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DIR106 Economia Políticas Macroeconômicas

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ANOTAÇÕES 
DIR106 – FUNDAMENTOS DA ECONOMIA 
(Luiz Marques) 
Elaborado por Helson 
 
DIR106 – Fundamentos de Economia 
Anotações da 2ª Avaliação [ Helson ] 
2 
 
ÍNDICE 
1 ● Políticas Macroeconômicas 
1.1 ● Políticas Fiscais 
1.2 ● Políticas Monetárias 
1.3 ● Políticas Cambiais 
1.4 ● Resumo de Políticas Macroeconômicas 
Referências Bibliográficas ● Livros, filmes e séries 
 
 
DIR106 – Fundamentos de Economia 
Anotações da 2ª Avaliação [ Helson ] 
3 
 
1 ● Políticas Macroeconômicas 
1.1 ● Políticas Fiscais 
Definição 
 Refere-se à gestão estratégica das Receitas 
e das Despesas do governo. 
 
 Diz-se que as contas de resultado são de natureza i) FISCAL; ii) PÚBLICA; iii) 
ORCAMENTÁRIA; Isso porque na sua constituição são levadas em consideração 
variáveis fiscais. 
 O resultado (R-D) é uma variável de fluxo, pois é alterada constantemente no tempo. 
 Das três políticas econômicas, aquela que tem a maior carga de envolvimento político 
na sua gestão é a política fiscal. A monetária e a cambial são dependentes apenas do 
Banco Central. 
 
Formas básicas de Estado 
 Unitário – Estado onde não existe divisão de poder político em função do território. 
o Ex. Portugal. Todas as leis têm validade em todo o território. 
 Federação – Estado onde existe divisão de poder político em função do território. 
o Ex. Brasil, Alemanha, Estados Unidos 
o Todos os Entes têm poder para legislar. A União, os Estados, DF e Municípios. 
Setor Público Consolidado 
 A soma dos resultados de todos os Entes existentes no Brasil, excetos os bancos 
públicos. 
 
Legislação fundamental para o entendimento da política fiscal no Brasil 
 Constituição Federal de 1988 
 Lei nº 4.320/1964 – estabelece regras para elaboração, controle e para a lei 
orçamentária brasileira. 
 Lei nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal – revoga parcialmente a Lei nº 4.320, 
criando novas regras para controle do orçamento e da dívida pública. 
Processo Orçamentário no Brasil 
 O poder executivo de cada Ente da Federação elabora o orçamento e encaminha para 
o poder legislativo. Este discute o orçamento e propõe as emendas. Após isso, a lei é 
devolvida para o executivo para sanção. 
 Pedaladas 
o O governo tem que pagar recursos previstos no orçamento. Os bancos são 
utilizados como braços operacionais do governo. A Caixa estava antecipando 
os pagamentos sem que o governo pagasse no prazo. 
 
R – D > 0 :: Superávit 
R – D = 0 :: Equilíbrio 
R – D < 0 :: Déficit 
 
R – D : (Receitas – Despesas) 
Título 
Título 
Subtítulo 
Blá-blá 
Título 
Subtítulo 
Blá-blá 
 
 
 
DIR106 – Fundamentos de Economia 
Anotações da 2ª Avaliação [ Helson ] 
4 
 
Peças Orçamentárias no Brasil 
 PPA: Plano Plurianual 
o Plano estratégico de investimentos públicos para os próximos 4 anos que 
estabelece as medidas, gastos e objetivos a serem seguidos pela União, 
Estados e municípios. 
o Vale por 4 anos, começa um ano depois do mandato (ex: 3 anos do atual 
prefeito e 1 do próximo) 
o É uma lei e todo prefeito, presidente e governador precisa ter seu próprio PPA. 
o Teoricamente só se pode fazer um investimento se ele estiver previsto no PPA. 
 LDO: Lei das diretrizes orçamentárias 
o Lei que determina as diretrizes, que servirão de orientações para a elaboração 
do orçamento. 
 Ex: O número de bolsas família tem que aumentar x%; O superávit no 
próximo ano tem que ser de x%). 
o Vale só por 1 ano. Se for aprovada em um ano, entra em vigor no próximo. 
o Uma orientação de como vai ser o orçamento, o orçamento de verdade é a 
LOA. Subordinada ao PPA. São regras/metas/objetivos. 
 LOA: Lei orçamentária anual (R-D) 
o O orçamento de verdade que vai estabelecer a previsão de receitas e a 
estimativa de gastos. O qual depende da LDO. 
o Vale só por 1 ano, se aprovada em um ano ele entra em vigor no próximo. 
 Há hierarquia de orientação entre as três: PPA  LDO  LOA 
 
Classificação Econômica das Receitas e Despesas 
 As receitas podem ser correntes e de capital assim como as despesas podem ser 
correntes de capital. 
 As despesas correntes referem-se a: 
o “G” da equação keynesiana são os gastos ou despesas correntes, gastos para 
manter a máquina pública funcionando. 
 Salários de funcionários públicos. 
 Aposentadoria e Pensões 
 Custeio 
 Bolsas diversas 
 Os juros pagos sobre a dívida pública - uma vez que a prestação se 
constitue da amortização + juros. 
 Amortização = quitação do saldo devedor original (principal). 
 Juros = despesas pelo serviço. 
 
