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A ENFERMAGEM ONTEM E HOJE

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A ENFERMAGEM: ONTEM E HOJE
INFORMAÇÕES DA EQUIPE:
Francisca Déborah Araújo Uchoa
1713049/8
Paulo Elpidio N. de Oliveira
1711333/0
Rebeca Chaves Taveira
1711332/6
Jessica de Oliveira Melo
1613528 / 3
FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
PROFESSORA DEBORA RODRIGUES GUERRA
ll SEMINÁRIO BASES TEÓRICAS PARA O CUIDAR 1 
A ENFERMAGEM EM ORDEM CRONOLÓGICA
EGITO: Os tratamentos consistiam no hipnotismo (período do faraó Imhotep)
ASSÍRIA: Os tratamentos consistiam na magia (eram vendidos talismãs para proteger o corpo dos ataques dos demônios)
GRÉCIA: Os tratamentos consistiam em banhos, massagens, purgativos, dietas e era proporcionado aos doentes: sol, ar puro, água pura e mineral
CRISTIANISMO: pobres e enfermos foram especialmente objetos da Igreja. Nesse período, ocorria o florescimento de hospitais
ENFERMAGEM MODERNA: Em 9 de julho de 1860, quinze moças se matricularam na Escola de Enfermagem, no Hospital Saint Thomas
ANA NERI
GUERRA DA CRIMÉIA (1853 - 1856): Jovem aristocrata inglesa, que ficou conhecida como Dama da Lâmpada, por utilizar tal ferramenta ao andar nos corredores do hospital militar, em Scutari 
GUERRA DO PARAGUAI (1864 – 1870)
A ENFERMAGEM NA ERA DA DAMA DA LÂMPADA
ANA NERY COMO MATRIARCA DA ENFERMAGEM BRASILEIRA
COMPARATIVO ENTRE A ENFERMAGEM PRIOMORDIAL E ATUALMENTE
FLORENCE NIGHTINGALE (✫ 1820 - ✞ 1920) 
Natural de Florença, na Itália, foi uma jovem aristocrata, estudiosa, generosa e dedicada, vinda de uma família respeitável, que se negou a seguir o “padrão” convencional feminino da sua classe social, daquela época, da qual eram esposas submissas. 
Em 1845, anunciou para sua família que cuidaria de pobres e indigentes, causando então rompimentos e raiva em sua família, pois nessa época, não era uma profissão bem quista, pois muitas cozinheiras e prostitutas, prestavam-se ao papel de enfermeiras.
Em dezembro de 1846, em resposta a morte de um mendigo, numa enfermaria em Londres, que acabou tornando-se um escândalo público, Florence foi a defensora principal da melhoria dos tratamentos médicos. De imediato, ela obteve apoio de Charles Villiers, presidente do Poor Law Board (Comitê de Leis Paras os Pobres).
Em uma visita ao Kaisersweth, um hospital pioneiro fundado e dirigido por uma ordem de freiras católicas (diaconisas luteranas), na Alemanha, ficou impressionada pela qualidade do tratamento médico e pelo comprometimento e práticas das religiosas, onde então, relatou ter recebido o chamado divino para a arte do cuidar.
Foi cortejada pelo político e poeta Richard Monckton Milnes, o então primeiro Barão de Houghton, ela o rejeitou, convencida assim que um casamento iria atrapalhar a sua carreira. No ano de 1847, em Roma, recuperando-se desse rompimento, ela conheceu um político brilhante, chamado Sidney Herbert, que tinha sido Secretário de Guerra, cargo que o deteria de volta, na Guerra da Criméia.
Herbert, foi fundamental para a carreira de Florence, facilitando assim seu trabalho na arte do cuidar, durante a Guerra da Criméia, conflito (1853 – 1856), na Península da Criméia.
Um ano após o início da Guerra da Criméia, em outubro de 1854, tomou ciência das condições ruins para os feridos do conflito, onde então, esse passou a ser seu principal foco. Florence e uma equipe de 38 auxiliares voluntárias (10 freiras católicas, 8 irmãs de caridade da igreja anglicana, 6 enfermeiras do Instituto St. John e 14 outras voluntárias de vários hospitais) incluindo sua tia Mai Smith, foram enviadas para os Campos de Scutari, localizados na Turquia Otomana (com a autorização de Sidney Herbert). Florence, então, ficou conhecida como “Dama-chefe”.
