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Prof. Ms. Renata Teixeira 2016 ¡ Impedir a perda excessiva de líquidos. ¡ Metabolização: sinteDzar vitamina D. ¡ Proteger da ação de agentes externos. ¡ Manter a temperatura corpórea. ¡ ParDcipar da termorregulação: através da transpiração, como forma refrescar o corpo. ¡ Órgão do senDdo: superKcie cutânea está provida de terminações nervosas capazes de captar esOmulos térmicos, mecânicos ou dolorosos. • Secreção: secreção de queraDna, melanina, suor e sebo. • Social FUNÇÕES DA PELE ¡ Maior órgão do corpo h u m a n o à 2 m 2 (adultos). ¡ Apresenta 3 camadas: 1. Epiderme 2. Derme 3. Hipoderme. ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE ¡ FUNÇÃO: Proteção do organismo e regeneração da pele. ¡ Células de Langerhans: responsáveis pela fagocitação de anOgenos que aDngem a pele ( importância imunológica). ¡ Melanócitos: responsáveis pela síntese de melanina, e localizam na camada basal. O n° de melanócitos é = em todas as etnias à variando: tamanho, morfologia e disposição. ¡ QueraFnócitos: células germinaDvas com a função de sinteDzar queraDna e dar suporte e estrutura a pele. O melanoma é uma neoplasia originada d e m e l a n ó c i t o s , células da pele que produzem melanina. MELANOMA EPIDERME -‐ ANEXOS CUTÂNEOS • Folículo pilossebáceo: composto pelo pêlo + músculo eretor do pêlo + glândula sebácea. Existem em todas as regiões exceto nas regiões palmoplantares. Unha: lâmina queraDnizada originada na camada córnea que recobre a úlDma falange dos dedos. EPIDERME -‐ ANEXOS CUTÂNEOS • Glândulas sudoríparas: são de 2 Dpos: -‐ Apócrinas: desembocam diretamente no folículo. • Axilas e em volta da área genital e sua aDvidade é a principal causa do odor do suor, devido às bactérias. • O estresse emocional: aumenta a produção de suor destas glândulas. • Entram em aDvidade na puberdade. -‐ Écrinas: presentes em toda a pele (principalmente na palma das mãos e dos pés e na fronte. • Atuam, principalmente, no processo de regulação da temperatura do corpo através da evaporação (suor) . • Começam a funcionar logo após o nascimento da criança. • O ducto excretor do suor passa pela derme, epiderme e termina nos poros da superKcie da pele. EPIDERME -‐ ANEXOS CUTÂNEOS • Localizada entre epiderme e hipoderme que tem como principais funções: resistência, elasDcidade, força mecânica, oxigênio e nutrientes. • Composição: 1. Colágeno: proteína sinteDzada pelos fibroblastos à estabilidade estrutural da derme. 2. Fibras elásFcas: sinteDzada pelos fibroblastos, ficam ligadas ao colágeno e geram elasDcidade a pele. 3. Vasos sanguíneos e l infáFco: estão localizados próximos a hipoderme. 4. Músculos: musculatura predominantemente l isa, compreendendo a musculatura da aréola mamária e do músculo eretor do pêlo. 5. Glândula sebácea DERME DERME ¡ A estria se forma quando a pele é excessivamente esDrada, ultrapassando sua capacidade de distensão. ¡ Ela se rompe e suas bordas, ao cicatrizarem, formam uma linha deprimida na superKcie da pele. ¡ Várias são as causas de seu aparecimento. ESTRIAS ¡ Camada mais profunda. ¡ FUNÇÃO: armazenamento de energia , termoisolamento e p r o t e ç ã o m e c â n i c a d o o r g a n i smo a s p r e s s õ e s e traumaDsmo. ¡ Facilita a mobilidade da pele em r e l a ç ã o a s e s t r u t u r a s a d j a c e n t e s , t a i s c o m o : músculos, tendões e ossos. ¡ Compo s t a p o r a d i p ó c i t o s , colágeno e vasos sanguíneos