 
 Transferências das famílias (aposentadorias, pensões e as bolsas). 
 Gastos de custeio (para manter as máquinas funcionando: energia de 
lugares públicos, gasolina para a polícia, papel para a impressora…) 
 As despesas de capital referem-se a: 
o Na equação Keynesiana refere-se ao Ipúblico. Gastos para aumentar a 
capacidade de prestação de servidor do setor público. 
 Investimentos públicos (obras, etc). 
 Amortização - pagamento do valor fixo pago 
pelo governo sobre a dívida pública. 
 
 Empréstimos feitos ou enviados pelo governo para algum ente 
internacional. . 
 As receitas correntes referem-se a: 
o Tudo aquilo que o governo arrecada normalmente. 
Demanda Agregada (Keynes) 
Y = C + I + G + (X-M) 
 
 
DIR106 – Fundamentos de Economia 
Anotações da 2ª Avaliação [ Helson ] 
5 
 
 Tributação (principal fonte de receita: impostos, taxas, contribuições). 
 As receitas das empresas estatais 
 
 Juros recebidos sobre empréstimos feitos (recebimento do pagamento 
da dívida de outras nações). 
 As receitas de capital referem-se a: 
o Endividamento e venda dos ativos (Alienação de bens). 
 Alienação de bens 
 Operações de crédito 
 
 Amortização recebida sobre empréstimos feitos (recebimento do 
pagamento da dívida de outras nações). 
 Dívidas contraídas (quando o governo se endivida, pois entra valores 
no seu caixa, porém lá na frente virá despesa). 
 Receitas de privatizações (venda de empresas estatais); entre outros. 
Diferença entre déficit e dívida 
 Déficit é a variável de fluxo – o valor varia dinamicamente o tempo todo. 
 Dívida é variável de estoque – o valor se altera lentamente ao longo do tempo. 
Dívida pública em função do tipo de contratação 
 Dívida mobiliária – constituída com base de títulos públicos (ou papéis públicos) 
o Os títulos podem ser negociados entre terceiros, donde vem o termo móvel. 
o O custo é alto para emissão dos títulos. 
 Dívida contratual – constituída com base em contratos que não são títulos. 
o Adquire a dívida mediante a assinatura de contrato. 
o Dívida adquirida com prestadores de serviço, empresas fornecedoras. 
Dívida em função da origem do credor 
 Dívida interna 
o Dívida que os governos devem a credores domiciliados internamento no país. 
 Dívida externa 
o Dívida que o país contrai junto a credores domiciliados no exterior. 
 O país é formado por governos, empresas privadas e famílias. 
 A dívida externa é devida pelo país. Pode ser pública e privada. 
Dívida pública em função do emitente 
 STN 
o Aquela dívida captada pelo governo quando ele precisa financiar o déficit, pois 
quem é competente para obter os recursos é o Tesouro Nacional, mediante a 
emissão de títulos do Tesouro. 
 Ex. Tesouro Direto. 
 É possível o STN buscar dinheiro com credores no exterior também. 
 BC 
o No caso do BC, o objetivo é controlar o volume de moeda que circula no 
mercado bancário, o que configura política monetária. 
 O BC nunca financia o déficit do Tesouro. 
 É possível o BC buscar dinheiro com credores noexterior também. 
 A soma das duas dívidas é o estoque da dívida mobiliária federal. 
 
Contou a história do advogado de São Paulo. 
História que tratava do calote de emissão de títulos por países. 
DIR106 – Fundamentos de Economia 
Anotações da 2ª Avaliação [ Helson ] 
6 
 
 
Tipos ou impactos da Política Fiscal 
 Política Fiscal Expansionista (R D) 
o  Não significa que a economia está em déficit. 
 Ex. no caso de redução do superávit. 
o Por isso que se diz que se tem uma tendência ao déficit 
fiscal orçamentário. 
o Impactos observados: 
 Estimula o consumo 
 Ato contínuo, o PIB cresce. 
 Em seguida, o nível de emprego 
sobe. 
 Resultado: Provável inflação de 
demanda. 
 Próximo passo: Taxa de juros 
sobem. 
 Porque o governo tende a 
financiar sua tendência de 
déficit, além do crédito que 
as pessoas buscam com os 
bancos por estarem em 
situação favorável com o 
nível de emprego. 
 Tanto o preço de bens e serviços quanto o preço do crédito 
(juros) estão aumento. 
 
 Política Fiscal Contracionista
1
 (R D) 
o  Não significa que a economia está em superávit. 
 Ex. no caso de redução do déficit. 
o Por isso que se diz que se tem uma tendência ao 
superávit fiscal orçamentário. 
o Impactos observados: 
 Desestimula o consumo 
 Ato contínuo, o PIB cai. 
 Em seguida, o nível de 
desemprego tende a subir. 
 Resultado: A inflação de demanda 
está em queda ou controle. 
 Próximo passo: Taxa de juros 
tende a descer. 
 As pessoas não buscam 
créditos junto aos bancos 
por estarem em situação 
de crise de emprego. 
 A política fiscal 
influência a taxa de juros. 
 
