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medicações na parada

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UNIFAVIP:CENTRO UNIVERSITÁRIO VALE DO IPOJUCA.
CARUARU:18 DE ABRIL DE 2017
ACADÊMICO:JOSÉ PEREIRA
INSTRUTORA:DAYANNE CAROLINE.
CURSO:ENFERMAGEM. PERÍODO:7º
1. Cloridrato de Epinefrina (adrenalina): 
 É Recomendada desde de antes de 2015 que a dose de adrenalina (AD) seja administrar 1 mg intravenoso com pequenos intervalos de 3 a 5 minutos, em adultos . Caso essa dose não seja eficaz, doses maiores podem ser consideradas (3 mg a 8 mg). Seu efeito é o aumento da pressão de perfusão coronariana. 
 É a única droga usada na reanimação cardiorrespiratória que é comprovada cientificamente a sua utilidade na manutenção , restauração e na perspectiva da volta da circulação espontânea, além do mais a adrenalina tem o poder de manter o débito cardíaco ao longo do tempo e melhorar o fluxo sanguíneo para o coração e o cérebro, podendo piorar o já baixo fluxo abaixo do diafragma.As ações da epinefrina ocorrem por seu efeito alfa-adrenérgico que aumenta a resistência vascular periférica, a pressão arterial e a perfusão das artérias coronarianas ao mesmo tempo em que reduz o angioedema e a urticária, muitas vezes presentes nos pacientes com anafilaxia. Seu efeito β1-adrenérgico aumenta a frequência cardíaca e a contração cardíaca, enquanto seu efeito β2-adrenérgico promove broncodilatação e inibe a liberação de mediadores inflamatórios.
Mecanismo de Ação
A epinefrina é uma catecolamina endógena que atua estimulando os receptores alfa e beta-adrenérgicos. É o principal fármaco a ser usado em todas as modalidades da parada cardiorrespiratória. Os principais efeitos são: - aumento da resistência vascular sistêmica;
aumento da pressão de perfusão gerada pela compressão torácica externa;
aumento da freqüência cardíaca;
aumento da atividade elétrica miocárdica;
aumento do fluxo sangüíneo cerebral e coronariano;
 aumento da contratilidade miocárdica;
aumento da automaticidade;
 aumento do vigor na fibrilação ventricular, favorecendo a conversão da fibrilação fina (baixa amplitude) em fibrilação grossa (alta amplitude), que é mais sucetível à desfibrilação elétrica.
Indicações 
 Fibrilição ventricular;
 taquicardia ventricular sem pulsação;
 assistolia;
 atividade elétrica sem pulso.
Dosagem
Adulto 
 1,0 mg por via intravenosa (IV) em bolo a cada 3 - 5 minutos
dose intermitente diária: 2-5mg IV em bolo a cada 3-5 minutos
dose escalonada: 1-3-5 mg IV em bolo a cada 3 minutos
dose alta: 0,1 mg/Kg IV em bolo a cada 3-5 minutos
via endotraqueal: diluída com 10 ml de água destilada ou soro fisiológico a 0,9%, a dosagem de epinefrina deverá ser de 2,0 a 2,5 vezes a dose por via endovenosa
infusão contínua IV: 30 mg de epinefrina diluídos em 250 ml de soro glicosado a 5%
agente vasopressor: 1 mg de epinefrina diluído em 250 ml de soro glicosado a 5%, na dose de 1g/minuto.
Criança 
 dose preconizada: 0,01 mg/kg (diluir 1 ml de adrenalina em 10 ml de água destilada ou soro fisiológico a 0,9%) por via IV ou intra-óssea;
dose por via endotraqueal: adrenalina pura na dose 0,1 mg/kg ou 0,1 ml/kg.
Precauções 
 Aumenta o consumo de oxigênio pelo miocárdio;
Inativa quando administrada com soluções alcalinas;
 Quando administrada por via venosa periférica podem ocorrer isquemia e necrose como resultado de extravasamento.
2. Sulfato de Atropina (atropina): 
 Atualmente, não mais se recomenda a administração nas assistolias ou bradicardias da atividade elétrica sem pulso, nesse caso, o médico opta pela adrenalina.
