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Prévia do material em texto

UNIB – UNIVERSIDADE IBIRAPUERA
AQUELE QUE APRENDE A SE CONHECER BEM E DESCOBRE E APRIMORA O QUE POSSUI DE MELHOR EM SUA COMUNICAÇÃO SE TRANSFORMA EM UM COMUNICADOR IRRESISTÍVEL E SEDUTOR. (Reinaldo Polito – Me. em Ciência da Comunicação, professor de oratória, palestrante e escritor).
DISCIPLINA: LeiRed
Profª. Ma. em LP: Cléria
SÃO PAULO
2014 
Formatação dos trabalhos (científicos e acadêmicos) conforme as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Científicas).
O objetivo dessas normas é o de uniformizar a publicação de conhecimentos.
Fonte: Times New Roman
Tamanho da fonte: 12
Título e subtítulo: fonte 14 
Espaçamento entre linhas: 1,5
Justificado (margens)
Parágrafos de acordo com a ABNT
Parágrafos curtos
Paginação (nos. de págs.)
Referências bibliográficas 
Citações diretas e indiretas
OBS: Todo trabalho acadêmico/científico como: monografia, artigos, TCCS, devem contemplar a adequação às normas da ABNT.
Dicas para escrever e-mails
Etiqueta na rede
O e-mail é um meio de comunicação diferente dos demais. Ao redigir suas mensagens, observe as instruções a seguir e crie uma impressão de eficiência e profissionalismo. 
Cuidados na redação
A facilidade para escrever e enviar uma mensagem estimula a informalidade. Aproveite esse benefício sem cair no desleixo: dedique tempo para redigir e-mails com clareza e objetividade se não quiser confundir (ou aborrecer) o destinatário. 
Tente ser objetivo e separar os assuntos com clareza 
Sem excessos
Além de irritantes, mensagens longas e repetitivas dificilmente conseguem transmitir as informações desejadas com eficiência e rapidez. Tenha em mente que na tela a leitura torna-se mais fácil se o texto vier em parágrafos curtos. 
Em nome da clareza
Se você quer que seu e-mail seja lido, dedique atenção para a identificação do assunto. Prefira usar poucas palavras, pois frases longas demais não aparecem inteiras na caixa de identificação de diversos programas de gestão de e-mail. 
Identifique o assunto com até 50 caracteres 
Escrita objetiva
Aprenda a escrever mensagens de leitura fácil e a transmitir o que é importante sem desperdiçar o tempo das pessoas 
Como responder
Mantenha a mesma identificação do assunto (em uma resposta, ela virá precedida da sigla “Re:”), pois a medida facilita a organização por tema na hora de arquivar os assuntos. Para redigir a resposta, acrescente seus comentários no início do texto, insira algumas observações ao longo da mensagem e delete o que não tiver importância. Se cada pessoa que ler e devolver a mensagem adicionar um bloco de texto no início, o e-mail corre o risco de ficar imenso. 
Clareza ao comunicar
Ao contrário do que ocorrem com cartas, os e-mails são informais e em geral têm um tom coloquial. No entanto, alguns destinatários podem interpretar de maneira errada. Ao escrever, pense em quem vai ler e reserve a intimidade para os amigos. 
Seja objetivo e aumente as chances de ser compreendido 
Abreviações
A necessidade de facilitar o processo deu origem a uma linguagem rica em siglas e palavras de fácil identificação, como “msg” em vez de “mensagem” e “vc” no lugar de “você”. Não se sinta obrigado a utilizar esse “idioma” e reserve a linguagem codificada para mensagens enviadas para quem compreende as abreviações. 
Só abrevie palavras se tiver certeza de que o leitor da mensagem as entende 
Símbolos com significado
Existe uma grande variedade desses símbolos, mas os mais usados estão descritos no quadro ao lado. Vale lembrar que nem todas as pessoas conhecem o significado dos emoticons e há quem os considere infantis. Evite usá-los em e-mails profissionais. 
Tom correto
Ao escrever um e-mail para uma pessoa pela primeira vez, pode ser difícil saber qual tratamento dar e como encerrar a mensagem. Aposte na neutralidade: use “Caro (fulano)” e termine com “Um abraço”. Reserve formas mais próximas (como “querido” ou “um beijo”) para destinatários que você conhece bem. 
Tente solucionar questões difíceis por telefone ou pessoalmente 
O perigo das emoções
Quando estiver nervoso ou alterado, preste o dobro de atenção nas mensagens que pretende enviar, pois algumas vezes um e-mail que você julga inofensivo pode conter emoções que não precisam ser transmitidas. Escrever com neutralidade em momentos de agitação não é fácil, e a leitura feita pelo destinatário pode agravar ainda mais a situação. Se tiver dúvidas, elabore uma mensagem “difícil” mas não envie: faça uma leitura atenta depois de um intervalo. 
Nos e-mails profissionais, evite ironias 
Em busca de ajuda
Se você se sente cansado ou sob pressão, pode ser útil pedir a opinião de um colega antes de mandar uma mensagem. Mostre o e-mail para uma pessoa não envolvida e peça seu parecer sincero. 
Regrinhas básicas para escrever e enviar e-mail:
1. Não escreva o texto do e-mail em letras maiúsculas;
2. Escreva de forma clara e objetiva
3. Evite a utilização de gírias nos seus e-mails, principalmente ser forem assunto de trabalho;
4. Revise seu texto antes de enviar para eliminar os erros ortográficos;
5. Não escreva e-mails muito longos, isso cansa o destinatário que provavelmente nem lerá todo o conteúdo, o ideal é no máximo 25 linhas;
6. Não envie propaganda não solicitada, isso é spam;
7. Para mandar um e-mail para mais de uma pessoa, utilize o campo CCO (Com cópia oculta), ou seja,
 não mostra o endereço eletrônico de nenhum destinatário, somente de quem enviou;
8. Não reenvie aqueles e-mails que trazem mensagens dizendo que se não forem enviadas para 5, 6, 7... pessoas você irá morrer, não terá sorte no amor ou algo do gênero, esses eu considero uns dos mais desagradáveis, no Orkut então, já é praga, apago todos!!
9. Não utilizar no campo assunto palavras do tipo "Oi", "Olá" ou "Tudo bem?", "Lembra de Mim", seja mais uma vez claro e objetivo;
10. Não reenvie newsletter ou notícias qualquer sem o consentimento do destinatário, ainda mais se for um e-mail de um grupo de discussão.
Estrutura do Parágrafo
Antes de iniciarmos, vejamos algumas noções básicas que são necessárias para que você compreenda o conteúdo abordado.
Noções básicas:
Parágrafo - unidade que estrutura o texto. Não importando a posição que ele aparece no texto pronto, deverá conter uma apresentação da idéia que será desenvolvida, um desenvolvimento e um fechamento.
Texto - uma ideia desenvolvida estruturada em um ou mais parágrafos.
Semântica - é o estudo do significado em palavras ou em frases dentro de um determinado contexto.
Rede semântica - conjunto de vocábulos selecionados ou elementos que promovem a relação de sentido no texto.
Circunstância da atividade - narrativa, argumentativa, dissertativa.
O Parágrafo é uma unidade de composição do texto. O parágrafo significa parte da mensagem que está sendo transmitida. Contém uma síntese das ideias transmitidas ao longo do texto.
O Parágrafo padrão/parágrafo padronizado contém:
Tópico frasal - trata de enunciar a ideia que o parágrafo vai discorrer. É o tema do parágrafo; é a definição do texto no sentido de apresentar a temática que será tratada.
Desenvolvimento - é ampliação e explicitação em frases daquilo que foi definido anteriormente no tópico frasal. Acréscimo de informações de modo ligeiro.
Conclusão - é apresentação do aspecto mais significativo das ideias apresentadas no tópico frasal e confirmadas no desenvolvimento.
Resumo
O parágrafo inicia-se pelo tópico frasal, que normalmente é a primeira frase. Nela está contida a ideia tópico. Segue-se do desenvolvimento, no qual se apresenta uma série de outras frases construídas para explanar a ideia expressa pelo tópico frasal. E, por fim, na conclusão do parágrafo acontece o fechamento da ideia no tópico frasal. 
Tópico Frasal
Frase inicial que expressa de maneira geral e sucinta a ideia tópico do parágrafo. Não há presença de marcadores textuais, possui, geralmente, uma oração apenas.
Desenvolvimento
É formado pelas frases que esclarecem a idéia central, discutindo-a em detalhes. Costumahaver marcadores textuais e várias orações. Os períodos são mais longos, e com várias orações num mesmo período. Pode-se iniciar os questionamentos.
Conclusão
Enuncia a finalização do parágrafo, sintetizando o conteúdo temático. Há obrigatoriamente o uso de marcadores textuais unindo a(s) oração ou orações que retomam a ideia tópico e preparam para a segunda etapa do texto.
Sendo assim, qual seria a diferença de parágrafo e texto? Podemos ficar com a noção de que o texto é a união do parágrafo padrão com os outros parágrafos que serão desenvolvidos.
Passemos, então, à estrutura do texto.
Estrutura do Texto
O Texto:
Introdução - Há necessariamente o parágrafo padrão, conforme já descrito. A introdução pode conter mais de um parágrafo. Caso isso aconteça é preciso utilizar-se dos mesmos elementos, ou seja, verbos flexionados adequadamente, marcadores textuais e a conclusão da ideia tratada neste parágrafo.
Desenvolvimento - Nesta parte do texto são construídos um ou mais parágrafos. Acrescentam-se outras informações, que podem ser em forma de comparações, exemplos ou demais dados pertinentes às ilustrações, que venham reforçar e confirmar o parágrafo construído anteriormente. No desenvolvimento do texto, podem surgir questionamentos ou refutações com o objetivo de ampliar o tema que está sendo tratado. 
Conclusão - A conclusão do texto está sempre relacionada à ideia tópico. Nesta parte, um parágrafo deverá ser construído com marcadores textuais de conclusão, sempre relacionando o fechamento ao tema que vem sendo abordado desde o início.
Atenção
- Não haverá perigo de desviar da idéia central se no desenvolvimento as ideias se apresentarem coerentes com a temática apresentada no parágrafo padrão.
- Para concluir o texto não há necessidade de repetir a ideia tópico, mas sim, de concluir a temática.
- Concluir um texto não significa esgotar o assunto. O que se conclui é a temática abordada naquele espaço que estamos denominando de texto e que foi apresentado ao longo dos diversos parágrafos. Isso significa que uma vez observada a coerência entre parágrafos, o encadeamento correto por meio dos marcadores textuais, o fechamento do texto pode ser também com questionamentos. 
Informação
- Os parágrafos são construídos com várias frases ou orações. O parágrafo significa uma unidade do texto, portanto, nem todo ponto constituirá um parágrafo.
- Conclua o texto com uma frase de encerramento. Ela é tão importante quanto a frase que determina o tópico frasal.
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL
“A coesão não nos revela a significação do texto, revela-nos a construção do texto enquanto edifício semântico."  -- M. Halliday
COERÊNCIA
Um texto pode ser incoerente se o seu autor não consegue inferir um sentido ou uma idéia através da articulação de suas frases e parágrafos e por meio de recursos lingüísticos (pontuação, vocabulário, etc.).
 