1
 Avaliação 2015.2 | Julgue e Discorra: Considerando que uma determinada economia se 
encontra com elevado nível de desemprego e baixa taxa de inflação, a adoção de uma política 
monetária contracionista em conjunto com uma política fiscal também contracionista será um 
caminho correto para enfrentar o problema. 
Demanda Agregada (Keynes) 
Y = C + I + G + (X-M) 
 
 
 
Impactos Imediatos 
Política Fiscal 
 Bolso dos contribuintes 
Política Monetária 
 Receita dos Bancos 
 
 
Taxa de Juros 
Política Fiscal 
 Os fatos pressionam a taxa 
de juros. 
Política Monetária 
 Define a taxa de juros 
 
Demanda Agregada (Keynes) 
Y = C + I + G + (X-M) 
 
 
DIR106 – Fundamentos de Economia 
Anotações da 2ª Avaliação [ Helson ] 
7 
 
 Tanto o preço de bens e serviços quanto o preço do crédito 
(juros) estão diminuindo. 
o Relação Dívida / PIB = (Dívida Interna + Dívida Externa) / PIB 
 Quanto mais alto o indicador, mais endividado está o país. 
 Os bancos internacionais começam a ficar temerosos de que haja 
calote, o que faz com que a taxa de juros dos credores internacionais 
aumente. 
 Há pressão para que se diminua a relação Dívida / PIB. Manter-se em 
superávit. 
Tópicos especiais de políticas fiscais 
 Doutrinas para tributação 
 Curva de Laffer 
 Efeito Tanzi 
 Métodos para mensuração do resultado fiscal 
 
 Doutrina para tributação 
o Neutralidade 
 O tributo ideal é aquele que seja o mais neutro possível, assim 
considerado quando cumpre duas características: 
 Não deve distorcer o preço dos bens e serviços. 
o Tributos indiretos influenciam diretamente no preço 
dos bens e serviços. 
o A tributação deve recair nos tributos diretos. 
 Não deve alterar a distribuição de rendas da sociedade. 
o Apenas na teoria. Não observado em nenhum país do 
mundo. 
 
o Equidade 
 O tributo ideal deve distorcer a tributação, visando fazer justiça social 
pela tributação. 
 Capacidade contributiva (ou de pagamento) 
 Quem tem mais renda, deve pagar mais tributo 
proporcionalmente (%). 
 
 
 Capacidade do benefício2 
 Quem se beneficia mais dos serviços do governo, deve pagar 
mais proporcionalmente (%). 
 
 
2
 Avaliação | Dada uma tabela de percentuais decrescentes em função da classe econômica, é possível dizer que o 
País possui uma predominância de tributos diretos em sua estrutura de arrecadação tributária dado que esta 
arrecadação é progressiva, que significa o princípio da Equidade pelo critério da Capacidade de Pagamento? 
DIR106 – Fundamentos de Economia 
Anotações da 2ª Avaliação [ Helson ] 
8 
 
Tipos de carga tributária
3
 
o Neutra – gráfico constante 
 Utópico – não se conhece país assim na prática. 
o Progressivo – gráfico linear crescente 
 Aplicação da equidade pela capacidade de pagamento. 
 Predominância de tributos diretos no sistema tributável – Países 
da Europa, também no Canadá. 
o Regressivo – gráfico linear decrescente 
 Aplicação da equidade pelo critério de capacidade de benefícios. 
 Predominância de tributos indiretos no sistema tributável - Países 
da América Latina. “O Brasil é regressivo até a alma”. 
 ICMS, IR, IPI 
 O gráfico do Brasil ilustra uma parábola com concavidade para baixo. 
 A classe média assalariada é que é mais tributada. 
 A razão por ser regressivo está associada ao fato de ser mais simples 
tributar o consumo, muito pela dificuldade de fiscalizar os tributos 
diretos. Daí manteve-se essa tributação como um vício. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Curva de Laffer 
o Mostra uma carga tributária que produz uma 
arrecadação máxima. A partir dessa carga, 
qualquer incremento de impostos por parte do 
governo será ineficiente. 
o Isso porque os contribuintes passam a reagir de 
forma negativa: 
 Ilegal 
 Sonegação de impostos; 
 Legal 
 Perder o ânimo de trabalhar ou 
de trabalhar mais; 
 Mudar de pais, para pagar menos imposto de renda; 
 Reduzindo os investimentos no país; 
o Lógica de David Ricardo – O tributo atrapalha a economia. 
o Supply Side Economics – Política Econômica 
adotada por Reagan. 
 
 Efeito Tanzi 
o Nome original é efeito Oliveira-Tanzi 
o Pela ótica da Receita 
 
3
 Avaliação 2015.2 | Uma economia que possui sua carga tributária baseada em um percentual 
de impostos crescentes sobre a renda das famílias, estará praticando a equidade pelo critério 
do benefício? Com isto, a carga tributária desta economia será regressiva? 
 
 
 
DIR106 – Fundamentos de Economia 
Anotações da 2ª Avaliação [ Helson ] 
9 
 
 Dispõe que existe uma perda de arrecadação por parte do governo, 
em um ambiente de elevada inflação, associado à defasagem de 
tempo entre a ocorrência do fato gerador do tributo e o seu efetivo 
recolhimento pelo contribuinte. 
 