Mecanismo de Ação
A atropina é um fármaco parassimpaticolítico que reduz o tônus vagal pela sua ação vagolítica cardíaca. Os efeitos apresentados são:
acelera a freqüência do nódulo sinusal;
melhora a condução atrioventricular;
pode restaurar o ritmo cardíaco.
Indicações 
 Bradicardia sinusal sintomática;
 bloqueio atrioventricular;
assistolia ventricular;
atividade elétrica sem pulso.
Dosagem
Adulto 
bloqueio atrioventricular/bradicardia sinusal sintomática: 0,5-1,0 mg IV em bolo a cada 3-5 minutos;
Assistolia: 1,0 mg em bolo a cada 3-5 minutos;
 dose total : 3 mg (0,03-0,04 mg/kg);
dose por via endotraqueal: 1 a 2 mg diluídos em 10 ml de água destilada ou soro fisiológico a 0,9%.
Criança 
dose por via IV: 0,02 mg/kg, sendo a dose mínima 0,1 mg e a máxima 0,5 mg na criança e 1,0 mg no adolescente. Pode ser repetida a cada 5 minutos.
Precauções 
 Piora a isquemia miocárdica;
 Irrita o miocárdio
3. Amiodarona: 
 Cardiotônico com efeito comparável ao da dobutamina, já que melhora a função cardíaca e provoca a queda da resistência periférica. Pode ser utilizada alternada com adrenalina e atropina.
Mecanismo de ação:
Atua diretamente sobre o miocárdio bloqueando os canais de potássio. Portanto atrasa a despolarização e aumenta a duração do potencial de ação. Inibe de forma não competitiva os receptores alfa e receptores beta, um potente vasodilatador e bloqueador dos canais de cálcio e bloqueador dos canais de sódio.
Indicações 
 distúrbios graves do ritmo cardíaco, inclusive aqueles resistentes a outros tratamentos; 
 taquicardia ventricular documentada; 
 taquicardia supraventricular documentada; 
alterações do ritmo cardíaco associadas à síndrome de Wolff-Parkinson-White. 
Dosagem
Adulto 
Injeção em bolo lento: em caso de se requerer uma supressão rápida da arritmia, administra-se injeção lenta por via endovenosa na dose de no máximo 5 mg por kg de peso corporal durante um período de 5 minutos, podendo repetir uma 2º injeção na mesma dose após pelo menos 15 minutos (tempo médio transcorrido até que se produza o efeito terapêutico máximo).
Infusão endovenosa intermitente: 5 mg por kg de peso podem ser infundidos em um período de 20 minutos a 2 horas, usualmente em concentrações de 300 mg de amiodarona em 250 mL de solução glicosada a 5%. A dose pode ser repetida 2 a 4 vezes, de modo que em 24 horas sejam administrados de 450 mg a 1.200 mg.
Infusão endovenosa contínua: usualmente concentrações de 300 mg de amiodarona em 250 mL de solução glicosada a 5% podem ser infundidas com ou sem bomba de infusão contínua 10-20 mg/kg/dia (aproximadamente 7-14 mcg/kg/min.).
Criança 
Injeção em bolo lento: em caso de se requerer uma suspensão rápida da arritmia, administra-se injeção lenta por via endovenosa na dose de 3-6 mg por kg de peso corporal durante um período de 5 minuto.
Precauções 
Ter precaução ao associar com outros antiarrítmicos e com digitálicos. Se a redução da freqüência cardíaca cair a menos de 55 pulsações/min, a terapêutica deve ser suspensa até o retorno de 60 pulsações/min. 
Ter precaução com o período de lactação, pois 25% da dose é excretada no leite materno.
4. Lidocaína: 
 É útil na fibrilação ventricular e na taquicardia ventricular sem pulso, uma vez que aumenta o limiar de estimulação ventricular. Pode alterar o sistema nervoso.
Mecanismo de ação
A lidocaína é o fármaco de escolha para a supressão das arritmias associadas ao infarto agudo do miocárdio e cirurgias cardíacas. Atua preferencialmente sobre o miocárdio isquêmico.
