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2017322 92022 Poder+legislativo

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Poder legislativo
Profª Mestre Liége Alendes
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Estrutura do Poder Legislativo Federal – Congresso Nacional
O Poder Legislativo é o primeiro dos poderes do Estado, tendo destaque a sua configuração federal. É bicameral, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal (art. 44 CF).
No parágrafo único do art. 44 a CF refere o período de duração da legislatura, dizendo que esta será de 4 anos. 
O congresso nacional terá atribuições que lhes são garantidas pelo art. 48 da CF. Estas matérias dependerão de sanção presidencial para se aperfeiçoarem. 
O art. 49 trata da competência exclusiva do Congresso Nacional, sendo dispensada a manifestação do Presidente da República através de sanção ou veto. 
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No bicameralismo brasileiro não há predominância substancial de uma câmara sobre a outra. Formalmente, contudo, a Câmara dos Deputados goza de certa primazia relativamente à iniciativa legislativa, pois é perante ela que o Presidente da República, o STF, o STJ e os cidadãos promovem a iniciativa do processo de elaboração das leis. Também é a Câmara dos Deputados que autoriza, por 2/3 de seus membros, a instauração do processo contra o Presidente da República, Vice-presidente, e ministros de Estado. As atribuições do Congresso Nacional se distribuem em cinco grupos:
 atividades legislativas – desenvolvidas com base nos processos legislativos, criam leis sobre matérias de competência da união;
atividades deliberativas – desenvolvidas via decreto legislativo ou resoluções, nos termos de sua competência exclusiva e de seu regimento interno, colimam praticar atos concretos, resoluções referendarias, autorizações, aprovações, sustações etc;
 atividades fiscalizatórias – exteriorizam-se mediante pedidos de informações, comissões parlamentares de inquérito, julgamento de contas, controle de atos do executivo e tomada de contas;
atividades de julgamento e controle da moralidade – tem em vista o julgamento de autoridades por crimes de responsabilidade;
 atividades constituintes de segundo grau – objetivam expedir emendas à constituição, através do processo solene para empreender mudanças formais. 
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 A Constituição da República estabelece (art. 57) que o Congresso Nacional reunir-se-á na capital federal de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Esse período é chamado de sessão legislativa (cada sessão legislativa, portanto, tem dois períodos legislativos), onde os parlamentares se reúnem ordinariamente. 
Fora desse período temos o recesso parlamentar e, havendo necessidade, os parlamentares são convocados extraordinariamente (art. 57 caput). A redução do recesso parlamentar adveio com a emenda constitucional n° 50/2006, que reduziu o período de 90 para 55 dias. Dessa forma, como já vimos o que é legislatura, podemos concluir que cada legislatura é composta por 4 sessões legislativas ordinárias.
A convocação extraordinária será feita de acordo com o art. 57 § 6º.
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A sessão legislativa preparatória ocorre no início de cada legislatura (período de 4 anos), com o objetivo de organizar o Congresso Nacional e as suas casas. Cada uma delas reunir-se-á em sessão preparatória a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas mesas, para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente (art. 57 CF). É possível a recondução para membro da mesa, desde que seja para outro cargo, diverso do que o parlamentar ocupava.
Também ocorrem no CN as sessões conjuntas – art. 57, § 3º, onde as duas casas legislativas federais (CD e SF) se reúnem conjuntamente para deliberar sobre matéria de sua competência. A reunião ocorre no plenário da CD, por ser maior (ver regimento interno do CN). Finalmente, temos as sessões legislativas solenes, onde se comemoram datas ou feitos históricos, se reverência a memória de homens ilustres ou personalidades nacionais ou estrangeiras.
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Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. Sua composição conta com 513 Deputados Federais. O número mínimo de Deputados Federais por Estado é de 8 e o número máximo de 70 (Estado mais populoso). Os territórios federais, quando vierem a ser criados, serão representados por 4 Deputados Federais. A competência privativa da Câmara dos Deputados vem elencada no art. 51 da CF. Trata-se na realidade de competência exclusiva e não privativa, porque a Câmara as exerce sem qualquer interferência ou participação indireta de qualquer outro segmento, sendo também indelegáveis, porque só os Deputados Federais, e mais ninguém, podem desempenhá-las. Não dependem de sanção presidencial.
