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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS E INGLÊS
ESTUDOS DISCIPLINARES IX
JOICY RODRIGUES DE MOURA – RA: 1534905
TRABALHO EM GRUPO - TG
MAUÁ
2017
TRABALHO EM GRUPO – TG
Trabalho referente à disciplina de ESTUDOS DISCIPLINARES IX, do 5° Semestre do Curso Licenciatura em Português/Inglês, UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA.
Orientador: Professor Adilson Silva Oliveira
Mauá
2017
Leia o texto abaixo.
Vender é o que interessa...
O gerente de vendas recebeu o seguinte fax de um dos seus novos vendedores: "Seo Gomis, o criente de Belzonte pidiu mais cuatrucenta pessa. Faz favor toma as providenssa. Abrasso, Nirso".
Aproximadamente uma hora depois recebeu outro:
"Seo Gomis, os relatorio di venda vai xega atrazado proque to fexando umas venda. Temo que mandá treiz miu pessa. Amanhã to xegando. Abrasso, Nirso". No dia seguinte:
"Seo Gomis, num xeguei pucausa de que vendi maiz deis miu em Beraba. To indo pra Brazilha. Abrasso, Nirso".
No outro: "Seo Gomis, Brazilha fexo 20 miu. Vo pra Frolinoplis e de lá pra Sum Paulo no vinhão das cete hora. Abrasso, Nirso".
E assim foi o mês inteiro. O gerente, muito preocupado com a imagem da empresa, levou ao presidente as mensagens que recebeu do vendedor. O presidente, um homem muito preocupado com o desenvolvimento da companhia e com a cultura dos funcionários, escutou atentamente o gerente e disse:
- Deixa comigo que eu tomarei as providências necessárias. E tomou. Redigiu de próprio punho um aviso e afixou no mural da empresa, juntamente com as mensagens enviadas pelo vendedor:
"A parti de oje nois tudo vamo fazê feito o Nirso. Si priocupá menos em iscrevê serto, mod vendê maiz. Acinado, o Prizidenti". 
O gênero textual piada, comumente, reflete uma postura preconceituosa. O texto “Vender é o que interessa...”, de autoria desconhecida, provoca a reflexão sobre a imagem que se faz das pessoas a partir de como usam a língua. Por que a piada reflete uma visão linguística preconceituosa?
O gênero textual piada tem o intuito de levar o riso aos demais, trata-se de um texto narrativo simples em que geralmente há presença de enredo, personagens, tempo, espaços, etc. Há diversos tipos de anedotas sendo que muitas delas utilizam personagens caricaturados, por exemplo, a famosa piada do português, piada de loiras, piadas de sogras, dentre outras. Em todos esses exemplos, esses personagens são destituídos de inteligência.
Esse tipo de gênero textual também pode ser ofensivo e utilizar temas preconceituosos e racistas, por exemplo: preferência sexual, preconceito racial, social, cultural, linguístico, religioso, dentre outros.
No caso do texto estudado acima, temos uma característica marcante do gênero, sendo ele o preconceito linguístico.
O preconceito linguístico é aquele gerado pelas diferenças linguísticas existentes dentre de um mesmo idioma. De tal maneira, está associado as diferenças regionais desde dialetos, regionalismo, gírias e sotaques, os quais são desenvolvidos ao longo do tempo e que envolvem os aspectos históricos, sociais e culturais de determinado grupo.
O preconceito linguístico é um dos tipos de preconceito mais empregados na atualidade e pode ser um importante propulsor da exclusão social. Além disso, as regras da língua, determinada pela gramática normativa, não inclui expressões populares e variações linguísticas, por exemplo as gírias, regionalismos, dialetos, dentre outros.
De maneira elucidativa, no primeiro capítulo do livro, “A mitologia do preconceito linguístico” ele analisa oito mitos muito pertinentes sobre o preconceito linguístico, a saber:
Mito n° 1 “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”: o autor aborda sobre a unidade linguística e as variações que existem dentro do território brasileiro.
Mito n° 2 “Brasileiro não sabe português” / “Só em Portugal se fala bem português”: apresenta as diferenças entre o português falado no Brasil e em Portugal, este último considerado superior e mais “correto”.