Ao chegar no hospital, deparou-se com um cenário de péssimas condições de higiene, descaso (devido a sobrecarga de trabalhos nos médicos) e desordem. Não havia recipientes para os soldados feridos beberem água, sequer alimentos, e quando tinha, eram apodrecidos. 
Florence fez observações e anotações a respeito do ambiente, e então pediu ajuda para melhoria do então ambiente hospitalar, mas, não obteve sucesso, pois os militares 
 e autoridades médicas se opuseram ao seu trabalho. Além disso,
 eles eram desrespeitosos e ofensivos as mulheres.
 
Aos poucos, com a ajuda do jornal “The Times”, seus relatos foram publicados, horrorizando e sensibilizando assim, a sociedade inglesa, e juntos organizaram um campanha para arrecadar fundos, e conseguiram levantar 57.000 Libras e assim começaram a pôr ordem no hospital de campanha.
Florence logo estabeleceu uma cozinha e lavanderia. Ela trabalhava mais de 20 horas ao dia, cuidado dos soldados e seus devidos filhos e esposas.
Os soldados a chamaram, então, de “A dama da lâmpada”.
Florence era assim chamada, pois, utilizava como ferramenta de trabalho, uma lâmpada a gás. Os feridos da guerra sentiam medo durante a noite.
No inicio de 1855, uma epidemia de cólera e febre tifoide matou sete médicos e três enfermeiras. O frio também colaborava para lotar o hospital e logo havia mais de 2000 doentes e feridos em enfermarias improvisadas e a taxa de mortalidade beirava os 42%. Com esta realidade foi exigido que houvesse uma reforma na rede de saneamento e a mortalidade caiu para 2%. 
Mas Florence também contraiu a febre tifoide e ficou entre a vida e a morte por 12 dias. Depois disso, tornou-se muito debilitada e em agosto de 1856 retornou à Inglaterra. Sendo assim, a pessoa mais famosa, depois da Rainha Vitória.
Impossibilitada de exercer suas atividades como enfermeira, devido a tifo, dedicou-se assim, a formação de uma das primeiras escolas de Enfermagem do mundo, em 1859, na Inglaterra, no Hospital Saint Thomas, com um curso de um ano, ministrado por médicos, com aulas teóricas e práticas. Em 9 de julho de 1860, quinze moças se matricularam na Escola de Enfermagem, podendo ser considerada essa data, a do nascimento da Enfermagem Moderna.
Em 1883, a Rainha Vitória, lhe concedeu a Cruz Vermelha Real, e em 1907, foi a primeira mulher a receber a Ordem de Mérito.
Em 1896, ela ficou acamada, devido ao que se chama hoje de Síndrome da Fadiga Crônica (consequência da tifo), durante esse período, ela fez um trabalho pioneiro no campo de planejamento do hospital, e o seu trabalho teve propagação rápida e global. A Dama da Lâmpada veio a falecer em 13 de agosto de 1910, onde foi enterrada no Cemitério de Igreja de Santa Margarida, no Leste Wellow, Hampshire, em um condado da Inglaterra.
ANA JUSTINA FERREIRA NERI (✫ 1814 - ✞ 1880)
Ana Justina Ferreira, mulher autônoma, natural da Vila Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira do Paraguaçu, localizada em Cachoeira, município no Estado da Bahia e nascida no dia 13 de dezembro de 1814. Aos 23 anos casou-se com o capitão de fragata da Marinha Brasileira, Isidoro Antônio Néri, no qual adotou o sobrenome, e aos 29 anos fica viúva. O casal teve três filhos Pedro, Isidora e Justiniano. Os dois mais velhos se formaram em Medicina e o mais novo seguiu carreira Militar. Ana também tinha dois irmãos, Manuel Jerônimo Ferreira e Joaquim Maurício Ferreira, ambos oficiais do Exército Brasileiro.