Indicações 
Extra-sístoles ventriculares polimórficas, bigeminadas, fenômeno "R sobre T ", mais de 6 por minuto;
Taquicardia ventricular;
Fibrilação ventricular depois da desfibrilação e adrenalina.
Dosagem
Adulto 
fibrilação ventricular, taquicardia ventricular: 1,5 mg/kg em bolo, seguido de 1,5 mg/kg em 3-5 minutos e o total de 3 mg/kg
profilaxia da fibrilação ventricular: 0,5 mg/kg IV em bolo, total de 2mg/kg
 infusão de manutenção: 2 mg a 4 mg/minuto
pode ser administrada por via endotraqueal
 dosagem reduzida: débito cardíaco diminuído, disfunção hepática, pacientes com mais de 70 anos.
Criança 
 a dose utilizada é de 1 mg/kg, que pode ser seguida de infusão contínua de 20 a 50 mcg/kg/minuto.
Precauções 
 Reações tóxicas são manifestadas através de sintomas ligados ao sistema nervoso central, como: alteraçãodo nível de consciência, contrações musculares, dislalia;
superdosagem pode causar tromboflebite no local da infusão, distúrbios neurológicos, como vertigem, visão turva, convulsão, inconsciência e parada respiratória e, também, distúrbios circulatórios como hipotensão, choque, bradicardia, bloqueio atrioventricular.
5. Bicarbonato de Sódio:
 Se a parada não passou de 3 minutos, o bicarbonado deve ser evitado, a menos que exista acidose prévia, pois sua administração excessiva é danosa para o paciente do que o seu não uso, devido ao risco de ocorrência de alcalose.
Mecanismo de ação
 O bicarbonato de sódio é um agente alcalinizante que aumenta o pH sangüíneo e urinário, fazendo com que o potássio sofra desvio intracelular.Nas últímas décadas tem se demonstrado que seu uso pode ser deletério, pois nas fases iniciais da ressuscitação os agentes tampões não devem ser utilizados, já que determinam hiperosmoralidade plasmática, hipernatremia e alterações neurológicas.
Indicações 
 considerar na parada cardíaca depois de instituído o tratamento definitivo: desfibrilação, compressão torácica externa, intubação endotraqueal, hiperventilação, adrenalina e antiarrítmicos;
hiperpotassemia;
acidose metabólica preexistente;
 overdose de barbitúrico;
 ressuscitação prolongada.
Dosagem
Adulto 
1 mEq/kg inicialmente, repetindo a intervalos de 10 minutos.
Criança 
 A dose preconizada é de 1 mg/kg/dose ou 1 ml/kg do bicarbonato de sódio a 8,4% ou 3 ml/kg da solução a 3%. Para os recém-nascidos, recomenda-se a dose de 0,5 mg/kg/dose.
Precauções 
Piora da acidose (formação de CO2 e retenção);
Hiperosmolaridade e hipernatremia;
Alcalose metabólica;
Hipocalemia aguda.
6. Noradrenalina (norepinefrina):
 Potente vasoconstritor, usado no período de recuperação pós-parada. É inativado pelo bicarbonato de sódio (não infundir em conjunto).
Mecanismo de ação:
Suas principais ações no sistema cardiovascular estão relacionadas ao aumento do influxo celular de cálcio e a manter a pressão sanguínea em níveis normais. A saber, vasoconstrição periférica é mediada por receptores alfa adrenérgicos, enquanto a taquicardia é mediada por estimulo de receptores b1 adrenérgicos. 
Utilizada na prática médica como potente agente reversor da hipotensão arterial ( portanto é um hipertensor) em casos de hipotensão grave, como consequência de infecções disseminadas (sepsis). Possui efeito agonista alfa adrenérgico 2 o que antagoniza o receptor alfa 1 adrenérgico, desenvolvendo vasoconstrição e aumento da resistência vascular sistêmica, o que leva a consequente aumento da pressão arterial.
Indicações 
No controle da pressão sanguínea em certos estados hipotensivos agudos (feocromocitomectomia, simpatectomia, poliomielite, infarto do miocárdio, septicemia, transfusão sanguínea e reações a drogas). Como coadjuvante no tratamento da parada cardíaca e hipotensão profunda.. 
