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RESUMO OCUPAÇÃOO PROVA 2

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ORDENAMENTO TERRITORIAL URBANO
Falta de planejamento- expansão urbana em direção às áreas periféricas, geralmente habitadas por uma população de baixa renda.
É o poder público municipal quem está mais próximo desta realidade e também das cobranças da população local.
O poder público municipal é o principal responsável pelo planejamento urbano, junto a todos os segmentos da sociedade. Uma cidade pode ser identificada como uma entidade resultante do empilhamento de três camadas distintas, cada uma com funções próprias.
Superestrutura			Moradia, comercio, serviços...
Meso-estrutura	Dá condições de funcionamento à superestrutura. Sistema viário, de águas, esgoto...
Infra-estrutura			É tudo aquilo sobre o qual se constrói
A infra-estrutura se encontra não só no solo e subsolo, mas também no campo que a rodeia e no próprio céu. É um fator independente da vontade do homem.
O ambiente urbano é formado por dois sistemas inter-relacionados: “sistema natural” (meio físico e biológico) e o “sistema antrópico”.
As características geomorfológicas, geológicas, geotécnicas do meio físico são os principais fatores que, para um determinado tipo climático, condicionam os reflexos decorrentes da ocupação do solo.
Nas áreas urbanas, o meio físico é o componente ambiental que, mesmo alterado, persiste interagindo e condicionando grande parte dos problemas do ambiente construído. A responsabilidade no uso social da propriedade é um principio constitucional presente e detalhado na legislação na União, estados e municípios.
A Lei Orgânica Municipal é a lei máxima do município, que possui autonomia para legislar em termos municipais, ou seja, o município pode e deve gerir os seus próprios negócios e atividades.
O município pode e deve contribuir para a preservação do meio ambiente a lei orgânica pode e deve conter instrumentos relativos à esta preservação.
Ao município cabe estabelecer as formas mais adequadas, diante de sua realidade geográfica e econômica, de compatibilizar as suas atividades produtivas e sociais, com a proteção e melhoria da qualidade ambiental.
O Plano Diretor passou então a ser o instrumento básico de política urbana de ocupação territorial, sendo obrigatório para os municípios:
-Com cerca de 20 mil habitantes
- Integrantes de regiões metropolitanas ou de aglomerações urbanas
- Integrantes de áreas de especial interesse turístico
- Inseridos em áreas de influencia de empreendimento ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.
O Plano Diretor de Desenvolvimento urbano Municipal é o mais importante instrumento e fundamental para o planejamento urbano, uma vez que nele se define a política de desenvolvimento e expansão urbana.
Objetivos: Conduzir e controlar o crescimento dos municípios
	 Disciplinar e controlar as atividades urbanas, em beneficio do bem estar social
O Plano Diretor pressupõe um estudo das potencialidades e deficiências do Município. Deve-se, portanto, avaliar a dimensão territorial, econômica, social e ambiental do Município.
Lei de Uso e Ocupação do Solo
O zoneamento ambiental é um dos instrumentos que institui a Política nacional do Meio Ambiente e Sistema Nacional do Meio Ambiente.
Zoneamento ambiental é um dos instrumentos do planejamento municipal e visa oferecer subsídios ao planejamento municipal, incluindo-se ai a utilização dos recursos ambientais.
Somente pode haver uma Lei de Uso e ocupação do Solo a partir de um estudo interdisciplinar e metodológico que revele as características do meio ambiente.
Estatuto Das Cidades 
É uma lei que traz grande avanço para uma política urbana voltada para a função social da propriedade e a gestão democrática da cidade. O objetivo do estatuto da cidade é disciplinar a função social da propriedade urbana.
Lei do Parcelamento do Solo Urbano
Não pode haver ocupação urbana nas seguintes condições:
- em terrenos alagadiços e sujeitos à inundação, antes de tomadas as providencias para assegurar o escoamento das águas;
-em terrenos que tenham sito aterrados com materiais nocivos à saúde publica, sem que sejam previamente saneados;
-em terrenos com declividade igual ou superior a 30%
-em terrenos onde as condições geológicas não aconselhem a edificação;
-em áreas de preservação ecologia ou naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até sua correção.
