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APOSTILA DE PROCEDIMENTO CAUTELAR - 2009 - 2

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Universidade Católica de Goiás – Direito – Campus V
Prof Welenn Cleber Prates da Costa
Processo Civil IV
PROCEDIMENTO CAUTELAR
PREVENÇÃO CONTRA PERIGO DE DANO NO CURSO DO PROCESSO
Conceito e noções gerais – Processo principal e processo cautelar
Introdução
Tempo
Pode ser prejudicial ao processo
Risco para sua efetividade
Ex: 1 processo visa à condenação ao pagamento de quantia certa – pela demora, quando da sentença, pode não haver patrimônio do devedor suficiente para assegurar a satisfação do crédito → arresto
Conceito
Segundo gênero de processo
Não é satisfativo – não há realização do direito material → não visa à tutela imediata
Permite a futura realização do direito material (substancial) → visa à tutela mediata
Definição
Processo que tem por fim assegurar a efetividade de um provimento jurisdicional a ser produzido em outro processo
Instrumento de proteção – instrumentalidade qualificada
Pode ser
Antecedente ou preparatório
Incidente
Finalidade
Garantir a efetividade de outro processo (principal), ao qual se liga necessariamente
Diferença entre tutela cautelar e tutela antecipada – tutelas de urgência
tutela cautelar – visa a assegurar o resultado prático de um processo
tutela antecipada – visa à concessão, de forma antecipada, do próprio provimento jurisdicional pleiteado
ex: tratamento médico – retirada do nome do autor dos órgãos de proteção ao crédito
“Ação cautelar” – características – conceito – “condições”
Nominação da ação
Ausência de conteúdo científico – caráter didático
Ação “cautelar” ≠ medida cautelar
Ação cautelar = poder de provocar o exercício da jurisdição pelo Estado
Medida cautelar = tutela para garantir a efetividade de um provimento jurisdicional
Conceito de ação cautelar
Poder de pleitear do Estado-juiz a prestação da tutela jurisdicional cautelar, exercendo posições ativas ao longo do processo.
Características
As mesmas da ação em geral
Autônoma em relação ao direito substancial que mediatamente se pretende proteger
Abstrata = existe o poder de ação ainda que não exista o direito substancial afirmado pelo demandante
Condições – art. 267, VI, do CPC
Possibilidade jurídica da demanda
Legitimidade das partes
Interesse processual (de agir)
Caso concreto
Condições da “ação cautelar” ≠ condições da “ação principal”
Legitimidade das partes
Ativa
Aquele que se diz titular de um direito substancial
Passiva
O sujeito apontado pelo demandante como sendo o outro sujeito da questão debatida em juízo (res in iudicium deducta)
Legitimação extraordinária - MP
Interesse de agir
Utilidade da providência cautelar pleiteada pelo demandante
Binômio necessidade-adequação
Interesse-necessidade
Interesse-adequação
Ex: arresto para execução por quantia certa e seqüestro para execução para entrega de coisa certa
Discussão sobre conceder medida diversa da devida
O demandante pleiteia X e o juiz concede Y
Majoritária: aceita (Humberto Theodoro)
Minoritária: não aceita (Calmon de Passos, Alexandre Freitas Câmara)
Art. 273, § 7º, do CPC
Aqui, sim, existe fungibilidade entre os meios de obtenção da tutela jurisdicional de urgência
Possibilidade jurídica da demanda
A demanda é juridicamente possível → toda vez que o ordenamento jurídico não estabelecer uma proibição em abstrato para que se aprecie determinado pedido ou determinada causa de pedir
Ex:
Não se pode pleitear arresto se o crédito decorre de dívida de jogo
Não se pode pleitear prisão civil cautelar – não há guarida em nosso sistema jurídico
Tutela Cautelar – conceito – características – eficácia no tempo – classificação
Conceito
Provimento jurisdicional – capaz de assegurar a efetividade de uma futura atuação jurisdicional
Providência concreta – conservação do estado de fato ou de direito – durante todo o tempo necessário para o desenvolvimento do proc. principal
Características
1ª) Revogabilidade – art. 807, CPC
Tb presente nas tutelas antecipatórias (art. 273, § 4º, CPC)
Decorre da cognição sumária – juízo de probabilidade
Fumus boni iuris
Periculum in mora
Causas da revogação:
Verificação de que o direito substancial afirmado pelo demandante que parecia existir, em verdade, não existe
OU
Desaparecimento da situação de perigo – ex: alteração de riqueza do devedor
2ª) Instrumentalidade hipotética
Instrumento de realização do proc. principal
O juiz concede a med. cautelar p/ a hipótese de, no proc. principal, ser deferida a med. satisfativa do direito substancial
Referibilidade: toda medida cautelar se refere a 1 situação substancial que se quer proteger
3ª) Temporariedade/Provisoriedade
É dominante dizer que a tutela cautelar é provisória (interina)
Corrente da temporariedade – o que ela diz?
Temporário: não dura para sempre – pode ou não ser substituído
Provisório: destinado a durar enquanto não sobrevenha um evento sucessivo que o substituirá (definitivo)
Conclusão dessa corrente:
Tutela cautelar: temporária
Tutela antecipada: provisória
Ex: arresto seguido de penhora
5ª) Modificabilidade – art. 807, CPC
As causas são as mesmas da revogação
Pode ser decretada nos próprios autos do proc. cautelar como nos autos do proc. principal
Não depende de requerimento
Concedidas de ofício: podem ser modificadas de ofício
Concedidas por requerimento:
Dir. indisponíveis: modificadas de ofício
Dir. disponíveis: modificadas por requerimento
Ex:
Req. medida cautelar de sustação de protesto
↓
Deferida 
↓
Houve o protesto
↓
Req. de suspensão dos efeitos do protesto
6ª) Fungibilidade – art. 805, CPC
Caução ou outra garantia menos gravosa para o requerido – adequada/suficiente para evitar ou reparar a lesão integralmente
Princípio do menor gravame possível – art. 620, CPC
Ex: substituição do arresto por hipoteca ou por fiança
Poder-dever do juiz
1ª corrente: não precisa de processo autônomo de caução – AFC e Galeno Lacerda
2ª corrente: precisa de proc. autônomo - HTJr
Eficácia no tempo
1ª Situação – art. 806 c/c art. 808, I, CPC
Só medidas cautelares antecedentes constritivas de direito (≠ produção antecipada de provas)
Finalidade: impedir que o demandante se contente com a efetivação da medida cautelar, quedando-se inerte e não ajuizando a demanda principal
Prazo: 30d
Contagem: da efetivação da medida
Ex: da data da efetiva apreensão do bem cujo arresto se determinou
2º Situação – art. 808, II, CPC
Finalidade: evitar-se que a med. cautelar já deferida possa ser efetivada a qualquer tempo
Demora imputável ao demandante
3ª Situação – art. 808, III, CPC
Desfecho desfavorável ao demandante (na ação principal) – com ou sem mérito: cessa a eficácia da medida
Desfecho favorável ao demandante: a medida continua a produzir efeitos enquanto for necessária
Ex:
Arresto deferido
↓
Prolação de sentença condenatória que reconhece o direito do demandante
↓
O arresto produz efeitos até a penhora na fase de cumprimento de sentença
Obs: cumprimento de sentença – deve ser requerido dentro de 30d do trânsito em julgado, sob pena de se permitir que a med. constritiva de direitos produza efeitos sem que esteja em trâmite um módulo satisfativo (Marinoni)
Art. 808, parágrafo único, CPC
Com a cessação da eficácia da medida, o demandante não pode ajuizar novamente a mesma demanda pela mesma causa de pedir
Esse dispositivo se refere a medida cautelar que foi deferida na sentença
ATENÇÃO!