A coerência textual é a relação lógica entre as idéias; é o resultado da não-contradição entre as partes do texto.
As crianças estão morrendo de fome por causa da riqueza dopaís. 
Adoro sanduíche porque engorda.
As frases acima são contraditórias, não apresentam informações claras, portanto, são incoerentes. 
COESÃO
É a ligação, a relação, a conexão entre as palavras, expressões ou frases do texto. 
Comprei um livro que me foi muito útil para realizar a prova.		
Comprei um livro. O livro me foi muito útil para realizar a prova.
Conheci o pai da Joana, que me pareceu muito inteligente.
Quem é inteligente: o pai ou Celina?
Neste caso, a variação do pronome que exclui a ambiguidade.
Conheci o pai da Joana, o qual me pareceu muito inteligente.
Conheci o pai da Joana, a qual me pareceu muito inteligente.
Os automóveis colocados à venda durante a exposição não obtiveram muito sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque os carros não estavam em um lugar de destaque no evento.
O Rio de Janeiro é uma das cidades mais importantes do Brasil. A cidade maravilhosa é conhecida mundialmente por suas belezas naturais, hospitalidade e carnaval.
Há diversas formas de se garantir a coesão entre os elementos de uma frase ou de um texto. Citaremos algumas:
1. Substituição de palavras com o emprego de sinônimos ou de palavras ou expressões de mesmo campo associativo. 
2. Nominalização – emprego alternativo entre um verbo, o substantivo ou o adjetivo correspondente (desgastar / desgaste / desgastante). 
3. Repetição na ligação semântica dos termos, empregada como recurso estilístico de intenção articulatória, e não uma redundância - resultado da pobreza de vocabulário.  Por exemplo, “Grande no pensamento, grande na ação, grande na glória, grande no infortúnio, ele morreu desconhecido e só.” (Rocha Lima) 
A coesão apoiada na gramática dá-se no uso de conectivos, como certos pronomes, certos advérbios e expressões adverbiais, conjunções, elipses, entre outros. 
A coesão textual pode ser feita através de termos que: 
retomam palavras, expressões ou frases já ditas, através de pronomes, verbos, numerais, advérbios, substantivos, adjetivos. 
encadeiam partes ou segmentos do texto: são palavras ou expressões que criam as relações entre os elementos do texto. 
ATIVIDADES
Na elaboração dos períodos, a mesma palavra foi utilizada várias vezes. Reescreva-os utilizando-se de outros mecanismos coesivos que não seja a repetição. 
a) Eu falei com ele que você não queria que os pintores ficassem trabalhando o dia todo porque eles não sabem que o silêncio é indispensável para que você possa se concentrar e trabalhar.
b) Muitos alunos confessaram que não haviam estudado a matéria que caiu na prova de Matemática que foi marcada para aquele dia pelo professor que a elaborou.
c) Pediram que eu devolvesse o filme que me foi emprestado pela biblioteca da escola no fim do bimestre que passou para que ele pudesse ser emprestado a outro aluno
2 Na elaboração dos períodos, a mesma palavra foi utilizada várias vezes. Reescreva-os utilizando-se de outros mecanismos coesivos que não seja a repetição.
 