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Os requisitos para a candidatura à Deputado Federal são: 
a – ser brasileiro nato ou naturalizado (art. 14 §3º, I) a exigência de ser brasileiro nato é apenas para ocupar o cargo de Presidente da casa (art. 12, §3º, II).
b – ser maior de 21 anos (art. 14, §3º, VI, “c”);
c – pleno exercício dos direitos políticos (art. 14, §3º, II)
d – alistamento eleitoral (art. 14, §3º, III)
e – domicílio eleitoral na circunscrição (art. 14, §3º, IV)
f – filiação partidária (art. 14, §3º, V)
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Para não esquecer:
Maioria simples: baseia-se no número de parlamentares presentes no ato da votação.
Maioria qualificada: é obtida em decorrência da totalidade dos parlamentares (membros). Pode ser qualificada de 1/3, 2/3, 3/5.
Maioria absoluta: é o primeiro número inteiro superior a metade e leva em conta o número total de integrantes de cada casa legislativa (cuidado, maioria absoluta é 50% + 1 e não 51%. Exemplo: na CD temos 513 Deputados Federais, a maioria absoluta é 257 DF). 
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Senado Federal
O Senado Federal é composto por representantes dos Estados e do Distrito Federal. Os Senadores são eleitos pelo povo segundo o princípio majoritário, ou seja, não se trata mais de estabelecer um número proporcional à população, mas sim eleger ao Senado aquele candidato que obtiver nas urnas o maior número de votos. O número de senadores é fixo, sendo que cada Estado será representado por 3 Senadores, e cada um deles é eleito com dois suplentes. Sua função é representar os Estados membros (na teoria), na prática é uma segunda câmara (que representa a população).
O mandato de Senador é de oito anos, portanto, duas legislaturas. A renovação do Senado se dá de quatro em quatro anos, na proporção de 1/3 e 2/3, ou seja, em uma eleição é disputada uma vaga ao Senado e na próxima, duas e assim sucessivamente (art. 46 §§ 1º e 2º). A competência privativa (exclusiva) do Senado Federal está definida no art. 52 da CF. 
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Para ser candidato a Senador, faz-se necessário o preenchimento de alguns requisitos, como:
a – ser brasileiro nato ou naturalizado (art. 14 §3º, I) a exigência de ser brasileiro nato é apenas para ocupar o cargo de Presidente da casa (art. 12, §3º, II).
b – ser maior de 35 anos (art. 14, §3º, VI, “a”);
c – pleno exercício dos direitos políticos (art. 14, §3º, II)
d – alistamento eleitoral (art. 14, §3º, III)
e – domicílio eleitoral na circunscrição (art. 14, §3º, IV)
f – filiação partidária (art. 14, §3º, V)
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REUNIÃO – o período anual de trabalho no Congresso Nacional denomina-se, conforme já estudado, de sessão legislativa, que se divide em dois períodos. O período não incluído nesses dias denomina-se recesso parlamentar e consiste no lapso temporal em que os parlamentares devem ficar em suas bases para ter contato com o povo que o elegeu. O termo legislatura significa o tempo de mandato dos deputados, que é de quatro anos. 
Os deputados e senadores tomam posse em 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição e apenas entram em exercício efetivo no dia 02 de fevereiro, contudo, a partir do dia 1º de fevereiro começam eles a se reunir em sessão preparatória para definir a composição das mesas diretoras, tanto do Senado quanto da Câmara. 
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A mesa diretora é o órgão que
comanda todos os trabalhos do Congresso e das duas casas legislativas. Sua função é bastante ampla. Ela tem a prerrogativa de organizar a pauta de votação, gerir o orçamento do Poder Legislativo, administrar o seu corpo de funcionários e etc. A mesa diretora não tem função legislativa, sua esfera de abrangência se concentra nos assuntos administrativos. 
A mesa diretora do CN, que comanda os trabalhos nas sessões conjuntas, que são aquelas em que os Senadores e os Deputados se reúnem para demandar especificamente sobre o determinado no § 3º do art. 57 da CF e no art. 1º do Regimento do Congresso Nacional, é formada pela junção das mesas da Câmara e do Senado, cabendo a sua direção ao presidente da mesa do Senado (art. 57 § 5º da CF – a mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal).