Momentos de CONCESSÃO/DEFERIMENTO da medida cautelar:
Processo Cautelar
 	
Med. cautelar deferida liminarmente sentença(art. 804, CPC)
1º) em sede liminar – cessa a eficácia: aguarda-se a sentença
2º) na sentença – cessa eficácia: não se pode ajuizar a demanda pela mesma causa de pedir
Classificação
Não há consenso
Para HTJr
Quanto à finalidade:
Med. para assegurar bens – ex: arresto e seqüestro
Med. para assegurar pessoas – ex: busca e apreensão de incapazes; guarda provisória de incapazes
Med. para assegurar provas – ex: exibição, produção antecipada de provas
Quanto à tipicidade:
Med. típicas e atípicas
Quanto ao momento de postulação:
Med. preparatórias e incidentes
Para AFC
Quanto à tipicidade:
Med. típicas e atípicas
Quanto ao momento de postulação:
Med. antecedentes e incidentes
Quanto à finalidade:
Med. de garantia da cognição – assegura a efetividade de um futuro módulo cognitivo – ex: produção antecipada de provas, sustação de protesto
Med. de garantia da execução – assegura a efetividade de um futuro módulo processual executivo – ex: arresto, seqüestro
Med. de caução – contracautela (parte final do art. 804, CPC)
Requisitos específicos para a concessão da tutela cautelar
Fumus boni iuris
Tutela cautelar – tutela de urgência
Não se condiciona à demonstração da EXISTÊNCIA, da VERDADE do direito substancial
Condiciona-se à demonstração da APARÊNCIA
Cognição sumária – juízo de probabilidade
Obs: cognição exauriente – juízo de certeza
É limite da tutela cautelar, pois quando se tem certeza, a tutela cautelar torna-se inadequada e a tutela principal é que deve ser deferida
Periculum in mora
Situação de perigo iminente
Iminência de dano irreparável ou de difícil reparação
Situação objetiva – fatos concretos (não basta “fundado receio de dano”)
Não afeta o direito substancial principal
Afeta só a efetividade do processo principal
As situações de perigo para o direito substancial são protegidas pela tutela antecipada
2 tipos de situação de perigo:
Perigo p/ a efetividade do proc. principal → tutela cautelar
Ex: pessoa que pretende executar um crédito em face de um devedor que está dilapidando seu patrimônio
Perigo p/ o direito substancial → tutela antecipada
Ex: portador do vírus da AIDS em desfavor do Estado, visando a condenação ao pagamento do tratamento
Conclusão sobre os requisitos:
Possibilidade de concessão da tutela cautelar
↓
 Fumus boni iuris + periculum in mora
Poder Geral de Cautela
Conceito
Autorização concedida ao Estado-juiz
↓
Concessão de medidas cautelares atípicas
Hipóteses – quando as típicas não se mostrarem adequadas
Impossibilidade de previsão abstrata de todas as situações de perigo
Seu exercício é subsidiário – completa o sistema – sensibilidade do juiz (CRD)
Corolário – da garantia constitucional da tutela jurisdicional adequada
Limites
Art. 799, CPC
Entendimento dominante: rol exemplificativo
Conclusão: é cabível quando nem as típicas nem as previstas no art.799 se mostrarem adequadas
Prudência do juiz
1º limite:
Não é um poder discricionário do juiz
Obs: corrente majoritária – é poder discricionário
Explicação desse 1º limite, pela corrente minoritária:
2º limite:
Necessidade
Inerente à idéia de tutela jurisdicional, que só pode ser prestada quando se fizer necessária
3º limite:
A medida não pode ser capaz de satisfazer o direito do demandante
Forma e momento do exercício
Momento
Só quando houver um processo em curso
Princípio da demanda – jurisdição é função inerte
Só até a prolação da sentença – termo ao ofício do juiz monocrático - art. 463, CPC
Caberá ao Tribunal competente p/ apreciar o recurso eventualmente interposto
Forma – 2 aspectos
1º) natureza de decisão – fundamentação – interlocutória ou sentença
2º) necessidade ou não de 1 proc. próprio – ex: art. 1001, CPC
Medidas cautelares ex officio
Art. 797, CPC
Possibilidade de concessão de med. cautelar que não tenha sido requerida
Sem audiência das partes
Só em casos excepcionais
1ª corrente: autorização legal E excepcionalidade
2ª corrente: autorização legal OU excepcionalidade
Ex: art. 1.001 e 1.018, p.ú, CPC (casos de autorização legal)
Só incidentemente
Independe da natureza do direito substancial (disponível ou indisponível)
Competência para o Processo Cautelar
 Competência no 1º grau de jurisdição
Art.800, CPC
Falta de técnica – medida cautelar (processo cautelar)
Incidente: juízo da causa (processo principal já em curso)
Competência funcional – inderrogável
Não é caso de prevenção – não há conexão ou continência
Conexão: comum o OBJETO OU A CAUSA DE PEDIR
Continência: identidade quanto às PARTES E À CAUSA DE PEDIR, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras
Antecedente: juízo competente para o processo principal
Obs: Casos de maior urgência
Competência do juízo do local de efetivação da medida cautelar.