Dosagem
Adulto 
Para reações anafiláticas: Por via intramuscular ou subcutânea, inicialmente 0,3 - 0,5 mg (1:1.000) a cada 15 - 20 minutos, se necessário. Como adjuvante de anestesia local: Para uso com anestésicos locais: epinefrina 1:100.000 a 1:200.000 é a concentração usual geralmente empregada. Para uso com anestésico intraespinhal: 0,2 a 0,4 mL da solução 1:1.000. No auxílio cirúrgico como anti-hemorrágico, descongestionante e midriátrico: por via intracameral ou subconjuntiva, de 0,01% a 0,1% (base) em solução de 1: 10.000 a 1: 1000. Como anti-hemorrágico tópico: de 0,002% a 0,1% (base) em solução de 1: 50.000 a 1: 1000
Criança 
 por via subcutânea ou intravenosa 0,001 mg por kg de peso corporal a cada 20 minutos. Para adjuvante de anestésico local, no auxílio da cirurgia como antihemorrágico, descongestionante e midriátrico e como anti-hemorrágico tópico, seguir as doses recomendadas para adultos e adolescentes.
Precauções 
As infusões de NA devem ser administradas preferivelmente através de uma veia central, a PA deve ser monitorizada a cada quinze (15) minutos, principalmente durante o ajuste da dose. A função renal também deve ser monitorizada através de dosagens de ureia, creatinina e volume de diurese. Cuidados com necrose e escaras, no local da injeção intravenosa, devem ser prevenidos, evitando-se o extravasamento da droga. 
A infusão deve ser efetuada em veia de grosso calibre e a localização desta deve ser alterada, no mínimo, a cada doze (12) horas. A droga deve ser evitada em grávidas pelo seu efeito contrátil sobre o útero gravídico. A administração de altas concentrações também pode precipitar hipotensão acentuada, infarto do miocárdio ou hemorragia cerebral. 
O uso da noradrenalina, em altas doses e por tempo prolongado, pode provocar graves lesões renais, cutâneas e mesmo cardíacas devido à vasoconstrição excessiva. No choque cardiogênico, o seu uso é limitado devido ao aumento do VO2 e aumento do trabalho cardíaco, provocado pelo incremento da pós-carga no miocárdio isquêmico
7. Dopamina: 
 É o precursor químico da noradrenalina, com efeito no aumento do débito cardíaco, vasodilatação renal, sem elevar a pressão capilar pulmonar e sem causar vasoconstrição periférica. É uma droga que tem seu uso principal no período pós-parada cardíaca.
Mecanismo de ação:
Estimula os receptores adrenérgicos do sistema nervoso simpático. Também atua sobre os receptores dopaminérgicos nos leitos vasculares renais, mesentéricos, coronarianos e intracerebrais, produzindo vasodilatação. Os efeitos são dependentes da dose.
Em doses baixas (0,5 a 2 mcg/kg/min) atua predominantemente sobre os receptores dopaminérgicos, produzindo vasodilatação mesentérica e renal. A vasodilatação renal dá lugar a um aumento do fluxo sanguíneo renal, da taxa de filtração glomerular, da excreção de sódio e geralmente do volume urinário.
Em dose baixas a moderadas (2 a 10 mcg/kg/min) também exerce um efeito inotrópico positivo no miocárdio devido à ação direta sobre os receptores beta 1 e uma ação indireta mediante a liberação de norepinefrina dos locais de armazenamento. Destas ações resulta um aumento da contratilidade do miocárdio e do volume de ejeção, aumentando então o gasto cardíaco. A pressão arterial sistólica e a pressão do pulso podem aumentar, sem variação ou com um ligeiro aumento da pressão arterial diastólica. A resistência total periférica não se altera. O fluxo sanguíneo coronário e o consumo de oxigênio do miocárdio geralmente se incrementam.
Com doses mais elevadas (10mcg/kg/min) ocorre estímulo dos receptores alfa adrenérgicos, produzindo um aumento da resistência periférica e vasoconstricção renal. As pressões sistólica e diastólica aumentam como resultado do incremento do gasto cardíaco e da resistência periférica.
