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PERCEPÇÃO DE COR Sim, milhões de pessoas estiveram envolvidas em discussões acaloradas em torno da cor de um vestido. Uns juraram que a roupa é azul com rendas pretas, outros gritaram que é branco com rendas douradas. E você? O que enxerga? Na verdade, este debate não tanto é sobre a peça de roupa em si ou sobre a sanidade mental e ocular dos internautas. É ciência! O fenômeno é conhecido como "ilusão de luminosidade", um tipo de ilusão de ótica. Como os seres humanos evoluíram para ver a luz do dia, seus cérebros começaram a levar em conta o fato de que a luz muda de cor. "O que está acontecendo é que seu sistema visual está olhando para esse vestido e você está tentando compensar o viés cromático do eixo de luz do dia", disse o neurocientista Bevil Conway em entrevista à revista norte- americana de tecnologia "Wired". • O que isso significa exatamente? Significa que a iluminação do entorno faz a parte do cérebro responsável por formar a imagem entender uma determinada cor de jeitos diferentes. • O nosso olho vê uma aproximação da realidade e está treinado para enxergar com a luz natural. Ao longo do dia, quando a luz do Sol muda de cor, vamos descontando a luminosidade para tentar ver algo mais perto do real. Os objetos têm um certo tom vermelho rosado de madrugada, mais azul-branco ao meio-dia e voltam a ser mais avermelhados no pôr do sol. Isto quer dizer que a cor enxergada depende do ambiente em que você está e da forma como seu cérebro interpreta esta composição. Se você olhar para a foto do vestido com outro fundo, com uma luz mais equilibrada, verá que ele é azul e preto. Mas, se a luz mudar, você poderá vê-lo branco e dourado. • Este fenômeno existe há milhares de anos, mas há algo especial nesta foto do vestido que tornou as diferenças na forma como vemos a cor mais clara do que nunca. • Mas vamos à resposta que interessa: o vestido, da marca Roman Originals, é azul e preto. • Segundo a editora de fotografia do Serviço Mundial da BBC, Emma Lynch, todos os tons da cor do vestido são azuis, e não brancos. • Ao aumentar a saturação - tornando as cores existentes mais fortes, mas sem acrescentar novas cores - o vestido aparece azul para todos. Estes resultados são confirmados pelo uso da ferramenta de conta-gotas do software, que captura amostras de áreas específicas do tecido. Percepção da cor • Ondas eletromagnéticas podem ser interpretadas como relação ao comprimento e à amplitude. • Com relação à freqüência; as ondas eletromagnéticas que são transformadas pelo olho humano vão de 450 a 750nanômetros. • Elas são interpretadas em cores e correspondem em ordem crescente ao violeta, azul, índigo, verde, amarelo, laranja, e vermelho. • Ondas eletromagnéticas com alta amplitude: muita luz • Ondas eletromagnéticas com baixa amplitude: pouca luz • Cones: fotorreceptores específicos para visão colorida • Bastonetes: fotorreceptores específicos para visão na penumbra. • Decomposição da luz em cores: a luz quando passa por um prisma ou água, sofre uma refração e é decomposta em diferentes comprimentos de ondas, numa determinada sequência crescente em termos de comprimento de onda, a saber: violeta, azul, índigo, verde, amarelo, laranja e vermelho. As cores do arco Iris. • - Mistura de luz é aditiva e tintas substantiva; Teoria tricromática. • Segundo Helmoltz: • Possuímos três tipos de cones: específicos para o azul, verde e vermelho • vemos todas as outras cores em função da estimulação destes três tipos de cones. • • Teoria das cores oponentes: Segundo Hering, ao olharmos para uma cor por alguns segundos e depois olharmos para o branco, veremos outra cor (a cor oposta). Este fenômeno chama-se pós-imagem. Todas as cores têm sua cor oposta. A grosso modo, podemos diferenciar os pares opostos como: preto- branco; azul-amarelo; verde- vermelho. Diferentes tipos de cegueira para cor • Daltonismo ou Discromatopsia: