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P1 Sistema Digestório 1

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Propedêutica Clínica – Teórica – P1
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Medicina Veterinária
Aluno: Jeferson Bruno da Silva – Matrícula: 201406074-4
Sistema Digestório
INTRODUÇÃO
Observação: Bezerro deve beber com cabeça para cima. Quando o bezerro mama no balde, com a cabeça para baixo, a chance de fazer falsa via é muito maior e, por isso, deve-se dar o leite de forma que o bezerro mame com a cabeça levantada. Bovinos pastam baixo, por isso o homem estava sentado oferecendo alimentos a ele. Homem batendo trocater no bovino, afim de eliminar o timpanismo. Equinos tomando remédio com cabeça suspensa tem grandes chances de fazer falsa via.
Sifose: posição em que o animal fica com a coluna voltada para cima, com abdômem encolhido, cabeça esticada, o que indica uma posição de dor
EXAME GERAL
Uma das maneiras de classificar exame do aparelho digestório é dividindo entre exame geral e exame especial. Alguns dos quesitos tem muito a ver com a anamnese do indivíduo, e a urgência e estado do animal podem alterar o funcionamento e direção da anamnese
APETITE
ESPECIFICIDADE
PREPARO
CONDIÇÕES AMBIENTAIS
AVALIAÇÃO	
Apetite: é a avidez que o animal apresenta frente ao alimento que é oferecido ou colocado a sua disposição. Oferecer alimento ao animal para observar seu apetite. Devemos considerar uma série de fatores, o tipo de animal, o tipo de alimento para aquele animal pois não adianta pegar um bovino e oferecer um alimento que não seja interessante para ele. O preparo do alimento, pois as vezes o animal enjoa da ração mas, ao se deparar com algo que o interesse mais como caldinhos, complementos, apresenta um melhor apetite.
O apetite é avaliado pela avidez, ou seja, a vontade com a qual o animal come o alimento. Deve-se observar as características individuais de cada animal pois, assim como o humano, tem animal que come devagar, tem animal que come mais rápido, o que não quer dizer necessariamente que um tenha mais apetite que o outro.
A especificidade e o preparo influem diretamente. Ex.: raçãoo para os cães, ou capim verdinho para os bovinos.
As condições ambientais também alteram as condições de apetite do animal, principalmente em animais domésticos, melhorando geralmente no inverno. Já no período do inverno os animais tendem a comer menos capim, porque no geral ele está ressecado. 
Alterações do Apetite
Anorexia: Ausência de apetite, ocorre por quaisquer alterações digestivas físicas ou fisiológicas, febre, intoxicações. Podemos considerar por exemplo uma ferida na boca, e o animal tende a querer se alimentar menos.
Febre e intoxicações de maneira geral, diminuem o apetite do animal.
Bulimia: 
Pode aparecer no estado de convalescença, onde o animal está repondo os nutrientes perdidos na doença
Verminose, onde ele come por dois para sustentar o verme.
Lesão nervosa no centro da fome, onde o animal perde o controle de sensação de saciedade.
Alotriofagia: Aberração do apetite. 
A alotriofagia, ocorre normalmente para suprir suas deficiências (Ex.: bovinos lambendo parede com cal, para suprir as necessidades de cálcio / Lambendo cordas ou couro, devido à falta de sal) essas alterações podem tornar um vício. Quando o animal come algo que não tem nada a ver com sua dieta. Pode ser específica quando é para suprir deficiências como por exemplo de minerais, cálcio, etc e o animal vai procurar pedras, dentre outras substâncias para lamber/comer. Podem ser inespecíficas, quando o animal está comendo coisas aleatórias como tampa de garrafa, moeda, etc.
Preensão dos Alimentos
Cavalo utiliza lábios e língua para preensão, cães utilizam o corpo da língua, bovinos utilizam língua e tem pouca ou nenhuma seletividade, etc.
Alterações na Preensão dos Alimentos
Imobilidade Mandibular: 
Raiva – doença que cursa com alterações neurológicas que causa problemas no fechamento ou abertura da mandíbula. Gera paralisia de língua, e dificuldades de fechamento da boca. 
Tétano– doença que cursa com alterações neurológicas que causa problemas no fechamento ou abertura da mandíbula. O tétano gera o Trismo mandibular, travando a musculatura do masseter e impedindo a abertura da boca. 
Luxação e fraturas da mandíbula.
 
Alterações Encefálicas: 
O animal faz a apreensão do alimento, mas este fica parado na boca. Meningoencefalites o animal faz apreensão do alimento, mas não consegue mastigar e deglutir o alimento.
Lesões nos lábios e cristas palatinas.
