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LILIACEAE - Descrição Taxonômica.

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LILIACEAE.
	
Principais informações:
	
	Família descrita por inicialmente pelo botânico e médico francês Antoine Laurent de Jussieu (1748-1836) tendo ampla distribuição no Hemisfério Norte em regiões de clima temperado. Atualmente se divide em cerca de 16 gêneros, abrangendo 635 espécies (JUDD, 2000) é conhecida popularmente como “família das Tulipas’’ tendo entre seus representantes os gêneros Erythronium sp., Gagea sp., Fritillaria sp., Lilium sp. e Tulipa sp	
	
História:	
	O conceito Liliaceae já foi utilizado em diferentes definições sendo a base de discussões científicas de classificação em relação às plantas monocotiledôneas e petaloides. Sua maior parte (monocotiledôneas, petaloides de seis estames) já foi agrupada dentro de um grupo amplamente de Liliáceas (CONQUIST, 1981) dentre elas Alliaceae, Amaryllidaceae, Alstroemeriaceae, Herreriaceae e Liliaceae, em uma única família, Liliaceae. O autor, Conquist, considerou que as evidências disponíveis da época, até então nesse grupo eram pouco específicas para que se estabelecessem famílias com delimitações evidente e bem fundamentadas (DUTILH, 2005).
	
	Da mesma maneira o conceito já foi dividido de acordo com a posição do ovário sendo que espécies com ovário súpero foram agrupados em Liliáceas e espécies com ovário ínferos em Amaryllidaceae (LAWRENCE, 1951) o que gerou uma distribuição artificial pois separou gêneros que hoje sabe-se que claramente se relacionam, como por exemplo Agave e Yucca (Agavaceae). Contudo, Dahlgren et al. (1985) dividiu Liliaceae (CONQUIST, 1981) em várias famílias, distribuindo-as nas ordens Asparagales e Liliales. Estudos moleculares e morfológicos recentes (Rudall et al. 1995; Soltis et al. 2000; APG 2003) corroboram em parte a classificação de Dahlgren et al. (1985), adicionando, inclusive, novas famílias. Alliaceae e Amaryllidaceae, consideradas como famílias distintas em APG (1998) e Soltis et al. (2000).
Classificação APG III:
	 O novo sistema classificativo APG III, da ordem das Liliales, que ainda se mantém, fazem parte as Alstroemeriaceae, Campynemataceae, Colchicaceae, Corsiaceae, Liliaceae, Melanthiaceae, Petermanniaceae, Philesiaceae, Ripogonaceae e as Smilacaceae
 A ordem das Liliales:
	A ordem a que as Liliáceas pertencem – Liliales – de acordo com Aguiar (2012) se caracteriza como plantas herbáceas com órgãos de reserva subterrâneos (geófitos); inflorescência terminal e tépalas maculadas (com   manchas). Nectários localizados nas tépalas (ausência de nectários septais) e anteras extrorsa possuem epiderme externa da testa das sementes com estrutura celular (com células evidentes), sementes normalmente sem endosperma. 
A família Liliaceae:
	A família Liliaceae contida na ordem acima descrita e aqui definida é claramente monofilética (CHASE et al. 1995) embora exista a dificuldade de se observar tal características em diagnoses morfológicas. (TAMURA, 1998). 
Características da família e sinapomorfias:
	A família Liliaceae possui sinapomorfias como por exemplo: bulbos com raízes contráteis, megagametófito com 4 megásporos; néctar produzido na base das pétalas; endosperma pentaplóide, ovários súperos tri-lobado e se estende ao longo da face interna do ramos do estilete. Os óvulos são numerosos e geralmente apresentam um tegumento, o qual acumula substâncias de reservas. O fruto pode ser seco, deiscente e ocasionalmente baga. As sementes são achatadas, apresentam formato de disco e contém endosperma oleoso como características morfológicas principais. 
	
	Ainda sobre as características morfológicas e de classificação taxonômica, pode-se descrever segundo Judd (2000); pelos simples e folhas com as possíveis características: alternas e espiraladas, verticaladas, ao longo de um caule, em uma roseta basal simples, inteiras ou com venações paralelas. Há seis estames, sendo os filetes livres, e três carpelos. Os carpelos tem suas bases unidas, formando um gineceu bi ou multilocular, tendo os óvulos dispostos na porção central. Há apenas um estigma
	
Caracteristicas específicas e clados:
	
	Em Prosartes e Tricytis com venação articulada evidente entre as nervuras primárias especificamente. Quanto as inflorescências, pode-se descrever como geralmente determinadas podendo assumir um caráter reduzido em uma única flor terminal. As flores por sua vez são bissexuais com morfologia radial e moderadamente bilaterais. 
	
	As características florais da família Liliaceae, se dividem entre os gêneros que consecutivamente vão caracterizar as espécies dentro deles podendo assim citar os seguintes clados: Calochortus, Prosartes, Scoliopus, Streptopus e Tricyrtis como ervas de rizomas rasteiros, estiletes com divisão apical e megagametofitos que se desenvolvem a partir de um único megásporo com endosperma triploide (Tipo Polygonum) formando um grande agrupamento dentro das Liliaceae. 
	