 
 Fato gerador – situação definida em lei que quando ocorre 
gera a obrigação de pagar tributo. 
 No caso brasileiro, nos anos 80, o governo criou os indexadores de 
tributos para se proteger do efeito Tanzi. 
 Essa indexação contribuiu para a manutenção da inflação inercial nos 
anos 80. 
o Pela ótica da Despesa 
 Em ambiente de alta inflação, o atraso proposital no pagamento de 
despesas corresponde a um ganho para o governo, na medida em que 
o débito é pago sem correção por qualquer indexador. 
 
 
 Critérios para Mensuração do Resultado Fiscal 
o Resultado Nominal = Superávit Nominal (R) – Déficit Nominal (D). 
o Resultado Nominal é a forma de entender o orçamento desde que o ambiente 
não esteja sob os efeitos de uma forte inflação. 
 Sob o efeito de inflação alta, o Resultado Nominal é imprestável. 
o O FMI criou o critério operacional para ter condições de interpretar a situação 
fiscal dos países. 
o Resultado Operacional = Resultado Nominal – Inflaçãoo Resultado Primário = Resultado Operacional – Juros da Dívida Pública. 
o O Banco Central apenas está divulgando o Resultado Nominal e o Resultado 
Primário. 
o Juros Nominais = Juros Pagos da Dívida Pública + Inflação. 
 Assim, é possível sair do Resultado Nominal diretamente para o 
Resultado Primário. 
 Resultado Primário = Resultado Nominal – Juros Nominais 
 Resultado Nominal = Resultado Primário + Juros Nominais. 
DIR106 – Fundamentos de Economia 
Anotações da 2ª Avaliação [ Helson ] 
10 
 
 
 Os juros nominais são altíssimos porque a dívida interna é muito alta e 
os juros também são muito altos. 
 O Brasil era superavitário até 2014, quando viramos para déficit 
primário. 
 
1.2 ● Políticas Monetárias 
Definição 
 Gestão estratégica do volume de moeda nacional que circula no mercado financeiro 
(liquidez). 
o Não só o papel-moeda, mas também a moeda escritural. 
o Moeda escritural 
 Está registrado nos sistemas computacionais das instituições 
financeiras. 
 Quem é responsável pela política monetária é o Banco Central. 
 
Tipos de Política monetária 
 Política Monetária Expansionista
4
 
o Expansão da Liquidez (M) 
o A tendência é que a taxa de juros caia (i), pois há muita moeda disponível. 
o A tendência é que o consumo aumente, tanto a crédito quanto à vista (C) 
 A crédito: juros baixos facilitam o consumo a crédito ou, ainda, 
facilitam a obtenção de crédito bancário. 
 À vista: O consumo à vista também tende a crescer, pois os juros 
baixos não estimulam poupar, sequer manter o dinheiro na poupança. 
o O investimento privado tende a subir (Iprivado) 
 O investimento reage de forma mais lento que o consumo da 
população, tendo em vista a Eficiência Marginal do Capital. 
o Emprego tende a subir  
 
4
 Avaliação | É possível entender que uma política fiscal expansionista possui exatamente os 
mesmos impactos sobre a sociedade que uma política monetária expansionista? 
DIR106 – Fundamentos de Economia 
Anotações da 2ª Avaliação [ Helson ] 
11 
 
o Ambiente de aquecimento de demanda que implica o surgimento da inflação 
de demanda. 
o  A diferença em relação à Política Fiscal Expansionista está no 
comportamento da taxa de juros. 
 Na Fiscal Expansionista a taxa de juros tende a subir como 
consequência das ações tomadas. 
 Na Monetária Expansionista a taxa de juros tende a cair e no início 
do processo. 
 
 Política Monetária Contracionista 
o Redução da Liquidez na economia (M) 
o A tendência é que a taxa de juros aumente (i), pois há pouca moeda 
disponível. 
o A tendência é que o consumo reduza tanto a crédito quanto à vista (C) 
 A crédito: juros altos dificultam o consumo a crédito ou ainda diz-se 
que há mais dificuldade de obter crédito bancário. 
 À vista: O consumo à vista também tende a cair, pois taxas maiores de 
juros estimulam a manutenção do dinheiro na poupança. 
o O investimento privado tende a cair (Iprivado) 
 O investimento reage de forma mais lento que o consumo da 
população, mas há um estímulo em manter o dinheiro no banco e não 
investir. 
o Emprego reduz  
o Ambiente não está aquecido, o que implica uma contenção da inflação de 
demanda. 
 O professor defende que o brasileiro é insensível a taxas de juros, pois 
ninguém, por exemplo, muda de banco se um banco oferecer melhores 
taxas de juros. 
o  A diferença em relação à Política Fiscal Contracionista está no 
comportamento da taxa de juros. 
 Na Fiscal Contracionista a taxa de juros tende a cair como 
consequência das ações tomadas. 
 Na Monetária Contracionista a taxa de juros tende a subir no 
início do processo. 
Mecanismos para a gestão de liquidez 
 Gestão da taxa básica de juros (SELIC). 
o Sistema Especial Liquidação e Custódia 
o Taxa que o governo remunera as pessoas físicas e pessoas jurídicas que 
emprestam dinheiro ao governo. 
o Regime de metas de inflação 
 Quando alguém que tem poder determina para alguém que não tem 
poder uma meta. 
 Quem tem o poder é o CMN – Conselho Monetário Nacional. 
 No caso do Brasil, a meta estabelecida é de 4,5% a.a. 
 A faixa tolerável é de 2,5% a 6,5% a.a. 
 O Comitê de Política Monetária – COPOM é um órgão do Banco 
Central formado pelo presidente e diretores do banco. 
 O FED americano tem um órgão chamado FOMC. 
o No FOMC a composição não é formada apenas pelo 
presidente e diretores do FED. A sociedade está 
presente, representada por professores, etc. 
o Existe a meta de controle de inflação e de geração de 
empregos. 
DIR106 – Fundamentos de Economia 
Anotações da 2ª Avaliação [ Helson ] 
12 
 
