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* * * FARMACOLOGIA I FARMACOLOGIA GERAL * * * Fármaco: substância química capaz de modificar funções biológicas, com finalidade terapêutica ou não. Pró-fármaco: substância originalmente inativa, mas que adquire atividade farmacológica ao ser administrado no organismo. Medicamento: produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa, contraceptiva ou diagnóstica. Droga: substância ou matéria prima que tem finalidade medicamentosa ou sanitária. Magistral Oficinal * * * Desenvolvimentos dos fármacos 1. Síntese de novas estruturas química a partir de: plantas – ex. digitálicos tecidos animais – ex. heparina culturas de microrganismos – ex. benzilpenicilina células humanas – ex.urocinase biotecnologia – ex. insulina humana 2. Testes pré-clínicos – observação dos efeitos da nova substâncias por meio de experimentos bioquímicos e farmacológicos. Experimentos toxicológicos: animais são utilizados para detectar mal-formações, mutações ou carcinogênese * * * Desenvolvimentos dos fármacos 3. Fase 1. Teste clínico – emprego de voluntários sadios, comparando os efeitos obtidos com os observados em animais. 4. Fase 2: avaliação do medicamento potencial contra a doença em pacientes selecionados; 5. Fase 3: comparação o sucesso terapêutico do medicamento proposto com o medicamento padrão; 6. Registro do medicamento: fabricante requer aos órgãos controladores; 7. Lançamento no mercado com nome comercial 8. Fase 4: Período inicial de comercialização, continua a observação sobre o comportamento do medicamento. * * * Um fármaco só se torna um medicamento quando está na FORMA FARMACÊUTICA adequada para o emprego terapêutico. A forma farmacêutica é definida pelo tipo de uso e pela praticidade de emprego pelo médico e pelo paciente (p. ex. meia-vida, dosagem exata). A tecnologia farmacêutica se ocupa com o desenvolvimento da forma farmacêutica adequada e o seu controle de qualidade. * * * Formas farmacêuticas Formas farmacêuticas líquidas: soluções, suspensões e emulsões Formas farmacêuticas sólidas: comprimidos, cápsulas e drágeas. Comprimidos – discóides e obtidos pela compressão de substâncias ativas, excipientes e outros adjuvantes; Comprimidos efervescentes não fazem parte deste grupo, pois são dissolvidos antes da ingestão; Drágeas: tipo de comprimido revestido (mascarar odor ou gosto desagradável ou proteger fármacos sensíveis); Cápsulas: invólucro alongado, geralmente de gelatina que contém a substância ativa na forma de pó, granulado ou solução. Comprimido matrix: a substância ativa se encontra impregnada em uma matriz de forma a ser liberar lentamente para o meio. * * * Comprimidos, drágeas, cápsulas Formas sólidas para uso uso oral * * * Nas formas líquidas a substância ativa começa a ser absorvida no estômago. As formas sólidas exigem a desagregação do comprimido ou abertura da cápsula – desintegração antes da dissolução da substância ativa para que possa ocorrer passagem pela mucosa gastrintestinal e absorção na corrente sangüínea; Comprimidos revestidos: desintegração e dissolução ocorre no duodeno. A liberação da substância ativa, o local e a velocidade de absorção é determinada pela escolha correta da forma farmacêutica pelo fabricante. * * * * * * Soluções, suspensões, emulsões * * * As formas farmacêuticas líquidas: Soluções: aquosas ou alcoólicas – envasadas em frascos especiais que permitem a dosificação exata pelo número de gotas. Permite ajuste de doses individuais. Suspensões: presença de pequenas partículas da substância ativa, insolúveis no líquido. Risco de sedimentação no armazenamento. Emulsões: separação de pequenas gotas de uma substãncia ativa líquida em outro líquido, p.e., óleo em água. Risco de “quebrar” no armazenamento. * * * Formas farmacêuticas para uso parenteral: Solução injetável: injeção intravenosa, intramuscular ou subcutânea; Suspensão de cristais: via intramuscular, subcutânea e intra-articular; Aerossóis: (nebulização de substâncias ativas sobre mucosas acessíveis externamente- como o trato respiratório). Um aerossol compreende a dispersão de partículas sólidas ou líquidas em um gás. Supositórios ou óvulos: aplicação de substância ativa sobre a mucosa do reto (ação sistêmica) ou vaginal (ação local). Pós, pomadas e pastas: podem ou não conter substâncias ativas. Ação local e mais raramente pode ter efeito sistêmico. * * * parenteral inalatório Retal e vaginal * * * cutâneo Sistemas Terapêuticos Transdermais: substância ativa e liberada lentamente e absorvida atraves da pele. Uso com fármacos: Capazes de atravessar a pele Eficazes em baixas [ ] Com ampla margem de segurança * * * VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ENTERAIS PARENTERAIS Enterais: Vias sublingual, bucal, oral e retal Parenterais: Diretas: intravenosa, intramuscular, subcutânea... Indiretas: cutânea, respiratória, conjuntival, intracanal.... * * * Métodos de administração: injeção, instilação, deglutição, friccção... Formas farmacêuticas: comprimidos, cápsulas, drágeas, soluções, xaropes, cremes pomadas... Efeitos: Sistêmicos Locais * * * PRINCIPAIS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS ENTERAIS PARENTERAIS DIRETAS a INDIRETASb Oral Intravenosa Cutânea Bucal Intramuscular Respiratória Sublingual Subcutânea Conjuntival Retal Intradérmica Geniturinária Intra-arterial Intracanal Intracardíaca Intratecal Peridural Intra-articular aA O acesso às mesmas se faz por injeção bO acesso a elas prescinde de injeção * * * VIAS ENTERAIS 1. VIA ORAL: a absorção pode ocorrer em boca, intestino delgado e em menor extensão no estômago e intestino grosso. Formas farmacêuticas Comprimidos, cápsulas, drágeas, suspensões, emulsões, elixires, xaropes e soluções Métodos de administração Deglutição e sondagem gástrica. * * * Vantagens: 1. Comodidade de aplicação 2. Menor custo de preparação 3. [] plasmáticas atingidas gradualmente, minimizando efeitos adversos Desvantagens: Fármacos que se absorvem mal pela digestiva: inativados pelo sucos digestivos formam complexos insolúveis com alimentos sofrem metabolismo de primeira passagem são muito irritantes a mucosa digestiva Não deve ser usado quando há êmese ou dificuldade de deglutição Sabor e odor desagradável dificultam a deglutição * * * * * * 3. VIA SUB-LINGUAL Vantagens retenção do fármaco por tempo maior absorção rápida de pequenas doses devido a rico suprimento sangüíneo e à pouca espessura da mucosa absortiva o fármaco absorvido passa diretamente à corrente circulatória Formas farmacêuticas Comprimidos que devem ser totalmente dissolvidos pela saliva, não podem ser deglutidos. VIAS ENTERAIS * * * 4. VIA RETAL Utilizada em pacientes com vômitos, inconcientes ou que não sabem deglutir. Vantagens Protege fármacos suscetíveis das inativações gastrintestinais e hepáticas, pois 50% do fluxo venoso retal têm acesso à circulação porta. Desvantagens Incomodidade de administração Possibilidade de irritação na mucosa e absorção errática Formas farmacêuticas: soluções, suspensões e supositórios. Métodos de administração: aplicações e enemas VIAS ENTERAIS * * * 1. VIA INTRAVENOSA. VIAS PARENTERAIS Formas farmacêuticas Soluções aquosas puras VIAS DIRETAS Métodos de administração Injeção intermitente Injeções em bolo Infusão contínua: * * * Métodos de administração Injeção intermitente: desvantagem de múltiplas punções (disponibilidade permanente de veia). Deve executada lentamente, com monitorização dos efeitos apresentados pelo paciente Injeções em bolo (administração muito rápida) são feitas para que haja rápida ligação do fármaco às proteína plasmáticas. Alcança-se imediatas e altas [ ], indutoras de efeitos adversos, não relacionados aos fármacos e sim a chegada de altas [ ] nos tecidos. Infusão contínua: vantagem de fácil suspensão. Riscos Efeitos adversos: respiração irregular, queda de pressão sangüínea e arritmias cardíacas. Risco de introdução acidental de material particulado ou de ar na veia (embolização) Menos segura, só deve ser usada em situações específicas. * * * Vantagens Efeito imediato e níveis plasmáticos previsíveis. 