Indicações 
Alguns tipos de choque acompanhada de oligúria e resistência vascular periférica baixa ou normal.
 Choque cardiogênico e bacteriêmico
hipotensao intensa seguida da remoção da feocromocitoma.
Dosagem
Adulto 
Em infusão IV, de 1 a 5mg/kg/minuto, com intervalos de 10 a 30 minutos, até obter a resposta desejada. Insuficiência cardíaca congestiva refratária: 0,5 a 2mg/kg/minuto. Doença vascular oclusiva: 1mg/kg/minuto. Não foi estabelecida a dosagem para crianças.
Criança 
não existe doses para crianças ! 
Precauções 
Antes de iniciar a terapêutica com dopamina, deve-se corrigir em sua totalidade a hipovolemia, se possível com sangue completo ou com um expansor de volume plasmático. 
Deve ser administrada em uma veia central para evitar o extravasamento, que pode originar necrose e escarificação dos tecidos circundantes. A interrupção repentina da terapêutica pode originar a hipotensão grave e a dose deve ser reduzida gradualmente
8. Dobutamina: 
 Melhora a contração cardíaca com indicação no período pós-parada cardíaca. Produz vasoconstrição arterial sistêmica mínima nas doses usuais - 2,5 mg a 10 mg/kg/minuto.
Mecanismo de ação:
A dobutamina é um agente inotrópicode ação direta, cuja ativade primária é a estimulação dos receptores beta cardíacos, que produz comparativamente menores efeitos cronotrópicos, hipertensivos, arritmogênicos e vasodilatadores. 
A dobutamina não ocasiona a liberação de norepinefrina e dopamina endógena. Em pacientes com depressão da função cardíaca, tanto a dobutamina como a isoprenalina aumentaram o gasto cardíaco em magnitude similar. No caso da dobutamina, este aumento não é acompanhado de aumento da freqüência. Foi observado, também, em estudos eletrofisiológicos de pacientes com fibrilação auricular, uma facilidade da condução auriculoventricular. 
O início da ação da solução injetada de dobutamina é verificada em 1 a 2 minutos; 
 Na urina humana, os principais produtos de excreção são os conjugados da dobutamina e a 3-O-metil dobutamina. Este último metabólito é inativo.As alterações nas concentrações de catecolaminas na sinapse, produzidas pela reserpina e antidepressivos tricíclicos, não alteram as ações da dobutamina em animais, o que indicaria que essas ações são independentes dos mecanismos pré-sinápticos.
Indicações:
A dobutamina é indicada quando se necessita de terapêutica parenteral para o suporte inotrópico no tratamento de curto prazo de pacientes adultos com descompensação cardíaca devida à diminuição da contratilidade resultante tanto da doença cardíaca orgânica como de procedimentos cirúrgicos cardíacos.
Dosagem
Adulto 
A infusão de Dobutamina deve ser iniciada com a dose mais baixa (2,5mcg/Kg/min) e titulada a intervalos de alguns minutos, guiada pela resposta do paciente. As doses geralmente se situam entre 2,5 a 10mcg/Kg/min na maioria dos pacientes. 
Frequentemente doses até 20mcg/Kg/min são necessárias para melhora adequada da hemodinâmica. Em raras ocasiões doses de até 40mcg/Kg/min foram reportadas. 
Criança 
Doses geralmente de 5 a 20mcg/Kg/min, mas considerando as particularidades da resposta clínica.
Precauções 
Durante a administração de dobutamina, como com qualquer agente adrenérgico, a ECG e a pressão arterial devem ser continuamente monitoradas
9. Nitroprussiato de Sódio: 
 Vasodilatador periférico, geralmente usado no período pós-parada, em associação com a dopamina ou dobutamina. Pode causar hipotensão. A solução é inativada pela luz e a infusão é feita por micro gotas.
Mecanismo de ação:
Vasodilatador de ação musculotrópica direta, diferenciando-se de seus congêneres hidralazina e minoxidil por apresentar potente efeito sobre o sistema arterial, sem efeito sobre o músculo liso uterino e duodenal ou a contratilidade do miocárdio.