Concessão liminar da medida cautelar
↓
Efetivação da medida
↓
Excepciona-se a competência*
↓
Remessa dos autos p/ o juízo competente (funcional)
*se não for excepcionada > prorroga-se a competência
Obs: tal situação não cabe se o juízo for absolutamente incompetente
Competência em grau de recurso
Lembrar: casos em que o Tribunal exerce competência originária (ex: ação rescisória) > regra anterior
Art. 800, parágrafo único, CPC
Interposto recurso > medida cautelar requerida perante o Tribunal
Situação cabível para > apelação e os recursos seguintes > leva-se todo o processo para o Tribunal
Exceção: interposição de agravo – não se leva para o Tribunal todo o processo – só a questão discutida na decisão interlocutória
Regimento Interno: estabelece qual órgão apreciará o pedido de medida cautelar (órgão especial, órgão fracionário, tribunal pleno)
Esquema:
Prolação de sentença
↓
Competência do juízo a quo
↓
Interposição de recurso
↓
Competência do juízo ad quem
Intervenção de terceiros no processo cautelar
Assistência – art. 50 a 55 do CPC - admissível
Conceito: intervenção voluntária de terceiro interessado, em causa pendente entre outras pessoas, para auxiliar uma das partes a obter sentença favorável (art. 50) – apesar de não estar no capítulo destinado à intervenção de terceiros
Oposição - art. 56 a 61 do CPC - inadmissível
Alguém reivindica bem ou direito para si, que é objeto de litígio entre as partes na fase de conhecimento.
Nomeação à autoria - art. 62 a 69 do CPC - admissível
Intervenção que se destina à correção do pólo passivo do processo.
Denunciação da lide - art. 70 a 76 do CPC – inadmissível (posição majoritária)
Visa à obtenção de um título de regresso.
Pressupõe prazo para contestação.
Processo cautelar > não há prolação de sentença sobre relação jurídica.
Chamamento ao processo - art.77 a 80 do CPC - inadmissível (posição majoritária)
Visa à obtenção de um título de solidariedade.
Procedimento cautelar comum
Obs: Os itens 1.5, 1.6 e 1.8 do conteúdo programático estão inseridos automaticamente neste tópico do roteiro de aula
Quando não couber 1 dos procedimentos especiais – subsidiário
Fase cognitiva e executiva > NÃO há – estruturalmente único - simultaneidade
1ª FASE > POSTULATÓRIA
1º passo > Ajuizamento da demanda
Princípio da inércia da jurisdição – art. 2º, CPC
Ação proposta – despacho ou distribuição – art. 263, CPC
Requisitos da PI – art. 801, CPC:
A autoridade judiciária, a que for dirigida
O nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do requerido
A lide e seu fundamento
A exposição sumária do direito ameaçado e o receio da lesão
As provas que serão produzidas (exceção > prova documental pré-constituída)
Parágrafo único. III > só para o proc. preparatório
Mais requisitos:Formulação do pedido de medida cautelar
Requerimento de citação do demandado
Indicação do valor da causa
Indicação do endereço do advogado do demandante
2º passo > Concessão, ou não, de provimento liminar
Aplicação do art. 804, CPC
Natureza: decisão interlocutória
Inaudita altera parte – postergação do contraditório
3º passo > Determinação da citação do demandado
Regras gerais do proc. de conhecimento > 1º correio > 2º oficial de justiça > 3º citação ficta (hora certa ou edital)
4º passo > Resposta (defesa) do demandado
Prazo para defesa > 5 DIAS (art. 802, CPC)
Defesa > contestação e exceções
Reconvenção > não permitida (entendimento dominante)
Contagem do prazo – art. 802, CPC
Da juntada do mandado de citação devidamente cumprido
Da efetivação da medida cautelar (liminar ou após justificação prévia)
Caso I > só p/ citação por oficial de justiça ou c/ hora certa
Caso II > só se o demandando tiver ciência da demanda (princípios do devido processo legal e do contraditório) – intimação da medida
Na prática: simultaneamente > determina-se a execução da providência cautelar e a citação do réu em 1 só mandado
Revelia:
Efeito material > presumir-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo demandante
1º Efeito processual > o proc. corre sem intimação dos demais atos processuais
2º Efeito processual > julgamento imediato do mérito
2ª FASE > INSTRUTÓRIA
Art. 803, CPC – superficial
Regras do proc. de conhecimento – subsidiárias
5º passo > Verificação da necessidade de providência preliminar
Ausência de efeito material da revelia
“Art. 324. Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando que não ocorreu o efeito da revelia, mandará que o autor especifique as provas que pretenda produzir na audiência.”
Fatos Impeditivos, Modificativos ou Extintivos do Pedido
“Art. 326. Se o réu, reconhecendo o fato em que se fundou a ação, outro lhe opuser impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 10 (dez) dias, facultando-lhe o juiz a produção de prova documental.” > réplica
Alegações do Réu
“Art. 327. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 301, o juiz mandará ouvir o autor no prazo de 10 (dez) dias, permitindo-lhe a produção de prova documental. Verificando a existência de irregularidades ou de nulidades sanáveis, o juiz mandará supri-las, fixando à parte prazo nunca superior a 30 (trinta) dias.”
6º passo > Julgamento conforme o estado do processo
Caso de extinção do processo
“Art. 329. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 267 e 269, II a V, o juiz declarará extinto o processo.”
Caso de julgamento antecipado da lide – 2 casos:
Revelia com efeito material
Contestação SEM necessidade de prova oral > questão meramente de direito OU questão de fato e de direito c/ suficiência de provas
Obs: necessidade de produção de prova oral > AIJ (art. 803, p. único, CPC)
3ª FASE > DECISÓRIA
7º passo > Prolação da sentença
Aplicação do art. 162, § 1º, CPC – conceito de sentença
Momentos possíveis de prolação da sentença:
Início > indeferimento da PI
Após as providências preliminares > extinção do proc. ou julg. imediato do mérito
Após a AIJ
Elementos: relatório + fundamentação + dispositivo (art. 458, CPC)
Características da sentença cautelar:
Natureza declaratória > NÃO > SÓ afirma a presença ou ausência do fumus boni iuris
Natureza constitutiva/condenatória > NÃO > não cria, modifica ou extingue rel. jurídicas
Natureza acautelatória > SIM
Efeitos acessórios da sentença:
“Condenação” ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios (art. 20, § 4º, CPC)
8º passo > Formação da coisa julgada
Recursos esgotados > coisa julgada > trânsito em julgado
Coisa Julgada SÓ FORMAL – Por quê?