 O COPOM se reunia de 45 dias para definir a SELIC para os 
próximos 45 dias. 
o Quando o governo vai pegar dinheiro emprestado, com 
operação pós-fixada, a SELIC determina quanto ele 
vai pagar aos credores. 
o Se a SELIC aumenta, eleva o ânimo dos bancos em 
emprestar ao governo. Sobrando menos dinheiro para 
a sociedade, o que implica aumento de taxa de juros. 
o Se a SELIC reduz, reduz o ânimo dos bancos em 
emprestar ao governo, o que implica redução de taxa 
de juros. 
 
 Open-market 
o É o mercado aberto de títulos 
o Lógica da coisa: 
 Quando há muita moeda circulando no mercado, a tendência é que a 
moeda perca valor. 
 Então o BC vende títulos para os bancos para reduzir a liquidez. 
 Por outro lado, o Banco Central contrai Dívida Pública junto aos 
bancos que adquiriam seus títulos. 
o Incoerência 
 No resgate dos títulos, o BC terá que devolver o principal + juros 
(atrativos), o que parece uma incoerência, pois nesse momento a 
liquidez estará maior que antes. 
o Solução 
 O BC resgata os títulos e de imediato os emite para outros credores. 
o Observações: 
 O BC não pode emitir novos títulos, enquanto o Tesouro Nacional 
pode. 
 Isso porque o BC evita o aumento do endividamento. 
 Quantitative Easy – Corresponde à antecipação do resgate de títulos 
pelo BC Americano para aumentar a liquidez no mercado. 
 
 Taxa de redesconto 
o Conceito 
 Empréstimos realizados pelo BC para ajudar bancos com graves 
desequilíbrios patrimoniais e/ou de fluxo de caixa, sendo que a taxa 
do redesconto é sempre mais alta que a taxa do CDI 
(interbancária). 
o Lógica da coisa: 
 No final do dia de uma instituição financeira, pode acontecer do caixa 
ficar positivo ou negativo, a depender do resultado entre depósito, 
saques e pagamentos realizados por seus clientes. 
 Mercado Interbancário – Um banco empresta dinheiro ao outro para 
cobrir o caixa negativo ao final do dia. 
 O CDI – Certificado de Depósito Interbancário define o custo do 
dinheiro na operação interbancos. 
 Segunda taxa mais importante no mercado bancário, perdendo 
somente para a taxa SELIC. 
 Não há participação do Banco Central no Mercado Interbancário. 
É totalmente neoliberal. 
 Imaginemos uma situação em que um banco está prestes a quebrar 
(graves desequilíbrios patrimoniais e/ou de fluxo de caixa). Dessa 
forma, deixa de ser uma operação normal o banco necessitar de 
dinheiro para cobrir o caixa negativo, gerando um descasamento 
DIR106 – Fundamentos de Economia 
Anotações da 2ª Avaliação [ Helson ] 
13 
 