mais ca l ibrosos que os da derme. HIPODERME LIPODISTROFIA GINÓIDE O EXAME CLÍNICO ANAMNESE EXAME FÍSICO • Base do processo de enfermagem • IdenFficação dos problemas de enfermagem INVESTIGAÇÃO CLÍNICA • Quanto tempo tem a lesão ? • Tem prurido ? Aumenta ou diminui de tamanho ? • Como está tratando ? Quem orientou o tratamento ? • Quando começou ? Quais foram as caracterísDcas iniciais ? • Adquiriu a alteração em alguma viagem ? • Alguém da família já apresentou? • Coloração • Integridade • Umidade • Textura • Temperatura • Turgor • Sensibilidade (dor, temperatura, tato) Lesões de Pele Sem alterações de relevo: manchas ou máculas Lesões Sólidas v Nódulo: lesão sólida, elevada, com mais de 1 cm de diâmetro. É geralmente bem delimitada e de origem epitelial ou conjuntiva v Pápula: pequena elevação sólida e circunscrita da pele v Queratose: espessamento da epiderme Lesões de conteúdo líquido v Vesícula - Bolha v Pústula - Abscesso Solução de continuidade v Erosão / escoriação v Úlcera v Fissura ALTERAÇÃO DE COR MANCHA OU MÁCULA: Alteração de cor da pele sem relevo ou depressão • Manchas vásculo-‐sanguínea: por vasodilatação. • Eritema: mancha vermelha por vasodilatação, desaparece por dígito pressão. Classifica-‐se em: -‐ Rubor: eritema rubro por vasocongestão aDva ou arterial ou aumento de temperatura.-‐ Exantema: eritema disseminado, agudo e efêmero. ERITEMA EXANTEMA ALTERAÇÃO DE COR MANCHA OU MÁCULA: Alteração de cor da pele sem relevo ou depressão • Manchas pigmentares: pelo aumento ou diminuição de melanina ou depósito de outros pigmentos. • Leucodermia: mancha branca por diminuição ou ausência de melanina. • Hipocromia é a diminuição e acromia é ausência. HIPO ACRÔMICA • Resultam de processo inflamatório ou neoplásico, aDngindo, isolada ou conjuntamente, a epiderme, a derme e a hipoderme. • Pápula: lesão sólida, circunscrita, elevada, menor que 1cm em tamanho. • Nódulo: lesão sólida, circunscrita, saliente ou não, de 1 a 3cm em tamanho. • Tumor: Formação sólida, circunscrita, saliente ou não, maior que 3cm. • Verrucosidade: lesão sólida, elevada, de superKcie dura, inelásDca e amarelada, por hiperqueratose PÁPULA NÓDULO TUMOR VERRUCOSIDADES FORMAÇÕES SÓLIDAS • Lesões com conteúdo líquido que pode ser serosidade, sangue ou pus. • Vesícula: elevação circunscrita de até 1cm, com conteúdo inicialmente claro (seroso) ou rubro. • Bolha: elevação circunscrita maior que 1cm. • Pústula: elevação circunscrita até 1cm de tamanho contendo pus. • Abscesso: circunscrita de tamanho variável, proeminente ou não, por líquido purulento na pele ou tecidos subjacentes, podendo infectar. • Hematoma: circunscrita de tamanho variável, proeminente ou não, por derramento de sangue na pele ou tecidos subjacentes, podendo infectar. BOLHA PÚSTULA ABSCESSO COLEÇÕES LÍQUIDAS VESICULA • Q u e r a t o s e : espessamento da pele, duro, inelásDco, ama r e l a d o e d e s u p e r K c i e e v e n t u a l m e n t e áspera, por aumento da camada córnea. • Edema: Aumento da e s p e s s u r a , d ep r e s s í v e l , p o r extravasamento do plasma na derme ou hipoderme. QUERATOSE EDEMA ALTERAÇÕES DE ESPESSURA • São lesões oriundas da eliminação ou destruição patológica e de reparação de tecidos cutâneos. • Escoriação: perda superficial somente da epiderme traumáDca. • Ulceração: perda da epiderme e derme, podendo aDngir a hipoderme e tecidos subjacentes. • Fissura: Perda linear da epiderme e derme, no contorno de