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caso concreto 4 trabalho

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Semana 4
CASO CONCRETO:
1- A empresa Veronick S/A, em processo falimentar, teve seus bens alienados a empresa
Belonig S/A. No entanto a Veronick S/A, antes da alienação de seus ativos, figurava no
polo passivo de inúmeras ações trabalhistas em todo território nacional. Há uma dúvida
acerca da responsabilidade da sucessora Belonig S/A nos passivos da empresa Veronick
S/A. 
Analisando a situação concreta apresentada em função do instituto da sucessão
trabalhista e com base na legislação vigente, esclareça se há ou não a sucessão trabalhista?
Desenvolvimento
Neste caso concreto a empresa Belonig S/A não responde pelos débitos trabalhista da empresa Veronick S/A. A Lei n. 11.101/2005 criou regra de exclusão de ônus e de responsabilidades aplicáveis no campo da sucessão empresarial e trabalhista. Essas regras estão dispostas nos art. 60 e 141 da referida lei:
Art. 60. Se o plano de recuperação judicial aprovado envolver alienação judicial de filiais ou de unidades produtivas isoladas do devedor, o juiz ordenará a sua realização, observado o disposto no art. 142 desta Lei.
Parágrafo único. O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, observado o disposto no § 1o do art. 141 desta Lei.
Art. 141. Na alienação conjunta ou separada de ativos, inclusive da empresa ou de suas filiais, promovida sob qualquer das modalidades de que trata este artigo:
I – todos os credores, observada a ordem de preferência definida no art. 83 desta Lei, sub-rogam-se no produto da realização do ativo;
II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho.
§ 1º O disposto no inciso II do caput deste artigo não se aplica quando o arrematante for:
I – sócio da sociedade falida, ou sociedade controlada pelo falido;
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do falido ou de sócio da sociedade falida; ou
III – identificado como agente do falido com o objetivo de fraudar a sucessão.
§ 2º Empregados do devedor contratados pelo arrematante serão admitidos mediante novos contratos de trabalho e o arrematante não responde por obrigações decorrentes do contrato anterior.
Da leitura dos mencionados artigos podemos extrair que o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho; exceto se o arrematante for: sócio da sociedade recuperada ou falida, ou sociedade controlada pela recuperanda ou falida; parente, em linha reta ou colateral até o quarto grau, consanguíneo ou afim, do recuperando ou falido ou de sócio da sociedade recuperanda ou falida; ou identificado como agente do recuperando ou do falido com o objeto de fraudar a sucessão.
Questão objetiva:
1- (FCC) Considerando-se que ocorreu fusão da empresa A com a empresa B formando-se
a empresa AB e que a empresa C foi adquirida pela empresa D, os empregados:
a) apenas da empresa D preservam com os novos empregadores os antigos contratos de
trabalho, com todos os seus efeitos passados, presentes e futuros.
b) apenas da empresa AB preservam com os novos empregadores os antigos contratos de
trabalho, com todos os seus efeitos passados, presentes e futuros.
X c) da empresa AB e da empresa D preservam com os novos empregadores os antigos
contratos de trabalho, com todos os seus efeitos passados, presentes e futuros.
d) da empresa AB e da empresa D não preservam com os novos empregadores os antigos
contratos de trabalho, devendo ser elaborados novos contratos, dispensada a experiência.
e) apenas da empresa D preservam com os novos empregadores os antigos contratos de
trabalho, exclusivamente para efeitos presentes e futuros.
A fusão de empresas não afeta os direitos adquiridos pelos seus empregados e seus respectivos contratos de trabalho; essa regra é extraída dos arts. 10 e 488 da Consolidação das Leis do Trabalho:
Art. 10 – Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448 – A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.

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