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O STF já firmou entendimento de que as Mesas do Congresso Nacional, do Senado Federal e da Câmara dos Deputados são distintas e, nos casos de ausência eventual ou afastamento por licença do Presidente do Senado Federal, quem assume a Presidência da Mesa do Congresso Nacional não será o Senador Vice-Presidente do Senado, porque o Presidente interino do Senado não é integrante da Mesa do Congresso Nacional, devendo a substituição ser feita pelos membros desta. No caso, quem assume a Presidência do Congresso é o primeiro Vice-Presidente da Câmara dos Deputados que é o Vice-Presidente da Mesa do Congresso Nacional, cabendo a ele convocar e presidir a sessão conjunta. Os membros das Mesas são eleitos para um mandato de dois anos, sendo vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente. Para a eleição dos membros das Mesas do SF e da CD, os interessados deverão apresentar candidatura, sendo que serão eleitos por seus pares.
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A Mesa do Congresso Nacional terá a seguinte formação:
CARGO
OCUPANTE
FUNÇÃO DESEMPENHADA
Presidente
Presidente doSenado Federal
Determina os projetos que serão votados em plenário, responde às indagações dos parlamentares, chamadas de questões de ordem, indica os membros do legislativo que participarão de viagens oficiais, etc.
1º Vice- Presidente
Membro daCâmara dos Deputadosno mesmo cargo
Substitui o presidente e encaminha os pedidos de informações requisitados pelos parlamentares às autoridades É o segundo cargo mais importante da Mesa. Cuida de toda parte administrativa.
2º Vice-Presidente
Membro doSenado Federalno mesmo cargo
Exerce as funções de corregedor da Câmara e do Senado, fiscalizando a conduta dos Senadores e Deputados, sendo também responsável pelo reembolso das despesas médico-hospitalares.
1º Secretário
Membro daCâmara dos Deputadosno mesmo cargo
Função definida no regulamento interno.
2º Secretário
Membro doSenado Federalno mesmo cargo
Função definida no regulamento interno.
3º Secretário
Membro daCâmara dos Deputadosno mesmo cargo
Função definida no regulamento interno.
4º Secretário
Membro doSenado Federalno mesmo cargo
Função definida no regulamento interno.
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Comissões parlamentares 
o art. 58 da CF refere que o Congresso Nacional e suas casas terão comissões PERMANENTES e TEMPORÁRIAS constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. Dessa forma, percebe-se que existem comissões do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
 As comissões são subdivididas em:
1 – comissões temáticas ou em razão da matéria;
2 – comissão especial ou temporária;
3 – comissão parlamentar de inquérito;
4 – comissões mistas e
5 – comissão representativa. 
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As comissões são constituídas em cada casa. Possuem número restrito de membros, encarregados de estudar e examinar as proposições legislativas e apresentar pareceres. Podem ser do SF ou da CD ou ainda mistas
Comissões parlamentares permanentes: cabe o exame dos projetos de lei concernentes à matéria de sua competência, sendo preferencialmente formadas no início da legislatura ordinária. Ex: Comissão de Constituição e Justiça, de Finanças, etc. Subsistem através das legislaturas e são organizadas em função da matéria, geralmente coincidente com o campo funcional dos Ministérios. Suas atribuições estão consubstanciadas no art. 58 § 2º e incisos da CF. 
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As comissões especiais ou temporárias: são criadas para apreciar uma matéria específica, extinguindo-se com o término da legislatura ou cumprida a finalidade para a qual foi criada. 
Comissões mistas: são aquelas constituídas por Deputados e Senadores e se destinam a estudar assuntos expressamente fixados, especialmente aqueles que devem ser decididos pelo Congresso Nacional. Essas comissões podem ser permanentes ou temporárias. A constituição, no art. 116, §1º, traz um exemplo de comissão mista permanente, que dá a incumbência ao CN de examinar e emitir parecer sobre os projetos de plano plurianual, de lei de diretrizes orçamentárias, e etc. 
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Comissão parlamentar de inquérito servem para a fiscalização e controle da administração. As regras sobre as CPIs estão disciplinadas no art. 58, §3º - da CF, na Lei 1579/52, na Lei 10.001/00, na LC 105/01 e nos Regimentos Internos das casas. 
A CD e o SF, em conjunto ou separadamente, poderão criar tantas comissões parlamentares de inquérito quantas julgarem necessárias. 