oriKcios naturais ou em área de pregas e dobras. • Escara: área de cor preta, limitada por necrose tecidual. ESCORIAÇÃO PERDA E REPARAÇÃO TECIDUAL FISSURA “Toda ruptura de con-nuidade passará pelo processo de cicatrização, a questão é a sua resolução.” • Aguda: cicatrizam espontaneamente sem complicações. -‐ Processo normal: tempo definido 7-‐10 até 30dias • Crônica:são aquelas que apesar de passar pelo processo de reparação, não Dveram restaurações anatômicas e resultados funcionais. -‐ Quando ocorrem grandes perdas teciduais, processos infecciosos ou problemas sistêmicos associados. -‐ Há complicações: perpetua a fase inflamatória = longa duração > 30 dias. – FERIDA AVALIAÇÃO DA FERIDA 1. Cicatrização por primeira intenção: As bordas da pele se mantém juntas por meio de suturas, clipes, grampos ou fitas. Em 48h, a ferida deve estar totalmente fechada. -‐ Fechamento primário retardado -‐ Quando houve considerável contaminação bacteriana. De início a cavidade corporal é fechada e as camadas dos tecidos remanescentes são deixadas abertas para permiDr livre drenagem de exsudato. Após cerca de 5dias – 1semana essas camadas são fechadas e a ferida cicatrizará como qualquer ferida de primeira intenção. 3. Cicatrização por segunda intenção -‐ Ferida que cicatriza com tempo superior a 3meses. Ocorre quando há perda considerável de tecido , processo infeccioso, envolvimento sistêmico. FATORES QUE AFETAM A CICATRIZAÇÃO Localização da ferida Condições de vascularização Extensão da ferida Idade Edema Medicamentos (AINEs, imunossupressores) Suprimento sanguíneo local deficiente Doenças associadas (DM, distúrbios de coagulação, HAS) Tipo de curaDvo/cuidado com a ferida Ansiedade Infecção Estado Imunológico Nível nutricional Baixa ingestão hídrica IMC extremos 1. Infecção; 2. Deiscência; 3. Evisceração; 4. Cicatrização hipertrófica; 5. Quelóide; 6. Hemorragias. COMPLICAÇÕES MAIS COMUNS PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO -‐ ESTÁGIOS INFLAMATÓRIO PROLIFERAÇÃO EPITELIZAÇÃO MATURAÇÃO Papel da Histamina + mediadores inflamatórios à quimiotaxia de leucócitos. 1. Formação de novos vasos. 2. Síntese de colágeno e angiogênese. 1. Migração de c é l u l a s epiteliais. 2. S í n t e s e do colágeno. 1. Alteração na pigmentação 2. Diminuição da força tênsil. CICATRIZAÇÃO: É a transformação do tecido de granulação em tecido cicatricial, sendo a cicatriz a etapa final do processo curaDvo da ferida 1. REAÇÃO INFLAMATÓRIA: 3 a 6 dias. • Reação local não específica logoapós o trauma; • Sinais clássicos: DOR, RUBOR, CALOR e EDEMA. • Vasocontrição e hemostasia: formação do coágulo – ação plaquetária; • Defesa contra a invasão bacteriana: migração de leucócitos. • Remoção de tecido desvitalizado: macrófagos. • Seratonina e histamina: vasodilatação, com aumento da permeabilidade vascular e a esDmulação das fibras nervosas. ESTÁGIOS DE CICATRIZAÇÃO 2. PROLIFERAÇÃO: granulação e contração da ferida. -‐ A ferida possui tecido vermelho vivo e brilhante devido a formação de vasos (neo-‐angiogênese) e síntese e liberação de colágeno a parDr dos fibroblastos. -‐ Como há uma limite para o fechamento em feridas com d i âme t r o a c ima de 3 cm , a e n xe rDa d e ve s e r considerada. -‐ Período de 7 dias de duração. 3. REEPITELIZAÇÃO: regeneração. -‐ As células epidérmicas se reproduzem e migram pela superKcie da ferida. 