Problemas Ambientais Urbanos
-áreas de várzea, que tendem a provocar alterações no regime hidrológico
-encostas declivosas, que aceleram os processos erosivos
-áreas de recarga de aqüífero subterrâneo
-localização inadequada de depósitos de resíduos sólidos em solos com alta permeabilidade, tendendo a contaminar a água de superfície
-desmatamento de áreas susceptíveis à erosão
Os impactos como poluição, problemas de oferta dos recursos naturais, pobreza e distúrbios sociais são os principais fatores que comprometem o mecanismo de retroalimentação do sistema natural.
Estudos do Meio Físico no Planejamento Urbano
Buscam minimizar os impactos negativos que por ventura possam ser produzidos com a ocupação. Torna-se preponderante delimitar as áreas potenciais ao crescimento urbano e industrial, minimizando assim futuras ações corretivas.
A incorporação das características e condicionantes do meio natural nos estudos de gestão territorial é imprescindível para a otimização do aproveitamento dos recurso de um território, com a preservação de seus valores naturais.
Deve-se conhecer o ambiente em que se quer ocupar, isso só é possível com a elaboração de uma cartografia geoambiental integrada, que sintetize as informações significativas sobre os processos e características naturais do território.
Estudos do meio físico abordam vários aspectos ou temas básicos, tais como:
Geomorfologia, geologia, hidrografia, hidrologia, pedologia
Estes produtos podem ser integrados, gerando novos mapas ou cartas, chamados de síntese, que podem indicar problemas existentes, aptidões para determinados usos, fornecendo base para analise, indicações de uso e tomadas de decisões, tais como:
Cartas geoambientais – diagnosticando as questões ambientais
Cartas de aptidão – Abordando usos distintos separadamente
Cartas de risco – Indicando áreas problemáticas quando à ocupação
A análise destes produtos será a base para a elaboração de zoneamento para planos diretores, no que se refere ai meio físico. 
No entanto, são vários os procedimentos e métodos de integração de informação cartográficas adotadas no planejamento urbano em relação ao meio físico.
Mapa geológico, Mapa topográfico, Mapa geomorfológico, Mapa de declividade, Mapa hipsométrico, Mapa da cobertura vegetal, Mapa das bacias hidrográficas, Modelo digital do terreno
Mapa do uso e ocupação do solo do município
Zoneamento geoambiental do municipio
Outros aspectos no Planejamento Urbano
Aspectos bióticos – Fauna e flora
Aspectos socioeconômicos
Assim, o planejamento urbano é uma atividade multi e interdisciplinar, que deve contemplar o Maximo de áreas de atuação e que tenha condições de realizar diagnósticos e prognósticos equilibrados.
Zona de Controle Urbanistico (ZCU)
São aquelas onde a ocupação urbana está cosolidada e a tipologia urbana é bastante mesclada. Áreas ocupadas pela população de baixa renda, com construções mais precárias
 
Zona de Expansão urbana (ZEU)
Possuem características geotécnicas e ambientais e que as habilitam à ocupação e condições de articulação com o sistema viário existente.
Zonas de Reabilitação Urbana e Ambiental (ZRUA)
Englobam as parcelas do território degradadas, onde se verificam problemas urbanos e/ou ambientais, que necessitam de intervenções especificas para garantia da segurança e da qualidade de vida.
São necessárias ações especificas para cada área, bem como a proibição de usos e ocupação que comprometam a reabilitação das mesmas.
Zonas de Proteção CulturalZonas de Proteção Ambiental 1 e 2 (ZPAM)
Estão inseridos na malha urbana ou adjacentes à mesma, garantindo a preservação de recursos naturais, como nascentes cursos d’agua. 
Não são passíveis de ocupação
Poderão ser ocupadas mediante condições especiais
Áreas de proteção paisagística
Não ocupadas e vegetadas que circundam o núcleo urbano, garantindo sua ambiência e a paisagem envoltória
Zona de Reabilitação Ambiental (ZRAM)
São pequenas manchas no interior da malha urbana, remanescentes de cobertura vegetal. Não são passiveis de ocupação.
Zona de especial Interesse Social (ZEIS)
Há interesse publico em ordenar a ocupação, por meio de urbanização e regularização fundiária, ou implantar ou complementar programas habitacionais de interesse social.
