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A Origem e a Evolução Histórica Do Direito

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A origem e a evolução histórica do Direito
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Por quê saber da história do Direito?
Primeiro para clarificar a noção do Direito e segundo por que esse não pode ser compreendido sem a práxis.
Iremos descrever as mutações sofridas pelo Direito durante o tempo.
De início, lembramos que a vida nômade (hordas) foi o início da vida em comunidade, mas, pela desorganização, logo foi substituída pelo matriarcado (a mulher no centro já que o parentesco era por ela definido), que foi substituído pelo patriarcado quando o homem assumiu os rumos da família.
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Regras de Convivência
Pena de Talião: olho por olho, dente por dente.
Após, as famílias começaram a permitir que terceiros viessem a decidir os litígios (podendo ser um sacerdote ou um juiz), iniciando a fase da composição.
Com a composição, temos o começo do processo judicial. Claro que dominados por grupos (gen – vindo do mesmo Sangue; clan – permitiam a adoção de estranhos).
As normas já tiveram cunho religioso, sob a crença generalizada de que as leis possuíam origem divina e, como tal, não deviam ser reformuladas pela ação humana.
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Mas, a partir do momento que a realidade começou a ser explicada de modo racionalista, com métodos científicos, o poder da religião entrou em declínio.
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E os Códigos antigos?
Esses traziam todo tipo de matéria, misturando penal com civil, trabalho com comércio, público com privado etc
Mas não temos dúvida de que foram o embrião do que temos hoje. Entende-se também que esses códigos apenas positivavam os costumes.
Uma exceção foi o Código de Hamurabi (2000 a.c.), de vez que diversas inovações, ditadas pelo sentimento de justiça social daquele imperador, foram introduzidas no Direito da Babilônia.
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Código de Hamurabi – Louvre/Paris
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Toda hora que o Direito entra em crise, há um progresso, um avanço social!
Lembram da dialética de Hegel? Tese, antítese e síntese?
Mas, nada pode terminar com o princípio da dignidade da pessoa humana, com os direitos básicos do cidadão.
É bom que se saiba também que o progresso jurídico não é um trabalho exclusivo do legislador, pois esse avanço depende da alteração de nossos valores, costumes e da cultura de um povo.
Direito evoluído pressupõe sociedade evoluída.
Ainda que o Direito exerça uma função pedagógica e corretiva, ele será impotente para transformar o espírito de uma época.
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Assim, pela luta (física, dos juízes, da doutrina) e pela alteração dos costumes, o Direito vai se modificando...
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A Filosofia do Direito na Antiguidade
Gregos
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Vamos buscar algo na história antiga que ainda utilizamos hoje.
Grécia antiga: início da filosofia do Direito. Vamos aos Pré-Socráticos: Anaximandro identificou a noção de Justiça com o Universo, enquanto Empédocles (4 elementos) recorria ao valor justiça para explicar o cosmo.
Já para Parmênides, o Direito seria o fator da imutabilidade do ser, pois tudo no universo se achava subordinado à justiça, e esta não permitia que algo nascesse ou fosse destruído.
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Matar alguém: pena = 6 a 20 anos
Com Pitágoras, onde tudo é número, suas especulações geraram ideias como: igualdade entre o fato e a conduta correspondente, ou seja, um crime, uma penalidade.
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E os sofistas?
A Justiça e o Direito são relativos.
Negavam o justo natural, pois senão todas as leis seriam iguais.
Protágoras: o homem é a medida de todas as coisas.
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SÓCRATES
Ironia e Maiêutica
O que é legal é justo
Quem obedece as leis do Estado obra justamente, quem as desobedece, injustamente. (é uma concepção contratualista, positivista até)
Entre justiça e segurança, na sua morte, ele optou pela segurança!
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Platão
Mescla o Direito na política, pois entende que o Estado perfeito seria governado pelos mais sábios e onde a justiça prevaleceria. 
A ideia do Direito se identifica com o universal, pois é essência depurada de individualidade.
Conta com a racionalidade dos magistrados.
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Aristóteles
Considerou justo o homem respeitador da lei e injusto o sem lei.
Justiça não é só igualdade (2 + 2 = 4). Mas também proporcionalidade, que é uma “igualdade de razões”.
Equidade: uma correção da lei quando ela é deficiente em razão da sua universalidade.
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Classificação de Justiça para Aristóteles:
Distributiva (que a chamou de proporcional) que se configuraria com a distribuição, proporcional ao mérito de cada pessoa, de bens, recompensas, honras.
Comutativa (que denominou de retificadora ou corretiva), que ocorreria nas relações de troca, consistindo na igualdade entre o quinhão que se dá e o que se recebe.
Essa última poderia ser dividida em voluntária (contratos) e involuntária (como nos delitos), onde o juiz iria “igualar as coisas mediante penas”. É uma Justiça Judicial.
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ESTOICISMO
Zenão de Cítio. 
Com esta escola, se obtém alguns princípios do Direito Natural, já que seus pensadores sustentavam suas ideias em um todo universal, isto é, que o universo seria conduzido por um princípio geral, logos, a razão.
Em assim sendo o homem deveria viver de acordo com a natureza. O bem estaria na resignação e no controle das paixões.
Com isso, deveria ser criado um só Estado, pois haveria uma só legislação, guiada pela razão.
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EPICURISMO
Epicuro. Procura do prazer (hedone – hedonista).
Entendiam que o ser humano não era sociável por natureza, mas por conveniência. Assim, para evitar a dor e favorecer a busca do prazer, os homens teriam criado o Estado.
Ora, como o Estado se estrutura e organiza a sociedade mediante leis, estas teriam, consequentemente, o objetivo de facilitar o prazer e de afastar a dor. É um esboço do contrato social.
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A Filosofia do Direito em Roma
O estoicismo obteve maior penetração, em razão do caráter austero dos romanos.
Ulpiano: viver honestamente, não lesar a outrem, dar a cada um o que é seu.
Distinção entre o Direito e a Moral – por Paulo – nem tudo que é lícito é justo.

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