alta turbidez, nenhum odor e cor esverdeada.
Procedimento Experimental
Inicialmente, o aparelho foi calibrado com o auxílio de padrões comerciais, os quais eram pertencentes ao “kit” do aparelho.
Primeiramente, amostra foi agitada a fim de obter uma maior dispersão dos sólidos.
Após o desaparecimento das bolhas de ar provenientes da agitação, a amostra foi colocada no tubo do turbidímetro, lendo-se a turbidez na escala do instrumento.
6 – Resultados e Discussões
A turbidez encontrada na amostra foi de 19,0 UNT (Unidade Nefelométrica de Turbidez).
A amostra analisada é proveniente de um lago, o qual é destinado à harmonia paisagística do local. Logo, este é classificado como Água Doce, classe 4. De acordo com a resolução CONAMA nº 357/2005, o limite de turbidez permitido para esta classe é de até 100 UNT. Portanto, este valor encontra-se dentro das especificações.
Vale ressaltar que, apesar de o valor estar dentro do parâmetro estabelecido, a presença de interferentes não pode ser descartada, visto que não foi feito nenhum processo para remoção dos mesmos.
7 – Conclusão
A amostra apresentou seu valor de turbidez dentro dos valores estabelecidos pela resolução vigente. Pode-se então concluir que, segundo o parâmetro de turbidez, a amostra de água coletada no Ponto 3 do lago da Quinta da Boa Vista está dentro das especificações.
8 – Referências
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Determinação de turbidez em águas – Método Nefelométrico. Disponível em: <http://www.ufpa.br/ccen/quimica/turbidez.htm> Acesso em: 11 de outubro de 2009.
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. Turbidez. Disponível em: <http://pessoal.utfpr.edu.br/colombo/arquivos/Turbidez2.pdf>. Acesso em: 11 de outubro de 2009.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA). Resolução nº 357, de 17 de Março de 2005.Disponível em: < http://www.ifcs.ufrj.br/~aproximacao/abntnbr6023.pdf>. Acesso em: 11 de outubro de 2009.
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