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Resumo Seguro defeso

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O Programa Seguro Defeso surgiu logo no início dos anos 1990, na esteira dos avanços da Constituição Federal de 1988 (CF/1988) que trouxe o seguro desemprego como um direito constitucional. O SD é uma extensão do Programa Seguro-Desemprego dedicada a um trabalhador específico: o pescador com perfil artesanal. [1: Pescador artesanal é aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que: Não utilize embarcação; Utilize embarcação de até seis toneladas de arqueação bruta, ainda que com auxílio de parceiro; Na condição exclusiva de parceiro outorgado, utilize embarcação de até 10(dez) toneladas de arqueação bruta.]
O SD possui dois objetivos o social e ambiental, sendo que o primeiro consiste em garantir amparo ao pescador durante o período do defeso , e o ambiental que colaborar na preservação das espécies cuja reprodução ocorre no período do defeso. [2: Defeso é uma medida que visa proteger os organismos aquáticos durante as fases mais críticas de seus ciclos de vida, como a época de sua reprodução ou ainda de seu maior crescimento. ]
Para a previdenciária, o pescador artesanal pode ser compreendido como uma modalidade de segurado especial, que labora essencialmente para a subsistência por meio da mútua colaboração dos membros de seu grupo familiar, com o uso apenas eventual de trabalho de terceiros – como parceiros.
Lei no 8.287/1991 instituiu o SD como uma modalidade específica do Programa Seguro-Desemprego dedicada ao pescador artesanal. O benefício do programa correspondia ao pagamento de um salário mínimo mensal, ao longo do período do defeso, em que o trabalhador estaria em situação equiparada à de desemprego involuntário. Para ter direito ao beneficio o pescador deveria comprovar o prévio e ininterrupto exercício da atividade de pesca por intervalo equivalente a, no mínimo, três anos. 
Esta comprovação se dava pelo Ibama mediante a emissão de registro de pescador profissional, por meio do Registro Geral da Pesca (RGP) ou por meio de atestado da colônia de pescadores à qual o trabalhador se vinculasse. O custeio do programa era realizado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A definição do período de defeso, bem como espécies animais, era efetuada pelo Ibama. Ademais, o acesso ao programa era controlado pelo MTE – que, à época, se encontrava unido ao Ministério da Previdência Social (MPS). Desse modo, tornava-se evidente uma de suas características: diversas instituições estatais tinham de se envolver para que o pescador artesanal tivesse acesso ao SD.
A Lei no 10.779/2003 revogou a Lei no 8.287/199, passando a ser a norma reguladora do programa. a nova norma explicitou que este pescador poderia contratar auxílio eventual de parceiros em suas atividades laborais, assim como poderia acessar o SD com exercício prévio menor, de apenas um ano após a obtenção de seu RGP e para conseguir o SD, o pescador não poderia contar com rendimentos provenientes de transferências previdenciárias ou assistenciais, nem poderia dispor de rendimentos oriundos de outras atividades laborais – que não a própria de pesca.
Resolução CODEFAT no 657/2010 revogou a de no 468/2005, passando a ser a norma regulamentadora da Lei no 10.779/2003 alterando as condições ao SD mantiveram- se quase as mesmas, com a exceção de dois aspectos:
em vez da comprovação do recolhimento de, no mínimo, duas parcelas previdenciárias no ano anterior ao início do defeso, o pescador artesanal necessitava comprovar o recolhimento de apenas uma parcela como segurado especial;
 o auxílio-reclusão foi acrescido à lista de exceções de benefícios de prestação continuada, previdenciários ou assistenciais, que eram vedados ao pescador artesanal demandante do SD. 
A Resolução CODEFAT no 657/2010 alterou dois aspectos, de acesso ao SD em meio aos documentos de comprovação das condições, ela eliminou o atestado da colônia de pescadores. Para comprovar se o trabalhador era pescador artesanal e se realizava sua atividade de maneira ininterrupta, passou a bastar a declaração do próprio pescador. 
O principal objetivo da política do governo dirigida para a pesca artesanal busca a redução da pobreza mediante o incremento da renda dos pescadores artesanais e de suas comunidades, em primeira instância, por meio da melhoria da cadeia produtiva e a diminuição da dependência de intermediários.

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