4. MATURAÇÃO: estágio final da cicatrização. -‐ Duração: 3 semanas do início da lesão até 2 anos. ESTÁGIOS DE CICATRIZAÇÃO ¡ TECIDO DE GRANULAÇÃO: vermelho vivo. ¡ TECIDO EPITELIAL: tecido claro, úmido. ¡ ESFACELO: tecido desvitalizado, mole, amarelo, bege, úmido. ¡ NECROSE: placa marrom, negra,cinza; úmida ou seca. ¡ TECIDOS MORTOS: fonte de nutrição para bactérias, retardam a cicatrização, aumentam o risco de infecção. TIPOS DE TECIDO NO LEITO DA FERIDA GRANULAÇÃO EPITELIZAÇÃO NECROSE ESFACELO CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS 1. QUANTO AO MECANISMO DE LESÃO: incisivas, contusas, lacerantes e perfurantes. 2. QUANTO AS CAUSAS: traumáDca (mecânico, químico ou Ksico), cirúrgica, isquêmica (úlcera arterial de perna), por pressão. 3. QUANTO AO COMPROMETIMENTO TECIDUAL: quatro estágios (I,II,III, IV) 4. QUANTO A COR: ¡ Verme lha = t e c i do de g r anu l a ção saudável e limpo. Quando uma ferida começa a cicatrizar, cobre seu leito uma camada de tecido de granulação róseo-‐ pál ido, que posteriormente torna-‐se vermelho-‐vivo. ¡ Amarelo: indica a presença de exsudato ou secreção e a necessidade de limpeza da ferida. O exsudato pode ser amarelo-‐ c l a r o , ama r e l o -‐ c r emo so , ama r e l o -‐ esverdeado ou bege. ¡ Preta: indica a presença de necrose. O tecido necróDco torna mais lenta a cicatrização e proporciona um local para proliferação de microrganismos. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS 5. QUANTO AO GRAU DE CONTAMINAÇÃO: • FERIDAS LIMPAS: são aquelas que não apresentam inflamação e não aDngem os sistemas respiratórios, digestório, e renal-‐urinário. • FER IDAS CONTAMINADAS : f e r i da s a c i den ta i s , recentes, abertas e cirúrgicas em que a técnica assépDca não foi respeitada devidamente. • FERIDAS INFECTADAS (OU SUJAS): são aquelas onde existe proliferação de microorganismos. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS • American Na+onal Pressure Ulcer Panel (NPUAP), 2016: Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de disposi+vo médico ou a outro artefato. • A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa. • A lesão ocorre como resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o cisalhamento. • A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição. LESÃO por Pressão (lP) COMO SURGEM AS LPs? • Ocorre em virtude de mudanças degenera+vas da pele e/ou tecido subcutâneo expostos às forças de pressão e cisalhamento. • A pressão sobre a proeminência óssea prejudica a circulação sanguínea favorecendo a morte celular e o conseqüente aparecimento da úlcera. • O cisalhamento é fenômeno de deformação da pele que ocorre quando as forças que agem sobre ela provocam um deslocamento em planos diferentes. LESÃO por Pressão (lP) LESÃO por Pressão (lP) • Pele íntegra com área localizada de eritema que não embranquece e que pode parecer diferente em pele de cor escura. • P r e s e n ç a d e e r i t e m a q u e embranquece ou mudanças na sensibil idade, temperatura ou consistência (endurecimento) podem preceder as mudanças visuais. • Mudanças na cor não incluem descoloração púrpura ou castanha; essas podem indicar dano +ssular profundo LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO I: Pele íntegra com eritema que não embranquece. LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO I: Pele íntegra com eritema que não embranquece. • O leito da ferida é viável, de coloração rosa ou vermelha, úmido e pode também apresentar-‐se como uma bolha intacta (preenchida com exsudato seroso) ou rompida. • O