Cognição sumária
Juízo de probabilidade
Função acessória
Ausência de natureza declaratória – existência ou inexistência do direito material
Exceção > decadência ou prescrição do direito do autor – em proc. cautelar antecedente – art. 810, CPC
QUADRO RESUMIDO DO PROCEDIMENTO CAUTELAR COMUM
FASE POSTULATÓRIA
1º passo 
Ajuizamento da demanda
2º passo
Concessão, ou não, de provimento liminar
3º passo
Determinação da citação do demandado
4º passo
Resposta (defesa) do demandado
FASE INSTRUTÓRIA
5º passo
Verificação da necessidade de providência preliminar
6º passo
Julgamento conforme o estado do processo
FASE DECISÓRIA
7º passo
Prolação da sentença
8º passo
Formação da coisa julgada
9. Reparação do dano causado pela medida cautelar – Responsabilidade processual civil do requerente
Responsabilidade civil ≠ Responsabilidade Civil
 (processo civil) (direito civil)
 ↓
 Ex: condenação ao pagamento das despesas processuais e dos honorários
 Litigância de má-fé
9.1. Conceitos em comum
Responsabilidade objetiva > despesas processuais e honorários de sucumbência
Elementos
Dano
Conduta
Nexo de causalidade
Responsabilidade subjetiva > litigância de má-fé
Elementos
Dano
Conduta CULPOSA
Nexo de causalidade
Requisitos para existir o dever de indenizar por parte do demandante
1º) Que a medida cautelar tenha sido EFETIVADA
2º) Que tenha havido PREJUÍZO para o demandado
Análise do art. 811, CPC
Art. 811. Sem prejuízo do disposto no art. 16 (má-fé), o requerente do procedimento cautelar responde ao requerido pelo prejuízo que lhe causar a execução da medida:
I - se a sentença no processo principal lhe for desfavorável;
Decorre da cognição sumária (juízo de probabilidade)
Deferimento da medida cautelar (presença do fumus boni iuris)
↓
Desfecho desfavorável ao beneficiário (demandante) da medida*
↓
Ele terá que indenizar o demandado
*Ex:
Arresto concedido no proc. cautelar e conclusão, no proc. principal (execução), de que o direito de crédito não existe ou extinção sem análise do mérito
II - se, obtida liminarmente a medida no caso do art. 804 deste Código, não promover a citação do requerido dentro em 5 (cinco) dias;
Só ocorre se a medida concedida liminarmente inaudita altera parte houver sido efetivada antes da citação do requerido
Não se trata de simples requerimento > são os atos que incumbem ao demandante:
Indicação do endereço
Adiantamento das custas
III - se ocorrer a cessação da eficácia da medida, em qualquer dos casos previstos no art. 808, deste Código;
I - se a parte não intentar a ação no prazo estabelecido no art. 806 (30 dias a contar da efetivação da medida cautelar)
Ocorrência do dano > se a ação for ajuizada depois desse prazo
II - se não for executada dentro de 30 (trinta) dias (a contar do deferimento)
Nesse caso > impossibilidade de ocorrência de dano > não há o 1º requisito
III - se o juiz declarar extinto o processo principal, com ou sem julgamento do mérito
Hipótese do inciso I do art. 811
IV - se o juiz acolher, no procedimento cautelar, a alegação de decadência ou de prescrição do direito do autor (art. 810).
A medida terá sido concedida a quem não mais era titular da posição jurídica de vantagem
Liquidação do dano
Parágrafo único > A indenização será liquidada nos autos do procedimento cautelar.
Necessidade de liquidação > o direito á indenização é efeito secundário
Objetos da liquidação:
Determinação da existência dos danos
Fixação do quantum debeatur
Será por artigos:
Apreciação de fatos novos > fatos que não haviam ainda sido submetidos à apreciação judicial
Aplicação dos arts. 475-E e 475-F, CPC
Processamento da liquidação > no juízo onde se desenvolveu o proc. cautelar
Liquida-se o prejuízo
↓
Decisão da liquidação
↓Módulo processual executivo em face do requerente da med. cautelar
 
10. Medidas Cautelares Específicas, Típicas ou Nominadas – Procedimentos
Atenção: o rol inclui medidas que, na verdade, não têm natureza cautelar
PROCEDIMENTOS SITUADOS NO LIVRO DE CAUTELAR QUE POSSUEM NATUREZA EVIDENTEMENTE CAUTELAR
10.1. Arresto
Há 2 modalidades de arresto
Arresto executivo
Arresto cautelar
Arresto executivo – art. 653, CPC
Art. 653. O oficial de justiça, não encontrando o devedor, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução.
Parágrafo único. Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará o devedor três vezes em dias distintos; não o encontrando, certificará o ocorrido.
NÃO TEM natureza cautelar
Também assegura a penhora
NÃO DEPENDE de uma situação de PERIGO que ponha em risco a solvência do devedor > é apenas uma medida executiva
Arresto Cautelar – art. 813 a 821, CPC
TEM natureza cautelar
Processo cautelar autônomo com procedimento próprio
Objetivo
Garante a eficácia de uma EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA (processo autônomo de execução ou cumprimento de sentença)
Caracterização da medida em si
Apreensão judicial de bens do devedor, entregues a um depositário
Requisitos
Fumus boni iuris > verossimilhança quanto à existência do direito de crédito
Assim, pressupõe:
Obrigação em dinheiro OU que possa se converter em dinheiro
Conseqüência > poderá ser preparatório ou incidente a uma:
Execução por quantia certa
Ação condenatória – ex: ação de indenização por acidente de trânsito
Art. 814. Para a concessão do arresto é essencial:
I - prova literal da dívida líquida e certa
Parágrafo único. Equipara-se* à prova literal da dívida líquida e certa, para efeito de concessão de arresto, a sentença, líquida ou ilíquida, pendente de recurso, condenando o devedor ao pagamento de dinheiro ou de prestação que em dinheiro possa converter-se.
*Não significa que é a única coisa que se equipara à prova literal da dívida líquida e certa
Periculum in mora > perigo de prejuízo, de que o devedor se torne insolvente
Art. 814. Para a concessão do arresto é essencial:
II - prova documental ou justificação de algum dos casos mencionados no artigo antecedente
Obs: Art. 813 > Rol exemplificativo – numerus apertus > As hipóteses revelam situações casuísticas
I - quando o devedor sem domicílio certo intenta ausentar-se ou alienar os bens que possui, ou deixa de pagar a obrigação no prazo estipulado;
II - quando o devedor, que tem domicílio:
Ausenta-se ou tenta ausentar-se furtivamente;
Caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens que possui; contrai ou tenta Contrair dívidas extraordinárias; põe ou tenta pôr os seus bens em nome de terceiros; ou comete outro qualquer artifício fraudulento, a fim de frustrar a execução ou lesar credores;
III - quando o devedor, que possui bens de raiz, intenta aliená-los, hipotecá-los ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum ou alguns, livres e desembargados, equivalentes às dívidas;
IV - nos demais casos expressos em lei.