Deflagrada a Guerra Grande, ou Guerra do Paraguai em 1864, os filhos e irmãos de Ana foram convocados para batalhar. Então, ela escreveu para o presidente da Província da Bahia uma carta de solicitação para acompanhar a família no conflito.
O seu pedido foi aceito, então, ela viajou ao Rio Grande do Sul, onde presta serviços voluntários e aprende com as irmãs de caridade da irmandade de São Vicente de Paulo noções básicas de Enfermagem, tornando-se assim a primeira enfermeira mulher no Brasil.
Em 1865, embarcou com a tropa do 10º Batalhão de Voluntários da Pátria, na qualificação de enfermeira. Servindo, portanto, como auxiliar do corpo de saúde do Exército brasileiro. 
Durante o conflito, ela prestou serviços nos hospitais militares de Salto, Corrientes, Humaitá e Assunção, bom como nos hospitais
da frente de operações. 
Em Assunção, Capital do Paraguai, durante o cerco das tropas brasileiras, Ana montou uma enfermaria modelo, transformando a realidade sanitária real, impondo assim condições mínimas de higiene, para que as doenças não se propagassem e que assim houvesse o tratamento de feridas. 
Para a recuperação dos pacientes, na época ela utilizava recursos da época, como iodo, cloreto de potássio, água fenicada e cauterização, além da beberagem de plantas medicinais. 
Em tais condições, a enfermeira organizou os hospitais de campanha, e primeira enfermaria foi montada em sua própria casa, às suas custas.
Em 1870, no final do embate, Ana Nery volta ao Brasil. Sua atuação na mesma, gerou destaque na imprensa e lhe custou uma homenagem com a Medalha Geral de Campanha e a Medalha Humanitária de Primeira Classe. Além disso, ela recebeu uma pensão vitalícia, por decreto do Imperador Dom Pedro Segundo, na qual usou para educar os órfãos de guerra, que ela adotou. Ela falecera em 20 de maio de 1880, aos 66 anos
A primeira escola oficial brasileira de Enfermagem, de alto padrão, construída em 1923, foi denominada Ana Néri, em sua homenagem. 
Getúlio Vargas, instituiu em 1938, o Dia do Enfermeiro, celebrado, em 12 de maio, dia em que nasceu Ana Néri. Segundo o decreto, na data devem ser prestadas homenagens especiais a Memória de Ana Néri em todos os hospitais e escolas de enfermagem do país.
Em 2009, 195 após sua morte, seu nome, Ana Justina Ferreira Néri, é assentado no livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Liberdade e da Democracia, em Brasília, capital da República. 
A ENFERMAGEM MODERNA (1860 – ATUALEMENTE)
A profissão surgiu do desenvolvimento e evolução das práticas de saúde no decorrer dos períodos históricos. Desde a formação da Escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, por Florence Nightingale, a Enfermagem surge não mais como uma atividade empírica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação assalariada que vem atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prática social institucionalizada e específica. 
Em comparativo com a Enfermagem na época de Florence Nightingale, a arte do cuidar vê as pessoas como seres holísticos, que possuem família, cultura, têm passado e futuro, crenças e valores que influenciam nas experiências de saúde e doença. Contudo, é uma ciência humana, não podendo estar limitada à utilização de conhecimento relativo às ciências naturais. A Enfermagem tem atualmente uma linguagem própria, onde formula diagnósticos de enfermagem, planejamento e prescrições das intervenções de enfermagem, assistência prestada e avaliação dos resultados sensíveis aos cuidados de enfermagem e também lecionam nas escolas de enfermagem. Atualmente a enfermagem vem se fortalecendo com um aumento substancial do conhecimento, onde nas escolas superiores a carga horária aumentou para 4000 horas, tendo em vista que, além disso, o enfermeiro deverá continuar investindo na sua qualificação profissão.
Para se prestar uma assistência de enfermagem com qualidade o profissional precisa de conhecimento científico e técnico, ética, espírito inovador, ter opinião própria, posicionamento e condições adequadas de trabalho. As pessoas precisam ser cuidadas com qualidade, agir técnico e inovador, ético, social e sustentável. A enfermagem tem o maior número de profissionais no país e ficam 24 horas no cuidado com o paciente, tendo maior disponibilidade e maior envolvimento com as famílias.

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