É a competência investigativa do Parlamento, relacionada a fatos de sua competência. As CPIs tem poderes investigativos típicos das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das casas. A criação da CPIs se dará mediante requerimento de 1/3 dos membros do SF e da CD, em conjunto ou separadamente. Assim, para ser criada, a CPI deve contar com o requerimento de, no mínimo, 171 Deputados (1/3 de 513) e 27 Senadores (1/3 de 81).
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O objeto da CPI será a apuração de fato determinado. Os poderes da CPI são amplos, pois são necessários e úteis para o cabal desempenho de suas atribuições, contudo não são ilimitados. Toda a autoridade, seja ela qual for, está sujeita as determinações constitucionais. Assim, a comissão parlamentar de inquérito encontra na jurisdição do Congresso Nacional seus limites. 
A CPI é criada com prazo certo de funcionamento, podendo a mesma ser prorrogada por requerimento dos interessados sucessivas vezes, respeitando o prazo fatal que é o término da legislatura. 
As conclusões das CPIs não podem impor penalidades ou condenações. Dessa feita, suas conclusões serão encaminhadas ao Ministério Público e este órgão será o responsável para, existindo elementos, promover a responsabilização civil ou/e criminal dos infratores. 
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Importante frisar que a CPI não julga, possuindo apenas poderes instrutórios que lhes foram conferidos à semelhança dos juízes de instrução. Podem determinar as diligências que reputarem necessárias e requerer a convocação de ministros de Estado, tomar o depoimento de quaisquer autoridades federais, estaduais ou municipais, ouvir os indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso, requisitar de repartições públicas e autárquicas informações e documentos e transportar-se aos lugares onde se fizer mister sua presença. 
Toda deliberação da CPI deve ser motivada, sob pena de padecer do vício da ineficácia e nulidade, pois nenhuma medida restritiva de direitos pode ser adotada pelo Poder Público sem que o ato que a decreta seja adequadamente fundamentado pela autoridade estatal. 
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Há de ser respeitada a reserva de jurisdição, que importa em submeter à esfera única de decisão dos magistrados a prática de determinados atos que, por determinação constitucional, somente pode emanar da autoridade judiciária. Assim, é vedada à CPI a busca domiciliar, determinar interceptações telefônicas (escuta) e ordem de prisão, salvo em caso de flagrante delito, como no crime de falso testemunho, decretar a indisponibilidade dos bens do investigado.
A CPI pode, por meio de decisão fundamentada
e motivada, determinar a quebra do sigilo fiscal, bancário e de dados (decisão do STF), desde que respeitadas todas as formalidades legais. Os dados que a CPI terá acesso incluem os telefônicos, mas não tem poderes para efetuar interceptações telefônicas, que são restritas aos juízes. Os advogados de defesa dos indiciados exercerão a defesa técnica.
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Após a conclusão dos trabalhos da CPI o Presidente do Senado, da Câmara ou do Congresso Nacional (no caso de CPMI – Comissão parlamentar mista de inquérito), conforme o caso, remeterá o relatório e a resolução que a aprovar aos chefes do MP da União ou dos Estados, ou ainda às autoridades administrativas ou judiciais com poder de decisão, conforme o caso, para a prática de atos de sua competência, na medida que a CPI só investiga, não julga e nem aplica qualquer tipo de penalidade. 
A autoridade que tiver recebido a resolução que aprovou o relatório da CPI, informará ao remetente, no prazo de 30 dias, as providências adotadas ou a justificativa pela omissão, sendo que a autoridade que presidir o processo judicial ou procedimento administrativo, comunicará semestralmente a fase em que se encontra, até a sua conclusão. 
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Por fim, cumpre referir que é competência originária do STF processar e julgar Mandado de segurança e habeas corpus impetrados contra CPIs constituídas no âmbito do Congresso Nacional ou de quaisquer de suas casas. 
O HC será o remédio adequado para impugnar a decisão que decreta a quebra do sigilo bancário, haja vista que as consequências podem restringir a liberdade de locomoção.
O STF já se posicionou no sentido de que a CPI não pode decretar a prisão preventiva de ninguém. 
Cabe referir que, na Câmara dos Deputados, só podem ser criadas até 5 CPIs por vez (simultaneamente). As duas casas podem instaurar CPIs distintas para apurar casos idênticos. 
