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Aula 3 – Unidade 1 A Ambiência Organizacional Profª Ana Luísa Vieira de Azevedo 1 Sumário da Aula: a) A Visão Sistêmica das Organizações (cont.); b) O Ambiente Organizacional. 2 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo a) A Visão Sistêmica das Organizações (continuação) 3 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 4 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Esclarecendo a visão sistêmica das organizações 5 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Pressuposto: “As organizações devem ser vistas como sistemas abertos” Foco de Análise: “A organização, seus subsistemas e a interação com o ambiente onde se insere”. Conceitos-Chave: “A organização é um sistema aberto, composto por partes interdependentes entre si”; “A organização está em contínua interação com o ambiente onde se insere, para recolher os insumos e contribuir com produtos e serviços”. (SOBRAL E PECI, 2008, p.57) Contribuição da Teoria dos Sistemas 6 “Com o advento da Teoria dos Sistemas, tornou-se evidente e indisfarçável a natureza sistêmica das organizações em geral e das empresas em particular”. (CHIAVENATO, 2007, p.39) Portanto, este conceito que surgiu da Biologia a partir do estudo dos seres vivos e de sua dependência e adaptabilidade ao meio ambiente, acabou se estendendo a outras disciplinas científicas, chegando a Administração. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Visão Sistêmica “A empresa constitui um sistema. Um sistema pode ser definido como um conjunto de elementos dinamicamente inter-relacionados que desenvolvem uma atividade ou função para atingir um ou mais objetivos ou propósitos”. 7 (CHIAVENATO, 2007, p.40) Desdobrando esta conceituação de sistema temos quatro características que nos ajudam a compreender melhor esta visão: 1. Conjunto de elementos: “partes ou órgãos componentes do sistema, isto é, os subsistemas que o compõem. Isso significa totalidade: o sistema é uma integração de várias partes.” 2. Elementos ou subsistemas dinamicamente inter- relacionados: “estão em interação e interdependência, formando uma rede de comunicações e relações. Isso provoca dependência recíproca entre eles. O que ocorre em um subsistema provoca influência nos demais.” Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo O Conceito de Sistema 8 (CHIAVENATO, 2007, p.40) Desdobrando esta conceituação de sistema temos quatro características que nos ajudam a compreender melhor esta visão: 3. Sistemas que desenvolvem uma atividade ou função: “a operação, a atividade ou o processo do sistema. Cada subsistema assume uma determinada atividade ou função específica e importante para o sistema como um todo.” 4. Sistemas para atingir um ou mais objetivos ou propósitos: “que constituem a própria finalidade para a qual o sistema foi criado. Todo sistema é algo criado ou construído para alcançar objetivos.” Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo O Conceito de Sistema 9 “Em função dessas quatro características, o sistema funciona como um todo integrado e organizado de modo lógico”. (CHIAVENATO, 2007, p.40) “Quando falamos em natureza sistêmica, queremos nos referir a esse funcionamento global, total e integrado, no qual o todo é maior (ou diferente) do que a soma de suas partes.” Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Visão Sistêmica 10 (CHIAVENATO, 2007, p.40) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo A Visão Sistêmica Para poder funcionar, o sistema apresenta os seguintes parâmetros: 1. Entradas ou insumos (inputs): “todo sistema recebe ou importa do ambiente externo os insumos de que necessita para poder operar. Nenhum sistema é auto- suficiente ou autônomo. Esses insumos podem entrar na forma de recursos, energia ou informação.” 2. Operação ou processamento: “todo sistema processa ou converte suas entradas por meio dos seus subsistemas. Cada tipo de entrada (sejam recursos materiais, como máquinas e equipamentos ou materiais, recursos financeiros, como dinheiro e investimentos) é processado por subsistemas específicos, ou seja, especializados no processamento.” 11 (CHIAVENATO, 2007, p.40) Para poder funcionar, o sistema apresenta os seguintes parâmetros: 3. Saídas ou resultados (outputs): “todo sistema coloca no ambiente externo as saídas ou os resultados de suas operações ou processamento. As entradas são devidamente processadas e convertidas em resultados. São, então, exportadas de novo ao ambiente. As saídas – na forma de produtos ou serviços prestados, ou de energia ou informação – são decorrentes da operação ou do processamento realizados pelos diversos subsistemas em conjunto. ” Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo O Conceito de Sistema 12 (CHIAVENATO, 2007, p.40-41) Para poder funcionar, o sistema apresenta os seguintes parâmetros: 4. Retroação ou realimentação (feedback): “é a reentrada ou o retorno no sistema de parte de suas saídas ou resultados, que passam a influenciar o seu funcionamento para alcançar o equilíbrio entre entradas e saídas. A retroação é, geralmente, uma informação ou energia de retorno que volta ao sistema para realimentá-lo ou para alterar seu funcionamento em função dos resultados ou saídas. A retroação é, basicamente, um mecanismo sensor que permite ao sistema orientar-se em relação ao ambiente externo e verificar os desvios a serem corrigidos, a fim de alcançar seu objetivo.” Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo O Conceito de Sistema 13 (CHIAVENATO, 2007, p.40) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo O Empresa como um Sistema de Subsistemas 14 Portanto, a visão sistêmica (que tem como base a teoria dos sistemas) representa uma forma de interpretar as organizações reconhecendo a importância da sua relação com o ambiente (interno e externo). Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “A teoria dos sistemas e, posteriormente a abordagem contingencial tiveram o mérito de diluir as fronteiras internas e externas da organização e chamar a atenção pela interdependência mútua organização-ambiente”. (SOBRAL E PECI, 2008, p.70) b) O Ambiente Organizacional 15 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 16 Mas como se define o ambiente das organizações? Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 17 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo O ambiente organizacional “engloba todos os fatores, tanto internos como externos à organização, que podem influenciar o progresso obtido por meio da realização de objetivos da organização”. (MATIAS-PEREIRA, 2009, p.131) 18 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo O ambiente externo “é o contexto no qual as organizações existem e operam, sendo constituído pelos elementos que se encontram fora do limite da organização”.Se dividindo em dois substratos: o ambiente contextual e o ambiente operacional: O ambiente contextual “inclui todos os fatores que existem fora dos limites da organização, mas que independem da ação dela, tais como: fatores econômicos, político-legais, socioculturais, demográficos ou tecnológicos. Afeta indiretamente a organização”. O ambiente operacional “é a parte do ambiente externo diretamente relevante para o alcance dos objetivos da organização. É composto pelas forças, atores e instituições que podem influenciar de forma negativa ou positiva o desempenho da organização e abrange fornecedores, clientes ou consumidores, empresas competidoras, agências governamentais, entre outros grupos de interesses.” O ambiente interno “é composto pelos elementos internos daorganização, como trabalhadores, administradores, cultura organizacional, tecnologia, estrutura organizacional e instalações físicas”. (SOBRAL E PECI, 2008, p.72-73) 19 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (SOBRAL E PECI, 2008, p.73) Ambiente contextual Fatores socioculturais Ambiente operacional Fornecedores Concorrentes Ambiente interno Grupos de Interesse especiais Clientes Meios de comunicação social Instituições financeiras Organização 20 Elementos de ação direta: “elementos do meio ambiente que influenciam diretamente as atividades de uma organização”.* Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Elementos de ação indireta: “elementos do ambiente externo que afetam o clima em que ocorrem as atividades de uma organização, mas que não afetam diretamente a organização”.* Ambiente das Organizações Estes elementos de ação direta estão inseridos nos Ambiente Interno e Operacional das organizações.** Os elementos de ação indireta referem-se ao Ambiente Contextual das organizações.** **(SOBRAL E PECI, 2008, p.72); *(STONER E FREEMAN, 2009, p.46-47) 21 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Portanto, o Ambiente Organizacional é composto por elementos de ação direta e indireta. O ambiente interno é formado apenas por elementos de ação direta. O ambiente externo é formado por elementos de ação direta (ambiente operacional) e indireta (ambiente contextual). Ambiente das Organizações 22 Os stakeholders “(indivíduos ou grupos de interesse) são todos aqueles que influenciam de forma decisiva ou são importantes para o sucesso das organizações”.** Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Elementos do Ambiente de Ação Direta “Pela análise dos stakeholders, a organização pode identificar os principais atores envolvidos, seus interesses e o modo como esses interesses afetarão os riscos e as chances de sucesso da organização”.** “O ambiente de ação direta das organizações é composto por stakeholders”.* **(SOBRAL E PECI, 2008, p.89) *(STONER E FREEMAN, 2009, p.47) 23 A apresentação da análise dos stakeholders, como uma ferramenta de estudo ambiental, tem como principal vantagem a politização do ambiente organizacional, enxergando as mudanças ambientais sob a perspectiva dos interesses em jogo. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (SOBRAL E PECI, 2008, p.70) 24 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Os stakeholders externos são os grupos ou indivíduos do ambiente externo (operacional) de uma organização que afetam suas atividades. Como os clientes, concorrentes, os fornecedores, as instituições financeiras, o governo, os grupos de interesses especiais (como movimento de defesa dos consumidores e movimento ambientalista), os sindicatos e os meios de comunicação. Os stakeholders internos incluem grupos ou indivíduos como empregados, acionistas e a diretoria da empresa, que influenciam as atividades da organização ou são influenciados por ela. A ideia é que eles façam parte do ambiente interno da organização pelo qual um administrador é responsável. Elementos do Ambiente de Ação Direta (SOBRAL E PECI, 2008, p.89 ; STONER E FREEMAN, 2009, p.47) 25 “O papel que os stakeholders representam pode mudar à medida que os ambientes organizacionais evoluem e se desenvolvem”. (STONER E FREEMAN, 2009, p.47) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Os administradores devem ser sensíveis a este fato quando estiverem identificando as várias influências que atuam sobre o comportamento de um organização e recomendando respostas às mudanças ambientais”. “Ambos os grupos de stakeholders internos e externos da maioria das organizações têm mudado substancialmente nos últimos anos”. Considerações sobre os Elementos do Ambiente de Ação Direta 26 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Análise de Stakeholders (SOBRAL E PECI, 2008, p.79) 27 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Análise de Stakeholders (SOBRAL E PECI, 2008, p.84) 28 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Análise de Stakeholders (SOBRAL E PECI, 2008, p.85) 29 Referências Utilizadas CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo MATIAS-PEREIRA, José. Manual de Gestão Pública Contemporânea. São Paulo: Atlas, 2ª ed., 2009. STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Edward. Administração. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
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