 É administrado exclusivamente por via intravenosa nas emergências hipertensivas graves em pacientes hospitalizados, já que, ao provocar vasodiltação arteriolar (vasos de resistência) e venular (vasos de capacitância) diminui a resistência vascular periférica, reduzindo, desta forma, o retorno venoso ao coração com conseqüente redução de pré-carga ventricular.
Seu metabolismo consiste na passagem do nitroprussiato a cianeto nos eritrócitos e de cianeto a tiocianato no fígado. Os metabólitos não apresentam atividade vasodilatadora. O cianeto pode ser incorporado à cobalamina. A meia-vida do tiocianato é de 7 dias, com função renal normal; mas é maior em pacientes com disfunção renal ou hiponatremia. 
A meia-vida do nitroprussiato é de alguns minutos. 
O início do efeito é quase imediato e dura de 1 a 10 minutos depois de terminada a infusão. O acúmulo de tiocianato em concentração superior a 10mg/l pode provocar efeitos tóxicos graves e psicose aguda, especialmente em indivíduos com disfunção renal. O metabólito final (tiocianato) é excretado de forma lenta, pois sua meia-vida é de 8 dias, ocasionando o aparecimento de toxicidade tardia, apesar da fugacidade do efeito do nitroprussiato
Indicações 
Hipertensão arterial refratária. 
Crise hipertensiva grave.
 Emergências hipertensivas.
 Hipotensão controlada durante a cirurgia, para reduzir a hemorragia no campo cirúrgico.
Dosagem
O nitroprussiato de sódio é utilizado em infusão endovenosa, contínua e, exclusivamente, em doses que variam de 1 a 5 mg/kg/min. As doses necessárias para se obter uma resposta adequada devem ser tituladas e são variáveis, dependentes da idade do paciente e do grau de hipotensão desejado. 
A duração da terapêutica não deve exceder três (3) a quatro (4) dias. Dispõe-se, para utilização, de ampolas com 50 mg da droga, normalmente diluídas em 2 ml de solvente e adicionadas a 250 ml de SG 5%, com concentração final de 200 mg/ml. Como existe uma sensibilidade da substância à luz, apenas soluções recentes (no máximo seis (6) horas após o preparo) devem ser utilizadas, e o frasco, assim como o equipo, devem ser envoltos com material opaco.
Precauções 
Deve ser administrada somente por infusão IV e em dose não superior a 10mg/kg/minuto. Tomar precaução para evitar o extravasamento, pois poderá causar irritação. 
A acidose metabólica pode ser sinal prematuro de toxicidade. Os idosos podem ser mais sensíveis aos efeitos hipotensores deste fármaco. 
Em tratamentos prolongados (mais de 3 dias), é conveniente a determinação do nível de tiocianato no sangue, que não deve ultrapassar 100mg/ml.
10. Gluconato de Cálcio: 
 Estudos recentes demonstraram que não existe efeito benéfico com o uso do cálcio em pacientes com parada cardíaca. Sua indicação atual se restringe a alguns casos de dissociação eletromecânica (quando todos os recursos terapêuticos foram esgotados); hiperpotassemia e intoxicação por bloqueadores de canais de cálcio. Os sais de cálcio não devem ser administrados em associação ao bicarbonato de sódio, pois precipitam.
Mecanismo de ação
 Os íons de cálcio aumentam a força de contração miocárdica e a formação do impulso elétrico no coração. 
O Consenso Nacional de Ressuscitação Cardiorrespiratória refere que não existem benefícios comprovados no emprego do cálcio na ressuscitação, podendo mesmo ser deletério (lesão cerebral pós-anóxica).
Indicações 
 hipercalemia;
hipocalcemia;
 toxicidade por bloqueadores do canal de cálcio.
Dosagem
Adulto 
5 a 8 ml de gluconato de cálcio.
Criança 
 5 a 7 mg/kg (0,5 a 0,75 ml/kg de gluconato de cálcio).
Precauções 
Administração rápida pode causar hipotensão;
 Não deve ser administrado junto com bicarbonato de sódio

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