entre ativos e passivos, pois os demais bancos certamente não vão 
operar no mercado interbancário com ele. 
 Normalmente ocorre isso quando o banco empresta mal 
emprestado. 
 Não se resolvendo no mercado interbancário, ele terá que recorrer ao 
Banco Central. 
 Se o Banco Central decide que vai ajudar o banco, aplicará uma taxa 
de redesconto. 
 Quando a diferença entre o redesconto (BC) e o CDI (mercado) é 
mínima, considera-se que o BC estáaplicando uma política monetária 
expansionista. 
 Não está colocando dificuldades para emprestar. 
 A consequência é que os bancos relaxam em suas políticas de 
liberação de crédito aos seus clientes, pois o socorro por parte 
do BC, em caso de calotes, é fácil de ser obtido e a custos 
modestos. 
 Quando a diferença entre o redesconto (BC) e o CDI (mercado) é 
muito alto, considera-se que o BC está aplicando uma política 
monetária contracionista. 
 Banco Central está colocando dificuldades para emprestar. 
 A consequência é que os bancos se preocupam mais na 
seleção de clientes e na concessão de créditos, pois um 
eventual inadimplemento pode ser custoso, tendo em vista as 
altas taxas de redesconto. 
 Medidas dos bancos: cobrar mais caro e para clientes 
selecionados, para evitar a inadimplência. 
 Não faz sentido o BC aplicar taxa de redesconto menor que o CDI, 
pois estaria interferindo no mercado interbancário. 
o Operações de redesconto salvam o banco momentaneamente. 
o Se o BC não emprestar dinheiro para salvar o banco que está prestes a 
quebrar? 
 O Banco literalmente quebrou. 
o Qual o modelo de quebradeira bancária? Intervenção do BC 
 RAET – Regime de Administração Especial Temporário 
 Enquanto um banco está no redesconto, sua situação 
financeira não pode vazar ao público, para evitar a fuga 
dos clientes. 
 As ações são proibidas de serem negociadas na bolsa de 
valores. 
 Presidente e diretores do banco são afastados e têm seus 
bens e de seus parentes, até algumas gerações em linha reta, 
indisponibilizados. 
 O BC passa a gerenciar o banco, mas mantém as operações 
normalmente, o que não afeta o dia-a-dia dos clientes. 
 LEJ – Liquidação Extra Judicial 
 As mesmas medidas acima, mas o BC assume o banco para 
gerenciar seu espólio, afetando os clientes, pois todo o 
dinheiro fica indisponível. 
 Equivale à falência do banco. 
o Experiência do professor 
 Funcionário do Banco Econômico em 1995 
 O Econômico entrou em redesconto, mesmo sendo o 4º banco em 
ativos no Brasil e o 1º banco privado na América Latina. 
 O professor apostou que o banco não iria fechar. 
 Numa sexta-feira 13 de agosto, o balanço do meio do ano saiu. 
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Anotações da 2ª Avaliação [ Helson ] 
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 O BC decretou LEJ – Liquidação Extra Judicial para surpresa de todos. 
o Seguro Garantidor de Crédito - Todos os partidos se uniram pela primeira 
vez para alterar legislação criando a lei complementar para proteger os clientes 
com Seguro Garantidor de Crédito, no limite de R$ 20.000,00 por CPF. 
 Mais dois bancos quebraram: Nacional e Bamerindus. 
o PROER – Programa de restruturação do Sistema Financeiro Nacional, 
criado no governo de FHC. 
 Programa que o BC criou para incentivar bancos sadios a comprar a 
parte boa de bancos quebrados. O BC continuava a controlar a parte 
podre. 
 No caso do Econômico, o Excel comprou. 
 No caso do Nacional, o Unibanco comprou. Tempos depois o Itaú 
comprou o Unibanco. 
 No caso do Bamerindus, o HSBC comprou. Tempos depois o 
Bradesco comprou o HSBC. 
 O PROER salvou os bancos. 
o Fundo Garantidor de Crédito – O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma 
entidade privada, sem fins lucrativos, que administra um mecanismo de 
proteção aos correntistas, poupadores e investidores, que permite recuperar os 
depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, até determinado valor, 
em caso de intervenção, de liquidação ou de falência. 
o Outras particularidades 
 Havia uma lei que proibia que os dirigentes pudessem buscar 
empréstimos do próprio banco. Lei do Colarinho Branco. 
 Os governadores se financiavam com dinheiro do próprio banco. 
Resultado: O banco quebrava. 
 O Baneb quebrou mais ou menos umas 50 vezes. 
 PROES foi um programa parecido ao PROER. Um incentivo à 
privatização dos bancos estatais. 
 Baneb foi comprado pelo Bradesco. 
o Curiosidades 
 O dinheiro que bancou o PROER vinha dos depósitos compulsórios. 
 O PT votou contra na época, porque alegava que era dinheiro do 
orçamento para salvar banqueiros, que não se revelou. 
 Ainda assim, no período da crise de 2008 nos E.U.A (“Marolinha”), Lula 
deu entrevista sugerindo a Barack Obama que implementasse a 
solução do PROER, em tom de quem era o mentor da ideia. 
o Resumo gráfico 
 
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15 
 
 Depósitos compulsórios. 
o Representa a ação do Banco Central obrigando os bancos a recolherem de 
forma compulsória um percentual dos depósitos de seus clientes aos cofres 
do Banco Central, esterilizando estes recursos que, em regra, não voltam 
ao mercado. 
 Exceção foi o PROER, quando os valores de depósitos 
compulsórios foram utilizados para salvar vários bancos. 
o Um aumento no percentual dos compulsórios representa uma política 
monetária contracionista, enquanto que uma redução significa uma política 
monetária expansionista. 
o Os compulsórios criam um fenômeno conhecido como o multiplicador da 
política monetária (ou criação de moeda), pois a sua ação possibilita que 
os bancos criem endogenamente moeda no mercado financeiro. 
 
o Lógica da coisa: 
 Imaginemos que os clientes depositaram R$ 100.000,00 em 
determinado banco. 
 O BC determina um percentual para que os bancos façam o 
recolhimento compulsoriamente. 
 Quanto maior o percentual do depósito compulsório, menos dinheiro 
ficará disponível para os bancos emprestarem aos clientes. 
 Com menos dinheiro disponível, as taxas de juros praticadas pelos 
bancos serão maiores, configurando uma política monetária 
contracionista. 
 Quanto mais baixo o percentual do depósito compulsório, mais 
dinheiro haverá para os bancos emprestarem aos seus clientes. 
 Dessa forma, poderão praticar taxas de juros menores, afigurando-se 
uma política monetária expansionista. 
o Normalmente, os depósitos compulsórios ficam retidos pelo Banco Central. 
 Pergunta-se: Como os bancos pagam aos seus clientes na hipótese de 
saque, considerando-se que parte do depósito ficou retido no Banco 
Central? 
o Criação Endógena de Moeda pelo Mercado Bancário. 
 Oferta monetária = PA + D 
 D :: Dinheiro da sociedade depositado no banco 
 PA :: dinheiro da sociedade em mão da sociedade 
 Base monetária = PA + R 
 R :: Depósitos compulsórios dos bancos em posse do BC 
 Fórmula do Multiplicador da Política Monetária 
 Oferta Monetária = MPM x Base Monetária 
 