Zona de Adensamento Restrito (ZAR)
Zona de Adensamento (ZA)
Zona de Preservação Relativa (ZP-1)
Áreas não parceladas e não ocupadas, com declividade entre 30% e 45%, onde serão admitidos chacreamentos, centros de lazer, clubes recreativos, bem como atividades de reflorestamento com fins comerciais, desde que obedecidas às normas municipais pertinentes e observadas a obrigatoriedade de licenciamento pelo órgão municipal de controle ambiental.
Área de Proteção Ambiental (APA)
Áreas sujeitas a plano de manejo
Zona Urbana de Preservação Absoluta (ZP-2)
Consideradas de preservação permanente pelas legislações ambientais da União e do Estado.
Zona Urbana de Interesse Economico (ZE)
Áreas destinadas exclusivamente aos usos comerciais, industriais e de serviços.
PLANEJAMENRO TERRITORIAL E AMBIENTAL
Planejamento- processo de organização previa das atividades futuras com base no conhecimento do passado, para se atingir um objetivo ou meta.
Planejamento Ambiental- Processo de organização do trabalho de uma equipe para consecução de objetivos comuns, de forma que os impactos resultantes que afetam negativamente o ambiente em que vivemos sejam minimizados e que os impactos sejam maximizados.
É uma forma de gestão. É um processo de tarefas para se chegar a um fim com fases características e seqüenciais.
Identificar o objeto do planejamento, criar uma visão sobre o assunto, definir o objetivo do planejamento, determinar uma missão ou compromisso para se atingir o objetivo do planejamento, definir políticas e critérios de trabalho, estabelecer metas e desenvolver um plano de ações necessárias para se atingir as metas e cumprir a missão e objetivos, estabelecer um sistema de monitoramento, controle e analise das ações planejadas, definir um sistema de avaliação sobre os dados controlados, prever a tomada de medidas para prevenção e correção quanto aos desvios que poderão ocorrer em relação ao plano.
ECO-92 Conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, estabeleceu 27 princípios que ligam o meio ambiente e desenvolvimento, criando as principais diretrizes globais para proteção ambiental em relação ao desenvolvimento.
Agenda 21 – É um programa, composto de vários planos representados pelos seus capítulos, para adoção de medidas e ações que venham a auxiliar no desenvolvimento da civilização de forma sustentada em suas dimensões sociais e econômicas. Prevê a conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento, o fortalecimento do papel dos principais grupos envolvidos e os meios para implementação do programa.
A conferencia determina que a Agenda 21 seja implementada em cada país.
Ela é portanto, um programa para o planejamento estatal em cascata, atingindo todos os níveis em relação ao desenvolvimento e preservação ambiental, com o objetivo de melhoria da qualidade de vida e sustentabilidade da civilização como um todo.
Planejamento ambiental
O potencial de desenvolvimento de uma sociedade depende, em grande parte, de sua base ecológica, os seus recursos naturais, enquanto o tipo e grau de desenvolvimento afetam diretamente a base ambiental.
Estrutura organizacional
O planejamento ambiental é organizado em uma estrutura que envolve varias fases: preparação ou inventário, diagnóstico ou analise, proposição, tomada de decisão.
Planejamento ambiental no Brasil
A partir dos anos 1930 com a constituição do Código das águas, do Código florestal e da Lei de Proteção à Fauna.
Em 1981 foi promulgada a Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, que criou o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) e o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA)
Essa Lei formulou diretrizes de avaliação de impactos, planejamento e gerenciamento, de zoneamentos ambientais, usando como unidades de planejamento as bacias hidrográficas e foi a primeira proposta explicita de planejamento ambiental no Brasil, como forma de orientação de ordenamento territorial.
Resolução CONAMA nº1, que criou obrigatoriedade de estudos de impacto ambiental para uma vasta gama de atividades, munindo como conseqüência os órgãos estaduais de meio ambiente (responsáveis pela gestão) de grandes quantidades de dados ambientais.
Na década de 1990, o planejamento ambiental foi incorporado aos planos diretores municipais, possibilitando o aumento ainda maior de informações sobre qualidade de vida, desenvolvimento sustentável, sociedade e meio ambiente.
Instrumentos de Planejamento Ambiental
Zoneamento, Planos diretores urbano-ambientais, Estudos de impacto ambiental, Planos de bacias hidrográficas, Planos de manejo.
Estes instrumentos atuam sobre o meio natural e atividades produtivas.