geralmente uma característica genética recessiva. Pode ser provocada também por lesão cortical na área de reconhecimento para cor (agnosia). • Discromatopsia: dificuldade em perceber cor. Esta pode ser: • Monocromática: apenas um tipo de cone • Dicromática: dois tipos de cones. • Tricromática anômala: três tipos de cones mas em concentrações muito diferentes do tricrômatas. • Acromatopsia: ausência de cones; incapacidade total de perceber cor e dificuldade de visão em ambientes com luz. Discromatopsia - deficiências totais • Em relação às deficiências nos cones (vermelho, verde, azul) e quando há deficiências totais podemos, então, classificar o daltonismo em 3 tipos distintos conforme descrevemos a seguir. • Protanopia • A protanopia é a deficiência total nos cones vermelhos. O daltónico que padece de protanopia tem dificuldade em distinguir as cores vermelhas. • Deuteranopia • A deuteranopia é a deficiência total nos cones verdes. O daltónico que padece de deuteranopia tem dificuldade em distinguir as cores verdes. • Tritanopia • A tritanopia é a deficiência total nos cones azuis. O daltónico que padece de tritanopia tem dificuldade em distinguir as cores azuis. Discromatopsia - deficiências parciais • No caso de existirem apenas deficiências parciais nos cones (vermelho, verde, azul) podemos, então, classificar o daltonismo em: • Protanomalia • A protanomalia caracteriza-se pela deficiência parcial nos cones vermelhos. Todavia, enquanto na protanopia existe deficiência total, na protanomalia existe apenas deficiência parcial. • Deuteranomalia • A deuteranomalia é a deficiência parcial nos cones verdes. Porém, enquanto na deuteranopia existe deficiência total, na deuteranomalia existe apenas deficiência parcial. • Tritanomalia • A tritanomalia é a deficiência parcial nos cones azuis. Todavia, enquanto na tritanopia existe deficiência total, na tritanomalia existe apenas deficiência parcial. PERCEPÇÃO DE MOVIMENTO • O que vem a ser percepção de movimento? • É o entendimento que temos do deslocamento dos objetos. Myers (2006, pg. 176) nos diz que “seu cérebro computa o movimento com base na suposição de que os objetos que diminuem de tamanho estão se afastando (não ficando menores), e os objetos que aumentam de tamanho estão se aproximando”. • - Indicadores musculares: alterações na musculatura do olho que indicam profundidade: • Convergência: o nervo óculo motor volta um olho na direção do outro para visualizar estímulos próximos. • - Acomodação: os músculos ligados ao cristalino promovem a contração desta lente para visualizar estímulos próximos • Tamanho relativo: estímulos maiores são percebidos como mais próximos do percebedor • Altura relativa: estímulos mais altos no campo visual são percebidos como mais próximos do percebedor, • Claridade relativa, estímulos mais claros são percebidos como mais próximos do percebedor. • Perspectiva linear: duas retas paralelas parecem convergir no infinito PERCEBA • Interposição: estímulos com o contorno mais completo são percebidos como mais próximos do percebedor. • Movimento relativo: indicador utilizado quando o percebedor está em movimento: os estímulos parecem se mover na direção contrária ao percebedor. • Paralaxede movimento – faz com que objetos a distância pareçam se mover mais lentamente do que os objetos que estão mais perto. • Indicador binocular: necessário o foco com os dois olhos simultâneos no estímulo. • disparidade binocular. A distância média de um olho para o outro é de 6,5 cm. Isto faz com que cada olho tenha uma imagem ligeiramente diferente do outro. Essas duas imagens planas são unidas no córtex em uma única imagem tridimensional. • Ex: Salsicha de dedo... • Há receptores sensíveis no olho, ao movimento (são os gânglios retinianos) MOVIMENTO INDUZIDO – nem sempre o que um observador percebe quando estando em movimento realmente o está – em certos casos, o que se vem a perceber é que dentro de um