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Tributário 2° Bimestre Liberdade de tráfego: Visa vedar ao Estado estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvado a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público. A norma tem como destinatário principal o legislador. É a liberdade de ir e vir em ação. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XV - e livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; O princípio da liberdade de tráfego está previsto no art. 150, inciso V da CFB/1988, e proíbe que as entidades políticas estabeleçam limitações ao tráfego de pessoas ou bens, através de tributos interestaduais ou intermunicipais. Entretanto, pode ocorrer a incidência do ICMS nas operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transportes interestadual e intermunicipal. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; O pedágio é tributo e competência dos entes federados Podem cobrar tributos a União, Estados, DF e municípios. Antes os pedágios eram criados pelos entes federados para arrumar e conservar as vias (PROVA), hoje é uma empresa particular que administra em face do poder público. Obs. Professor disse que cairia na prova; Quando uma concessionaria conserva a via pública e cobra, vira preço público. Como não é poder público, mas tem um contrato com ele não pode limitar o trafego de pessoas de pessoas e bens. Não é tributo. Só será tributo se os pedágios forem criados e conservadas as vias por entes federados. Existia uma regra no ANTT, que quando era somente uma via o governo poderia limitar o tráfego de pessoas e bens de uma cidade para outra, por ser do governo. O STF decidiu que a cobrança do pedágio é um tributo caracterizado como taxa. Limitações Constitucionais ao poder de tributar Imunidade Art. 150, VI CF A Imunidade Tributária ocorre quando a Constituição, ao realizar a repartição de competência, coloca fora do campo tributário certos bens, pessoas, patrimônios ou serviços. Na imunidade, como na não-incidência, não há fato gerador, só que não porque a lei não descreva o fato como hipótese legal, mas sim porque a Constituição não permite que se encontre nos acontecimentos características de fato gerador de obrigação principal. Alguns estudiosos dizem que a imunidade é uma hipótese de não-incidência prescrita na Constituição (não-incidência qualificada). (Quando o art. fala de tributos nos incisos I, III, IV e V, se refere a todas as espécies, impostos, taxas, empréstimos compulsório, contribuições especiais e de melhorias). Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos ( imunidade só incide sobre impostos) sobre: Patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; Reciproca As unidades da Federação, bem como as autarquias e fundações públicas, são imunes a impostos sobre patrimônio, renda ou serviços. templos de qualquer culto; Religiosa Entende-se por templo religioso o espaço físico onde se realizam as cerimônias religiosas. Templo propriamente dito é a edificação dedicada a realização dos cultos, onde contempla as instalações adequadas a sua finalidade religiosa. patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; Subjetiva Conforme o entendimento da doutrina clássica entende-se como imunidade subjetiva àquela conferida em razão da condição de determinada pessoa atribuída em função da presença de elementos objetivos como o patrimônio, renda ou serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades beneficiadas ou dela oriundas. Como exemplos de imunidades subjetivas temos a imunidade recíproca das pessoas políticas, autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, a imunidade dos templos, das entidades sindicais de trabalhadores, dos partidos políticos e suas fundações, das instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos. livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. Objetiva Estão relacionadas a determinados fatos, bens ou situações e versam sobre coisas, apesar de também beneficiarem as pessoas. Como exemplo podemos citar a imunidade tributária sobre livros, jornais e periódicos, e sobre o papel destinado à sua impressão. fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. Mista A imunidade mista, que alcança a pessoa em função de sua natureza jurídica e relacionada a determinados fatos, bens ou situações. Um exemplo da imunidade mista é o art. 153, §4º da CR/88 que exonera o Imposto Territorial Rural para "pequenas glebas rurais, definidas em lei quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel". § 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. § 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. § 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. Correios: serviços públicos essenciais de prestação obrigatória pelo estado. Três institutos impedem o pagamento do tributo: NÃO INCIDÊNCIA: Ente tributante não possui competência para tributar certo fato ou possui e não a exerce. A CF amputa a competência, impedindo a incidência = IMUNIDADE ISENÇÃO: Dispensa legal do pagamento do tributo pelo ente competente para instituir o tributo. ALÍQUOTA ZERO: O fato gerador ocorre, mas o tributo não é pago por uma questão de cálculo. Diferença entre imunidade e isenção IMUNIDADE ISENÇÃO: São limitações constitucionais ao poder de tributa consistentes na DELIMITAÇÃO DE COMPETÊNCIA tributária constitucionalmente conferida aos entes políticos. São normas sempre constitucionais. O ente não tributa porque não pode tributar. ISENÇÃO: Operam no EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA e estão previstas em lei editada pelo ente competente, que resolve não exercê-la. O ente não tributa porque não quer tributar. Hipótese de incidência É a descrição normativa do fato gerador do tributo. Em outras palavras, é o modelo legal de uma conduta ou um evento que, uma vez praticado ou ocorrido, faz nascer a obrigação tributária. Não se confunde com o fato gerador; este, por sua vez, é a concretização da hipótese de incidência. Considera-se a hipótese de incidência o momento prévio à relação jurídica tributária e o fatogerador, o seu ponto inicial.
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