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UNIFAVIP – DeVry Brasil SAE ao cliente portador de gastrite e úlcera péptica Junior pereira enfermagem Recordando... Enfermagem Médico-Cirúrgica Período peroperatório: período que envolve a experiência cirúrgica; inclui as fases pré-operatória, intraoperatória e pós-operatória do cuidado de enfermagem; Período pré-operatório: período que começa quando se toma a decisão de realizar a intervenção cirúrgica e termina quando o cliente é transferido para a sala de operação; Período intraoperatório: período que se inicia com a transferência do cliente para a sala de operação e continua até que o cliente seja admitido na unidade de recuperação anestésica; Período pós-operatório: período que começa com a admissão do cliente na unidade de recuperação anestésica e termina após a avaliação de acompanhamento na clínica ou em casa. Fisiologia gástrica Órgão sacular com volume de 1200-1500mL. Pode se expandir até 4 L. Inervação Vagal. 5 regiões anatômicas importantes: Cárdia, Fundo, Corpo, Antro e Piloro. Digestão das proteínas - enzima pepsina. Histologia Mucosa Submucosa Muscular Serosa Apresentam pregas (rugas) irregulares. Mucosa possui inúmeras glândulas = Criptas Gástricas – secretoras de Mucina (proteína que reveste o epitélio gástrico). Gastrite Inflamação do estômago onde a membrana gástrica torna-se edemaciada, hiperemiada e erosão superficial. Acomete igualmente homens e mulheres e é mais frequente em indivíduos idosos. A gastrite pode ser aguda, crônica (atrófica). Classificação Gastrite aguda: duração de várias horas a alguns dias, frequentemente é causada por imprudência alimentar: Alimentos irritantes excessivamente temperados ou de alimento contaminados; Uso de medicamentos AINE´s (ex. AAS – inibe a secreção de muco); Excesso de álcool, radioterapia; Refluxo biliar; Ingestão de ácidos – gangrena/perfuração da mucosa. Estresse intenso (traumas, cirurgias, queimaduras, ou até por fator emocional). Classificação Gastrite crônica: inflamação prolongada do estômago que pode ser causada por úlceras benignas ou malignas ou pela bactéria Helicobacter pylori; A gastrite crônica causada por H. pylori está associada ao desenvolvimento de úlceras pépticas, câncer gástrico e linfoma de tecido linfoide associado à mucosa (MALT – baixo grau de malignidade). Pode estar associado com doenças auto-imunes (anemia perniciosa – def. de vit. B12). Gastrite crônica atrófica - situação em que os anticorpos atacam o revestimento mucoso do estômago com diminuição das células da mucosa do estômago. Existe considerável redução na produção do ácido gástrico, que é importante para a "esterilização" do que ingerimos e para a digestão dos alimentos. Está relacionada com o aumento da incidência de câncer de estômago. Fisiopatologia da gastrite e úlcera Em resposta à ingestão de alimentos ocorre estimulação das células parietais (oxínticas) do fundo do estômago a secretarem ácido clorídrico e fator intrínseco (absorção de vit B12 no íleo). As células principais do estômago secretam pepsinogênio, que se converte em pepsina (enzima) na presença do ácido clorídrico. A pepsina atua na divisão do alimento, enquanto que as células duodenais do epitélio gástrico secretam muco para proteger a camada interna. Por algum motivo, a mucosa gastroduodenal não pode resistir à ação digestiva do ácido gástrico e da pepsina - erosão. Mucosa lesada Manifestações clínicas Gastrite aguda Pode exibir início rápido dos sintomas; Desconforto abdominal, náuseas, anorexia, vômitos e soluços, que podem persistir por poucas horas a alguns dias; Gastrite erosiva que, possivelmente, provoca sangramento manifestado por fezes pastosas de cor escura e odor fétido (melena) ou fezes sanguinolentas de coloração vermelho vivo (hematoquezia). Manifestações clínicas Gastrite crônica Pode ser assintomática; Queixas de anorexia, pirose após a alimentação, sabor amargo na boca ou náuseas e vômitos; Desconforto epigástrico discreto, intolerância a alimentos condimentados ou gordurosos, ou dor que é aliviada pelo consumo de alimento; O cliente pode não ser capaz de absorver a vitamina B12 podendo levar à anemia perniciosa. Úlcera péptica Escavação que se forma na parede mucosa do estômago, piloro, duodeno ou esôfago e tende a ser encontrada mais no duodeno que no estômago. Idosos acima de 65 anos. Úlcera péptica Frequentemente é designada como úlcera gástrica, duodenal ou esofágica (refluxo HCL), dependendo de sua localização. A ruptura pode gerar uma comunicação anormal entre o TGI e a cavidade peritoneal Emergência médica potencialmente mortal. Fatores predisponente Desequilíbrio entre os fatores protetores e agressores da mucosa gástrica / duodenal: muco, secreção de bicarbonato, descamação constante da mucosa