tecido adiposo e tecidos profundos não são visíveis. • Tecido de granulação, esfacelo e escara não estão presentes. • Essas lesões geralmente resultam de microclimainadequado e cisalhamento da pele na região da pélvis e no calcâneo. • Esse estágio não deve ser usado para descrever as lesões de pele associadas à umidade, incluindo a derma+te associada à incon+nência (DAI), a lesão de pele associada a adesivos médicos ou as feridas traumá+cas (lesões por fricção, queimaduras, abrasões). LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO II: PERDA DA PELE EM SUA ESPESSURA PARCIAL COM EXPOSIÇÃO DA DERME • Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é visível e, frequentemente, tecido de granulação e epíbole (lesão com bordas enroladas) estão presentes. • Esfacelo e/ou escara pode estar visível. • A profundidade do dano +ssular varia conforme a localização anatômica; áreas com adiposidade significa+va podem desenvolver lesões profundas. • Podem ocorrer descolamento e túneis. • Não há exposição de fáscia, músculo, tendão, ligamento, car+lagem e/ou osso. • Quando o esfacelo ou escara prejudica a iden+ficação da extensão da perda +ssular, deve-‐se classificá-‐la como Lesão por Pressão Não Classificável. LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO III: PERDA DA PELE EM SUA ESPESSURA TOTAL • Perda da pele em sua espessura total e perda +ssular com exposição ou palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, car+lagem ou osso. • Esfacelo e /ou escara pode estar visível. • Epíbole (lesão com bordas enroladas), descolamento e/ou túneis ocorrem frequentemente. • A profundidade varia conforme a localização anatômica. • Quando o esfacelo ou escara prejudica a iden+ficação da extensão da perda +ssular, deve-‐se classificá-‐la como Lesão por Pressão Não Classificável. LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO IV: PERDA DA PELE EM SUA ESPESSURA TOTAL E PERDA TISSULRA • Perda da pele em sua espessura total e perda +ssular na qual a extensão do dano não pode ser confirmada porque está encoberta pelo esfacelo ou escara. • Ao ser removido (esfacelo ou escara), Lesão por Pressão em Estágio 3 ou Estágio 4 ficará aparente. • Escara estável ( isto é, seca, aderente, sem eritema ou flutuação) em membro isquêmico ou no calcâneo não deve ser removida. LESÃO POR PRESSÃO NÃO CLASSIFICÁvel: perda da pele em sua espessura total e perda Nssular nÃO visÍVEL A B • Descoloração vermelho escura, marrom ou púrpura, persistente e que não embranquece. • Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura que não embranquece ou separação epidérmica que mostra lesão com leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento. • Dor e mudança na temperatura frequentemente precedem as alterações de coloração da pele. • Essa lesão resulta de pressão intensa e/ou prolongada e de cisalhamento na interface osso-‐músculo. LESÃO POR PRESSÃO TISSULAR PROFUNDA • A ferida pode evoluir rapidamente e revelar a extensão atual da lesão +ssular ou resolver sem perda +ssular. • Quando tecido necró+co, tecido subcutâneo, tecido de granulação, fásc ia , múscu lo ou out ras estruturas subjacentes estão visíveis, isso indica lesão por pressão com perda total de tecido ( L e s ã o p o r P r e s s ã o N ã o Classificável ou Estágio 3 ou Estágio 4). LESÃO POR PRESSÃO TISSULAR PROFUNDA QUAIS OS RISCOS PARA ADQUIRIR LP? • Idoso incapacitado. • Pessoa incapaz ou com dificuldade de mobilidade do