ambiente totalmente escuro, se houver dois objetos, um maior e um menor e, somente o maior estiver realmente se movimentando, a impressão será a de que a figura maior está parada e que somente a figura menor está em movimento. • Nesta condição diz-se que o estímulo maior em movimento induz o movimento do menor. No caso do movimento induzido, realmente há um movimento presente, só que há perceptualmente uma atribuição do movimento à parte errada • MOVIMENTO APARENTE: • É a percepção do movimento quando não há nenhum movimento físico verdadeiro. É a ilusão do movimento • duas luzes (setas, a pouca distância uma da outra, piscando alternadamente a uma certa velocidade, em determinado momento vai gerar a impressão de um movimento de uma luz na direção da outra. Por exemplo como se a se movesse para b. exemplos anúncios luminosos, sinalizações de trânsito). MOVIMENTO DE QUADRO DE FIGURAS • Série de fotografias com diferenças muito pequenas são projetadas em uma tela em sucessão rápida. • • A persistência visual possibilita a percepção do movimento, pois, devido à rapidez das projeções uma imagem atinge a retina enquanto a outra ainda não se desfez, o que funde as duas imagens e daí surge a percepção do movimento. Como enxergamos o movimento nos filmes? • O nosso cérebro prefere perceber a boa continuidade dos objetos • É assim que vemos o movimento nos filmes. São apresentadas cerca de 24 imagens por segundo que dão a idéia de movimento • O movimento não está no filme e sim em sua cabeça. • (movimento estroboscópico). • MOVIMENTO AUTOCINÉTICO; • EX: Um ponto de luz em um cômodo escuro gerará a impressão do mesmo estar se movendo ao se fixar o olhar sobre o mesmo. Esse fato pode ser conseqüência dos movimentos involuntários da musculatura do olho ao se fatigar pelo tempo de fixação no ponto, tal fato gerará a necessidade de uma compensação da musculatura fadigada para manter a fixação, isso poderá ocasionar tal efeito. • PÓS EFEITO DO MOVIMENTO = Um movimento percebido pode persistir depois de cessado o estímulo móvel. • Ex créditos ao final do filme... • • ILUSÃO DA CACHOEIRA = FADIGA DOS DETECTORES DE MOVIMENTO = DETECTORES PARA CERTA DIREÇÃO FICAM FATIGADOS E SURGE A IMPRESSÃO DO MOVIMENTO EM SENTIDO OPOSTO • O mesmo acontece com o chamado fenômeno phi. Ele nos dá a idéia de que luzes que piscam em tempos diferentes estejam se movendo. CONSTÂNCIA PERCEPTIVA • Ela nos permite perceber um objeto como imutável mesmo através dos estímulos que recebemos de sua mudança. CONSTÂNCIA Os objetos quando olhados de diferentes ângulos, distâncias ou condições de iluminação continuam a ser percebidos como tendo a mesma forma, tamanho e cor. (ex. a aproximação de uma pessoa não implica que “cresça”). A imagem da retina é completada com conhecimento de experiências anteriores, mesmo sem que os indivíduos tenham consciência disso. • Por isso podemos reconhecer objetos mesmo com a mudança no tamanho, na cor, forma ou claridade. • Podemos perceber alguém de relance e identificá-la em um tempo menor que o que precisamos para respirar. • Nossos neurônios recebem o estímulo e comparam com imagens guardadas em nossa memória. CONSTÂNCIA DE FORMA E DE TAMANHO • Alguns objetos não podem ser modificados mas a depender do ângulo de visão mudam a sua imagem. A constância da forma classifica manifestações semelhantes do objeto como sendo o objeto (exemplo da porta fechada e aberta). • A constância do tamanho nos permite manter a noção do tamanho do objeto mesmo quando estão distantes (exemplo das pessoas no carro). RELAÇÃO TAMANHO-DISTÂNCIA • Deduzimos o tamanho dos objetos a partir da relação da distância com a imagem na retina. CONSTÂNCIA DA CLARIDADE • Independente da iluminação os objetos mantém a sua luminosidade. • A claridade percebida depende da luminância relativa - quantidade de luz que um objeto reflete em relação a sua adjacência
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