Zoneamento Ecológico- Econômico (ZEE)
O planejamento ambiental se faz necessário, pois analisa sistematicamente as potencialidades e riscos inerentes à utilização dos recursos naturais para o desenvolvimento da sociedade,
Zoneamento ambiental nada mais é do que o planejamento da ocupação espacial de forma sistemática e ordenada e de acordo com as características e potencialidades do meio.
O ZEE coloca-se como a principal ferramenta de planejamento ambiental no Brasil. É um instrumento de planejamento estratégico direcionado para o ordenamento territorial, que estabelece medidas e padrões de proteção ambiental, destinados a assegurar o uso integrado dos recursos naturais e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população.
O zoneamento ambiental pode ser dividido em Urbano e Rural
Planejamento físico Urbano – É representado pelo plano diretor urbano municipal e pelos planos de parques e jardins.
Planejamento físico Rural- É um plano com a classificação para uso dos solos.
O ZEE do território proporciona benefícios para a sociedade:
- contribui para melhorar a eficácia das políticas publicas de desenvolvimento e de meio ambiente,
-melhora a capacidade de percepção das relações entre os diversos componentes ambientais, bem como as próprias funções ecossistêmicas e seus limites de sustentabilidade,
-melhora a capacidade de prever os impactos ambientais e sociais, decorrentes dos processos de desenvolvimento,
-identifica os sistemas ambientais capazes de prover serviços ambientais, cujo não-uso seja importante recurso para a sustentabilidade, econômica e social,
-aumenta a capacidade de planejar e monitorar as condições de sustentabilidade ambiental
As diretrizes da Política Nacional de Meio Ambiente serão formuladas em normas e planos, destinados a orientar a ação dos Governos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios no que se relaciona com à preservação da qualidade ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico.
O Decreto s/n de 28 de dezembro de 2001, que “dispõe sobre a Comissão Coordenadora do Zoneamento Ecológico-Econômico do Território Nacional, institui o Grupo de Trabalho Permanente para a Execução do Zoneamento Ecológico-Econômico, denominado de Consórcio ZEE-Brasil, e dá outras providencias”.
É de competência da Comissão Coordenadora do ZEE se articular com os estados, compatibilizando seus trabalhos com aqueles executados pelo GovernoFederal.
-os processos de elaboração e implantação do ZEE deverá contar com ampla participação do poder publico e da sociedade civil,
-o crescimento econômico e social deverá ser compatível com a proteção dos recursos naturais,
-cabe ao Poder Público Federal elaborar e executar o ZEE, nacional ou federal, quando o bioma in casu for considerado patrimônio nacional ou quando não deva ser tratado de maneira fragmentada.
-o Poder Público Federal devera reunir e compatibilizar em um único banco de dados as informações geradas em todas as escalas, mesmo as produzidas pelos estados, as quais serão disponibilizadas ao público, ressalvadas as de interesse estratégico para o País e as indispensáveis à segurança nacional.
O ZEE devera prever, a divisão do território em zonas, cuja definição devera levar em conta o diagnostico socioeconômico, dos recursos naturais e a situação jurídico-institucional. Deverá apontar alternativas e tendências e diretrizes gerais e especificas, esta ultima com detalhamento das atividades adequadas a cada zona, respeitadas a fragilidade ecológica, a capacidade de suporte ambiental e as suas potencialidades, ate os planos e projetos, com as respectivas fontes de recursos.
O ZEE compreende duas atividades: uma técnica (que formula um banco de dados e informa sobre o território) e política (que propicia interação entre governo e sociedade civil para estabelecer áreas prioritárias no planejamento)
O ZEE trabalha com a elaboração de diagnósticos e mapas, além da simulação de cenários, baseados:
Nas características do solo, clima, vegetação, relevo, recursos minerais, biodiversidade.
Em aspectos sociais, econômicos, institucionais e culturais, presentes na área escolhida.
São indicadas Áreas de Conservação, apropriadas para uso sustentável e de Proteção integral, Áreas de Expansão, Áreas de Consolidação, bem como Áreas de Recuperação.
O território é dividido em zonas, nas quais são definidas potencialidades econômicas, fragilidades ecológicas e as tendências de ocupação, incluindo as condições de vida da população. Esta avaliação sistêmica dos elementos naturais e socioeconômicos, resulta a elaboração de normas de uso e ocupação da terra e de manejo de recursos naturais sob uma perspectiva conservacionista e de desenvolvimento econômico e social, ou seja, diretrizes para a tomada de decisões e investimentos.