Defeitos nas vértebras cervicais: Bico de papagaio, por exemplo, em que ocorre dificuldade de abaixar a cabeça. O animal não consegue se abaixar para pegar o alimento.
Deficiências visuais e olfativas: O animal não consegue se abaixar para pegar o alimento.
Mastigação e Insalivação
Dependendo do tipo de ração fará com que o animal mastigue mais ou menos e, consequentemente, produza mais ou menos volume de saliva. Deve-se observar o modo de mastigação de cada espécie. Em bovinos temos o caso da ruminação, que ele faz uma regurgitação para diminuir o tamanho do alimento.
Alterações na Mastigação e Salivação: 
Mastigação Lenta e Superficial com Ingestão Difícil: 
Ocorre nas estomatites, alterações dentárias, lesões na língua. No cavalo, o seio maxilar é muito próximo da inserção dos dentes molares e pré-molares e, por isso, alterações nestes dentes podem comprometer bastante o animal, podendo chegar a quadros até mesmo de sinusite.
Saliva Escorrendo: 
Pode ser denominado de Sialorreia x Ptialismo. 
O sufixo -rreia quer dizer corrimento, então quer dizer “saliva escorrendo”. O termo ptialismo quer dizer aumento da produção de saliva. Nos dois casos, clinicamente, observa-se o sintoma de salivação excessiva, a causa disso pode ser variada.
Salivação associada ao timpanismo, pode ser um quadro de ? .Primeiro retirar o gás, batendo o trocater, depois passar a sonda para remover o corpo estranho nos bovinos.
Entregar por escrito.
Quantos litros de saliva, um bovino adulto produz por dia?
Qual é a composição e função dos elementos presentes na saliva?
Desidratação: 
Aptialismo, ausência da produção da saliva
Hipossialia.
Deglutição
Observar se o animal engole o alimento com facilidade ou dificuldade. Deve ser um processo tranquilo para o animal, sem dor, sem incômodo. Se observar alguma dificuldade (disfagia) no animal, aí sim tem-se um problema. É fundamentada principalmente pelo nervo glossofaríngeo, do 9° par.
Alterações na Deglutição
Disfagia: 
Pode ocorrer por diversas causas como paralisia na língua, paralisia do faringe, feridas e tumores na língua (base). Obstrução, estenose ou compressão esofagiana, tendo como consequência a salivação excessiva.
Falsa via: O alimento vai parar na traquéia e não segue o caminho normal que seria o esôfago. 
Ruminação
A ruminação é controlada pelo nervo vago que tem dois ramos e, por isso, tem uma movimentação bifásica.
Quando inicia a ruminação?
Duas maneiras de observar: 
Quando o bezerro torna-se um ruminante, ou seja, quando tiver ingerindo capim em quantidades razoáveis e pode até tornar-se independente do leite materno. Pode-se apressar o início da ruminação para desaleitar o bezerro mais cedo ou pode-se atrasar esse início, depende do modo de produção. Podemos desmamar um bezerro com 30 a 40 dias em gado leiteiro, em gado de corte o aleitamento segue até seus 4 meses de idade, podemos desmamar adicionando capim úmido ou concentrado, o feno que é um capim fibroso e muito atrativo para o animal, e por ser fibroso, vai estimulando o desenvolvimento das papilas ruminais, favorecendo o desmame.
Esse início pode ter relação também com o tempo que o animal levará até iniciar a ruminação desde que começou a ingerir o alimento. Normalmente por volta de 45 min a 1h, após a ingestão do alimento. 
As atitudes do animal ao ruminar devem ser observadas. O animal deve estar tranquilo, zen.
Frequência em 5 Minutos:
Bovinos: 7 – 12
Caprinos: 6 – 12
Ovinos: 7 – 14
Técnicas: Punho fechado no flanco esquerdo, mão espalmada no flancoesquerdo, ou fazer auscultação sobre o rúmen. Na auscultação ouve-se um som chamado “bracejo”, lembrar que os movimentos são bifásicos, um mais intenso e outro menos intenso, devido a modulação do nervo vago.
Avaliação da Ruminação: 
Expressão facial: O animal deve estar tranquilo, de boas na lagoa, estado letárgico. A regurgitação não deve ser incomoda ao animal.
Ingestão e Início da Ruminação: 30 – 90 minutos, geralmente ocorre de 45 min a 1h. Quando avaliar o animal é importante saber quando ele comeu pela ultima vez para ter ideia de como estarão os movimentos ruminais. A contração é forte e intensa, ou fraca. Se a contração estiver diminuída, não quer dizer que o animal esteja ruim, devemos avaliar todo o contexto
Número de Mastigações por Bolo: Bovinos adultos e caprinos (50-70), bovinos jovens (60).