corpo. • Doenças degenera+vas. •Tolerância tecidual reduzida (pele frágil) • Incon+nência urinária ou intes+nal • Desnutrição ou obesidade. • Pessoas com perda da sensibilidade (lesado medular) LESÃO por Pressão (LP) LOCAIS DE MAIOR RISCO DAS ÚLCERAS: • Mentoniana, occipital, escapular, c o t o v e l o , s a c r a l , í s q u eo , trocanter, crista ilíaca, joelho, maléolo e calcâneo • UP a inda representa uma importante causa de morbidade em hospitais, ins+tuições de longa permanência e na assistência domiciliar dos suscepgveis. LesÃO por Pressão (lP) • Consiste em iden+ficar e minimizar os fatores de risco com o uso de uma ferramenta validada de avaliação de risco. • A avaliação de risco pela escala de Braden permite o uso de um protocolo estruturado de reposicionamento com base no escore e classificação. • A escala traduzida e adaptada deverá fazer parte do guia que pode ser consultado através do site: www.bradenscale.com/ products.htm PREVENÇÃO DAS LP Escala de Braden: É u+lizada para mensurar o riso de desenvolvimento de LP e subsidiar ações para sua prevenção Curativos: Papel do Enfermeiro • Favorecer o processo de cicatrização. • Prevenir invasão de microorganismos. • Garan+r o funcionamento de mecanismos de defesa para recuperação. CURATIVO IDEAL • Manter úmido. • Remover o excesso de exsudação. • Permi+r a troca gasosa. • Fornecerisolamento térmico. • Ser impermeável à bactérias. • Ser isento de pargculas e tóxicos contaminadores. • Permi+r sua remoção sem causar trauma na ferida. • Baixo custo. FINALIDADES DO CURATIVO • Remover corpos estranhos • Reaproximar bordas separadas • Proteger a ferida contra contaminação e infecções • Promover hemostasia • Preencher espaço morto e evitar a formação de sero-‐ hematomas • Favorecer a aplicação de medicação tópica • Fazer desbridamento mecânico e remover tecido necró+co • Reduzir o edema • Absorver exsudato e edema • Manter a umidade da superpcie da ferida • Fornecer isolamento térmico • Proteger a cicatrização da ferida • Limitar a movimentação dos tecidos em torno da ferida • Diminuir a intensidade da dor. TIPOS DE CURATIVO • ABERTO: u+liza-‐se apenas o an+ssép+co, mantendo a ferida exposta. Ex: ferida cirúrgica limpa. • OCLUSIVO: após a limpeza da ferida e aplicação do medicamento, é ocluído ou ocluído com gaze/atadura. • SECO: ocluído com gaze ou compressa seca. • ÚMIDO: ocluído com gaze ou compressa umedecida com pomada ou soluções prescritas. • COMPRESSIVO: é man+da compressão sobre a ferida para estancar hemorragias, eviscerações, etc. • DRENAGENS:Nos ferimentos com grande quan+dade de exsudato coloca-‐se dreno (Penrose Kehr), tubos, esponjas, cateteres ou bolsas de colostomia. Tipo de ferida Quantidade de exsudação Aspecto da ferida Estado da pele ao redor da ferida Posição da ferida no corpo Profundidade e forma da ferida PASSOS PARA A AVALIAÇÃO DA FERIDA E ESCOLHA DO CURATIVO • Contaminação: bactérias presentes na superpcie da ferida; • Colonização: bactérias aderidas no tecido e em mul+plicação; • Infecção: bactérias invadem o tecido sadio e sobrecarregam as defesas imunológicas; Níveis Bacterianos na Ferida • Feridas abertas são colonizadas (=bactérias). • O aumento no número de bactérias na ferida é fator de risco para infecção. • Os principais sinais de infecção locais da ferida são: • Odor; • Aumento do exsudato ou exsudato purulento; • Granulação ausente ou anormal do tecido; • Aumento da dor. • Em feridas com colonização