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* * A origem e a evolução histórica do Direito * * Por quê saber da história do Direito? Primeiro para clarificar a noção do Direito e segundo por que esse não pode ser compreendido sem a práxis. Iremos descrever as mutações sofridas pelo Direito durante o tempo. De início, lembramos que a vida nômade (hordas) foi o início da vida em comunidade, mas, pela desorganização, logo foi substituída pelo matriarcado (a mulher no centro já que o parentesco era por ela definido), que foi substituído pelo patriarcado quando o homem assumiu os rumos da família. * * Regras de Convivência Pena de Talião: olho por olho, dente por dente. Após, as famílias começaram a permitir que terceiros viessem a decidir os litígios (podendo ser um sacerdote ou um juiz), iniciando a fase da composição. Com a composição, temos o começo do processo judicial. Claro que dominados por grupos (gen – vindo do mesmo Sangue; clan – permitiam a adoção de estranhos). As normas já tiveram cunho religioso, sob a crença generalizada de que as leis possuíam origem divina e, como tal, não deviam ser reformuladas pela ação humana. * * Mas, a partir do momento que a realidade começou a ser explicada de modo racionalista, com métodos científicos, o poder da religião entrou em declínio. * * E os Códigos antigos? Esses traziam todo tipo de matéria, misturando penal com civil, trabalho com comércio, público com privado etc Mas não temos dúvida de que foram o embrião do que temos hoje. Entende-se também que esses códigos apenas positivavam os costumes. Uma exceção foi o Código de Hamurabi (2000 a.c.), de vez que diversas inovações, ditadas pelo sentimento de justiça social daquele imperador, foram introduzidas no Direito da Babilônia. * * Código de Hamurabi – Louvre/Paris * * Toda hora que o Direito entra em crise, há um progresso, um avanço social! Lembram da dialética de Hegel? Tese, antítese e síntese? Mas, nada pode terminar com o princípio da dignidade da pessoa humana, com os direitos básicos do cidadão. É bom que se saiba também que o progresso jurídico não é um trabalho exclusivo do legislador, pois esse avanço depende da alteração de nossos valores, costumes e da cultura de um povo. Direito evoluído pressupõe sociedade evoluída. Ainda que o Direito exerça uma função pedagógica e corretiva, ele será impotente para transformar o espírito de uma época. * * Assim, pela luta (física, dos juízes, da doutrina) e pela alteração dos costumes, o Direito vai se modificando... * * A Filosofia do Direito na Antiguidade Gregos * * Vamos buscar algo na história antiga que ainda utilizamos hoje. Grécia antiga: início da filosofia do Direito. Vamos aos Pré-Socráticos: Anaximandro identificou a noção de Justiça com o Universo, enquanto Empédocles (4 elementos) recorria ao valor justiça para explicar o cosmo. Já para Parmênides, o Direito seria o fator da imutabilidade do ser, pois tudo no universo se achava subordinado à justiça, e esta não permitia que algo nascesse ou fosse destruído. * * Matar alguém: pena = 6 a 20 anos Com Pitágoras, onde tudo é número, suas especulações geraram ideias como: igualdade entre o fato e a conduta correspondente, ou seja, um crime, uma penalidade. * * E os sofistas? A Justiça e o Direito são relativos. Negavam o justo natural, pois senão todas as leis seriam iguais. Protágoras: o homem é a medida de todas as coisas. * * SÓCRATES Ironia e Maiêutica O que é legal é justo Quem obedece as leis do Estado obra justamente, quem as desobedece, injustamente. (é uma concepção contratualista, positivista até) Entre justiça e segurança, na sua morte, ele optou pela segurança! * * Platão Mescla o Direito na política, pois entende que o Estado perfeito seria governado pelos mais sábios e onde a justiça prevaleceria. A ideia do Direito se identifica com o universal, pois é essência depurada de individualidade. Conta com a racionalidade dos magistrados. * * Aristóteles Considerou justo o homem respeitador da lei e injusto o sem lei. Justiça não é só igualdade (2 + 2 = 4). Mas também proporcionalidade, que é uma “igualdade de razões”. Equidade: uma correção da lei quando ela é deficiente em razão da sua universalidade. * * Classificação de Justiça para Aristóteles: Distributiva (que a chamou de proporcional) que se configuraria com a distribuição, proporcional ao mérito de cada pessoa, de bens, recompensas, honras. Comutativa (que denominou de retificadora ou corretiva), que ocorreria nas relações de troca, consistindo na igualdade entre o quinhão que se dá e o que se recebe. Essa última poderia ser dividida em voluntária (contratos) e involuntária (como nos delitos), onde o juiz iria “igualar as coisas mediante penas”. É uma Justiça Judicial. * * ESTOICISMO Zenão de Cítio. Com esta escola, se obtém alguns princípios do Direito Natural, já que seus pensadores sustentavam suas ideias em um todo universal, isto é, que o universo seria conduzido por um princípio geral, logos, a razão. Em assim sendo o homem deveria viver de acordo com a natureza. O bem estaria na resignação e no controle das paixões. Com isso, deveria ser criado um só Estado, pois haveria uma só legislação, guiada pela razão. * * EPICURISMO Epicuro. Procura do prazer (hedone – hedonista). Entendiam que o ser humano não era sociável por natureza, mas por conveniência. Assim, para evitar a dor e favorecer a busca do prazer, os homens teriam criado o Estado. Ora, como o Estado se estrutura e organiza a sociedade mediante leis, estas teriam, consequentemente, o objetivo de facilitar o prazer e de afastar a dor. É um esboço do contrato social. * * A Filosofia do Direito em Roma O estoicismo obteve maior penetração, em razão do caráter austero dos romanos. Ulpiano: viver honestamente, não lesar a outrem, dar a cada um o que é seu. Distinção entre o Direito e a Moral – por Paulo – nem tudo que é lícito é justo.
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