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PATOLOGIA DO SNC SNC: Função: processamento e integração das informações. Formado pelo encéfalo (alojado no crânio) e pela medula espinhal (interior das vértebras – coluna vertebral). Fisiopatologia do SNC: conceitos básicos Neurônio: o cérebro humano possui cerca de 100 milhões de neurônios, agregados em búcleos (SNC) como em gânglios (SNP). Os neurônios apresentam nucléolo proeminente, núcleo grande e substância de Nissl (retículo endoplasmático rugoso). Calcificação distrófica ocorre por conta do pH = porque ativa a enzima fosfatase alcalina e facilita a deposição dos cristais de cálcio. Necrose é ácida por causa do processo inflamatório. Glia: estas células derivam do neuroectoderma (macróglia: astrócitos, oligodendrócitos e epêndima) como também da medula óssea (micróglia). Astrócitos: possui núcleo arredondado a ovalado com cromatina pálida e GFAP positivo. Oligodendrócitos: cromatina densa produtora de mielina no SNC e núcleo pequeno comparado ao neurônio. Micróglia: possui núcleos alongados, irregular, sendo macrófagos ao SNC. Epêndima: são células epiteliais, com borda ciliada, microvilosidades fazendo o revestimento dos ventrículos encefálicos, formando granulações ependimárias. Neurônio não “enxerga” o tecido conjuntivo, porque estão compartimentalizados pelas células da glia. Se nutrem por difusão. Se uma hemácia encostar no neurônio ele morre. Homeostasia tem que ser MUITO controlada. Astrócitos + capilares do tipo contínuo = BHE. Líquido Cefalorraquidiano (LCR): O LCR forma-se por diálise do sangue dos plexos coróides em particular ao nível dos ventrículos cerebrais (1º e 2º), circula por todo o SNC e é drenado no topo da cabeça para o sangue venoso, nas vilosidades subaracnóides. A pressão pode aumentar muito por causa da pressão, que deve se manter constante. Características do LCR: 110-150 mL. Velocidade de formação: 500mL/24 hrs. Análise da anormalidade tem que ser feita de imediato por causa da sua renovação. Renovação de 4 a 5 vezes/dia. Transparente Poucos leucócitos Pobre em proteínas. Irrigação arterial do SNC: Provém do arco aórtico pelos ramos vértebro-basilares e carótidas. Recebe 15% do DC. A última a ter queda de pressão = cérebro. Porque quando a nossa pressão começa a cair, o sangue vai ser desviado para o cérebro. Glicose atravessa a BHE e nutre o cérebro = tem que manter o débito constante porque não trabalha com reservas de energia. Neurônio não faz fermentação. Edema cerebral Causado pelo aumento de líquidos intra e extracelular no cérebro. Pode acontecer numa região limitada ou em todo o cérebro. Quanto mais cedo o diagnóstico e tratamento, diminuem as seqüelas tornando o prognóstico mais favorável. “inchaço”. Acúmulo de líquido/fluido. Importância de um débito constante: Grande atividade; Ausência de reservas de energia; Baixa capacidade anaeróbica. Edemas cerebrais = sofrimento celular e compressão contra face interna do crânio processo hemorrágico ou isquêmico. Destruição do parênquima interno. Não tem pra onde expandir. COMPROMETE A ATIVIDADE DO SNC PROVOCANDO: Cefaléias; Crises epilépticas; Coma; Isquemia; Papiledema (edema da cabeça do nervo óptico); Náuseas; Vômitos. PRINCIPAIS CAUSAS: AVE isquêmico ou hemorrágico; Traumatismo cerebral com ruptura de um vaso; Nível de sódio baixo; Isquemia; Meningite; Abscessos; Tumores. FORMAS DE EDEMA CEREBRAL: Citotóxico = passagem do líquido do espaço extracelular para o intracelular. Vasogênico = passagem do líquido da corrente sanguínea para o espaço extracelular; Intersticial = com a passagem do LCR para o espaço extracelular. Edema citotóxico = alteração do metabolismo da célula = faz com que o agente que sofra o edema seja a célula (intracelular), não é o líquido que está no espaço intercelular. Desequilíbrio da bomba de sódio = retém sódio = água entra por transporte passivo. Pode acontecer em situações de hipotermia, intoxicação com alguns medicamentos, como isoniazida – fármaco antituberculoso, hexaclorofeno – bactericida e fungicida tóxico. Hipotermia = causa