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Comissão representativa: constitui-se somente durante o recesso parlamentar. A representatividade será do Congresso Nacional, sendo a comissão eleita pela Câmara dos Deputados e Senado Federal na última sessão legislativa ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, sendo que sua representação deverá refletir, na medida do possível, a proporcionalidade da representação popular (art. 57 § 4º).
A redação do §4º do artigo 57 é meio truncada, mas devemos entendê-lo lembrando que temos uma sessão legislativa por ano, que vai de 02 de fevereiro à 17 de julho e de 1º de agosto à 22 de dezembro, ou seja, cada sessão legislativa tem dois períodos, um no primeiro semestre e outro no segundo. Assim, será eleita uma comissão representativa para o primeiro recesso do ano, que acontece de 18 de julho a 31 de julho, e outra para o segundo recesso, que vai de 23 de dezembro à 01 de fevereiro do ano seguinte. 
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Comissões permanentes da CD:
 Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural - CAPADR
Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática - CCTCI
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania - CCJC
Comissão de Cultura - CCULT
Comissão de Defesa do Consumidor - CDC
Comissão de Desenvolvimento Urbano - CDU
Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio - CDEIC
Comissão de Direitos Humanos e Minorias - CDHM
Comissão de Educação - CE
Comissão do Esporte - CESPO
Comissão de Finanças e Tributação - CFT
Comissão de Fiscalização Financeira e Controle - CFFC
Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia - CINDRA
Comissão de Legislação Participativa - CLP
Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - CMADS
Comissão de Minas e Energia - CME
Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional - CREDN
Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado - CSPCCO
Comissão de Seguridade Social e Família - CSSF
Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público - CTASP
Comissão de Turismo - CTUR
Comissão de Viação e Transportes - CVT
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IMUNIDADE PARLAMENTAR 
São prerrogativas inerentes à função parlamentar, garantidoras do exercício do mandato parlamentar, com plena liberdade. As imunidades tem início com a diplomação (ratificação do resultado da eleição pela Justiça Eleitoral).
Michel Temer refere que: “garante-se a imunidade do parlamentar para garantir a instituição. Conferem-se aos Deputados e Senadores prerrogativas com o objetivo de lhes permitir desempenho livre, de molde a assegurar a independência do Poder que integram”. 
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As prerrogativas dividem-se em dos tipos:
a) imunidade material, real ou substantiva (também denominada inviolabilidade) que implica na exclusão da prática de crime, bem como a inviolabilidade civil pelas opiniões, palavras e votos dos parlamentares (art. 53, caput);
b) imunidade processual formal ou adjetiva, que trazem regras sobre prisão e processo criminal dos parlamentares (art. 53 §§ 1º ao 5º).
A maioria dos doutrinadores referem que a essência das imunidades parlamentares dizem respeito ao próprio exercício da função, uma vez que reforçam a democracia, na medida em que os parlamentares podem livremente expressar suas opiniões, palavras e votos, bem como estar garantidos contra prisões arbitrárias ou mesmo rivalidades políticas. 
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A imunidade material está prevista no art. 53 caput, e garante que os parlamentares federais são invioláveis civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, desde que proferidas em razão de suas funções parlamentares, no exercício e relacionadas ao mandato, não se restringindo ao âmbito do CN. Esta imunidade impede que o parlamentar seja condenado, na medida em que há ampla descaracterização do tipo penal, irresponsabilizando-o penal, civil, política e administrativamente. Trata-se de irresponsabilidade geral. 
O STF já se manifestou sobre o assunto referindo que “... a inviolabilidade alcança toda manifestação do congressista onde se possa identificar um laço de implicação recíproca entre o ato praticado, ainda que fora do estrito exercício do mandato, e a qualidade de mandatário político do agente”. 
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A imunidade processual ou formal está relacionada à prisão dos parlamentares, bem como ao processo a ser instaurado contra eles. Vale lembrar que a EC 35/2001 alterou os dispositivos referentes à imunidade parlamentar, que vinha sendo desvirtuada, aproximando-se muito da noção de impunidade e afastando-se da noção de prerrogativa.
Os parlamentares passam a ter imunidade formal para a prisão a partir do momento em que são diplomados pela Justiça Eleitoral. Está prevista no art. 53, §2º da CF, que determina que desde a expedição do diploma os parlamentares não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. 
Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas à casa respectiva para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a manutenção da prisão realizada em flagrante. A votação dos congressistas será por voto aberto e não mais secreto, dando-se maior transparência a esse tipo de votação.
