Buscar

A história começa com alguns amigos em um indeterminado lugar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A história começa com alguns amigos em um indeterminado lugar, bebendo algumas cervejas e conversando. Zé, que narrava à história, comandava a cidade, era um viajante (ele ia à cidade, comprava as coisas e vendia para as pessoas do Vale) ele conta uma historia sobre uma cidade e seus habitantes. A história se passa no Vale de Javé, sobre onde havia caído uma enorme desgraça, os engenheiros da cidade iriam construir uma hidrelétrica. Por causa desta construção a cidade seria alagada. Lá as terras eram adquiridas não por documentos, mas sim através da canção, ou seja, você cantava as suas terras.
Para salvar a cidade eles tiveram a ideia de escrever a historia cientifica da cidade, pois a história falada, contada por eles, não valia nada. Muitas das pessoas que ali viviam eram analfabetas, Antônio Biá, era o único que sabia ler e escrever. Ele havia trabalhado no correio da cidade, mas como ninguém sabia escrever, não havia movimento. Estando prestes a perder o emprego, ele escreve muitas cartas, para todas as pessoas que ele conhecia na região, difamando as pessoas do Vale. O seu trabalho seria escrever o que as pessoas iam lhe contar.
Indalécio era o fundador do Vale, após uma guerra contra a coroa, ele comandou a retirada do povo corajoso que vivia nas terras tomadas pelo rei, seu interesse era no ouro que ali existia. Ele queria ir para longe dali, mas não sabia para onde. A única coisa que havia restado para eles era o sino da cidade.
O primeiro que Biá vai entrevistar é o Seu Vicentino, Vicentino conta ser parente do fundador, que este era um homem muito corajoso... Mas Biá acha que falta coisa nessa historia, então ele começa a inventar e exagerar (como nos contos que estudamos), mas Seu Vicentino não aceita essas alterações.
O barbeiro da cidade queria ter o nome no livro da historia da cidade, então ele tenta negociar com o Biá, mas acabam sendo interrompidos.
Maria Teodora, é a segunda entrevistada, ela conta que nessa época estava ocorrendo uma guerra contra a coroa, mas que ninguém dava importância a Maria Dina (todos os seus descendentes tem uma marca de nascença). Após a morte do líder do grupo, ela monta no cavalo e some por um dia e uma noite, ela guia o grupo até a terra descoberta e então ela canta as divisas do Vale de Javé.
Já outro morador disse que o líder não morreu em cima do cavalo, mas sim agachado com desinteria.
As casas do sertão eram feitas de barro e madeira. Biá ia em varias dessas casas para pesquisar relatos. Ele gostava de escrever com lápis, pois se errasse com a caneta, não havia como apagar. Todos apareciam para lhe oferecer historias, tanto que ele nem tinha mais como cuidar da sua própria vida. As roupas que as pessoas usavam eram simples e leves.
Em seguida dois irmãos, filhos de gêmeos, contam a história de seus pais e de suas vidas. Mas em vez de contar sobre a cidade, eles contam sobre a herança. Cada um tinha uma pasta com fotos, documentos...
Daniel, por sua vez, conta sobre o pai dele, mostra o quarto dele, fotos, etc. Quando ele era pequeno, viu o seu pai matar um homem e por isso nunca mais teve medo de nada.
Agora Biá entrevista um grupos de “negros”. Estes acreditavam que o Brasil, fazia parte da África. Na história deles o Indalécio era um africano e queria voltar para suas origens, mas não sabia o caminho. Havia também no lugar de “alguma das Marias”, uma guia e símbolo da água, chamada de Oxun. Ele se cala no meio da historia e se fosse para ele continuar teriam que esperar três dias. Samuel fazia a tradução do que o idoso e líder dos “negros” falavam.
Biá fica bêbado na primeira e na segunda noite, mas na segunda ele tem um sonho de que acontecia uma enchente na casa dele. Bem no dia seguinte é colocado uma placa, no meio da praça central e os engenheiros já estavam na cidade.
O matador estava sempre bêbado e falava mal do Vale de Javé, como se não tivesse importância. Havia um homem da cidade que trazia consigo uma filmadora. Todos deram a ele depoimentos defendendo sua terra e dizendo que não iriam a deixar.
De repente Daniel aparece com uma arma para defender todo mundo que ali morava. De pouco em pouco, as pessoas que ali viviam iam embora e um homem “louco” toca o sino, ele não estava acostumado a falar, então ele mal tinha voz. O Zé volta da cidade e todos combinam de se encontrar no armazém, para ouvir o que o Biá havia escrito. A noite não há nem sinal do Zé, apenas um menino chega trazendo o livro e um bilhete de Biá. O livro estava em branco, então eles vão atrás dele e o arrastam até o Vale.
Todos pedem uma explicação, então Biá decide falar a verdade: “Que os engenheiros não iriam parar a obra por causa de um grupo de semianalfabetos”. Todos ignoram o que Biá diz, o tempo passa e eles são obrigados a assistir a cidade ser alagada. Biá volta, chora, pois se sente culpado pelo o que aconteceu, pois ele nem tentou salvar o Vale.
Ele se senta em um barco e começa a escrever desesperadamente no livro. Todos começam a contar o que haviam feito depois que a cidade foi alagada. Era como voltar ao começo da historia.
______________________________________ / / ___________________________________
Conclusão:
Independente de Biá ter escrito antes ou depois a historia, não adiantaria em nada, pois o livro não seria oficialmente aprovado como documento. Ele começa a escrever a historia depois da cidade ser alagada, pois sem aquele livro, as pessoas poderiam deixar de acreditar até na existência do Vale de Javé. Também vemos que cada personagem conta a historia exagerando de forma que contasse vantagem para o seu lado, como em um conto de pescador.

Outros materiais