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Aula de Direito Constitucional 1 (17)

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Aula 12/04/2017 continuação hermenêutica constitucional
3.1) Critérios de distinção entre regras e princípios.
- Modo de aplicação 
As regras são comandos ou mandados definitivos.
As regras instituem mandados ou comandos definitivos, isto é elas estabelecem preceitos, prescrições para fazer ou não fazer uma coisa. Se o fato previsto em abstrato no preceito ocorrer a regra deve ser aplicada.
Já os príncipes instituem mandados de otimização, significa que os princípios não podem ser aplicados a priori, em abstrato, sem levar em conta as circunstâncias de um caso concreto e a eventual colisão com outro ou outros princípios. Como por exemplo: A liberdade de imprensa e a intimidade e privacidade.
Os princípios devem ser aplicados na medida do possível.
4)Características que exigem princípios específicos de interpretação constitucional:
 As normas constitucionais possuem algumas singularidades que exigem a adoção de princípios específicos e instrumentais de interpretação constitucional, que são utilizados de forma complementar as métodos clássicos de interpretação.
- Superioridade jurídica
 
A primeira característica específica as normas constitucionais é a superioridade jurídica, ou seja, as normas constitucionais vão fixar o modo de produção e limitar o conteúdo das demais normas do sistema. 
- Natureza da linguagem 
A segunda característica é a natureza da linguagem, as normas constitucionais geralmente são enunciadas por meio de princípios e conceitos jurídicos indeterminados, como o princípio da moralidade, dignidade humana, desenvolvimento nacional, erradicação da pobreza. As normas constitucionais possuem textura aberta caracterizada pela imprecisão terminológica e pela indeterminação semântica, o que amplia a margem de liberdade do intérprete.
- Objeto
O objeto das normas constitucionais dispõe sobre a estruturação do funcionamento do Estado, definição dos direitos e garantias fundamentais e sobre normas programáticas, que estabelecem um projeto de Estado por meio de metas a serem alcançadas pela implementação de políticas públicas, como por exemplo os direitos a saúde, educação, cultura e seguridade social
- Caráter político
As normas constitucionais possuem forte carga política pois a constituição como obra do poder constituinte originário faz a transição entre a política e o direito. Deste modo é possível encontrar na constituição normas que se encontram no limite entre a política e o direito, como por exemplo: O princípio da separação de poderes, o sistema e a forma de governo, a forma federativa de Estado e a democracia logo, o intérprete deve utilizar na interpretação constitucional elementos extraídos da ciência política, da teoria do Estado e da filosofia política.
4.1) Princípios específicos de interpretação constitucionais:
- Supremacia constitucional
Caso o intérprete verifique conflito entre uma norma e a constituição, a constituição deve prevalecer. Norma incompatível com a constituição é norma inválida.
 
Origem no famoso caso Marbury x Madson 1803.
CF
Leis
Regulamentos
Atos administrativos 
- Presunção de constitucionalidade das leis e atos normativos
As normas jurídicas devem ser presumidas como válidas, isto é como compatíveis com a constituição. A inconstitucionalidade de uma norma não se presume, ela deve ser provada por aquele que alega. Logo, trata- se de presunção relativa " IURES TANTUM ", deste modo admite prova em contrário. O fundamento da presunção de constitucionalidade é a legitimidade democrática do governo e do legislador, que são os órgãos que produzem os atos do poder público. Eles são eleitos pelo povo e por isso devemos presumir que seus atos observam a constituição.
Presunção absoluta " IURI ET IURI"
- Unidade
O intérprete das normas constitucionais deve considerar que a constituição garante por meio de seus princípios e valores a unidade do ordenamento jurídico. Além disso a constituição forma por si só um sistema de normas, composto por regras e princípios constitucionais. Todo sistema deve possuir unidade, coerência e harmonia na aplicação de suas normas, é natural entre as normas constitucionais as colisão entre princípios, tendo em vista a origem plural dos valores da nossa sociedade. Para a solução deste aparente contradição o intérprete deve utilizar o método da concordância prática entre as normas em conflito, fazendo concessões recíprocas e buscando aplicar cada princípio na maior medida possível, à luz das circunstâncias do caso sob análise. O princípio da unidade da constituição é uma especificação da interpretação sistemática .
- Efetividade
Eficácia - aptidão para produzir efeitos
Efetividade - cumprimento da norma, realização prática da norma, efeitos reais. 
** Dever ser / Ser **
Efetividade significa o cumprimento da norma constitucional, a realização na prática dos efeitos desejados pela norma em abstrato. O professor Barroso afirma q a efetividade de uma norma constitucional proporciona a aproximação tão íntima quanto possível entre o DEVER SER normativo e o SER da realidade. 
Por exemplo, quando o poder público concede medicamento ou matrícula criança em creche escolar está dando efetividade aos direitos fundamentais sociais da saúde e da educação.
A eficácia por sua vez, significa a aptidão da norma para produzir efeitos. Uma norma constitucional não pode deixar de ser aplicada por ausência de normatividade. Todas elas devem ser efetivadas na maior medida do possível. Todavia, limitações de ordem fáticas poderão prejudicar o seu cumprimento, como por exemplo: as limitações orçamentárias 
- Razoabilidade/ proporcionalidade
- Interpretação conforme a constituição

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