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A imunidade formal para o processo criminal dos parlamentares foi profundamente alterada pela EC 35/2001, mitigando a amplitude da garantia.
Antes da emenda, os parlamentares não poderiam ser processados sem a prévia licença da casa que, em muitos casos, não era deferida, ocasionando situações de verdadeira impunidade. 
De acordo com a nova regra, oferecida a denúncia, o Ministro do STF poderá recebê-la sem a prévia licença da casa parlamentar. Assim, como já era permitido, poderão ser instaurados inquéritos policiais e processos de natureza civil, disciplinar ou administrativa, além do oferecimento da denúncia criminal. A novidade reside no fato de a denúncia poder ser recebida diretamente pelo STF, sem necessidade de licença prévia da casa respectiva. 
O §3º do art. 53 abre a possibilidade de, após recebida a denúncia pelo STF, por crime ocorrido após a diplomação, o STF deverá dar ciência à casa respectiva que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo
voto da maioria absoluta (maioria qualificada) de seus membros, poderá até a decisão final, sustar o andamento da ação.
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O pedido de sustação será apreciado pela casa respectiva no prazo improrrogável de 45 dias do seu recebimento pela Mesa Diretora, sendo que a sustação do processo suspende a prescrição enquanto durar o mandato. (vide art. 53 §§ 4º e 5º).
Nos crimes praticados ANTES DA DIPLOMAÇÃO não há necessidade de o STF dar ciência à casa respectiva. Nesse caso também não poderá haver o pedido de sustação do andamento da ação.
Vale referir que as imunidades parlamentares são irrenunciáveis.
As imunidades subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensa por voto de 2/3 dos parlamentares (art. 53, § 8º da CF).
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Resumindo:
 
 
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Do foro privilegiado – de acordo com o art. 53, §1º, os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o STF pela prática de qualquer crime, seja de natureza penal comum ou mesmo crimes contra a vida, eleitorais, contravenções penais, etc. 
É o chamado foro por prerrogativa de função. 
Em crime cometido durante o exercício da função em que houve a sustação do andamento da ação, após a cessação do mandato a competência para julgamento não será mais do STF, como acontecia antes, porquanto permanecia a competência do STF. Agora não mais, pois inexiste o exercício da função. 
Vale lembrar que os parlamentares tentaram manter o foro privilegiado editando uma lei ordinária nesse sentido no ano de 2002, contudo foram propostas algumas ADINS que foram julgadas procedentes pelo Supremo, que declarou a inconstitucionalidade do foro privilegiado para ex-ocupantes de cargo ou função pública. 
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Imunidades parlamentares estaduais
De acordo com o art. 27, §1º aos deputados estaduais serão aplicadas as mesmas regras previstas na Constituição da República sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporações às forças armadas. 
Quando falamos em prisão, está será possível somente nos casos de crime inafiançável, devendo os autos serem remetidos para a Assembleia Legislativa (dentro de 24 horas) para que esta resolva sobre a prisão. O mesmo ocorre com relação a prática de crime comum após a diplomação, sendo que o TJ do Estado poderá instaurar o processo sem prévia licença da Assembleia, mas deverá dar a ela ciência, sendo que, pelo voto da maioria dos seus membros, o Poder Legislativo Estadual poderá sustar o andamento da ação. Também está plenamente assegurada aos parlamentares estaduais a imunidade material, que afirma que estes são invioláveis, civil e penalmente, por suas palavras, opiniões e votos. Da mesma forma que ocorre com os parlamentares federais, não há mais imunidade para crimes praticados antes da diplomação. 
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Imunidades parlamentares municipais
Como vimos, os Municípios são regidos por Lei Orgânica, que deverá obedecer, dentre outras regras, a da inviolabilidade dos vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município. 
Os vereadores só terão imunidade material e na circunscrição do Município, não lhe sendo atribuída a imunidade formal, ou seja, podem sofrer persecução penal por delito, independentemente de prévia licença da Câmara Municipal a que se acharem organicamente vinculados
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Incompatibilidade e impedimentos dos parlamentares federais
Aos parlamentares federais são vedados os exercícios de determinadas funções, desde a expedição do diploma. Assim, os DF e SF conforme o art. 54, I e II, da CF/88 não poderão:
 
I – Desde a expedição do diploma
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveisad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior.