a) Eu falei com ele que você não queria que os pintores ficassem trabalhando o dia todo porque eles não sabem que o silêncio é indispensável para que você possa se concentrar e trabalhar.
b) Muitos alunos confessaram que não haviam estudado a matéria que caiu na prova de Matemática que foi marcada para aquele dia pelo professor que a elaborou.
c) Pediram que eu devolvesse o filme que me foi emprestado pela biblioteca da escola no fim do bimestre que passou para que ele pudesse ser emprestado a outro aluno.
Elementos de Encadeamento do Texto: Os operadores argumentativos (conectivos)
Os elementos de encadeamento servem para aprimorar o texto, determinar o ritmo, a aceleração e a desaceleração. Também tornam possível a coesão e podem ser encontrados tanto nas relações entre palavras como entre frases e períodos. Tais elementos podem ser conjunções, preposições, pronomes relativos. O importante é notar que se trata de elementos responsáveis pela ligação de uma e outra frase do texto.
Destacamos os dois principais que são: a pontuação e os marcadores textuais.
A pontuação aparece nos textos de duas maneiras:
- Maneira Expressiva: quando traduz as emoções que o autor escolhe propositadamente para produzir um jogo de efeito dentro do texto.
- Maneira Lógica: quando é a responsável pela organização das ideias do texto.
Em ambos os casos devem ser observados os preceitos da gramática normativa. Portanto:
- A pontuação aparece ligada ao sentido das frases e não ao tamanho ou aos espaços que o autor dispõe.
- A pontuação envolve o uso de vírgulas, dois pontos, ponto e vírgula e ponto final, entre outros recursos que estabelecem o ritmo do texto.
- A pontuação favorece a construção do sentido no texto.
ELEMENTOS DE LIGAÇÃO (encadeamento, conectivos, conjunções etc).
Um texto bem redigido apresenta, necessariamente, perfeita articulação de ideias. Para obtê-las, é necessário promovero encadeamento dos elementos de ligação que proporcionam as relações necessárias à integração harmoniosa de orações e parágrafos em torno de um mesmo assunto (eixo temático).
	SIGNIFICADO
	GRUPO
	Prioridade, relevância
	em primeiro lugar, antes de mais nada, primeiramente, acima de tudo, precisamente, principalmente, primordialmente, sobretudo
	Tempo (freqüência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade)
	então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente, agora, atualmente, hoje, frequentemente, constantemente, às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, apenas, já, mal.
	Semelhança, comparação, conformidade 
	igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, similarmente, semelhantemente, analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com, de acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, tanto quanto, como, assim como, bem como, como se.
	Condição, hipótese
	se, caso, eventualmente
	Adição, continuação
	além disso, (a)demais, outrossim, ainda mais, ainda por cima, por outro lado.
Também as conjunções aditivas: e, nem, não só, mas também etc.
	Dúvida
	talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é que. 
	Certeza, ênfase
	de certo, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza.
	Surpresa, imprevisto
	inesperadamente, inopinadamente, de súbito, subitamente, de repente, imprevistamente, surpreendentemente.
	Ilustração, esclarecimento
	por exemplo, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou seja.
	Propósito, intenção, finalidade
	com o fim, a fim de, com o propósito de, para que, a fim de que.
	Lugar, proximidade, distância
	perto de, próximo a ou de, junto a ou de, dentro, fora, mais adiante, aqui, além, acolá, lá, ali.
E ainda algumas preposições e os pronomes demonstrativos.
	Resumo, recapitulação, conclusão
	em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, logo, pois.
	Causa e conseqüência, explicação
	por consequência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com efeito, porque, porquanto, pois, que, já que, uma vez, visto que, como (= porque), portanto, logo, pois (posposto ao verbo), que (= porque).
	Contraste, oposição, restrição, ressalva 
	pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto que, conquanto, se bem que, por mais que, por menos que, no entanto.
Exemplo de um texto incoerente
Olha aí, ô galera, agora é preciso fazer curso para renovar o documento, falou?. Você já reparou se...... é, .... a sua carteira de habilitação, cara.... está passada?..... é.... com a data de validade vencida, cara? Pois fique esperto, meu irmão! Fica sabendo que não dá mais não .... a partir de agora, nesse momento .... você vai ter que fazer um curso pra valer .... teórico – tem que aprender de novo.... tudinho .... sobre direção defensiva, acho que é ... o outro é prá socorrer .... primeiros socorros acho ...., proteger as matas, bichos ...... proteção ao meio ambiente e sê cara de bem ...... cidadania, etc e tal - para renovar o documento, né? Agora é obrigatoriedade, morô? More bom.... e entrou em vigor em São José dos
Campos, pô, no início deste mês..... não dá mais não .... por decisão judicial, cara, atendendo solicitação daqueles donos de auto-escola, sei lá ..... de dois Centros de Formação de Condutores, aqueles cara de autoescola. 
Analisando os elementos, temos:
Ideias que não se completam produzindo incoerência; falta de pontuação que impossibilita o encadeamento das ideias, truncamentos e marcas da oralidade que descaracterizam o texto escrito. 
Proposição da atividade:
De acordo com os conhecimentos adquiridos proceda ao tratamento do texto acima.
AMBIGUIDADE
É o uso da oração em duplo sentido, de má ordenação de seus termos e falta de clareza, o que traz dificuldade de compreensão por parte do receptor.
Exemplo:
“A mãe pediu para o filho dirigir seu carro.”
Nesse caso não identificamos quem é realmente o proprietário do carro, se é a mãe ou o filho.
Assim, reformulando a mensagem:
“A mãe pediu que o filho dirigisse o carro dela.”
Tente desfazer a confusão das frases a seguir:
“Como vai a cachorra da sua mãe?”
(Que cachorra? A mãe ou a cadela criada pela mãe?)
“A mãe encontrou o filho em seu quarto.”
(No quarto da mãe ou do filho?)
“Este líder dirigiu bem sua nação”
(Nação de quem? Sua ou dele?)
“Eu comprei sapatos para homens pretos”.
(Sapatos ou homens pretos?)
“O rapaz comeu maçã e sua prima também”.
(Ah, não entendi, quem comeu o quê?)
“Nós vimos o incêndio do prédio”.
(Estávamos vendo do prédio o incêndio?)
FRASES AMBÍGUAS
Carlos pediu a José para assinar o contrato.
É proibido entrar na loja de bonés.
A médica falou com a paciente parada na enfermaria.
Papa abençoa fiéis do hospital.
Ele estava em minha companhia.
Junior encontrou a namorada em seu carro.
A cachorra da minha vizinha é linda.
O cadáver foi encontrado perto do banco.
Abandonei meu irmão contrariado.
O homem viu o incêndio do prédio ao lado.
O policial deteve o ladrão em sua casa.
O garotinho viu o mendigo sentado na varanda.
CACOFONIA
Cacofonia ou cacófato é o nome que se dá a sons desagradáveis ao ouvido formados muitas vezes pela combinação de palavras, que ao serem pronunciadas podem dar um sentido pejorativo, obsceno ou mesmo engraçado.
Cacofonia (do grego kako=ruim + fonia=som) é o nome dado aos sons ridículos dos cacófatos, palavras formadas por aqueles encontros casuais das sílabas finais de um vocábulo com as iniciais do outro.
Recentemente, um jornal cearense deu a seguinte manchete:
“Quadrilha explode banco e usa escudo humano”
(O encontro das palavras “usa escudo humano” formou uma combinação pejorativa e engraçada)
Veja mais:
“O maior cacófato já visto fica na terra onde abunda a pita?
A pita, ou piteira, para que não conhece, é uma grande erva rosulada aproveitada para extração de fibras. Um famoso governador de Minas Gerais, Benedito Valadares, resolveu, certa vez, mencionar tal vegetal para engrandecer o seu discurso diante do povo, citando com autoridade:
- Minas, essa terra feliz onde a pita abunda…
Aí um assessor do candidato cutucou-o e cochichou: “Governador, ‘a pita abunda’ é cacófato!” Percebendo a sua gafe, ele resolveu mudar o discurso:
- Minas, essa terra feliz onde abunda a pita!
E assim, Valadares entrou para história.
Outras frases citadas:
- Fui à casa do meu avô que dá os fundos para o bar. (a casa ou o avô?)
- Vou-me já. (mijá)
- Muito obrigado pelas honras que me já dão. (mijadão)
- Nenhum segurança havia dado. (segurança aviadado)
- Governo confisca gado de fazendas. (confiscagado)
- Usei um pilão de socar alho. (só caralho)
- Olha essa fada. (é safada)
- A empresa é dirigida pela dona Maria.(peladona)
- Emagreci graças ao cooper feito diariamente. (o dito cujo perfeito)
- Já que tinha resolvido (jaquetinha)
- Não pense nunca nisso (caniço)
- Como as concebo (como as com sebo)
- Ela tinha (latinha)
- Por cada (porcada)
- Boca dela (cadela)
A duplicidade de sentido, seja de uma palavra ou de uma expressão, dá-se o nome de ambiguidade. Ocorre geralmente, nos seguintes casos:
SINOPSE/SÍNTESE
Sinopse é um resumo, uma síntese de uma obra literária, científica e etc. A sinopse é também chamada de sumário, pois é também, uma versão mais curta de um texto original, não necessariamente um resumo.
O objetivo da sinopseé fazer com que o leitor entenda os pontos principais do texto original, e pode ser lido a sinopse de um livro, filme ou evento, e ele é essencial para fazer com que os indivíduos se interessem ou não pelo resto da obra, é uma espécie de chamariz (o que chama ou atrai).
Geralmente, a sinopse começa com o título, traz também o nome do autor, tipo de texto e a ideia principal do texto, a sinopse é diferente de uma resenha, por exemplo, pois ela não contém a interpretação e nem opinião da pessoa que escreveu, é formada apenas com a opinião do verdadeiro escritor, muitas vezes parafraseadas.
Como elaborar resumos
O resumo tem por objetivo apresentar com fidelidade ideias ou fatos essenciais contidos num texto.
O resumo pode se apresentar de várias formas, conforme o objetivo a que se destina. No sentido estrito, padrão, deve reproduzir as opiniões do autor do texto original, a ordem como essas são apresentadas e as articulações lógicas do texto, sem emitir comentários ou juízos de valor. Dito de outro modo, trata-se de reduzir o texto a uma fração da extensão original, mantendo sua estrutura e seus pontos essenciais.
Quando não há a exigência de um resumo formal, o texto pode igualmente ser sintetizado de forma mais livre, com variantes na estrutura. Uma maneira é iniciar com uma frase do tipo: "No texto ....., de ......, publicado em......., o autor apresenta/ discute/ analisa/ critica/ questiona ....... tal tema, posicionando-se .....". Esta forma tem a vantagem de dar ao leitor uma visão prévia e geral, orientando, assim, a compreensão de que segue. Este tipo de síntese pode, se for pertinente, vir acompanhada de comentários e julgamentos sobre a posição do autor do texto e até sobre o tema desenvolvido.1
Em qualquer tipo de resumo, entretanto, dois cuidados são indispensáveis: buscar a essência do texto e manter-se fiel às idéias do autor. Copiar partes do texto e fazer uma "colagem", sob a alegação de buscar fidelidade às idéias do autor não é permitido, pois o resumo deve ser o resultado de um processo de "filtragem", uma (re)elaboração de quem resume. Se for conveniente utilizar excertos do original (para reforçar algum ponto de vista, por exemplo), esses devem ser breves e estar identificados (autor e página). De todo modo, quem domina a técnica - e esse domínio só se adquire na prática - não encontrará obstáculos na tarefa de resumir, qualquer que seja o tipo de texto.
RESENHA
Resenhar significa fazer uma relação das propriedades de um objeto, enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes, descrever as circunstâncias que o envolvem. O objeto resenhado pode ser um acontecimento qualquer da realidade ou textos e obras culturais.
A resenha, como qualquer modalidade de discurso descritivo, nunca pode ser completa e exaustiva, já que são infinitas as propriedades e circunstâncias que envolvem o objeto descrito. 
O resenhador deve proceder seletivamente, filtrando apenas os aspectos pertinentes do objeto, isto é, apenas aquilo que é funcional em vista de uma intenção previamente definida.
1 – RESENHA TEMÁTICA (puramente descritiva) 
Apresenta com precisão e fidelidade os elementos referenciais e suas interações, ou seja, as ideias do(s) autor(es) sobre um determinado tema, sem nenhum julgamento ou apreciação do resenhador.
Superestrutura (categorias):
Referência Bibliográfica (informações sobre o texto)
Relatórios, resenhas e resumos devem sempre conter indicações com respeito à origem do texto. Essas indicações variam segundo o tipo de texto de que se trata, devendo-se, pois, seguir as normas estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). É preciso salientar, ainda, que um texto sem referência está fadado a tornar-se inútil a curto prazo. No caso de resenha de livro, a indicação se faz da forma como aparece na bibliografia final deste texto que está em suas mãos.
Descrição – Pode-se fazer, nesta parte, uma descrição sumária da estrutura da obra (divisão em capítulos, assuntos dos capítulos, índices etc.).
2 – RESENHA CRÍTICA 
Ao contrário da resenha temática, a resenha crítica é pontuada de apreciações, notas e correlações estabelecidas pelo juízo crítico de quem a elaborou. Não é suficiente descrever; é preciso julgar. De maneira geral, um julgamento (ou juízo), ainda que expresso de modo pessoal, deve ser apoiado em argumentos sólidos.
Superestrutura crítica (categorias):
Além das categorias já mencionadas da resenha temática, tem-se a categoria Comentário (opinião do resenhador sobre as ideias do autor, o valor da obra, etc.), caracterizando, assim, a subjetividade do resenhador. No entanto, o discurso dissertativo de caráter científico deve ser elaborado de maneira a criar um efeito de sentido de objetividade, pois pretende dar destaque ao conteúdo das afirmações feitas (ao enunciador) e não à subjetividade de quem as proferiu (não ao enunciador). Quer concentrar o debate nesse foco e por isso adota expedientes que, de um lado, põem em destaque os enunciados, como se eles subsistissem por si mesmos. É claro que se trata de um artifício linguístico, porque sempre, por trás do discurso enunciado, está o enunciador com sua visão de mundo.
Assim, para neutralizar a presença do enunciador, isto é, daquele que produz o enunciado, usam-se certos procedimentos: 
Evitam-se os verbos de dizer na primeira pessoa (digo, acho, afirmo, penso etc.). Com isso, procura-se eliminar a ideia de que o conteúdo de verdade contido no enunciado seja mera opinião de quem o proferiu, e sugerir que o fato se impõe por si mesmo.
Ex: de inadequação: Eu afirmo que os modelos científicos devem ser julgados pela sua utilidade.
Ex: de adequação: Os modelos científicos devem ser...
Quando, eventualmente, se utilizam verbos de dizer, são verbos que indicam certeza e cujo sujeito se dilui sob a forma de um elemento de significação ampla e impessoal, in 
 
