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Tzvetan Todorov

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O movimento sionista (movimento de unificação do povo judeu) preconizava a retomada da Palestina e a criação de um Estado judeu na região. 	Ao contrário dos colonizadores espanhóis que possuíam um “direito imposto” (dado pela Coroa espanhola), os colonizadores judeus alegavam possuir um “direito histórico” (dado pela a história judaica de sucessivas ocupações da região da Palestina) além de um direito também imposto e legitimado, tanto pela Grã-Bretanha (Declaração Balfour, 1917) quanto pela ONU - que propôs a divisão entre as comunidades árabes e judaicas do território da Palestina em 1947.
O que nos permite esta analogia entre Judeus (Espanhóis) versus Árabes (Astecas) é que, apesar do passado em comum entre judeus e árabes, (a figura bíblica de Abraão, e seu monoteísmo originou-se de uma mesma fonte) aqueles se distanciaram destes pela aquisição de costumes, técnicas e ciências do mundo ocidental.
No que discorre sobre a divisão imposta pela ONU sobre a “partilha” do território da Palestina, (56,5% território judeu - 42,9% território árabe) é de conhecimento da grande maioria que, após o estabelecimento do Estado de Israel, os judeus construíram um Estado maior do que fora previsto nesta partilha, ocupando e expulsando cerca de 700 mil palestinos não-judeus. 	
Podemos, através destes dados, novamente correlacionar espanhóis e judeus: Tanto espanhóis colonizadores da América, quanto os judeus colonizadores da Palestina, extrapolaram os limites impostos. Os limites impostos pela Coroa, no que difere aos espanhóis; e, no que difere aos judeus, os limites territoriais impostos na partilha (dados acima fornecidos). Vale ressaltar que, em ambos os casos, foram utilizados de instrumentos de coação física. 
Com a conquista da região do México, estima-se que 70 milhões de habitantes foram dizimados (TODOROV), faz-se necessário uma outra comparação: Após o estabelecimento do Estado de Israel, cerca de 1,3 milhão de palestinos foram registrados na UNRWA (Agência de Socorro e Trabalho das Nações Unidas) (HOBSBAWM).
“N” outras comparações poderiam ser feitas utilizando estes povos, porém me abstenho no intuito de não tornar este texto cansativo aos que porventura hão de ler.
Bibliografia:
CÁCERES, Florival. História Geral. São Paulo, Moderna, 1999.
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos. São Paulo, Companhia das Letras, 1991.
OLIC, Nélson Bacic. Oriente Médio. São Paulo, Moderna, 1991.
TODOROV, Tzvetan. A Conquista da América. São Paulo, Martins Fontes, 1999.

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