 
 
II – Desde a posse
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupara cargo ou função de que sejam demissíveisad nutum, nas entidades referidas no inciso I, a;
c) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
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Perda do mandato de Deputado ou Senador
O art. 55 da CF/88 estabelece as hipóteses em que o parlamentar federal perderá o mandato. 
 O § 4º desse mesmo artigo refere-se sobre a renúncia do cargo por parlamentar submetido a processo que vise ou possa levá-lo à perda do mandato, dizendo que tal renúncia terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais descritas nos §§ 2º e 3º do art. 55. 
Assim a renúncia fica sujeita à condição suspensiva, só produzindo efeitos se a decisão final não concluir pela perda do mandato. No caso de ter sido a decisão final pela perda do mandato, o parágrafo único do decreto legislativo n° 16 de 94, estabelece que a declaração de renúncia será arquivada, não produzindo efeitos no sentido de que já terá sido declarada a perda do mandato
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Hipóteses em que não haverá perda do mandato de Deputado ou Senador
O art. 56 da CF estabelece as hipóteses em que os parlamentares federais não perderão os respectivos mandatos. 
Interessante lembrar que os parlamentares investidos nos cargos de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de capital ou chefe de missão diplomática temporária não perderão os mandatos, no entanto, perderão as imunidades parlamentares, de acordo, inclusive com o art. 102, § 1º, do RISTF, que cancelou a súmula 4, que dizia o contrário. 
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A FUNÇÃO FISCALIZADORA DO PODER LEGISLATIVO
De modo geral, todo poder deverá manter de forma integrada um sistema interno fiscalizatório, conforme determina o art. 74, caput, da CF/88.
Ao legislativo (leia-se Congresso Nacional) cabe a função de controle externo, através da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta (pertencentes ao Executivo, Legislativo e Judiciário) e indireta, levando-se em consideração a legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas (art. 70).
A CF consagra um sistema harmônico, integrado e sistêmico de perfeita convivência entre os controles internos de cada poder e o controle externo exercido pelo Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas da União (art. 74, IV). 
O que se pretende com a função fiscalizatória é, além da observação aos princípios da impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, finalidade e boa-fé (que são princípios do direito administrativo e que deveria mover todos os administradores) é o fomento de uma administração pública de resultados. 
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Modalidades de fiscalização:
Há 4 modalidades distintas de fiscalização, que decorem do art. 70, caput, da CF:
1) fiscalização da legalidade – vincula o administrador público ao império da lei, verificando a validade formal e material dos atos administrativos em face da constituição e do ordenamento infra-constitucional;
2) fiscalização financeira – controla a aplicação das subvenções, a renúncia de receitas, as despesas e as questões contábeis; 
3) fiscalização da legitimidade – as finanças públicas devem ser geridas conforme os objetivos politicamente aceitos pela nação, a qual cumpre ser informada sobre o modo de gestão da coisa pública e;
4) fiscalização da economicidade – às finanças públicas cumpre perseguir o princípio do custo/benefício. Logo, a despesa deve adequar-se à receita, de modo que os tributos pagos pela população tenham destino útil. Noutras palavras, deve-se diminuir o gasto e aumentar o lucro, em nome da eficiência administrativa. 
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Formas de controle:
Existem duas formas de controle
do dinheiro público, o externo e o interno. Ambos devem atuar de modo integrado e sistêmico em nome da gestão democrática da coisa pública (art. 74, IV, CF).
a) Controle externo – é o exercido “externa corporis”, por órgão diverso do controlado – ou seja, Congresso Nacional, Assembleias Legislativas dos Estados e Distrito Federal e Câmaras Municipais. Sua natureza é técnica e pode ser acionado, nos termos da lei, perante situações de irregularidade. Em âmbito federal o Tribunal de Contas da União é o órgão que auxilia o Congresso Nacional, não estando a ele vinculado ou subordinado. 
b) controle interno – é o exercido “interna corporis”, dentro da esfera dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, possuindo a natureza administrativa. É o que acontece quando o executivo controla seus gastos internos, por exemplo.
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O art. 71, parágrafo único da CF determina que as contas devem ser prestadas por qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a união responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Até mesmo os Tribunais de Contas devem prestar contas. 