RELATÓRIO
Relatório é um conjunto de informações utilizado para reportar resultados parciais ou totais de uma determinada atividade, experimento, projeto, ação, pesquisa, ou outro evento que esteja finalizado ou em andamento. Deve ser redigido num tempo verbal passado. 
Título - deve explicitar o assunto.
Introdução
Revise seu parágrafo introdutório. Esse parágrafo irá fazer a primeira e mais importante impressão de seu relatório. Deve estar impecável. Garanta que ele esteja bem escrito, interessante e contenha uma base com boas teses.
Parágrafos
Desenvolva idéias para parágrafos. Cada parágrafo deve se relacionar com uma frase ou idéia do parágrafo seguinte. Escreva primeiro as idéias centrais, e depois vá preenchendo com os exemplos. Não se esqueça de incluir o principal ou básico em seus dois primeiros parágrafos.
Conclusões 
Referem-se as dificuldades encontradas durante a realização da experiência; se os resultados obtidos coincidem com os resultados esperados (com base nos conhecimentos teóricos registrados na introdução) e, tiram-se as respectivas conclusões); discutem-se os resultados obtidos.
ESQUEMA
É a apresentação gráfica de um assunto ou matéria, de forma breve, ou seja, claro, conciso (redução do texto cerca de 20%) e organizado que nos permite uma idéia geral. 
Modelos de Esquemas
Chavetas Subordinação Mapas de Ideias
1. um
 1.1. um
 ponto um
 1.2. um
 ponto dois
2. dois
2.1.
 dois ponto um
 2.1.1. dois
 ponto 
 um ponto um
 2.1.2. dois
 ponto 
 um ponto dois
 