100% de biodisponibilidade Indicação em emergências médicas e em presença de baixo fluxo sangüíneo periférico (choque) Infusão de substâncias irritantes por outras vias ou de grandes volumes Desvantagens Necessidade de assepsia e pessoa treinada Incomodidade para o paciente Menor segurança, efeitos agudos e intensos podem ser adversos Maior custo de preparação efeitos locais indesejáveis (flebite, infecção, trombose) * * * 2. VIA INTRAMUSCULAR. VIAS PARENTERAIS Formas farmacêuticas Soluções aquosas, oleosas e suspensões Métodos de administração Injeção profunda, para que ultrapasse a pele e o tecido subcutâneo. Usar agulha de bisel longo. Não ultrapassar 10 mL. VIAS DIRETAS * * * Vantagens É mais segura que a intravenosa A absorção depende do fluxo sangüíneo local e o grupo muscular utilizado. Administração de formulações de absorção sustentada (suspensões, compostos tipo ester ou associações com compostos orgânicos viscosos. Alguns fármacos fazem depósito no músculo promovendo [] plamáticas terapêuticas prolongadas. ex. Penicilina G benzatina (3 a 4 semanas). Desvantagens Efeitos adversos locais: dor, desconforto, dano celular, hematoma, abscessos estéreis ou sépticos e reações alérgicas * * * * * * VIAS PARENTERAIS VIAS DIRETAS 3.VIAS SUBCUTÂNEA E SUBMUCOSA Emprego de pequenas de fármaco Propicia início de efeito mais lento Formas farmacêuticas Soluções, suspensões e pellets Métodos de administração Usar agulha de bisel curto. Injetar de 0,5 a 2 mL mL. Efeitos adversos Dor local, abscessos estéreis, infecções e fibroses * * * * * * VIAS PARENTERAIS VIAS DIRETAS 4.VIA INTRADÉRMICA Emprego de pequenas de fármaco Propicia início de efeito mais lento Formas farmacêuticas Soluções Métodos de administração Injeção ou raspado da epiderme Utilizado para testes diagnósticos e vacinação * * * VIAS PARENTERAIS VIAS DIRETAS 5.VIA INTRATECAL Espaço subaracnóide e ventrículos cerebrais. Utilizada para fármacos que não atravessam a barreira hemato-encefálica. Via subaracnoidiana é empregada em raquianestesia Requer técnica especializada, não é isenta de riscos 6.VIA PERIDURAL espaço delimitado pela dura-máter que circunda a medula. Via alternativa à via subaracnoidiana para anestesia de medula espinhal e raízes nervosas. * * * VIAS PARENTERAIS VIAS DIRETAS 7.VIA INTRA-ARTERIAL Raramente empregada, por dificuldade de técnica e risco. Utilizada para obter altas [] de fármaco, antes que ocorra a diluição por toda a circulação INTRA CARDÍACA Em desuso, utiliza-se a punção de grandes vasos venosos para administrar fármacos de reanimação cardiorespiratória. 8.VIA INTRA-ARTICULAR Injeta-se fármaco no interior da cápsula articular. * * * VIAS PARENTERAIS VIAS INDIRETAS 1.VIA CUTÂNEA Efeitos tópicos. Pode produzir efeitos sistêmicos, terapêuticos ou tóxicos. A absorção depende de área de exposição, difusão do fármaco na derme (alta liposolubilidade), temperatura e estado de hidratação da pele. Formas farmacêuticas: soluções, cremes, pomadas, óleos, loções, unguentos, geléias e adesivos sólidos (absorção transcutânea e efeitos sistêmicos). Métodos de administração: aplicação, fricção e banhos * * * VIAS PARENTERAIS VIAS INDIRETAS 2.VIA MUCOSA Ricamente vascularizada, fácil absorção de princípios ativos. Têm ação local e quando captados pela corrente sangüínea, sistêmica. Formas farmacêuticas Cremes, pomadas, géis, soluções, suspensões, tinturas.... Métodos de administração Aplicação, irrigação, instilação e aerossol * * * VIAS PARENTERAIS - VIAS INDIRETAS 3.VIA RESPIRATÓRIA Desde a mucosa nasal até os alvéolos. Pode ser usada para efeitos locais ou sistêmicos (anestésicos inalatórios). Administração de pequenas doses com rápida, rápida ação e poucos efeitos adversos sistêmicos. Pode levar a irritação da mucosa. Pode ocorrer perda de efeito por deposição de partículas inaladas na via aérea superior ou impedimento da progressão ao trato respiratório inferior devido à secreções. Outras utilizações sistêmicas, ex. insulina para diabete melito e midazolam para sedação pré-operatória infantil Métodos de administração Inalação, sob a forma de gás ou em pequenas partículas líquidas ou sólidas, geradas por nebulização ou aerossóis. Os gases são absorvidos nos alvéolos e os demais se depositam ao longo da via. * * * * * * VIAS PARENTERAIS VIA INDIRETAS 4.VIA CONJUNTIVAL E GENITURINÁRIA Utilizada para efeitos locais. Formas farmacêuticas Cremes, pomadas, geleias, soluções, comprimidos, óvulos vaginais. Métodos de administração Aplicação, instilação 5. VIA INTRACANAL Uso exclusivo em odontologia. Canal radicular dentário e zona pulpar. Efeito local.
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