 
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 Exemplo: 
 
 
 NÃO ANOTEI OS DETALHES SOBRE O PA E D em relação aos 
países. Os exemplos. 
 O segundo D se refere ao depósito que é base para o percentual que 
fica para o compulsório. 
 
 Impactos na política monetária 
 Uma política monetária expansionista tende a reduzir as taxas de 
juros pelo aumento da oferta de moeda no mercado financeiro, 
aumentando o volume de crédito, o nível da atividade econômica, o 
PIB e o emprego, mas tendendo ao aumento da inflação pelo fato 
da economia passar a se posicionar no lado inflacionário da curva 
de Philips. 
 Já uma política monetária contracionista tende a elevar as taxas de 
juros pela redução da oferta de moeda no mercado financeiro, 
reduzindo o volume de crédito, o nível da atividade econômica, o 
PIB e o emprego, mas tendendo a diminuir a inflação pelo fato da 
economia passar a se posicionar no lado deflacionário da curva de 
Philips. 
 
 Resumo de Mecanismos de Política Monetária 
 
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1.3 ● Políticas Cambiais 
 Conceitos básicos 
o É o controle estratégicoda taxa de câmbio, de competência do Banco central 
do Brasil, que afeta diretamente sobre o Balanço de Pagamentos. 
o A taxa de câmbio é a relação de paridade entre duas moedas quaisquer. 
o E = R$ / USD 
 Nada impede que a comparação seja com outra moeda que não o 
dólar. 
 Balanço de Pagamentos
5
 
o Documento contábil controlado pelo Banco Central que registra todas as 
entradas e saídas de moeda estrangeira em um país, oriundas de operações 
formais entre residentes e não residentes em um país. 
 Residente é quem juridicamente reside em um país. 
 Não residente é quem juridicamente não reside em um país. 
 
o O país quebra em suas relações de comércio internacional, e não nas relações 
internas. 
 Estrutura do Balanço de Pagamentos 
o Corresponde à soma entre o Balanco de Transações Correntes e o Balanço 
de Capitais 
 
o Balanço de Transações Correntes 
 Balanço Comercial + Balanço de Serviços e Rendas + Balanço de 
Transações Unilaterais. 
 Balanço Comercial 
 Exportações menos importações de bens (X – M) 
 Envolve qualquer tipo de produto. 
 Balanço de Serviços e Rendas 
 Exportações menos importações de serviços e rendas 
 Entrada menos saída de moeda estrangeira 
 Serviços 
o Fretes 
o Alugueis 
o Cartões de Crédito (Viagens internacionais) 
o Projetos e consultorias 
o Royalties 
 Pagamento pelo direito de uso de uma marca. 
 
5
 Avaliação 2015.2 | Se, no período de um ano, um país tiver exportações de produtos iguais a 
U$ 20 bilhões e importações iguais a U$ 30 bilhões, ele terá com certeza um déficit em seu 
balanço de transações correntes? Suas reservas, devido a isso, estão diminuindo? Explique. 
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 Rendas 
o Salários de funcionários internacionais 
o Lucros e dividendos das empresas 
o Rendimentos de investimentos em carteira. 
o Juros e refinanciamentos da dívida externa. 
 Balanço de Transações Unilaterais 
 Exportações menos saída de fundo perdido 
o Fundo perdido significa dinheiro dado. 
o Entrada menos saída de doações (ONG, Remessas 
humanitárias, remessas entre familiares, herança, 
remittances) 
 Para países pequenos esse balanço é fundamental, mas para 
o Brasil o saldo desse balanço é irrisório. 
 Se o País for deficitário no Balanço de Transações Correntes, ele 
precisará equilibrar o déficit com um superávit no Balanço de Capitais. 
 Se não conseguir, somente não quebrará se tiver estoque de 
Reservas Internacionais. 
 Se o país estiver superavitário no Balanço de Transações Correntes, 
terá dinheiro disponível para ganhar o mundo, buscando 
rentabilidades. 
o Balanço de Capital 
 Entrada menos saída de capitais que não se relacionam com os 
balanços citados acima. 
 IED – Investimento Estrangeiro Direito 
 Dinheiro do bem, gerador de empregos. 
 Capital aplicado para criação, instalação ou ampliação de 
negócios empresariais. 
 Aplicações financeiras 
 Operações em renda fixa. 
o Qualquer aplicação baseada em taxa de juros. 
 Operações em renda variável. 
o Qualquer aplicação em Bolsa de Valores. 
 Amortizações da Dívida Externa 
 O principal da dívida. 
 Novos empréstimos governamentais. 
 O estoque da dívida não está no Balanço, pois ele só registra 
as transações do período (ano). 
 Aplicações patrimoniais. 
o Exemplo matemático 
 Estoque de reservas internacionais = 70 
 Comércio 80 
 Serviços e Rendas (150) 
 Transações unilaterais 20 
 Balanço de capitais = 30 
 Balanço de Pagamento = (20). 
 Só não quebrou porque no início de ano o país tinha um estoque 
de reserva de 70. 
 No final do ano, as reservas serão de 50. 
o Conceito de Reservas Internacionais 
 Reservas são um ativo da União em moeda estrangeira conversível 
(dólar, euro, libra), administrado pelo Banco Central, e que funcionam 
como uma poupança para proporcionar a capacidade de solvência de 
um país. 
 Moeda estrangeira conversível é aquela moeda que o mundo 
aceita, a exemplo do dólar. 
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 Capacidade de solvência é a capacidade de pagar as dívidas 
em dia. 
 A moeda estrangeira é operacionalizada sempre pelo Banco Central, e 
negociante brasileiro que negocia no comércio exterior opera sempre 
em real, fazendo a conversão segundo a taxa de câmbio. 
 O país que é deficitário em transações correntes necessariamente 
deve ter balanço de capital positivo. 
 