Ex: arresto de bens de ex-administradores de instituições financeiras que estão em liquidação extrajudicial, os quais não tenham sido atingidos pela indisponibilidade – art. 45, Lei n. 6.024/74
Conclusão:
A situação de perigo também pode ser gerada por:
Caso fortuito ou força maior
Atos comissivos do devedor
Atos omissivos do devedor
Bens que podem ser arrestados
Quaisquer bens que possam ser penhorados
Móveis ou imóveis
Incorpóreos apreciáveis economicamente
Procedimento
Utiliza como base o procedimento cautelar comum
Mesmos requisitos da petição inicial:
Arts. 801 e 282 do CPC + demonstração da plausibilidade do direito de crédito + demonstração do temor que justifique o arresto
Possibilidade de concessão do arresto liminarmente ou após justificação prévia
 ↓
Quando ao juiz parecer indispensável, far-se-á em segredo e de plano, reduzindo-se a termo o depoimento das testemunhas (art. 815)
Art. 816. O juiz concederá o arresto INDEPENDENTEMENTE de justificação prévia:
Quando for requerido pela União, Estado ou Município, nos casos previstos em lei;
Se o credor prestar caução (art. 804).
Obs:
- Não há dispensa da demonstração do temor que justifique o arresto
- Exame dos requisitos com menor grau de exigência
Citação
Resposta do Réu
Instrução (produção de provas) cf. o procedimento cautelar comum
Decisão
Coisa Julgada Formal
Obs: Art. 818. Julgada procedente a ação principal, o arresto se resolve em penhora
Hipóteses de suspensão da efetivação (execução) do arresto pelo devedor – art. 819
Assim que intimado, pagar ou depositar em juízo a importância da dívida, mais os honorários de advogado que o juiz arbitrar, e custas.
Se der fiador idôneo, ou prestar caução para garantir a dívida, honorários do advogado do requerente e custas.
Hipóteses de cessação do arresto – art. 820 > casos de extinção da própria obrigação
Obs: Rol exemplificativo
Pagamento;
Novação;
Transação
10.2. Seqüestro
Não se relaciona com obrigação em pecúnia
Processo cautelar autônomo com procedimento próprio
Objetivo
Garante a eficácia de uma EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA CERTA (processo autônomo de execução ou cumprimento de sentença)
Visa a preservar um ou mais bens determinados sobre os quais recaia um litígio > incolumidade da coisa
Caracterização da medida em si
Apreensão de bens determinados, específicos.
Requisitos
Fumus boni iuris > verossimilhança quanto à existência da titularidade sobre o bem
Obs: às vezes, a titularidade já está comprovada, sendo necessário demonstrar só o periculum in mora
 ↓
Ex: Cautelar postulada pelo devedor em desfavor do credor pignoratício que, de posse do objeto apenhado, não o protege devidamente, surgindo a possibilidade de danificação da coisa
Periculum in mora > perigo de que a coisa venha a ser danificada ou dilapidada totalmente com o passar do tempo
Art. 822. O juiz, a requerimento da parte, pode decretar o seqüestro:
Obs: Art. 822 > Rol exemplificativo – numerus apertus > As hipóteses revelam situações casuísticas
I - de bens móveis, semoventes ou imóveis, quando lhes for disputada a propriedade ou a posse, havendo fundado receio de rixas ou danificações;
Crítica
Não é cabível só nas ações de natureza real, possessórias > pode ser cabível para resguardar ações pessoais com reflexos sobre determinado bem
Rixas > qualquer confronto entre as partes
A situação de perigo também pode ser gerada por:
Caso fortuito ou força maior
Atos comissivos do devedor
Atos omissivos do devedor
II - dos frutos e rendimentos do imóvel reivindicando, se o réu, depois de condenado por sentença ainda sujeita a recurso, os dissipar;
Aqui > perigo específico para os frutos e rendimentos
Críticas
1ª. Os frutos e rendimentos de um bem podem estar em perigo, mesmo SEM sentença condenatória sujeita a recurso
2ª. Os frutos e rendimentos NÃO SÃO SOMENTE de bens imóveis
Obs: possuidor de boa-fé e de má-fé > com relação aos frutos
III - dos bens do casal, nas ações de separação judicial e de anulação de casamento, se o cônjuge os estiver dilapidando
Abrange tanto os bens comum quanto os particulares de cada um, que estejam aos cuidados do outro
IV - nos demais casos expressos em lei.
Ex: art. 919, CPC
Bens que podem ser seqüestrados
Bem que seja ou que venha a ser objeto de demanda judicial
Procedimento
Utiliza como base, no que couber, o procedimento do arresto
Só não haverá conversão em penhora.
Quadro comparativo entre arresto e seqüestro
ARRESTO
SEQUESTRO
Fumus > Plausibilidade da existência do direito de crédito
Periculum> Risco de o devedor dilapidar seu patrimônio, se tornando incapaz de saldar suas dívidas
Fumus > Plausibilidade da existência do direito que se alega ter sobre o bem
Periculum > Risco de que o bem possa ser alienado, depreciado (sua incolumidade)
Apreensão de bens indeterminados
Apreensão de bens determinados
Interesse do credor > valor em dinheiro
Interesse do credor > o bem específico
Não recai litígio sobre os bens
Recai litígio sobre os bens
PROCEDIMENTO – SEMELHANÇAS
Há nomeação de depositário – prestará compromisso + tomará posse dos bens
Podem ser preparatórios ou incidentais
Pode ser deferida a medida cautelar liminarmente ou após justificação prévia
10.3. Busca e Apreensão
10.3.1. Tipos de Busca e Apreensão
1º. Busca e Apreensão Incidente
Garantir a realização de uma medida cautelar
Ex: Foi deferido um arresto (ou um seqüestro), porém pode ser que seja necessário fazer uma busca e apreensão dos respectivos bens para poder fazer incidir sobre eles aquelas medidas cautelares
2º. Busca e Apreensão Executiva
Natureza Jurídica > medida executiva utilizada na execução para entrega de coisa certa
Art. 625. Não sendo a coisa entregue ou depositada, nem admitidos embargos suspensivos da execução, expedir-se-á, em favor do credor, mandado de imissão na posse ou de busca e apreensão, conforme se tratar de imóvel ou de móvel.
3º. Busca e Apreensão de bens alienados fiduciariamente
Art. 3º do Decreto Lei n. 911/69
Natureza satisfativa
Art. 3º O Proprietário Fiduciário ou credor, poderá requerer contra o devedor ou terceiro a busca e apreensão do bem alienado fiduciàriamente, a qual será concedida liminarmente, desde que comprovada a mora ou o inadimplemento do devedor.
4º. Busca e Apreensão de Incapazes
ATENÇÃO:
Esta busca e apreensão de incapazes é SATISFATIVA!!!
Ex: Busca e apreensão proposta pelo genitor que já detém a guarda da criança contra o outro que se recusa a entregá-la. A pretensão se esgota na busca e apreensão do filho. 
Obs: Há a busca e apreensão de incapazes CAUTELAR também!!!
