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19-04-2017 Na necessidade verificamos se não existem outros meios menos restritivos aos direitos fundamentais dos atingidos pelo ato, que poderiam atingir a finalidade pretendida com muito mais eficácia. E por fim, na proporcionalidade, em sentido estrito, verificamos se o ato do poder público traz mais benefícios ou prejuízos para as pessoas que serão atingidas pelo ato. Por exemplo, lei municipal editada às vésperas do carnaval, que proíbe a comercialização de bebida alcoólica na cidade, com o suposto objetivo de reduzir os índices de contaminação pelo vírus HIV da população local. A lei não é adequada, pois não há comprovação de que o meio escolhido (proibição do comércio de bebida alcoólica) seja adequado para atingir a finalidade pretendida (reduzir os índices de contaminação). A lei não é necessária, pois existem outros meios, menos restritivos a direitos fundamentais para atingir a finalidade pretendida, do que o escolhido, como por exemplo campanhas de conscientização e distribuição de preservativo. A lei também não é proporcional em sentido estrito, pois causa muito mais prejuízos do que vantagens a população local, como por exemplo, violação a livre iniciativa, a liberdade de comércio, a liberdade das pessoas, a economia local, podendo gerar desemprego, etc. Interpretação conforme a constituição Existem dois significados para o princípio. O primeiro deles impõe que o intérprete, ao buscar o sentido de uma norma de duvidosa constitucionalidade, entre várias interpretações possíveis, escolha a interpretação que resulte na validade da norma (Art 37 §12º CF) (EC47/05) O STF, no julgamento da ADI 3854-1 fez interpretação conforme a constituição do §12 do artigo 37 da CF que foi acrescentado pela emenda constitucional 47/2015. Com base no princípio da isonomia, o STF excluiu a submissão dos juízes estaduais do subteto remuneratório de que trata o artigo, pois os juízes federais teriam remunerações maiores Diante de várias possibilidades interpretativas que resultem na validade da norma, o intérprete deve escolher a interpretação que melhor cumpra a constituição. O preambulo se localiza na parte que precede o corpo permanente da constituição. No preambulo, o poder constituinte originário indica as ideologias, os valores e os objetivos da constituição. O preambulo não tem força jurídica. Ele habita o campo da política. Logo, ele não é parâmetro de controle de constitucionalidade, servindo, entretanto, como vetor de interpretação A expressão sob a proteção de Deus, segundo o STF, não ofende o Estado laico, leigo ou não confessional, pois Estado laico não é Estado ateu, mas Estado sem religião oficial. No julgamento da ADI 2076, com decisão publicada em 23/08/2002, o STF fixou o entendimento de que a expressão sob a proteção de Deus, do preambulo, não é de reprodução obrigatória nas constituições estaduais, sob o fundamento de que o preambulo não tem força normativa. Tópicos para a AV1 Classificação da constituição quanto à estabilidade ou alterabilidade X Poder constituinte originário, derivado reformador, derivado decorrente e revisão constitucional (diferenciação) X Mutação constitucional Preambulo da CF Classificação da constituição quanto à ideologia X Sentidos de constituição sociológico, político e jurídico X Caso concreto Conflitos de direitos fundamentais (ex: a menina que fez top lesa na praia) Exercício do PCDD na edição das constituições estaduais, lei orgânica do DF e municipais (controvérsias)
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