Duração: Ruminantes Domésticos (25-35 minutos), Ruminantes Silvestres (10-15 minutos). 
Número de Ruminações em 24 Horas: 2-24 períodos de 10 a 60 segundos
Alterações no Rúmen
Mecânicas: 
Aderências na luz dos órgãos
Corpos estranhos presentes no tudo digestivo (Ex.: laranjas, quando regurgitadas podem gerar engasgo)
Atonia parada ruminal
Timpanismo ou meteorismo, por causa de paralisia ruminal ou
Processos Dolorosos ou Febris
Medo
Ruminação Alterada Pode ser Classificada em:
Superficial – Quando a mastigação está diminuída em número, frequência e, principalmente, em vivacidade (intensidade).
Intermitente – Quando a ruminação sofre pausas breves durante o processo de ruminação, pode ser causado inclusive por processos dolorosos.
Interrompida – O animal fica sem ruminar por no mínimo 24 horas.
Eructação
Ruminantes – é considerada um processo fisiológico em ruminantes. Não comum em cães e equinos, 
Número de eructações por hora, variando conforme o tipo de alimento oferecido.
Bovinos: 15-20 (feno – fermenta menos) / 60-90 (capim verde -- fermenta mais).
Caprinos: 9-11. Pasta alto
Ovinos: 9-10. Pasta baixo
Patológico – Ausente ou Acima de 90 eructações por hora. Se ele está comendo um alimento que fermenta mais, o animal pode chegar até a faixa de 90/h.
Obstrução da luz esofagiana – como sintoma temos a Sialorréia.
Outras espécies – Pode ser até considerada patológica. Cão arrotando muito pode ser patológico. Cavalo também não é muito comum eructar. 
Vômito (Emese)
Definição: Expulsão espasmótica do conteúdo gátrico/estomacal. O trajeto normalmente é originado estômago, seguindo para o esôfago e faringe, podendo ir para narina e boca. 
A origem pode ser central quando tem problema neurológico com excitação do centro do vômito ou periférica quando há irritação gástrica ou estímulo da tosse. Tosse evita que o alimento entre na traquéia. Expulsa o alimento da luz traqueal. 
Caracteres do vômito
Momento em que ocorre
Após Ingestão do alimento – Gastropatias agudas.
Mais tardio – Obstrução intestinal ou pilórica.
Acesso de tosse – como ocorre na Faringite.
Frequência
Simples – um único, com volume maior
Múltiplo – várias vezes, com volume menos
Quantidade
Grau de enchimento
Frequência
Odor
Ácido – Carnívoros, suínos e equinos
Pouco ácido/insosso – Ruminantes
Fétido/Pútrido – Hematemese
Fecal – Quando houver obstrução intestinal
Amoniacal – Uremia
Aspecto e Cor
Dependerá do tipo de alimento consumido pelo animal.
Esbranquiçado
Sanguinolento, placas e coágulos – Ingestão de sangue, lesão gástrica.
Verde amarelado – Obstrução pós colédoco, o colédoco vai soltar a bile e o anti-peristaltismo, vai gerar a coloração verde amarelada.
Prognóstico
Equinos: Grave/ Letal (Só vai acontecer em casos de rompimento do esfíncter cárdico – Peritonite generalizada)
Em outras espécies pode ser considerada como um mecanismo de defesa.
Evacuação Intestinal – Defecação
Postura assumida depende do animal, de espécie, etc.
Número de evacuações por dia
Bovinos: 12 a 18
Equinos: 8 a 10
Cães: 2 a 3
Alterações
Defecação difícil: 
Dolorosa e Prolongada – Peritonite e inflamação das glândulas adanais.
Tenesmo (fazer força para evacuar mais não sair nada) – Enterites, obstrução intestinal e cólicas.
Defecação Involuntária 
Lesões sacrais e medulares.
Estado pré-agônico.
Medo
Defecação Frequente
Diarréia
Disenteria: Cólica abdominal, tenesmo e fezes muco-pio-sanguinolenta.
Defecação retardada
Retenção total: constipação, oclusão e distopia intestinal (é a posição anômola/anormais do intestino, que são as torções, intuscepção, vólvulo etc)
Jejum prolongado
Paralisia retal
Pós diarreia
Tétano, devido a paralisia intestinal.
Flatulência
Alimentos Fermentáveis, pode gerar um timpanismo na base do ceco em equinos, pois o cavalo não eructa, então precisa soltar os flactos (gases) por via intestinal, devemos bater o trocater que é mais fininho para equinos.
Enterite
Meteorismo

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