 
 Xxx
 
Xxx 
 
 
Xxx
)
REDAÇÃO EMPRESARIAL
Formas de Tratamento na Redação Empresarial
O tratamento costumeiro é Vossa Senhoria e sob a forma abreviada (V.Sa., V.Sas.). Na
correspondência oficial cerimoniosa, ainda emprega-se as formas Ilustríssimo (Ilmo.) e Mui Digno (M.D.)
Diante do nome e do cargo ou função do destinatário:
Ilmo.Sr.
Ernesto da Silva Brito
M.D. Diretor da ....
Para as autoridades, o tratamento adequado é Vossa(s) Excelência(s) (V.Exa. V.Exas.). A esse tratamento correspondem as formas Excelentíssimo (Exmo.) e Digníssimo (DD.):
Exmo. Sr.
Aristides Seixas de Andrade
DD. Secretário de Estado da...
Esses tratamentos exigem o verbo e os pronomes a eles referentes na terceira pessoa.
... V.Sas. ... assunto de seu interesse...
... V.Sa. ... enviar-lhe amostras...
Usa-se a forma VOSSA (Excelência, Senhoria) relativamente à PESSOA COM QUEM SE FALA ou a quem se dirige a correspondência.
- Temos a honra de convidar Vossa Senhoria para ...
Usa-se, porém, a forma SUA (Excelência, Senhoria) relativamente à PESSOA DE QUEM SE FALA.
- Sua Senhoria, o paraninfo, brilhou ao pronunciar seu discurso.
O tratamento usualmente empregado é Senhor, por se adaptar a todas as autoridades.
OFÍCIO
O ofício é um meio de comunicação utilizado por órgãos oficiais (públicos) e emana de uma autoridade.
O destinatário pode ser órgão público ou um particular. O ofício serve para informar, encaminhar documentos, solicitar providências ou informações, propor convênios, acordos, convidar alguém com distinção para participar de certos eventos, tendo sempre a intenção de tratar o destinatário com especial fineza e apreço. Há também o ofício-circular dirigido a destinatários diversos, que se presta a atender, informar, convocar, solicitar, etc.
O ofício segue o padrão mais tradicional de colocação dos elementos no papel, e se caracteriza por muita formalidade. É numerado seqüencialmente pelo emissor e o destinatário é colocado depois da assinatura
do remetente, no canto inferior esquerdo da página, como demonstrado no modelo abaixo.
Timbre
Of.no. ...../2008 São Paulo, ..... de janeiro de 2008.
Assunto: Convite para inauguração de anfiteatro.
Senhora Ministra,
1. É constituído de vários parágrafos, que podem ser marcados com numerais arábicos a partir do 2º até 
penúltimo.
O conteúdo deve ser delimitado em introdução, desenvolvimento e conclusão (fecho).
ATA
É o registro resumido de fatos e ocorrências, resoluções e decisões de uma assembléia, sessão
ou reunião. É um documento de valor jurídico. O redator, normalmente, o secretário oficialmente declarado para aquela sessão, se preocupa com a fidelidade àquilo que foi tratado e acordado durante a reunião. Uma vez aprovados e registrados os fatos não podem recebem mais modificações. O texto deverá ser compacto, em apenas um parágrafo ou com parágrafos numerados, sem espaços em branco e sem abreviaturas. Valores, números e siglas são escritos por extenso.
Como é parte componente do memorial da empresa, em caso de engano, a redação deverá ser retificada em nota própria, com a expressão «digo». Se o engano só for observado ao final do registro, deverá escrever: «em tempo: onde se lê... , leia-se ...».
Todos os presentes na reunião assinam a Ata. No caso de o secretário não ser oficial, costuma-se usar a expressão «secretário ad hoc» (apenas para tal ocasião). Na Ata consta:
- nome e número da reunião; dia, mês, ano e hora da reunião (por extenso);
- local da reunião; pessoas presentes (com suas respectivas qualificações);
- ordem do dia (pauta, motivo da reunião); registro das ocorrências e decisões;
- fecho; novamente o local e data; assinaturas.
EXEMPLO
Ata da Trigésima Quinta Reunião Ordinária do Conselho Departamental de Ciências da Computação.
Aos quatro dias do mês de dezembro de dois mil e sete, às quatorze horas, realizou-se, na sala iG46, no campus Santa Mônica, a sexagésima quinta reunião do conselho Departamental de Ciências da Computação sob a presidência do Chefe do Departamento de Ciências da Computação, Professor Luiz César, com a presença de todos os professores. 
Lida e aprovada a ata da sessão anterior, passou-se à leitura da pauta previamente elaborada, que se referia à montagem do Curso de especialização em Sistemas de Informação a ser realizado em duas etapas, sendo que a primeira delas, em data por extenso e a segunda, em data por extenso O Chefe do Conselho do Departamento sugeriu que os professores se dividissem em grupos, a fim de opinarem quanto à necessidade de ser oferecido tal curso.
O resultado desse estudo deverá ser apresentado na próxima reunião, ou seja, data por extenso, já com a proposta de currículo, data do início e final de cada módulo, nomes dos professores indicados para ministrarem o curso, local, horário, alunos e ou empresas interessadas. Nada mais havendo a tratar, o Chefe do Conselho do Departamento declarou encerrada a reunião, da qual eu, Glória de Fátima Pinotti de Assumpção, na qualidade de secretária “ad hoc”, lavrei a presente ata que, se aprovada, será assinada pelo Chefe do Departamento, por mim e pelos demais professores presentes.
São Paulo, 4 de dezembro de 2007.
Assinatura
Chefe do Departamento
Assinatura
Secretária
Professores
Assinam todos os presentes
RELATÓRIO
O relatório serve de elo entre pessoas ou órgãos em situação de interdependência nas Organizações. Serve como instrumento de controle e documento de registro de atividade, fatos relevantes ou rotineiros, entre outras destinações diversas.
Na área acadêmica ou científica, os relatórios chamam-se “relatórios de pesquisa” e nas organizações, normalmente, são identificados por títulos apropriados (relatório de inspeção de saúde, relatório i.ex.) ou simplesmente relatório de atividades. Por ser de natureza diversa é um documento que registra problemas, indica soluções, indica um acontecimento, presta conta, dentre várias outras situações, relata e não raro encaminha parecer.
Têm aqueles que são internos, não saem do âmbito da empresa e têm aqueles que são elaborados com o fim específico de divulgar amplamente. Normalmente esses são contábeis e publicados em jornais de grande circulação. Registrando, opinando ou informando, o relatório é sempre um documento muito elaborado na empresa e sua redação requer qualidade. 
Veja as recomendações que propomos para a elaboração:
- Fidelidade aos objetivos - o relatório sempre aborda um tema solicitado pela Organização, isto é, o que pretende com ele, o grau de profundidade das informações, o número de páginas estipulado e a data de entrega.
- Adequação da redação ao nível de profundidade das informações e ao destinatário.
- Declaração do grau de sigilo das informações, se sigilosas ou ostensivas.
- Observação às demais qualidades genéricas como: concisão, clareza na exposição, completeza nas informações demandadas pelo solicitante, coerência entre fatos, opiniões e pareceres. Controle da linguagem com vistas a evitar os desvios e excessos.
EXEMPLO:
RELATÓRIO DE ATIVIDADES
Identificação:
Laboratório de xexexexe
Departamento de Ciências da Computação
Período: janeiro a dezembro de 2007
Objetivos:
Este relatório tem por objetivos registrar xxxx, informar as xxxxxx texto texto texto texto.
Discriminção das atividades:
texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto textov texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto.
Considerações finais:
Esta parte é destinada ao fechamento do texto, mas também, há espaço para parecer ou opiniões do redator, ou, ainda, propor soluções, se forem poucas e pontuais. Caso contrário, abra um item especial para isso.
São Paulo, 28 de janeiro de 2008.
Assinatura
Nome
Chefe do Laboratório: xexe
Exercícios – Texto Argumentativo e Estratégias Argumentativas
01. (UFG-GO) Leia o texto de Paul Horowitz, físico da Universidade de Harvard. 
Existe vida inteligente fora da terra? “No Universo? Garantido. Na nossa galáxia? Extremamente provável. Por que não encontramos aliens ainda? Talvez nossos equipamentos não tenham sensibilidade suficiente. Ou não sintonizamos o sinal de rádio correto”.
SUPERINTERESSANTE. São Paulo: 
Editora Abril, n. 224, mar. 2006, p. 42. 
Tendo em vista os argumentos utilizados por Paul Horowitz, pode-se inferir que ele:(A) garante a existência de aliens apoiando-se em comprovações científicas. 
(B) prova que nosso encontro com extraterrestre é apenas uma questão de tempo. 
(C) revela suas idéias em uma escala que varia em diferentes graus de certeza. 
(D) sustenta seu ponto de vista com base em resultados verificados por equipamentos adequados. 
E) reconhece a existência de vida alienígena em nossa galáxia.
02. (UFMG-MG) 
O mercado é como Deus: invisível, onipotente, onisciente e, agora, como fim do bloco soviético, onipresente. Dele depende nossa salvação. Damos mais ouvidos aos profetas do mercado – os indicadores financeiros – que à palavra das Escrituras.
Idolatrias à parte, o mercado é seletivo. Não é uma feira livre, cujos produtos carecem de controle de qualidade e garantia. É como shopping center, onde só entra quem tem (ou aparenta ter) poder aquisitivo. 
BETTO, Frei. Estado de Minas, Belo Horizonte, 
8 jun. 2006. Caderno Cultura, p. 10.
(Trecho - Texto adaptado)
Idolatrias à parte, o mercado é seletivo.” (linha 25)
É CORRETO afirmar que a expressão destacada, nessa frase, é usada para:
0A) anunciar que a idolatria será abordada depois.
B) criticar a postura dos profetas do mercado.
C) desvincular o mercado da idéia de crença religiosa.
D) mudar o foco argumentativo do texto.
(FGV-SP) Texto para questão 03
Os tiranos e os autocratas sempre compreenderam que a capacidade de ler, o conhecimento, os livros e os jornais são potencialmente perigosos. Podem insuflar ideias independentes e até rebeldes nas cabeças de seus súditos. O governador real britânico da colônia de Virgínia escreveu em 1671:
“Graças a Deus não há escolas, nem imprensa livre; e espero que não [as] tenhamos nestes [próximos] cem anos; pois o conhecimento introduziu no mundo a desobediência, a heresia e as seitas, e a imprensa divulgou-as e publicou os libelos contra os melhores governos. Que Deus nos guarde de ambos!”
Mas os colonizadores norte-americanos, compreendendo em que consiste a liberdade, não pensavam assim.
Em seus primeiros anos, os Estados Unidos se vangloriavam de ter um dos índices mais elevados - talvez o mais elevado - de cidadãos alfabetizados no mundo.
Atualmente, os Estados Unidos não são o líder mundial em alfabetização. Muitos dos que são alfabetizados não conseguem ler, nem compreender material muito simples - muito menos um livro da sexta série, um manual de instruções, um horário de ônibus, o documento de uma hipoteca ou um programa eleitoral.
As rodas dentadas da pobreza, ignorância, falta de esperança e baixa auto-estima se engrenam para criar um tipo de máquina do fracasso perpétuo que esmigalha os sonhos de geração a geração. Nós todos pagamos o preço de mantê-la funcionando. O analfabetismo é a sua cavilha.
Ainda que endureçamos os nossos corações diante da vergonha e da desgraça experimentadas pelas vítimas, o ônus do analfabetismo é muito alto para todos os demais - o custo de despesas médicas e hospitalização, o custo de crimes e prisões, o custo de programas de educação especial, o custo da produtividade perdida e de inteligências potencialmente brilhantes que poderiam ajudar a solucionar os dilemas que nos perseguem.
Frederick Douglass ensinou que a alfabetização é o caminho da escravidão para a liberdade. Há muitos tipos de escravidão e muitos tipos de liberdade. Mas saber ler ainda é o caminho.
  (Carl Sagan, O caminho para a liberdade.
 Em "O mundo assombrado pelos demônios:
 a ciência vista como uma vela no escuro". Adaptado)
03. É correto afirmar que Carl Sagan faz citação das idéias de um governador real britânico para:
a) corroborar as idéias que defende no desenvolvimento do texto.
b) ilustrar a tese com a qual inicia o texto e à qual se contrapõe na seqüência.
c) comprovar a importância da colonização inglesa para o desenvolvimento americano.
d) desmistificar a idéia de que liberdade de imprensa pode trazer liberdade de idéias, como defende na conclusão.
e) ironizar idéias ultrapassadas, mostrando, no desenvolvimento do texto, o descrédito de que gozaram em todos os tempos.
(UFV-MG) O fragmento abaixo foi selecionado do texto “Mulheres no cárcere e a terapia do aplauso”, de Bárbara Santos. Leia-o para responder às questões 04, 05 e 06.
 