O ZEE lembra muito o Plano Diretor dos municípios, só que em grande escala e mais voltado para os aspectos ambientais.
O maior desafio do ZEE é fazer funcionar um verdadeiro sistema de interesses contraditórios, o uso do conhecimento técnico para planeja a exploração dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável num estado.
O ZEE deve ser o mais importante instrumento de estruturação dos setores florestais, madeireiro, pecuário, de agricultura, mineração, pesca e todos que exploram a natureza. É o mais importante instrumento de organização do território, a ser obrigatoriamente utilizado na implantação de planos, de obras e atividades publicas e privadas. Ele estabelece medidas e padrões de proteção ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental dos recursos hídricos e do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida da população. O ZEE visa a recuperação daquilo que foi degradado na natureza.
O ZEE parte de alguns princípios, como: precaução, valoração dos serviços ambientais e ecossistemas, respeito à diversidade sociocultural, interdisciplinaridade, participação popular e publicidade.
Exemplos de áreas que podem contar em um zoneamento
Áreas de preservação total, áreas para agropecuária, áreas urbanas, áreas para atividades sustentáveis, áreas de pesca, áreas de exploração mineral, áreas de extrativismo, áreas de histórico-culturais, agroindústrias.
Zoneamento agro-ecológico – O que e onde será possível plantar, quais limitações de uso do solo...
Zoneamento Agrícola de Riscos Climáticos- mostra meios para planejar os riscos climáticos, direcionar o crédito e o seguro à produção
Zoneamento costeiro 
Zoneamento Urbano – Zoneamento de acordo com o Plano Diretor
Zoneamento Industrial – Compatibilização das atividades industrial com a proteção ambiental
Zoneamento etno-ecológico – Para populações tradicionais e indígenas.
ZEE da bacia hidrográfica do Parnaíba – Tem como objetivo principal subsidiar a elaboração e espacialização de políticas territoriais de planos, programas e projetos, possibilitando aos tomadores de decisão adotar uma perspectiva convergente com as diretrizes de planejamento estratégico e desenvolvimento sustentável, considerando a realidade físico-biótica e socioeconômica do território.
Zonas de Interesse de Proteção Ambiental – usos futuros restritos a atividades não impactantes e pontuais, a manutenção das características atualmente existentes, o incentivo à recuperação das áreas degradadas ou mal utilizadas.
Zonas de Interesse de Controle Ambiental – conservação e manutenção das características geoambientais atuais, sendo passiveis medidas e ações que não tragam maiores degradações ou que reduzam os impactos existentes.
Zonas de Interesse de Reabilitação Ambiental
Zonas de Interesse de Adequação Ambiental- Manutenção do uso atual, com mudança de postura em relação ao meio ambiente.
Unidades de Conservação
São áreas protegidas por lei, de acordo com sua função e utilidade para o equilíbrio do meio e o bem estar do homem. Não são apenas bens públicos: são bens comuns. Representam uma das melhores estratégias de proteção aos atributos e patrimônios naturais.
De acordo com a possibilidade de interferência humana no meio, são divididas em dois grandes grupos: unidades proteção integral e unidades de uso sustentável.
Unidades de Proteção Integral 
O objetivo é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto de seus recursos naturais, com exceção de casos previstos no Sistema Nacional de Unidade de Conservação.
Unidade de Uso Sustentável
A idéia é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parte dos recursos existentes.
O grupo das unidades de Proteção Integral é composto por: Estações ecológicas, reservas biológicas, parques nacionais, monumentos naturais, refúgios de vida silvestre.
As únicas atividades permitidas nessas áreas são a pesquisa cientifica e a visitação (exceto nas estações ecológicas e reservas biológicas, onde a visitação publica é proibida)
O grupo das Unidades de Uso Sustentável compreende áreas de proteção ambiental, áreas de relevante interesse ecológico, florestas nacionais, florestas estaduais, florestas municipais, reservas de fauna, reservas de desenvolvimento sustentável, reservas particulares do patrimônio natural.
Nessas áreas são permitidas varias atividades.