crí+ca ou infecção o uso de coberturas an+microbianas12, como espuma com prata ou alterna+vamente um cura+vo de alginato de prata, pode ser ú+l. INFECÇÃO DA FERIDA AnNSsépNcos • U+lizado em inserções de catéteres intravasculares: CVC, PICC. • Estudos mostram a eficácia maior da clorexidina alcoólica 0,5% em relação ao PVPI 10% ou álcool 70% com menor taxa de infecção. • Cura+vos com técnica estéril. • Não molhar no chuveiro: manter ocluído com gaze ou cura+vo (filme transparente). Soluções indicadas para a Limpeza FERIDAS COM TECIDO DE GRANULAÇÃO • SF0,9% estéril pré aquecido + seringa de 20mL + agulha 40X12 OU frascos de SF0,9% de 125 ou 250mL perfurados à pressão de 9,5 e 12,5 psi (Mar+ns, 2001). FERIDAS EXTREMAMENTE SUJAS • Gaze umedecida e suavemente pressionada ou friccionada. FERIDAS PROFUNDAS, ESTREITAS E COM ESPAÇO MORTO • Irrigação com SF0,9% ou papaína. • U+liza-‐se cateter uretral ou acoplado a seringa de 20mL, o qual deve ser introduzido cuidadosamente para evitar traumas. (Rogenski, 2006). SOLUÇÃO SALINA Produtos FILME TRANSPARENTE • Consiste em uma membrana de poliuretano com uma camada adesiva que é permeável ao vapor. Pode ser u+lizado em úlceras nos estágios I e II e nas úlceras em estágio III com pequena quan+dade de exsudato. Pode ser usado como cobertura secundária para outros cura+vos. • a) Vantagens – impermeáveis a água e bactérias fornecendo assim uma barreira mecânica; mantém um ambiente úmido para a ferida; permite a sua visualização; protege e mantém a ferida aquecida; não exige um cura+vo secundário; a troca deve ser feita entre 3 a 5 dias. • b) Desvantagens -‐ pode lesar a pele; não absorve exsudato. Não adere muito bem na região sacral ou em peles oleosas. ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS – AGE • Es+mula e lementos ce lu lares da cicatrização • USO: Feridas abertas com ou sem infecção PAPAÍNA • Desbridante (4% a 10%) e a 2% es+mula elementos celulares da cicatrização. • APRESENTAÇÃO: Pó, gel, pasta, soluções. • C o n t r a -‐ i n d i c a d a : p a c i e n t e s plaquetopênicos. • Armazenar em geladeira. • Fotossensível. PRODUTOS GAZE DE RAYON (não entrelaçada) • AÇÃO: Menos aderente que a gaze comum. • USO: Cobertura primária de feridas abertas, quando se u+liza produtos amorfos (ex. líquidos e pomadas ). COMPRESSA CIRÚRGICA • AÇÃO: Absorção de exsudato e proteção da ferida. • USO: Cobertura secundária em feridas altamente exsuda+vas. PRODUTOS • Apresentações: placas de poliuretano, pastas ou grânulos; • Cura+vo b ioa+vo , o c l u s i vo e s té r i l , impermeável a água e a outros agentes que propiciam umambiente úmido; • Barreira oclusiva frente aos gases, líquidos e bactérias. • Promovem proteção mecânica à ferida. • Ao entrarem em contato com o exsudato da ferida, absorvem e convertem a estrutura em gel, com caráter bacteriostá+co. • Cria um meio úmido que facilita a cicatrização e o umedecimento das terminações nervosas levando ao al ívio da dor, acelera a reepitelização, es+mula ação de enzimas desbridantes do organismo e facilita tecido de granulação. PRODUTOS – HIDROCOLÓIDES • Cura+vo fibroso que contém 80% de alginato de cálcio e 20% de alginato de sódio. • Derivados principalmente de algas. Em contato com a ferida e o exsudato (que é rico em sódio), formam um gel. • Indicação: feridas com grande quan+dade de exsudato, úlcera por pressão de estágios II a IV, úlceras venosas, feridas cirúrgicas, ú lceras de