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Exame de Ordem Damásio Educacional XXII EXAME DA ORDEM 2ª FASE DIREITO CONSTITUCIONAL EXERCICIO Nº 03 Peça 02 Cronograma do Exercício Data do pedido pelo Professor em aula 14/04/2017 Entrega pelo aluno 17/04/2017 Correção pelos professores 22/04/2017 PEÇA 2 O Governador do Estado brasileiro “W” edita MP nº 2570/2017, que estabelece que a concessionária exploradora do serviço de fornecimento de energia elétrica no território do Estado fica obrigada a remover, sem qualquer ônus para os interessados, os postes de sustentação à rede elétrica que estejam causando transtornos aos proprietários e aos promitentes compradores de terrenos. Ressalta-se que não há qualquer Lei Complementar que autorize, excepcionalmente, ao Estado “W” dispor sobre a questão, sendo certo que, ao contrário, no âmbito federal existe norma expedida pela agência reguladora que autoriza a remoção desses postes de energia, cujo serviço fica às expensas dos usuários interessados. Diante da relevância e da urgência da questão, o partido político “Paz”, representado unicamente por um deputado federal, procura os seus serviços para afrontar a MP Estadual, por entender que a norma estadual viola diretamente a Constituição Federal. Considerando os dados acima, formule a peça adequada, justificando a legitimidade ativa e observando que o partido entende ser urgente a questão. (Valor: 5,00) Direito Constitucional – Enunciado 3 Quesito avaliado Valor 1. Endereçamento: Supremo Tribunal Federal, art. 102, Inciso I, “a” e “p” CRFB. 0,10 2. Qualificação das partes: Polo ativo: Partido político “Paz” com representação no Congresso Nacional (0,10); Polo Passivo: Governador do Estado “W” (0,20) 0,30 3. Legitimidade: Demonstrar que o Partido Político tem representação no Congresso Nacional (0,20); Não se sujeita ao exame da pertinência temática, pois 0,40 Exame de Ordem Damásio Educacional 2 de 3 XXII EXAME DA ORDEM 2ª FASE DIREITO CONSTITUCIONAL seu papel institucional já o autoriza a promover tal ação em qualquer hipótese, conforme entendimento pacificado no STF (ADI 1.407-MC, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 7-3-1996, Plenário, DJ de 24-11- 2000.) (0,20) 4. Ação: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO CAUTELAR. (art. 103, inciso IX, art. 102, I, “a” e “p”, da CRFB, art. 2.º, inciso IX e art. 10 da Lei 9.868/1999 e art. 319 e ss. do Código de Processo Civil) em face da MP Estadual. 0,40 5. Fundamentos: Art. 21, XII, “b”, da Constituição Federal. A imposição, por meio de ato normativo estadual, da obrigação de remover, sem custo para o usuário, postes de sustentação da rede elétrica que estejam causando transtornos ou impedimentos a particulares configuraria intervenção indevida do poder estadual em domínio da União para explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão os serviços e instalações de energia elétrica. (0,40) Trata-se de campo de distribuição constitucional de competência. É a denominada competência administrativa da União. (0,20) Violação do Art. 22, IV, da Constituição Federal, pela MP estadual, competência privativa da União para dispor legislativamente sobre energia e não abre espaço para a atuação dos Estados e dos Municípios. (0,60) Afronta ao Art. 175, parágrafo único, inciso III, da Constituição Federal pela MP estadual. A MP estadual ao dispor que a remoção dos postes fica a cargo da concessionária do serviço público, se imiscui na tarefa da União para definir, por meio de lei, a política tarifária a ser observada na exploração deste serviço no que tange aos elementos definidores do equilíbrio econômico-financeiro de contratos de concessão, isto é, na ingerência na política tarifária do serviço público. (0,60). Violação ao princípio da razoabilidade/proporcionalidade. (0,25) Não há relevância e urgência para a MP estadual (0,25) Deve-se formular pedido de concessão de medida cautelar, com amparo no Art. 10, da Lei nº 9.868/99, a fim de suspender a vigência da MP estadual que entende ser inconstitucional. Os pressupostos da medida cautelar devem ser apontados, ou seja, o “fumus boni iuris” e o “periculum in mora”. O primeiro demonstrado a partir da violação das normas constitucionais (0,15) e o segundo porque a MP estadual criou, para as concessionárias de serviço público, uma obrigação de alto custo a ser prestada em hipóteses extremamente vagas para o proveito de interesses individuais. (0,15) 2,60 Exame de Ordem Damásio Educacional 3 de 3 XXII EXAME DA ORDEM 2ª FASE DIREITO CONSTITUCIONAL 6. - Pedido e requisitos formais: Concessão da medida cautelar para suspender a eficácia da MP estadual (0,40); A procedência do pedido de mérito, com a ratificação da cautelar para que seja declarada a inconstitucionalidade da MP estadual (0,50); Requisição de informações das autoridades, para se manifestarem sobre o pedido de concessão de medida cautelar, com base no art. 10 da Lei 9.868/1999 (0,05) e sobre o mérito da presente ação, nos termos do art. 6.º, parágrafo único, da Lei 9.868/1999 (0,05); Intimação do Advogado-Geral da União (0,05) e do Procurador- Geral da República – Ministério Público (0,05): (art. 8.º da Lei 9.868/1999 e do art. 103, §§ 1.º e 3.º, da CF/1988); Cumprimento do art. 3.º, parágrafo único, da Lei 9.868/1999 (cópias anexas) (0,05). Fechamento da peça: Local, Data, Advogado e OAB (0,05). 1,20 7. Peça incorreta/inadequada. Zero
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