5º. Busca e Apreensão de autos e documentos
Os autos e/ou documentos são levados por uma das partes e mantidos em seu poder ilegalmente
Pode ser ex officio
6º. Busca e Apreensão Cautelar
10.3.2. Busca e Apreensão Cautelar
É subsidiária do arresto e do seqüestro
Também se caracteriza pela apreensão, com uma diferença > o foco é na BUSCA > necessidade de uma procura
Objetivo
Garante a efetividade de um processo principal ou até de outro processo cautelar
Caracterização da medida em si
Busca E Apreensão de PESSOAS ou bens determinados
Não há necessariamente entrega a depositário
 ↓
Pode constar do mandado o destino a ser dado à pessoa ou à coisa procurada
 ↓
 Art. 841, II, CPC
O que pode ser buscado e apreendido – art. 839, CPC
Bens móveis 
Pessoas incapazes
 ↓
Art. 839. O juiz pode decretar a busca e apreensão de pessoas ou de coisas.
Requisitos – art. 840, CPC
Fumus boni iuris > verossimilhança quanto à existência de direito sobre a coisa móvel ou sobre o incapaz
Periculum in mora > perigo para incolumidade da coisa ou da pessoa
Art. 840. Na petição inicial exporá o requerente as razões justificativas da medida (...).
Procedimento
Linhas gerais > procedimento cautelar comum
1
Ajuizamento da ação com protocolo da petição inicial
Requisitos específicos > art. 840 e art. 841, CPC
Art. 840. Na petição inicial exporá o requerente as razões justificativas da medida e da ciência de estar a pessoa ou a coisa no lugar designado.*
O autor deverá indicar o lugar, apresentando as provas que o levaram a indicá-lo.
Obs: obras literárias > não precisa o autor indicar todos os lugares > art. 842, § 3º
2
Concessão ou não de liminar inaudita altera parte
Designação ou não de AJP – art. 841
Pode ser em segredo de justiça, se for indispensável.
3
Citação
Resposta do Réu
Instrução (produção de provas) cf. o procedimento cautelar comum
Decisão
Coisa Julgada Formal
Considerações peculiares à Busca e Apreensão – art. 841 e art. 842, CPC
Conteúdo do mandado de busca e apreensão – art. 841
Sendo deferida a medida, o mandado será expedido e deverá conter:
A indicação da casa ou do lugar em que deve efetuar-se a diligência.
A descrição da pessoa ou da coisa procurada e o destino a lhe dar.
A assinatura do juiz, de quem emanar a ordem.
Cumprimento do mandado – art. 842
Sempre por 2 oficiais de justiça acompanhados de 2 testemunhas > 1 deles lerá o teor do mandado e intimará a parte a abrir a porta
 ↓
Se atendidos > será dada continuidade ao cumprimento da ordem.
Se não atendidos > os oficiais de justiça arrombarão as portas externas, bem como as internas e quaisquer móveis onde presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada.
 ↓
Diligência concluída > será lavrado um auto circunstanciado, assinado pelos oficiais e pelas testemunhas
Obs:
Art. 842, § 3º > Tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artista, intérprete ou executante, produtores de fonogramas e organismos de radiodifusão, o juiz designará, para acompanharem os oficiais de justiça, dois peritos aos quais incumbirá confirmar a ocorrência da violação antes de ser efetivada a apreensão.
10.4. Produção antecipada de provas – arts. 846 a 851, CPC
Tem natureza cautelar
Observação importante
Procedimento probatório > 3 momentos > no processo principal
1º. A parte requer a produção da prova
2º. Deferimento do juiz
3º. Produção efetiva da prova
Objetivo
Garantia da FUTURA PRODUÇÃO DA PROVA NO PROCESSO DE CONHECIMENTO, assegurando-se que a fonte da prova estará preservada
Ex: 
Realização imediata de exame pericial
Colheita de depoimento testemunhal
Assim, o nome correto seria “medida cautelar de asseguração de prova”
 ↓
Prova ad perpetuam rei memoriam
Legitimidade
Quaisquer das partes que irão integrar a ação principal
Hipóteses de cabimento – art. 846
Interrogatório da parte
Inquirição de testemunhas
Exame pericial (exame stricto sensu, vistoria e inspeção judicial)
Obs:
Depoimento pessoal (esclarecimento e confissão – só na AIJ) – divergência doutrinária
Contradita e acareação > não são cabíveis
Inspeção judicial > sem emissão de valoração
Oportunidade
Antes da AIJ da ação principal > SEMPRE processo ANTECEDENTE
Obs: caput do art. 847 > entendimento doutrinário majoritário > se for na pendência da ação principal > basta o requerimento do autor nos próprios autos
Procedimento para asseguração de prova oral
1
Apresentação da PI – art. 848, CPC
Justificação sumária da necessidade da antecipação (periculum in mora) + menção precisa sobre quais fatos a prova recairá
Demonstração do direito à futura produção de prova (fumus boni iuris)
Requisitos do art. 801
Inciso III > só para o demandante
2
Designação de dia e hora da audiência em que será colhido o depoimento + determinação da citação + intimação da testemunha (se for o caso) > art. 848, parágrafo único
3
Citação do demandado e abertura de prazo para resposta > 5 DIAS
4
Realização da audiência para a colheita da prova
5
Proferimento da sentença homologatória > para que a prova possa produzir efeitos no processo principal
Procedimento para asseguração de prova material (perícia ou inspeção judicial) – art. 849, CPC
1
Apresentação da PI – art. 848, CPC
Justificação sumária da necessidade da antecipação (periculum in mora)+ menção precisa sobre quais fatos a prova recairá
Demonstração do direito à futura produção de prova (fumus boni iuris)
Requisitos do art. 801
Inciso III > só para o demandante
O demandante pode indicar assistente técnico e formular quesitos
2
Designação do perito + determinação da citação
3
Citação do demandado e abertura de prazo para resposta > 5 DIAS
Aqui, o demandado também pode indicar assistente técnico e formular quesitos
4
Realização da perícia ou inspeção judicial
5
Apresentação do laudo + vista às partes pelo prazo de 5 dias para requerer algum esclarecimento
6
Proferimento da sentença homologatória > para que a prova possa produzir efeitos no processo principal
Destino dos autos
Permanecem em cartório > art. 851, CPC
10.5. Exibição
10.5.1. Exibição incidente
Arts. 355 a 361 e arts. 381 a 382, CPC
É um dos meios de prova do CPC
Demanda incidental
10.5.2. Exibição dos arts. 844 e 845, CPC
Pode ser:
Demanda CAUTELAR ANTECEDENTE (art. 844) > a exibição do doc. ou da coisa visa assegurar a efetividade de uma demanda principal
 OU
Demanda principal satisfativa de direito > a exibição visa somente realizar o direito material de uma pessoa de examinar o doc. ou a coisa
Obs: o rito será o mesmo!