Mulheres no cárcere e a terapia do aplauso
(por Bárbara Santos) 
Elas estão no cárcere. O cárcere não está preparado para elas. Idealizado para o macho, o cárcere não leva em consideração as especificidades da fêmea. Faltam absorventes. Não existem creches. Excluem-se afetividades. Celas apertadas para mulheres que convivem com a superposição de TPMs, ansiedades, alegrias e depressões. 
A distância da família e a falta de recursos fazem com que mulheres fiquem sem ver suas crianças. Crianças privadas do direito fundamental de estar com suas mães. Crianças que perdem o contato com as mães para não crescerem no cárcere. 
Uma presa, em Garanhuns, Pernambuco, luta para recuperar a guarda de sua criança, que foi encaminhada para adoção por ela não ter familiares próximos. Uma criança com cerca de 2 anos de idade, em Teresina, Piauí, nasceu e vive no cárcere, não fala e pouco sorri, a mãe tem pavor de perdê-la para a adoção, sua família é de Minas Gerais. 
Essas mulheres são vítimas do machismo, da necessidade econômica e do desejo de consumir. São flagradas nas portas dos presídios com drogas para os companheiros; são seduzidas por traficantes que se especializaram em abordar mulheres chefes de família com dificuldades econômicas; também são vaidosas e, apesar de pobres, querem consumir o que a televisão ordena que é bom. 
Um tratamento ofensivo as afeta emocionalmente. A tristeza facilmente se transforma em fúria. Muitas escondem de suas crianças que estão presas. Sentem vergonha da condição de presas. Na maioria dos casos, estão convencidas de que são culpadas e que merecem o castigo recebido. Choram, gritam e se comovem. O cárcere é despreparado e pequeno demais para comportar a complexidade das mulheres. 
 
Apesar do aumento do número de mulheres presas no Brasil, especialmente nas rotas do tráfico, o sistema penitenciário não se prepara nem para as receber, nem para as ressocializar. Faltam presídios Femininos, assim como capacitação específica para servidores penitenciários que trabalham com mulheres no cárcere. 
Falta estrutura que considere a maternidade e que garanta os direitos fundamentais das crianças. 
Assim como na sociedade, no cárcere o espaço da mulher ainda é precário. O sistema é masculino na sua concepção e essência. Em cidades como Caicó, Rio Grande do Norte, não existe penitenciária feminina. As mulheres presas são alojadas numa área improvisada dentro da unidade masculina. Em Mossoró, no mesmo Estado, mulheres presas, ainda sem sentença, aguardam julgamento numa área minúscula dentro da cadeia pública masculina. A presença improvisada das mulheres cria problemas legais e acarreta insegurança para servidores penitenciários quanto à garantia da segurança geral e da integridade física das mulheres.
 
(Bárbara Santos é coordenadora nacional do projeto Teatro do Oprimido nas Prisões, desenvolvido pelo Centro de Teatro do Oprimido, em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional, do Ministério da Justiça. www.ctorio.org.br) 
(Disponível em: http:// www.carosamigos.terra.com.br. Acesso em: 07 ago. 2006.)
04. Tendo em vista o sentido global do texto, o seu PRINCIPAL objetivo comunicativo é: 
a) discutir a precariedade do sistema penitenciário para receber mulheres presas. 
b) apontar as especificidades e complexidades da mulher no cárcere. 
c) defender o direito das mães presas viverem com suas crianças. 
d) apresentar exemplos positivos de presídios para mulheres.
e) identificar os problemas das mulheres no cárcere.
05. Dentre os fatores abaixo, assinale o que NÃO foi mencionado por Bárbara Santos como problema que afeta a mulher no cárcere: 
a) A falta de absorventes. 
b) A inexistência de creches. 
c) A estrutura precária. 
d) Oexcesso de proteção. 
e) A convivência com os filhos
06. “[...] querem consumir o que a televisão ordena que é bom.” (§ 4) 
Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO comprova a assertiva feita pelo autor do texto:
a) A mídia televisiva é considerada hoje uma espécie de quarto poder. 
b) A pressão do índice de audiência leva a televisão a impor certos comportamentos à população. 
c) O peso da economia exerce influência sobre padrões específicos de conduta social. 
d) As publicidades televisivas, por exemplo, instigam as pessoas a consumirem produtos e sonhos. 
e) A função da mídia televisiva é apenas informar a sociedade dos acontecimentos em geral.
07. (UERJ)
Crise e Ciência
Crise é fundamental em ciência; sem crise não há progresso, apenas estagnação. Quando investigamos como a ciência progride na prática, vemos que é aos trancos e barrancos: os cientistas não têm sempre todas as respostas na ponta da língua. O processo criativo de um cientista pode ser bem dramático, muitas vezes envolvendo a agonia da dúvida e, em alguns casos, o êxtase da descoberta. Vista sob esse prisma, a ciência não está assim tão distante da arte.
Na maioria das vezes, as crises nas ciências naturais são criadas por experiências realizadas em laboratórios ou por observações astronômicas que simplesmente não se encaixam nas descrições e teorias da época: novas idéias são necessárias, idéias essas que, às vezes, podem ser revolucionárias. Em geral, revolução em ciência implica novas e inesperadas concepções da realidade, chocantes a ponto de intimidar os próprios cientistas.
(GLEISER, Marcelo. Folha de São Paulo, 26/05/2002.)
Crise é fundamental em ciência; (linha 1)
A tese do físico Marcelo Gleiser é enunciada logo no início do primeiro parágrafo. Ele sustenta essa tese, com fatos, no segundo parágrafo.
Demonstre, elaborando uma frase completa, como esses fatos sustentam a tese defendida pelo autor.
08. Leia o texto abaixo para responder à questão seguinte.
ENTREVISTA COM MICHAEL SERMER
(Diretor da ONG contra superstições) – Veja, n. 1733
Repórter: Como o senhor justifica a vantagem do pensamento científico sobre o obscurantismo?  (obscurantismo – oposição sistemática ao progresso material e intelectual ( ignorância)).
MS: A ciência é o único campo do conhecimento humano com característica progressista. Não digo isso tomando o termo progresso como uma coisa boa, mas sim, como um fato. O mesmo não ocorre na arte, por exemplo. Os artistas não melhoram o estilo de seus antecessores, eles simplesmente o mudam. Na religião, padres, rabinos e pastores não pretendem melhorar as pregações de seus mestres. Eles as imitam, interpretam e repetem aos discípulos. Astrólogos, médiuns e místicos não corrigem os erros de seus predecessores, eles os perpetuam. A ciência, não. Tem características de autocorreção que operam como a seleção natural. Para avançar, a ciência se livra dos erros e teorias obsoletas com enorme facilidade. Como a natureza, é capaz de preservar os ganhos e erradicar os erros para continuar a existir.
Em termos argumentativos, pode-se dizer que: 
(A) a argumentação apresentada por MS se apóia em testemunhos de autoridade; 
(B) a tese apresentada está explícita em "a ciência se livra dos erros e teorias obsoletas com enorme facilidade"; 
(C) o público-alvo a ser convencido é o conjunto de pessoas ligadas, de uma maneira ou outra, ao obscurantismo; 
(D) os argumentos apresentados na defesa da tese se fundamentam ora na intimidação, ora na persuasão; 
(E) por ser de caráter científico, a subjetividade do argumentador é completamente desprezada na argumentação.
9. Identifique e destaque as partes de um parágrafo nos seguintes textos:
a) As pedras preciosas, por várias razões, ocupam o principal lugar entre os objetos de adorno usados pelo homem. Têm uma beleza inerente; o trabalho cuidadoso do joalheiro só realça suas qualidades naturais. São pequenas e portáteis. Sua aparência - seu brilho, sua luz, sua cor rica e viva - convida o olhar e o tato. Por isso, exercem sobre nós um justificável fascínio.
b) Um bom goleiro tem de ser alto, ágil, frio e decidido. A altura é fundamental para disputar com o adversário as bolas lançadas sobre a pequena área. Deve ser ágil porque precisa mover-se constantemente, com extrema rapidez, de um canto a outro dos quase oito metros de sua trave. Sendo ele o último obstáculo entre o adversário e o gol, deve manter, ao longo dos noventa minutos, por mais importante que seja o jogo, a frieza para enfrentar as situações de perigo. Por fim, todo gesto que fizer deve ser cheio de precisão, pois o adversário está sempre à espreita da menor hesitação do goleiro para marcar.		
c) A principal diferença entre escrever e falar é o tempo de que se pode dispor para fazer uma coisa e outra. Não é de estranhar, portanto, que essas atividades exijam habilidades diferentes. Fala bem quem consegue organizar o maior número de idéias no momento da fala. 	Escreve bem quem é capaz de registrar, com precisão, clareza e organização, as idéias que pretende transmitir a seu leitor, não importando o tempo que leve para fazer isso.
d) A prática da redação é muito importante para a formação profissional. Não é apenas por causa da necessidade de redigir cartas, relatórios, ofícios e, eventualmente, artigos que um agrônomo, por exemplo, precisa saber escrever. A prática da redação é fundamental porque é um excelente treinamento para a organização do raciocínio e para o desenvolvimento da capacidade de se expressar.
ORTOGRAFIA
1 - Emprego do hífen: 
Pode-se dizer que, quanto ao emprego do hífen, com o novo acordo ortográfico, várias regras foram reformuladas de modo mais claro, resumido e simples em palavras composta, sequências de palavras, formações com prefixos e sufixos. Todavia, referentes às novas regras, sugerimos a leitura do livro: O que muda com o NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO – Evanildo Bechara ( Nova Fronteira). 
 