Mito n° 3 “Português é muito difícil”: baseado em argumentos sobre a gramática normativa da língua portuguesa ensinada em Portugal, e suas diferenças entre falar e escrever dos brasileiros.
Mito n° 4 “As pessoas sem instrução falam tudo errado”: preconceito gerado por pessoas que têm um baixo nível de escolaridade. Bagno defende essas variantes da língua e analisa o preconceito linguístico e social gerado pela diferença da lingua falada e da norma padrão.
Mito n° 5 “O lugar onde melhor se fala português no Brasil é o Maranhão”: mito criado em torna desse estado, o qual é considerado por muitos o português mais correto, melhor e mais bonito, posto que está intimamente relacionado com o português de Portugal e o uso do pronome "tu" com a conjugação correta do verbo: tu vais, tu queres, etc.
Mito n° 6 “O certo é falar assim porque se escreve assim”: aqui o autor apresenta diferenças entre as diversas variantes no Brasil e a utilização da linguagem formal (culta) e informal (coloquial).
Mito n° 7 “É preciso saber gramática para falar e escrever bem”: aborda sobre o fenômeno da variação linguística e a subordinação da língua a norma culta. Para ele, a gramática normativa passou a ser um instrumento de poder e de controle.
Mito n° 8 “O domínio da norma culta é um instrumento de ascensão social”: decorrente das desigualdades sociais e das diferenças das variações em determinadas classes sociais. Assim, as variedades linguísticas que não são padrão da língua são consideradas inferiores.
Conclusão
Quando entendemos o que significa cada tema, sendo ele piada e/ou preconceito linguístico, compreendemos que o gênero estudado nessa disciplina aborda cada assunto e que, em diversas vezes estão ligados, pois a piada é um gênero que tem por sua finalidade levar todos ao riso, porém, quase sempre o seu tema acabava gerando um certo tumulto por ser indevidamente preconceituosa.
No caso da piada estudada acima, temos o preconceito linguístico explicitamente, pois o gerente resolveu expor o novo vendedor diretamente ao presidente pelo fato da sua ortografia, segundo ele, era muito preocupado com o desenvolvimento da campanha e cultural dos funcionários, e, entende-se que o vendedor não foi uma boa escolha feita em ter o contrato pela sua ignorância no fato gramatical, porém, o gerente se esqueceu que o mesmo, apesar de seu pouco conhecimento na escrita da língua portuguesa, era um ótimo funcionário, pois fazia seu trabalho com muita competência e obtivia ótimos resultados. P presidente por sua vez, tomou a frente para resolver o caso e quebrou o preconceito em sua própria empresa escrevendo um recado para todos com erros ortográficos.
As pessoas têm a tendência de analisar o uso da língua e classificá-lo entre “correto” ou “errado” baseados tão somente na norma gramatical. Com essa concepção em mente, ignoram a realidade do funcionamento da língua como um todo, fato que se torna crucial para o desenvolvimento da discriminação. A estrutura preconceituosa é propagada diariamente - consciente ou não - por rádios, televisão, livros, revistas, textos na internet, etc. Vale-se atentar ao fato que algumas afirmações podem ser bem intencionadas, entretanto elas compõem uma espécie de “preconceito positivo”, igualmente danoso.
O desenvolvimento da fala é inerente ao homem, diferente da escrita. Um indivíduo analfabeto consegue se comunicar linguisticamente por sua fala materna, pois todos os seres humanos entram em contanto na infância com a linguagem dos pais e a partir daí passam a desenvolver sua capacidade comunicacional
Importante, portanto, refletirmos e ponderarmos sobre o tema. O erro na gramática normativa de um indivíduo de forma alguma reflete algo sobre sua capacidade cognitiva; demonstra apenas que houve um desvio puramente prescritivo, de um sistema gramatical imposto de cima para baixo como um mecanismo político de controle. Se faz igualmente vital trabalhar as políticas educacionais,para que essas venham a ser mais razoáveis e sensatas; nessa tarefa o cidadão comum deve ser perspicaz em perceber os preconceitos e injustiças para assim desenvolver um trabalho coletivo que venha melhorar efetivamente a condição social em nosso país.
Referências Bibliográficas
www.todamateria;com.br/genero-textual-anedota/
http://pre.univesp.br/preconceito-linguisti#.WNm4SG_yvIV
https://www.todamateria.com.br/preconceito-linguistico/
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