Objetivo
Permitir que uma coisa ou um documento seja exibido (apresentado em juízo) para que seu conteúdo seja conhecido
Legitimidade
Pólo ativo > quem será o autor da demanda principal
Pólo passivo > quem será o réu da demanda principal ou terceiro
Rol do art. 844 > exemplificativo
Art. 844. Tem lugar, como procedimento preparatório, a exibição judicial:
I - de coisa móvel em poder de outrem e que o requerente repute sua ou tenha interesse em conhecer;
II - de documento próprio ou comum, em poder de co-interessado, sócio, condômino, credor ou devedor; ou em poder de terceiro que o tenha em sua guarda, como inventariante, testamenteiro, depositário ou administrador de bens alheios;
III - da escrituração comercial por inteiro, balanços e documentos de arquivo, nos casos expressos em lei.
Aplicação subsidiária das disposições da exibição incidente
Art. 845. Observar-se-á, quanto ao procedimento, no que couber, o disposto nos arts. 355 a 363, e 381 e 382.
Procedimento
1
 Protocolo da PI
Obs: pode haver concessão da exibição em sede liminar – art. 804
2
Abertura de prazo para resposta
5 dias > para quem será o demandado no proc. principal
10 dias > para o terceiro
Possíveis respostas:
Exibir a coisa ou doc.
Ficar silente 
Contestar a demanda
3
Julgamento conforme o estado do processo
Se exibida a coisa ou o doc. > reconhecimento jurídico do pedido
Se ficar silente > revelia > julgamento antecipado da lide > se procedente > determinará a exibição do doc./coisa em 5 dias > se não exibido > expedição de mandado de busca e apreensão sob pena de desobediência
Se contestar > designação da AIJ OU julgamento antecipado da lide > se procedente > = procedimento
Exemplos de improcedência > se o autor não demonstrar que a coisa ou o doc. se encontra na posse do demandado ou se for acolhida a recusa de exibição (art. 363, CPC).
Obs > Casos em que não se pode admitir a recusa na exibição cautelar (art. 358, I e III):
Se o demandado tiver a obrigação legal de exibir a coisa ou o doc.
Se o doc., por seu conteúdo, for comum para as partes
10.6. Arrolamento de bens
Tem natureza cautelar
Objetivo
Assegurar a efetividade do processo principal em que se vai buscar a posse ou a propriedade dos bens arrolados – finalidade conservativa
Diferença para seqüestro
No seqüestro > objetiva-se a apreensão de bens previamente determinados
No arrolamento de bens > objetiva-se a preservação da universalidade de bens de conteúdo desconhecido do demandante
Caracterização da medida em si
Descrição e depósito de bens
Legitimidade
Todo aquele que tiver interesse na conservação dos bens a serem arrolados
Interesse do requerente
Proveniente de direito que deva ser declarado no proc. principal
Proveniente de direito já constituído > assegurará a execução da sentença proferida no proc. principal
Interesse de credores
Só no caso em que tenha lugar a arrecadação de herança
Exemplos:
Arrolamento cautelar incidente ou antecedente à demanda de separação judicial ou de divórcio direto, se houver comunhão quanto aos bens, para reclamar posterior partilha, se o autor da cautelar desconhecer o conteúdo do patrimônio comum do casal.
Arrolamento antecedente ou incidente à “ação de investigação de paternidade cumulada com pedido de herança”.
Arrolamento como medida cautelar antecedente ou incidente à “ação de dissolução e liquidação de sociedade comercial”.
Procedimento
1
Protocolo da PI
Requisitos de qualquer PI cautelar > art. 857:
I - o seu direito aos bens;
II - os fatos em que funda o receio de extravio ou de dissipação dos bens.
2
Abertura de prazo para resposta > 5 dias
Obs1:
Pode haver concessão liminar ou após AJP
Obs2:
Se estiver na posse de terceiro, este deverá ser intimado para ser ouvido
3
Deferimento do arrolamento
Designação de depositário:
O depositário lavrará o auto de arrolamento, descrevendo minuciosamente todos os bens, registrando quaisquer ocorrências que tenham interesse para a sua conservação – art. 859
Observação importante
Art. 860. Não sendo possível efetuar desde logo o arrolamento ou concluí-lo no dia em que foi iniciado, apor-se-ão selos nas portas da casa ou nos móveis em que estejam os bens, continuando-se a diligência no dia que for designado.
A inutilização do selo é crime, tipificado no art. 336, CP.
PROCEDIMENTOS SITUADOS NO LIVRO DE CAUTELAR QUE POSSUEM NATUREZA CONTROVERTIDA
10.7. Alimentos provisionais – art. 852 ao art. 854
A doutrina se divide quanto à sua natureza:
1ª corrente > tem natureza cautelar
2ª corrente > não tem natureza cautelar > é uma medida satisfativa sumária com a “mesma natureza” da tutela antecipada (Atenção: não é = à tutela antecipada!!!)
Obs: o procedimento dos alimentos provisionais é ≠ do de alimentos provisórios, mas possuem a mesma essência.
Conceitos
Alimento > contribuição periódica assegurada a alguém, por um título de direito, para exigi-la de outrem, como necessário à sua manutenção.
Alimentos provisionais > alimentos que a parte pede para seu sustento e para os gastos processuais enquanto durar a demanda* (para todas as hipóteses de cabimento).
* A palavra “demanda” abrange tanto a ação de alimentos provisionais quanto a outra demanda na qual ela será incidente (causa “principal”)
Finalidade
Prover o demandante dos meios necessários à sua subsistência enquanto durar o processo (inclusive os indispensáveis ao custeio do próprio processo) > alimenta in litem
Cabimento – art. 852
Nas ações de desquite e de anulação de casamento, desde que estejam separados os cônjuges > Ações de divórcio e de separação > pode ser antecedente ou incidente
Nas ações de alimentos (de rito ordinário), desde o despacho da petição inicial > só pode ser incidente.
Nos demais casos expressos em lei.
Procedimento > apesar de não ser cautelar, será utilizado o do procedimento cautelar comum.
Observações
Mesmo a causa principal estando pendente de julgamento no tribunal, a de alimentos provisionais será processada no primeiro grau de jurisdição – art. 853.
Requisitos específicos da PI > as necessidades do alimentando e as possibilidades do alimentante – art. 854.
O requerente pode pedir concessão liminar de uma mensalidade para sua mantença – art. 854, p.u.
10.8. Do protesto e da apreensão de títulos – art. 882 ao art. 887.
Protesto > matéria de Direito Empresarial > na verdade, o protesto é regido por leis especiais (lei n. 9.492/97 e outras) >procedimento extrajudicial > realizado pelo tabelião de protestos e títulos.
Apreensão de títulos > há controvérsias quanto à sua natureza > nada pacificado
Objetivo
Apreensão de título não restituído ou sonegado pelo emitente, sacado ou aceitante.