2 – Trema 
Com o novo acordo ortográfico o trema não será mais usado em palavras portuguesas ou aportuguesadas, como: aguentar, arguir, bilíngui, lingueta, linguiça, frequentar, tranquilo etc. As palavras que possuíam o trema continuarão a ser pronunciadas como antes. (Evanildo Bechara)) 
3. Acento Diferencial 
Não se usará mais para diferenciar: 
a) “pára” (flexão do verbo parar) de “para” (preposição) 
b) “péla” (flexão do verbo pelar) de “pela” (combinação da preposição com o artigo) 
c) “pólo” (substantivo) de “polo” (combinação antiga e popular de “por” e “lo”) 
d) “pélo” (flexão do verbo pelar), “pêlo” (substantivo) e “pelo” (combinação da preposição com o artigo) 
e) “pêra” (substantivo - fruta), “péra” (substantivo arcaico - pedra) e “pera” (preposição arcaica)
4. Alfabeto 
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras “k”, “w” e “y”. A ordem fica ....g h i j k l m........ .... .....u v w x y z. Leitura Complementar Para mais informações, veja a obra: NEIVA E. G.; ROSA. J. A. Redigir e Convencer. São Paulo: STS, 2000.
5. Acento Circunflexo 
Não se usará mais: 
a) nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos “crer”, “dar”, “ler”, “ver” e seus derivados. A grafia correta será “creem”, “deem”, “leem” e “veem”. 
b) em palavras terminadas em hiato “oo”, como “enjôo” ou “vôo” -que se tornaram “enjoo” e “voo”
6. Acento Agudo 
Não se usará mais: 
a) nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas, como “assembleia”, “ideia”, “heroica” e “jiboia”. 
b) nas palavras paroxítonas, com “i” e “u” tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: “feiúra” e “baiúca” passam a ser grafadas “feiura” e “baiuca”. 
c) nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”. Com isso, algumas poucas formas de verbos como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem.
Como fica a regra de acentuação? 
1. Paroxítonas terminadascom duas letras “o” não mais terão acento circunflexo. Abençôo, vôo, enjôo passarão a ser escritos da seguinte forma: abençoo, voo, enjoo. 
2. O circunflexo também será extinto nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos crer, dar, ler, ver e seus decorrentes. A grafia correta será creem, deem, leem e veem. 
3. O trema desaparece por completo. As palavras linguiça e frequência estarão gramaticalmente corretas. 
4. Serão eliminados os acentos agudos nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas, como jibóia e idéia. 
5. Será eliminado o acento diferencial em pára (verbo) de para (preposição)
PONTUAÇÃO 
Ponto (.) - marca uma pausa grande entre orações e indica o encerramento de um pensamento na oração ou no período. O Ponto somente deve ser empregado quando o pensamento está completo, para por fim e concluir o sentido. 
O emprego da vírgula (,) sempre marca uma pausa de pequena duração, porém não significa respiração, não empregue por dúvida ou tentando desfazer a ambigüidade do texto. Empregue nos casos apropriados que são: 
- separar termos da mesma função sintática e isolar o aposto (são enumerações e inserções)
Exemplo O Vargas gordo, o das corridas, estendeu a face enorme, imbebe e cor de papoula (Eça de Queirós: Os Maias) 
- isolar o vocativo e isolar o adjunto adverbial quando deslocado
Exemplo E aí, André, passou no vestibular? Fale, sem constrangimentos, como foi. 
Atenção 
A vírgula empregada em constrangimentos é aconselhável, não obrigatória.
- separar datas, localidade e nos endereços
Exemplo São Paulo, 25 de janeiro de 2008. Av. das Acácias, 139. 
- omitir verbos
Exemplo Ele foi de carro, ela de avião. 
- isolar as expressões explicativas como: por exemplo, além disso, isto é, a saber, aliás, digo, minto, ou melhor, ou antes, outrossim, com efeito, etc.
- separar as conjunções coordenativas adversativas e conclusivas deslocadas.
Exemplo Não quero ir, portanto, não conte comigo. Durante o ano trabalhamos muito; porém, agora, descansaremos bastante. 
- isolar elementos repetidos e antes de etc.
Exemplo Verinha, neste carnaval, pulou, pulou, pulou, etc.
Às vezes repete-se a aditiva e, ao invés de usar vírgula:
Exemplo O sol, a lua e as estrelas brilham no firmamento. E ouvia, e falava e a tudo respondia. Pedro brinca em casa, e, quando quer, brinca na rua. 
Há vários outros casos, alguns desnecessários, mas recomendados. O estudo da vírgula ainda há indecisão entre os gramáticos. Em caso de dúvida, o melhor mesmo é consultar a gramática, sempre a indicada na bibliografia. 
Ponto-e-vírgula (;) é empregado como intermediário entre a vírgula e o ponto, nos casos:
- coordenadas longas, com elementos de contraste e antagonismos.
Exemplo Os alunos referiam-se a problemas da atualidade; os professores agradeciam por aquela circunstância. Fortes, desejavam a guerra, indomáveis pensavam na vitória. Os primeiros são bons; os segundos, melhor ainda. 
- para separar “considerandos” em documentos oficiais. 
Dois pontos (:) são usados:
- nas citações, nas orações apositivas, nas explicações e nas enumerações.
Exemplo Enquanto explicava a situação, Maria gesticulava e, sem olhar para ele, disse:
Para chegar lá: suba duas ruas e dobre à direita. Mencionou tudo: namorou, noivou e casou. 
Os demais sinais de pontuação têm emprego bem delimitado, portanto, são: 
- Ponto de interrogação (?) - usa-se em orações interrogativas, serve para perguntar algo. 
- Ponto de exclamação (!) - usa-se em orações exclamativas, as que causam surpresa ou estranheza. 
- Reticências (...) - para suspender, interromper, gerar suspense. 
- Aspas e parênteses (“aspas“) - para destacar ou explicar 
- Travessão (–) - para introduzir explicações no meio de orações ou em ordenação.
Palavras que sempre causam dúvidas na grafia
	acender
	pôr fogo, alumiar, iluminar
	ascender
	subir
	acerca de
	sobre, a respeito de
	cerca de
	aproximadamente
	há cerca de
	faz
	acerto
	ato de acertar
	acostumar
	contrair hábito
	costumar
	ter por hábito
	aferir
	conferir, comparar
	afim de
	semelhante a, parente de
	a fim de 
	para 
	amoral
	indiferente à moral
	ante
	antes
	anti
	contra
	censo
	recenseamento 
	senso 
	raciocínio, juízo
	conjetura
	hipótese
	conjuntura
	situação
Atividade
Faça você mesmo a relação entre as palavras, numerando a segunda coluna de acordo com a primeira:
	