TRIBUNAIS DE CONTAS
Os Tribunais de Contas são órgãos públicos e especializados de auxílio, visam orientar o Poder Legislativo no exercício do controle externo, sem, contudo, subordinarem-se a ele. Possuem total independência. 
No âmbito das atribuições constitucionais dos Tribunais de contas, destacadas ao longo dos onze incisos detalhados no art. 71 da CF, há um aspecto muito importante, posto que, conforme a súmula 347 do STF, o Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público. 
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Significa que o Tribunal de Contas, embora não detenham competência para declarar a inconstitucionalidade das leis ou dos atos normativos em abstrato, pois essa prerrogativa é do STF, podem, no caso concreto, reconhecer a desconformidade formal ou material de normas jurídicas, incompatíveis com a manifestação constituinte originária. 
Sendo assim, os Tribunais de Contas podem deixar de aplicar ato por considerá-lo inconstitucional, bem como sustar outros praticados com base em leis vulneradoras da constituição (art. 71, X). 
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Tribunais de contas da União
O TCU é integrado por 9 Ministros e tem sua sede no DF, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo território nacional. Devemos alertar que o termo jurisdição foi mal empregado pela CF, uma vez que o TCU é um órgão técnico que emite parecer, não exercendo jurisdição no sentido próprio da palavra.
Os atos praticados são de natureza administrativa, podendo ser acatados ou não pelo legislativo. O TCU não integra o poder judiciário.
São requisitos para ser Ministro do Tribunal de Contas da União os enumerado no art. 73, §1º. Com relação ao § 2º o STF já decidiu pela vinculação das vagas, ou seja, as vagas de auditor, quando um se aposentar, só poderá ser ocupada por outro auditor, nomeado em lista tríplice formulada pelo Tribunal à escolha do Presidente da República.
Os Ministros do TCU têm as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do STJ, logo, são vitalícios, inamovíveis e os subsídios que recebem não podem ser reduzidos. 
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Tribunais de contas estaduais, distrital e municipais
Os tribunais de contas dos Estados, Distrito Federal e Municípios, regem-se, no que couber, pelos art. 70 a 75 da CF/88.
A constituição de 88, em seu artigo 31, §4º, veda a criação de Tribunais de Contas, conselhos ou órgãos de Contas Municipais, mas, no entanto, no § 1º do mesmo art., a constituição fala que o controle externo da Câmara Municipal será exercido com auxílio dos Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. Parece paradoxal os dispositivos em comento. 
Dessa forma, a única interpretação, na leitura dos doutrinadores, é a de que com a promulgação da CF de 88, foi vedada a criação de Tribunal de Contas Municipais. No entanto, naqueles Municípios em que haviam Tribunais de Contas, estes permaneceram em funcionamento, foi o que aconteceu, por exemplo, com o Tribunal de Contas dos Municípios do Rio de Janeiro e de São Paulo, criados, respectivamente, nos anos de 1980 e 1968.
A título de curiosidade, o TCM de São Paulo é composto por 5 conselheiros, com cargos vitalícios, sendo 2 escolhidos pelo prefeito e 3 pela Câmara Municipal. 
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Assim, nos Municípios em que não houver Tribunal de Contas Municipal, o Tribunal de Contas do Estado auxiliará o Legislativo (Assembleias Legislativas e Câmara Municipal). 
O controle das contas do Prefeito será realizada pela Câmara de vereadores, auxiliada pela TCM (onde houver), ou pelo Tribunal de Contas do Estado, se não existir naquele Município o Municipal. 
Os Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal são compostos por 7 conselheiros, e regem-se pelas Cartas Estaduais, as quais devem, necessariamente, seguir o modelo compulsório previsto na CF, ou seja, a organização, composição, as atribuições fiscalizatórias dos Tribunais de Contas Estaduais, Distritais e Municipais tem na CF sua fonte de inspiração (vide art. 75, parágrafo único).
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O art. 235, III da CF, estabelece que nos primeiros 10 anos da criação de novo Estado, o Tribunal de Contas será inicialmente formado por 3 membros, nomeados pelo Governador eleito
O STF estabeleceu na Súmula 653 que no Tribunal de Contas Estadual, composto por 7 conselheiros, que 4 devem ser escolhidos pela Assembleia Legislativa e 3 pelo chefe do Poder Executivo Estadual, cabendo a este indicar um entre auditores e outro dentre membros do MP e um terceiro à sua livre escolha. 
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