 Risco Soberano 
o Risco é a probabilidade de que ocorra um calote. 
o Risco soberano é a probabilidade de um determinado país dar calote. 
o Há consultorias específicas que calculam os riscos de países: 
 JB Morgan 
 Standard & Poors 
 Fichte 
 Moodys 
o Toda vez que o país estiver perdendo reservas, há um aumento no risco de dar 
calotes. 
 O país perde reservas quando o Balanço de Pagamentos está 
negativo. 
 Soluções para financiar 
o O aumento da taxa básica de juros, no nosso caso a SELIC, é o caminho mais 
rápido para que um país consiga obter os recursos para financiar o déficit do 
Balanço de Pagamentos. 
o Financiar a dívida mediante empréstimos obtidos no exterior. 
 
 Impactos do Câmbio 
 Taxa de câmbio aumentando, a moeda está se desvalorizando. 
o Porque precisa de mais moeda para comprar um dólar. 
 Taxa de câmbio diminuindo, a moeda está se valorizando. 
o Porque precisa de menos moeda para comprar um dólar. 
 Y = C + I + G + (X – M) = PIB 
o C + I + G é chamada de absorção interna 
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 No ambiente de desvalorização do Câmbio a tendência é que o país exporte 
mais e que as importações caiam. A tendência é que haja um superávit do 
balanço comercial. 
 BC = PIB – Absorção Interna, então o PIB deve ser maior que a Absorção Interna 
para que o BC seja positivo. 
o PIB alto, nível de emprego tende a subir e por isso, a tendência é que 
se tenha mais inflação de demanda combinada com inflação de 
custos. 
 Inflação de custos porque toda a importação está mais cara. As 
matérias primas vão tocar fogo na cadeia de produção. 
o A China fez 20 anos isso aí para estimular a demanda. 
o É como se fosse uma política cambial expansionista, mas este termo não 
existe. 
o Indo para o primeiro quadrante da Curva de Philips. 
 
 No ambiente de valorização do Câmbio a tendência é que o país importe mais 
e que exporte menos. A tendência é que haja um déficit do balanço comercial. 
 BC = PIB – Absorção Interna, então o PIB deve ser menor que a Absorção Interna 
para que o BC seja negativo. 
o PIB baixo, nível de emprego tende a cair e por isso, a tendência é que 
se controle a inflação de demanda e inflação de custos. 
o É como se fosse uma política cambial contracionista, mas este termo não 
existe. 
o Indo para o terceiro quadrante da Curva de Philips. 
1.4 ● Resumo de Políticas Macroeconômicas 
Política Fiscal :: R – D 
 Governo Federal (1) 
o Receita controlada/executada pela SRF/MF 
o Despesa controlada/executada pela STN/MF 
o Governo Estaduais (27) – Secretarias Estaduais de Fazenda 
o Governos Municipais (55n) – Secretarias Municipais de Fazenda. 
Política Monetária :: Liquidez (BC) 
Política Cambial :: Taxa de Câmbio (BC) 
 
 
 
 
 
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Referências Bibliográficas ● Livros, filmes e séries 
O Prometeu Desacorrentado– David Landes 
A riqueza das nações – Adam Smith 
A teoria das finanças públicas no contexto do capitalismo – Cap. 1 
A revolta de Atlas – Ain Rand 
A nascente – Ain Rand 
Rumo à estação Finlândia – Edmund Wilson 
 Socialismo na Europa 
O manifesto comunista – Marx e Engels 
A teoria geral do emprego, do juro e da moeda – John Maynard Keynes 
 1936 – retomada após a década da depressão e a quebra da bolsa de 1929 
A saga brasileira - Miriam Leitão 
A lanterna na popa – Roberto Campos 
 Autobiografia. Excelente livro. 
A Grande Aposta – Netflix 
Caminho para Servidão – Friedrich Hayek 
Trabalho Interno – Crise americana de 2008 
Filme ARGO

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