	bem-vindo
	ordem de pagamento
	
	benvindo
	lance de jogo de xadrez
	
	cessão
	saudação, execução
	
	secção
	extensão
	
	sessão
	bem recebido, quando se chega
	
	seção
	sessão musical
	
	cheque
	repartição ou departamento
	
	xeque
	nome de pessoa 
	
	comprimento
	encontro, reunião
	
	cumprimento
	ato de ceder 
	
	concerto 
	divisão ou departamento 
E, a seguir, mais um grupo de palavras.
	delatar
	denunciar
	deferimento 
	concessão 
	descriminação 
	absolvição
	discriminar
	separar, distinguir
	estada
	permanência de pessoas
	extrato
	resumo, essência
	flagrante
	evidente
	incidente
	episódio
	mandado 
	ordem
	pleito
	disputa
	precedente
	antecedente
	procedente
	proveniente, oriundo
	ratificar
	confirmar
	retificar
	corrigir 
Só não tem dúvida quem nunca escreveu!
1) Por que, por quê, porque, porquê 
POR QUE quando significar “por que motivo”, usa-se no início ou no meio da frase como advérbio interrogativo de causa.
Exemplo:
Por que você faltou? Não me disseram por que ele estava lá. 
Quando significar “pelo qual” e flexões, o POR QUE é preposição mais pronome relativo.
Exemplo
Chegou o dia por que eu tanto esperava. 
Quando a oração iniciada por POR QUE puder ser trocada por ISTO, é preposição mais conjunção integrante.
Exemplo
Ele anseia por que todos sejam felizes. 
No final de frase o POR QUÊ significa “por que motivo”.
Exemplo
Chegaste agora por quê? 
Quando significar “pois” ou “para que” o PORQUE é conjunção.
Exemplo
Chegou tarde porque perdeu o ônibus. 
Quando você sabe o PORQUÊ sabe que se trata de substantivo, pois vem sempre acompanhado de um determinante (artigo, pronome adjetivo, etc.).
Exemplo
Eis o porquê da questão. 
2) Mau, mal 
MAU é adjetivo quando pode ser trocado por BOM.
Exemplo
Nem pensar em mau resultado!... Tenha sempre pensamentos bons.
MAL é advérbio ou substantivo quando pode ser trocado por BEM, ou DIFICILMENTE, A CUSTO.
Exemplo
Não há mal que sempre dure. Não entendi nada, ele falava muito mal. Ela estava tão fraca que mal podia caminhar.
Se for trocado por QUANDO, é conjunção temporal.
Exemplo
Todos saíram mal a prova acabou. 
Mais, mas 
MAIS pode ser trocado por MENOS quando for advérbio ou pronome.
Exemplo
Tenho mais livros que você. João é mais alto que Pedro. 
MAS é conjunção quando puder ser trocado por PORÉM ou COMO.
Exemplo
Dançava muito, mas não transpirava. Não só estuda, mas também trabalha.
Acerca de, a cerca de, há cerca de 
Usa-se ACERCA DE quando significar SOBRE ou A RESPEITO DE.
Exemplo
Nada falava acerca da casa dele. 
CERCA DE quer dizer APROXIMADAMENTE
Exemplo
Ele ficou a cerca de cem metros. 
HÁ CERCA DE tem sentido de tempo, mas também pode significar “existem”.
Exemplo
Marcos voltou há cerca de um ano. Há cerca de cem pessoas ali. 
Este, esse, aquele 
ESTE é usado para quando o objeto ou a pessoa se encontrar junto da que fala.
Exemplo
Matias, este livro é seu. (o livro está na mão de quem está falando a Pedro).
ESSE é usado quando o objeto está com a pessoa a quem o falante se dirige.
Exemplo
Pedro, esse livro é seu. (é como se você pudesse apontar o livro que está com Pedro). 
Usa-se AQUELE quando o objeto está longe das duas pessoas que conversam.
Exemplo
Pedro, aquele livro é seu. (o livro está longe dos dois). 
- o ano em que se encontra quem fala - Não me preocupo com este ano. 
- um ano um pouco afastado - Nesse ano,nós nos conhecemos. 
Pode-se usar ESTE ou AQUELE quando se quer fazer referência a termos expressos anteriormente, dependendo então do afastamento.
PALAVRAS FINAIS
Espero que esse trabalho tenha contribuído na identificação de aspectos úteis de nossa língua materna, não como um simples sistema de regras, mas, tomando as palavras de Marcuschi (2007), como uma atividade sociointerativa que exorbita o próprio código como tal. Assim sendo, o uso correto do nosso idioma deve ser objeto principal a ser observado para que não seja simplesmente um mero instrumento de transmitir informações. A língua, segundo o escritor já citado, é um instrumento sociocultural na interatividade que contribui para o conhecimento de novos mundos e para nos tornar definitivamente humanos. 
FONTES DE REFERÊNCIA
BECHARA, Evanildo. O que muda com o novo acordo ortográfico. RJ: Nova Fronteira, 2008. 
PASCHOLIN, Maria Aparecida. Gramática – Teoria e exercícios. SP: FTD, 2008.
NEIVA, E. G; ROSA, J. A. Redigir e Convencer. São Paulo: STS, 2000.
PIMENTEL, Carlos. A Nova Redação Empresarial e Oficial. Rio de Janeiro: Impetus, 2003.
RODRIGUES, Manuela M. Comunicação e Objetividade. São Paulo: STS, 2001.
KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto, 1998.
CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão. São Paulo: Ática, 1994.
PIMENTEL, Carlos. A Nova redação empresarial e oficial. Rio de Janeiro: Impetus, 2003.
BASTOS, Lúcia K.; MATTOS, Maria Augusta de. A produção escrita e a gramática. São Paulo: Martins Fontes, 2000. (Construções estranhas, p. 71 – 94 – Sugestão de Leitura).
COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e textualidade. São Paulo, Martins Fontes, 1994.
GUIMARÃES, Elisa. A articulação do texto. São Paulo, Ática, 2004.
SERAFINI, M. T. Como escrever textos. 6ª. São Paulo: Globo, 1994.
Complementar:
BASTOS, Lúcia K. & MATTOS, Maria Augusta de. A produção escrita e a gramática. São
Paulo: Martins Fontes, 1992.
Netiqueta da USP - Etiqueta na Internet, muito bom
http://www.icmc.usp.br/manuals/BigDummy/netiqueta.html (Pesquisado em 04/04/2012).
Como escrever emails, muito bom
http://www.esinet.com.br/blog/dicas-para-escrever-um-e-mails (Pesquisado em 04/04/2012).
Como escrever emails, muito bom
http://www.portuguesfacil.net/como-escrever-um-bom-e-mail-em-6-passos 
http://www.redecol.com.br/2009/09/como-escrever-e-mail-corretamente.html 
http://emreflexao.blog.br/como-escrever-um-email-melhor.html 
www.minerva.uevora.pt/bib-es-campo.../elaborar_relatorio.pdf (pesquisado em 19/02/2013)
noticias.universia.com.br/.../como-escrever-um-relatorio-em-10-pass... (pesquisado em 19/02/2013)

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