diabetes, queimaduras, escoriações, lacerações. • Pode absorver até 20 vezes o seu peso em exsudato, diminuindo a necessidade de troca do cura+vo. • Tem propriedades hemostá+cas em pequenos sangramentos PRODUTOS – ALGINATO DE CALCIO • Carvão com prata incorporada em uma manga de nylon porosa com ação bactericida. • Indicações: Feridas com odor forte, ou feridas infectadas que tenham moderada a grande quan+dade de exsudato seropurulento ou purulento. • Contra-‐indicações: pessoas sensíveis à nylon, fer idas com pouco exsudato e com sangramento. • Auxilia na diminuição da carga bacteriana que dificulta ou impede a cicatrização, reduzindo o exsudato e o odor. • Pode permanecer até 7 dias. • Não se recomenda que seja cortado pois pode introduzir pargculas de carvão na ferida. PRODUTOS – CARVAO ATIVADO COM PRATA • Avaliar grau de risco (Escala de Braden). • Proteger proeminências ósseas: placas de hidrocolóides ou filmes transparentes. • Instalar colchão caixa de ovo (= piramidal) ou de ar. • Mudança de decúbuto cada 2 horas, com auxílio de coxins (ou travesseiros). • Instalar lençol móvel. • Decúbito elevado até 30° no máximo • Manter panturrilhas e tornozelos apoiados em almofadas para que não apóie os calcanhares na cama. • Não u+lizar almofadas de água. • Cadeiras de rodas: u+lizar almofadas de espuma no assento. CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A PELE (MEDIDAS PREVENTIVAS) • Orientar alívio de pressão a cada 15 minutos aos usuários de cadeira de rodas. • Limpar a pele no momento em que sujar. • Promover hidratação da pele. • Não realizar massagem em proeminência óssea. • Envolver a família nos cuidados na prevenção e tratamento da lesão. • Evite água quente e fricção excessiva. • Avaliar e tratar incon+nências. • Anotação de enfermagem contendo informações referente à aspecto, extensão de ferida, sinais de infecção, presença de exsudato e u+lização de técnica assép+ca durante o procedimento do cura+vo. CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A PELE (MEDIDAS PREVENTIVAS) • IdenNficação: J.M.O., 85 anos, masculino, aposentado, viúvo. Paciente deu entrada no PA trazido pelo filho, o qual relata que o pai é acamado há 5 anos, após um AVE hemorrágico (sic). Veio ao PA com queixa de “falta de ar” (sic). • HPMA.: Segundo o filho, o paciente é hipertenso de longa data, com uso irregular dos medicamentos prescritos. Nega outras doenças prévias. • Ao exame dsico: Paciente com AO aos chamados verbais, porém não atende a ordens verbais; responde a esgmulo doloroso profundo. Plegia à D. À ausculta pulmonar MV+ com roncos difusos, ausculta cardíaca BRNF em 2 tempos sem sopros. Abdome flácido, RHA+ e aumentados; muito emagrecido, em uso de fralda, trato gastrointes+nal íntegro. ESTUDO DE CASO -‐ NANDA • Apresenta derma+te importante em região perineal e em bolsa escrotal, e hiperemia em regiões sacral. UPP em região sacral, estágio III, com odor fé+do, secreção amarelo escura, sem cura+vo. • FC = 65 bpm FR = 26irpm SatO2 = 89% em ar ambiente • PA = 180 x 70mmHg Glicemia capilar = 61mg/dl T=36,50 C ESTUDO DE CASO -‐ NANDA ROTEIRO DE ESTUDO • Detalhar como deve ser realizado o exame psico deste paciente. • Escolha 4 diagnós+cos de enfermagem, com caracterís+cas definidoras e fatores de risco. • Elabore um plano de cuidados para este paciente, para cada um dos diagnós+cos de enfermagem do exercício anterior. ESTUDO DE CASO -‐ NANDA
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