desequilíbrio de bombas. Alteração na bomba de sódio e potássio da membrana glial. Retenção de água e sódio pelos astrócitos da substância cinza e branca. Aumento de volume das células e consequentemente do volume cerebral. Edema vasogênico: mais comum. Ocorre por quebra da BHE, o fluido escapa para o parênquima. Podem surgir em traumatismos, enfartes, hematomas, inflamações, encefalopatia hipertensiva, isquemia cerebral e tumores (a partir do momento que causam compressão ou rompimento de vaso sanguíneo). Plasma = sangue sem as células. Água, sais minerais, anticorpos, proteínas de alto peso molecular (maior peso é a albumina) não é viável ter contato com os neurônios. Hemorragia é aumento de fluido. Usar o termo Acidente Vascular Encefálico. Se for cerebral = restrito apenas no cérebro. Serão concertados por gliose = QUE NÃO É CICATRIZAÇÃO PQ É UM PROCESSO DE SÍNTESE DE COLÁGENO. GLIOSE NÃO, É ATIVAÇÃO DA PROLIFERAÇÃO DOS ASTRÓCITOS QUE SOBREVIVERAM E SE TORNAM HIPERREATIVOS. EXISTE CICATRIZAÇÃO DO SNC NAS MENINGES, MAS O TECIDO NERVOSO NÃO, É GLIOSE. REVISANDO: PARÊNQUIMA = são células que realizam alguma função. Do fígado = hepatócitos. ESTROMA = realiza sustentação. Do fígado = septos. Edema intersticial: há transdução de líquor do ventrículo para o parênquima periventricular devido ao aumento da pressão liquórica, por exemplo, devido à hipertensão intracraniana por hidrocefalia. Reabsorção e drenagem são deficientes, não quer dizer que está sendo produzido mais. Morfologia do edema: O cérebro torna-se amolecido, seus giros ficam dilatados, sulcos desaparecidos, aumento da tensão na dura-máter, compressão ventricular e redução do espaço subaracnóideo. À microscopia óptica verificamos a presença de degeneração hidrópica, diminuição da coloração (impregnação do corante) e presença do espaço de Virchow-Robin (espaço perivascular fisiologicamente não existente). Está muito visível, mas não era pra estar. HIDROCEFALIA É o acúmulo de LCR no interior do sistema ventricular. Pressiona o parênquima Em geral causado por dificuldade de circulação do LCR ou por dificuldade na reabsorção do mesmo pelas granulações aracnóideas. Raramente causado por excesso de síntese de LCR. O aumento do LCR no interior dos ventrículos causa dilatação dos mesmo e possível aumento da pressão intracraniana. Quando surge na infância, provoca um aumento do volume do crânio e cabeça. No adulto, causa dilatação dos ventrículos e hipertensão cerebral. Sintomas em RN: Irritabilidade, letargia ou sonolência excessiva, apnéias ou paradas respiratórias, alteração do formato do crânio, cabeça grande ou que cresce rapidamente, fontanela dilatada, ou seja, “moleira” aberta, abaulada e tensa, alteração do desenvolvimento neuropsicomotor. Sintomas em crianças mais velhas e em adultos: Dor de cabeça, vômitos, dificuldade para enxergar, letargia e sonolência. Pode evoluir de forma lenta e ir prejudicando o cérebro aos poucos, com isso a pessoa pode sofrer problemas de aprendizagem, raciocínio, problemas de coordenação. Podem aparecer na vida intra-uterina (hidrocefalias congênitas) ou podem ser adquiridas ao longo da infância ou fase adulta. Hidrocefalia obstrutiva = o líquor se acumula nos ventrículos por uma obstrução de alguma via de passagem. Hidrocefalia comunicante = desequilíbrio entre a velocidade de capacidade produção e absorção. As principais causas de hidrocefalia comunicante são: Hemorragias ou sangramentos intracranianos; Traumatismos cranianos; Infecções (meningite); Idiopática, ou seja, sem causa aparente. As principais causas da hidrocefalia obstrutiva são: Congênitas (malformações cerebrais); Tumores; Cistos. O aqueduto de Sylvius conecta o III e IV ventrículo passando pelo mesencéfalo. Malformações deste canal longo e estreito (diâmetro cerca de 1mm) são comuns,como atresia e bifurcação. Resultam em obstrução liquórica e hidrocefalia interna congênita. Hidrocefalia interna devida a obstrução liquórica por um tumor ( meduloblastoma ). -------------------------------------
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