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Aula de Direito Constitucional 1 (10)

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Aula 10
17-03-2017
Natureza jurídica, uma vez que são poderes criados pelo PCO, razão pela qual deve respeitar os parâmetros impostos. 
O PCDR e o PCDD são considerados poderes constituídos, criados pelo PCO, cuja previsão encontra-se no direito positivo constitucional, que é instituído pelo PCO.
Poder constituinte derivado decorrente PCDD
Consiste no poder conferido pelo poder constituinte originário aos estados membros para criar e modificar suas próprias constituições. 
O PCDD é típico dos Estados que adotam a forma federativa, na qual o poder político é dividido entre organismos regionais político-administrativo autônomo, os chamados Estados membros. 
Logo, o PCDD tem origem na autonomia dos estados membros, mais especificamente, na capacidade de auto-organização.
Auto-organização Autonomia dos Estados
Autogoverno
Auto legislação 
Autoadministração 
O PCDD pode ser inicial, o que permite aos estados criarem suas constituições, ou de revisão, que permite aos Estados modificar suas constituições por meio de procedimento especial e complexo, as denominadas emendas à constituição estadual.
Na CF/88, o PCDD tem previsão expressa do Art. 25 caput, segundo o qual: os Estados organizam-se e regem-se pelas constituições e leis que adotarem, observados os princípios da constituição da república.
O PCDD é limitado, subordinado e condicionado ao PCO.
A doutrina sustenta que a lei orgânica do Distrito Federal é manifestação do poder constituinte derivado decorrente, sob o fundamento de que, embora formalmente denominada lei orgânica, de acordo com o Art. 32 caput da CF, a lei orgânica distrital tem subordinação direta à constituição da república, isto é, o poder constituinte derivado decorrente provêm diretamente do poder constituinte originário. 
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
Sendo assim, a lei orgânica distrital, substancialmente, corresponde a uma constituição, limitada e condicionada pelo PCO.
Se uma lei ordinária distrital for incompatível com a lei orgânica distrital, a referida lei ordinária será inconstitucional.
Por outro lado, a maioria da doutrina entende que as leis orgânicas municipais não expressam poder constituinte derivado decorrente, pois segundo o Art. 29 caput da CF, a lei orgânica municipal se subordina a constituição do respectivo Estado e a CF.
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
Deste modo, não seria pertinente uma espécie de constituição municipal derivada do poder constituinte derivado, isto é, com a derivação de segundo nível.
O poder constituinte derivado reformador ou decorrente, deve ter sua origem direta no PCO.
Logo, o conflito de uma lei municipal com a lei orgânica municipal, provará a ilegalidade da referida lei.
Existem vozes em contrário na doutrina, sustentando expressão do poder constituinte derivado decorrente nas leis orgânicas municipais, que revela capacidade de auto-organização dos municípios.
Esta parte da doutrina apresenta como argumentos a existência de limites materiais estabelecidos pelo PCO às leis orgânicas municipais, bem como a rigidez do processo de criação e modificação das leis orgânicas municipais.
Poder constituinte derivado de revisão (Art.3º ADCT)
(Emendas constitucionais de revisão)
Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.
(Eficácia exaurida e aplicabilidade esgotada)
Também chamada de poder constituinte derivado de revisão, é limitado e condicionado pelo PCO. 
Consiste no poder conferido pelo PCO ao congresso nacional para revisar as normas constitucionais após certo período de tempo contado da promulgação da constituição, cuja finalidade é adequar à constituição as novas realidades sociais.
Na constituição da república, a revisão constitucional foi prevista no Art. 3º ADCT, segundo o qual, a revisão constitucional seria realizada após 5 anos contados da promulgação da constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do congresso nacional, em sessão unicameral.
Segundo afirmado pela doutrina, o prazo de 5 anos seria o prazo mínimo a partir do qual poderia ser realizado revisão constitucional. 
A revisão constitucional foi realizada por meio de 6 emendas de revisão entre março e junho de 1994.
A doutrina majoritária sustenta que a revisão constitucional teve sua eficácia exaurida e aplicabilidade esgotada, razão pela qual não pode mais ocorrer revisão constitucional.
Não foi por acaso que o constituinte localizou a revisão constitucional no ADCT, do mesmo modo, o procedimento mais simplificado de aprovação da revisão constitucional acabaria com a eficácia das emendas constitucionais, cujo procedimento de aprovação é complexo.
Por fim, admitir nova revisão constitucional, flexibilizaria a rigidez da constituição.
Parte minoritária da doutrina admite uma nova revisão, desde que a população seja previamente consultada por meio de plebiscito, acerca das matérias objeto de revisão.

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