gástrica. Uso de AINEs; História familiar; Presença do H. pylori; Fatores predisponentes Síndrome de Zollinger-Ellison: níveis aumentados do hormônio gastrina, fazendo com que o estômago produza ácido clorídrico em excesso - múltiplas ulcerações pépticas. Álcool e tabagismo em excesso; Classificação As úlceras gástricas são subdivididas em três tipos: - Tipo I: responde por mais da metade dos casos (57%) de úlceras gástricas, aparecem na pequena curvatura do estômago e não estão relacionadas ao excesso de acidez gástrica e merece mais atenção. - Tipo II: é encontrada no mesmo local, mas aparece concomitantemente a uma úlcera duodenal em atividade ou cicatrizada. - Tipo III: úlceras que se desenvolvem a até 2 cm do piloro. Úlcera péptica Manifestações clínicas Podem durar alguns dias, semanas ou meses. Muitos clientes apresentam úlceras assintomáticas; Dor difusa e sensação de queimação na região mesoepigástrica ou nas costas são características; Dor das úlceras gástricas - imediatamente após uma refeição, enquanto a dor associada às úlceras duodenais ocorre mais comumente em 2 a 3 h após as refeições; A dor que não é aliviada pela alimentação ou pela ingestão de um antiácido é característica das úlceras duodenais; Manifestações Clínicas Dor durante a noite; Pirose, vômitos (que podem aliviar a dor intensa e a distensão), constipação intestinal ou diarreia e sangramento (hematêmese ou melena) resultantes da dieta e dos medicamentos; Avaliação e achados diagnósticos da gastrite e úlcera péptica Exame físico (hipersensibilidade epigástrica, distensão abdominal); Hemograma - perda de sangue (anemia); Endoscopia alta (biopsia das lesões suspeitas para exame histológico e teste para H. pylori - anticorpos dirigidos contra o antígeno de H. pylori; Exames complementares: análise de amostras de fezes para sangue oculto; exames de secreção gástrica; Tratamento O tratamento é relacionado ao agente causador; Medicamentos que erradiquem a presença do H.Pylori; Controle das secreções gástricas; Dieta leve e/ou pastosa e equilibrada; Casos especiais podem requerer a analgesia, reposição eletrolítica e/ou reposição sanguínea; Repouso e redução do stress; Desestimular o tabagismo; Intervenção cirúrgica – úlceras pépticas. Tratamento Antagonistas H2 - inibem a secreção ácida por bloqueio competitivo da interação de histamina com receptores H2 da célula parietal gástrica. Cimetidina, Nizatidina, Ranitidina, Famotidina. Inibidores da Bomba de Prótons (H+) - Reduzem a produção diária de ácido. Omeprazol, Pantoprazol, Lansoprazol Antiácidos - Hidróxido de Magnésio, Gel de Hidróxido de Alumínio, Bicarbonato de Sódio. Fármacos que protegem a mucosa - Quelato de Bismuto, Sucralfato, Misoprostol. Fármacos para o tratamento da Infecção por Helicobacter pylori - Omeprazol + Amoxicilina (Tetraciclina) + Metronidazol (antimicrobiano). Prevenção Evitar o uso de medicações irritativas como os anti-inflamatórios e aspirina; Evitar o abuso de bebidas alcoólicas e do fumo; A melhoria das condições sanitárias, do tratamento da água de consumo doméstico, da higiene pessoal (lavar as mãos antes de tocar alimentos), dos cuidados no preparo e na conservação dos alimentos. SAE – Levantamento de dados Avaliação inicial: Hábitos alimentares; Etilismo e tabagismo; Dor em região epigástrica, pirose; Perguntar sobre inicio, duração, localização, frequência e intensidade da dor; Se o cliente vomitou, determinar com que frequência o vômito ocorre; Examinar as fezes para sangue oculto; Obter história familiar de doença ulcerosa. SAE - Diagnósticos Dor aguda relacionada com efeito da secreção de ácido gástrico sobre o tecido lesionado; Náusea Relacionada à dor, distensão gástrica e/ou da cápsula do fígado, evidenciada por aversão à comida, gosto amargo na boca, salivação aumentada, relato de náusea; Nutrição desequilibrada menor do que as necessidades corporais relacionada com mudanças na dieta. SAE - Intervenções Administrar o tratamento cpm e atentar para a sua eficácia e possíveis reações; Proporcionar alívio da dor com medidas farmacológicas e não farmacológicas (auxiliar na realização das AVD); Tranquilizar o paciente, explicando sobre o tratamento e efeitos para diminuir quadro de ansiedade; Fornecer pequenas refeições com frequência, para evitar a distensão gástrica; SAE - Intervenções Desencorajar o consumo de bebidas cafeinadas (aumento da atividade gástrica e a secreção de pepsina), de bebidas alcoólicas e fumo de cigarros (a nicotina inibe a neutralização do ácido gástrico no duodeno); Estar atento a sinais de hemorragia gástrica (hematêmese, taquicardia, hipotensão arterial) e, caso existam, notifique o médico imediatamente; Dieta equilibrada livre de irritantes gástricos ou pastosa.
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