Segundo o SNUC, nesta categoria de manejo estão também incluídas as Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN. “área privada, com o objetivo de conservar a diversidade biológica”
A efetivação da RPPN estará condicionada a um termo de compromisso assinado perante o órgão ambiental.
Zona de Amortecimento
É o entorno de uma unidade de conservação, 
Corredores ecológicos
São porções de ecossistemas naturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécie e a recolonização de áreas degradadas.
Manejo
É todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da diversidade biológica e dos ecossistemas.
Planos de Manejo
É um projeto dinâmico que determina o zoneamento de uma unidade de conservação, caracterizando cada uma de suas zonas e propondo seu desenvolvimento físico, de acordo com suas finalidades. Estabelece, desta forma, diretrizes básicas para o manejo da Unidade.
O Plano de Manejo parte do conhecimento da realidade socioambiental de uma Unidade de Conservação, visando estabelecer normas que orientem o uso ea ocupação do território, conforme a capacidade de suporte dos sistemas ambientais existentes.
Objetivos: cumprir os objetivos e metas delineados com a criação da UC, orientar a gestão da UC, definir ações específicas para o manejo da UC, elaborar o zoneamento da UC
Exemplos de unidades de manejo em UC
Zona Primitiva, Zona de Uso Extensivo, Zona de Uso intensivo, Zona de Recuperação, zona de Uso Especial.
Os Planos de Recursos Hídricos
Instrumentos de gestão dos Recursos hídricos:
Planos de Recursos Hídricos, enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água, outorga e cobrança dos direitos e pelo uso de recursos hídricos, sistema de informações sobre recursos hídricos.
O Plano Nacional de Recursos Hídricos e os Planos Estaduais são instrumentos estratégicos que estabelecem diretrizes gerais sobre os recursos hídricos no país e nos estados e por esse motivo tem que ser elaborados de forma participativa, para que possam refletir os anseios, necessidades e metas das populações das regiões e bacias hidrográficas.
Comitês de Bacias Hidrográficas
Constituem-se na base do Sistema de Gerenciamento. São promovidos os debates sobre as questões relacionadas à gestão dos recursos hídricos tendo atribuições normativas, consultivas e deliberativas.
Os Comitês são constituídos por representantes dos poderes públicos, dos usuários das águas e das organizações civis com ações desenvolvidas para a recuperação e conservação do meio ambiente e dos recursos hídricos em uma determinada bacia hidrográfica.
Sua criação formal depende de autorização do Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
Competências
-arbitrar os conflitos relacionados aos recursos hídricos naquela bacia hidrográfica
-aprovar o Plano de Recursos Hídricos
-Acompanhar a execução do Plano e sugerir as providências necessárias ao cumprimento de suas metas
-estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados
-definir os investimentos a serem implementados com a aplicação dos recursos da cobrança.
Áreas de Proteção Permanente
Estabelecidas por lei como alternativas mitigadoras dos impactos da ação antrópica, funcionando como reguladores do fluxo de água, sedimentos e nutrientes, formando ecossistemas, estabilizando as margens de rios, lagos e nascentes, atuando na diminuição e filtragem do escoamento superficial e do carregamento de sedimentos para o sistema aquático. São áreas de grande importância ecológica, que tem como função preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas.
Florestas e demais formas de vegetação natural situadas:
Ao longo dos rios ou de qualquer curso d’agua desde o seu nível mais alto em faixa marginal 
Ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios d’agua naturais ou artificiais
Nas nascentes
Nos topos dos morros, montes, montanhas e serras
Nas encostas ou partes destas
Nas restingas
Nas bordas dos tabuleiros ou chapadas
Em altitudes superior a 1800 metros
Zoneamento Agrícola de Riscos Climáticos
Para que haja uma redução dos riscos climáticos para a agricultura e conseqüente diminuição das perdas para aos agricultores, tornou imprescindível identificar, quantificar e mapear as áreas mais fortes ao plantio das culturas de sequeiro, levando-se em conta a oferta climática e, mais especificamente, a distribuição pluviométrica.
É uma ferramenta de analise de risco que considera a variabilidade climática, características de solo e características ecofisiológicas da cultura.
É instrumento direto de transferência de tecnologia, considerando aspectos regionais e contribui para racionalização de credito agrícola, redução de perdas, proteção do solo e do meio ambiente, contribui ainda para o aumento da produtividade.

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