	Judd (2000), afirma que os demais gêneros podem ser agrupados em um clado (sub-família) chamado Lilioideae, grande clado caracterizado pela presença de bulbos e raízes contráteis e de um megagametófito que se desenvolve a partir de quatro megásporos (Tulipa, Gagea, Lilium, Fritillaria entre outros). A monofilia de ambos os grupos pode ser comprovada e sustentada por caracteres de DNA (CHASE et. al. 2000.)
	
Polinização:
	A polinização pode ocorrer por meio de vários agentes como abelhas, mariposas, vespas e borboletas devido a sua forma conspícuas das flores. As sementes são dispersas por agentes naturais como água ou vento por exemplo sendo que em alguns casos as sementes possuem arilos (camadas esponjosas, pilosas, carnosas ou suculentas) que facilitam a dispersão por meio de formigas.	
Importância e uso econômico:
	
	A importância econômica mais evidente é relacionada a floricultura de tulipas, lírios entre outros gêneros da família, na Holanda foi um dos pilares econômicos há algum tempo onde acabou se tornando, por muito tempo, a 4° maior fonte de renda deste país. (SALUM, 2008). A família Liliaceae é encontrada em cultivo no Brasil, sendo endêmica do Hemisfério Norte, inclue plantas como o lírio-branco (Lilium longiflorum), o lírio-asiático (Lilium pumilum), o lírio-regalo (Lilium regale), o lírio-oriental (Lilium speciosum) e a tulipa (Tulipa hybrida). A Colchicaceae inclui a espécie Colchicum autumnale, que produz a colchicina, um alcalóide de aplicação medicinal de largo uso em pesquisas na área de Genética, usado principalmente no tratamento profilático de Gota. (BORSTAD, 2004). 
Distribuição e ocorrência:
	Sua distribuição no Brasil se dá com ocorrências confirmadas no Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo), Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina) e Possíveis ocorrências em: Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais). Os domínios fitogeográficos compreendem todas as ocorrências em Mata Atlântica em áreas com Tipo de Vegetação de Área Antrópica. Sendo então as áreas de produção. (FORZZA, 2014)
Referências Bibliográficas:
AGUIAR, C. Botânica para ciências agrárias e do ambiente. Instituto Politécnico de Bragança. v.2, p.83, 2012. Disponível em:https://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/6970/3/2013%203%C2%BA%20Vol%20Sistema%CC%81tica.pdf. Acesso em: 05 de Maio de 2017. 
BORSTAD, G.C. et al. Colchicine for prophylaxis of acute flares when initiating allopurinol for chronic gouty arthritis. The Journal of Rheumatology, v. 31, n. 12, p. 2429-2432, 2004.
CHASE, M. W. et al. Higher-level systematics of the monocotyledons: an assessment of current knowledge and a new classification. Monocots: Systematics and Evolution: Systematics and Evolution, p. 7, 2000.
CHASE, Mark W. et al. Molecular phylogenetics of Lilianae. Monocotyledons: systematics and evolution, v. 1, p. 109-137, 1995. Disponível em < https://www.researchgate.net/publication/257705581_Molecular_phylogenetics_of_Lilianae> Acesso em: 08 de Maio de 2017.
CONQUIST, A. An integrated system of classification of flowering plants. New York: Columbia UniversityPress, 1981. 261p. 
DAHLGREN, G. An updated angiosperm classification. Botanical Journal of the Linnean Society, v. 100, n. 3, p. 197-203, 1989. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1095-8339.1989.tb01717.x/full Acesso em: 10 de Maio de 2017.
DUTILH, J.H.A.; Campos-Rocha, A. Liliaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2005. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB130725>. Acesso em: 10 de Maio de 2017.
JUDD, W. S. et al. Sistemática Vegetal: Um Enfoque Filogenético. Artmed Editora, 2009
LAWRENCE, G. et al. Taxonomy of vascular plants. New york, v.9, 1951. Disponível: https://pdfs.semanticscholar.org/b103/1e4c0871cef85e2949ab39dca2aaea468baf.pdf Acesso em: 14 de Maio de 2017.
LORENZI H. Botânica Sistemática - Guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG II. 2ª ed. Ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum.
RUDALL, P. Monocotyledons: systematics and evolution. In Monocot systematics: a combined analysis. Royal Botanic Gardens, Kew: Kew, p. 685-730, 1995. Disponível em: http://kbd.kew.org/kbd/detailedresult.do?id=92252 Acesso em: 15 de Maio de 2017.
SALUM, M. I. F. et al. Diagnóstico do mercado internacional de flores de corte e o papel do Brasil. 2008. Disponível em: http://www.repositorio.ufsc.br. Data de acesso: 15 de Maio de 2017.
SOLTIS, D. E. et al. Angiosperm phylogeny inferred from 18S rDNA, rbcL, and atpB sequences. Botanical Journal of the Linnean Society, v. 133, n. 4, p.381-461, 2000. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1095-8339.2000.tb01588.x/abstract Acesso em: 15 de Maio de 2017.
STEVENS, P. F. Angiosperm phylogeny website, version 9, June 2008–onward. 2010. Disponível em: < http://www.mobot.org/MOBOT/research/APweb/ >. Acesso em: 11 de Maio de 2017.
TAMURA, M. N. Liliaceae. In: Flowering Plants· Monocotyledons. Springer Berlin Heidelberg, 1998. p. 343-353. Disponível em: < https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-3-662-03533-7_41#page-1> Acesso em: 16 de Maio de 2017;

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