Obs: Código Comercial e leis cambiais > prevêem situações de restituição ou entrega obrigatória do título
 ↓
Recusa ou sonegação > determinação de apreensão
Prisão > dispositivos não recepcionados pela Constituição Federal de 1988 > art. 885, última parte e parágrafo único e art. 886.
Procedimento > mesmo havendo controvérsias quanto à sua natureza jurídica, aplica-se, no que couber, o procedimento cautelar comum.
Obs: A sentença a que se refere o art. 887 é a da “possível” ação de cobrança em se discutirá a dívida. Por quê?
 ↓
Na ação de apreensão de título não se discute a dívida e sua sentença se limita a conhecer da existência ou não da retenção do título bem como da legalidade deste ato.
PROCEDIMENTO SITUADO NO LIVRO DE CAUTELAR QUE POSSUI NATUREZA MISTA OU SÓ CAUTELAR
10.9. Atentado – art. 879 ao art. 881
Art. 879 > Comete atentado a parte que no curso do processo (rol exemplificativo):
Viola penhora, arresto, seqüestro ou imissão na posse;
Prossegue em obra embargada;
Pratica outra qualquer inovação ilegal no estado de fato.
Objetivo
Recompor a situação fática, indevidamente alterada por uma das partes, no curso do processo (fato natural ou ato de 3º > não cabe ação de atentado).
Natureza jurídica da ação de atentado > pode ter natureza mista > cautelar e cognitiva
Só cautelar > quando só visar à proteção da efetividade do processo principal, com pedido único de restabelecimento de seu estado anterior.
Mista > quando também houver pedido de condenação do requerido ao ressarcimento à parte lesada das perdas e danos sofridos em razão do atentado.
Procedimento > aplica-se, no que couber, o procedimento cautelar comum.
Observações
A PI será autuada em separado – em apenso ao processo principal > regra geral
 ↓
Obs: Mesmo que o processo principal já esteja no Tribunal, a PI inicial da ação de atentado será protocolada no juízo de 1º grau que foi competente para conhecer daquele.
Sentença (de procedência – art. 881):
Ordenará o restabelecimento do estado anterior.
Proibirá o réu de falar nos autos do processo principal até a purgação do atentado.
Poderá ordenar a suspensão do processo principal.
Poderá condenar o requerido a ressarcir as perdas e danos.
10.10. Outras medidas provisionais – arts. 888 e 889
Rol meramente exemplificativo > desnecessários > Poder Geral de Cautela
Obs:
Inciso VIII > a interdição ou a demolição de prédio para resguardar a saúde, a segurança ou outro interesse público > medida de caráter satisfativo e definitivo.
PROCEDIMENTOS SITUADOS NO LIVRO DE CAUTELAR QUE POSSUEM NATUREZA SATISFATIVA
10.11. Caução – arts. 826 a 838, CPC
Significa GARANTIA
Nem toda caução é cautelar
Cauções de natureza cautelar:
Ex: Art. 819, CPC; art. 805, CPC; art. 804, CPC
São incidentes de um processo cautelar
Não são objeto de processo autônomo
10.11.1. Classificação das cauções quanto à origem
Caução Legal:
Imposta por lei
Ex:
A caução para instauração da execução provisória – art. 475-O, III, CPC
A caução do arrematante, na arrematação a prazo – art. 690, CPC
Caução Negocial:
Garantia que uma das partes dá à outra do fiel cumprimento de um contrato
Ex:
Hipoteca, fiança e penhor
Caução Processual/Judicial:
São impostas por um pronunciamento do juiz
Prestadas como ato do processo – não como ação de caução
Cauções cautelares
Medidas incidentais necessárias de imposição ex officio
10.11.2. Caução dos arts. 826 a 838, CPC > cauções legais e negociais
NÃO tem natureza cautelar
É de direito material/substancial
Objeto > tutela jurisdicional satisfativa
“Ação de caução” > ação de conhecimento de rito especial
Caução real ou fidejussória – art. 826, CPC
Depende do tipo de garantia prestada
Real:
A garantia prestada consiste em um bem DETERMINADO
O bem fica afetado – gravado
Ex: hipoteca e penhor
Fidejussória
A garantia não consiste em um bem determinado, mas sim no PATRIMÔNIO DE UMA PESSOA
Ex: Fiança
Escolha da caução:
A lei pode determinar o tipo de caução a ser prestada
O negócio jurídico pode estabelecer o tipo também
Pode haver casos em há liberdade para o caucionante escolher > art. 827, CPC
Prestação da caução – art. 828, CPC
Pelo interessado (parte)
Por terceiro estranho à relação processual
Obs: a caução FIDEJUSSÓRIA é SEMPRE prestada por TERCEIRO
Procedimento
1
Proposição da ação – natureza DÚPLICE
Por quem está obrigado a prestar a caução (caucionante) > art. 829, CPC
 OU
Por quem tem o direito de exigir sua prestação (caucionado) > art. 830, CPC
2
Citação do réu para oferecer resposta em 5 DIAS > art. 831, CPC
Possíveis respostas:
Aceitar a caução
Prestar a caução
Contestar o pedido
Excepcionar o juízo
Não cabe reconvenção – natureza dúplice da ação
3
Julgamento conforme o estado do processo > art. 832, CPC
O juiz proferirá imediatamente a sentença:
I - se o requerido não contestar;
II - se a caução oferecida ou prestada for aceita;
III - se a matéria for somente de direito ou, sendo de direito e de fato, já não houver necessidade de outra prova.
 OU 
Se contestado o pedido, o juiz designará audiência de instrução e julgamento > se necessária prova oral > art. 833.
4
Proferimento da sentença
Aplicação do art. 834, CPC:
O juiz DETERMINARÁ A CAUÇÃO E ASSINARÁ O PRAZO EM QUE DEVE SER PRESTADA
Se o requerido NÃO cumprir a sentença no prazo estabelecido, o juiz declarará:
I - no caso do art. 829, NÃO PRESTADA A CAUÇÃO
II - no caso do art. 830, EFETIVADA A SANÇÃO QUE COMINOU
Observações importantes:
Caução das despesas processuais – arts. 835 e 836, CPC
Cautio iudicatum solvi ou cautio pro expensis
Demandante NÃO RESIDENTE no Brasil
 ↓
Art. 835. O autor, nacional ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou dele se ausentar na pendência da demanda, prestará, nas ações que intentar, caução suficiente às custas e honorários de advogado da parte contrária, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegurem o pagamento.
Questionamento quanto à constitucionalidade do dispositivo
Desnecessidade:
Execução fundada em título executivo extrajudicial
Reconvenção
Desfalque da garantia por motivo superveniente
Ex: depreciação do bem dado em garantia
Será autorizado o REFORÇO DA GARANTIA em PROCESSO INCIDENTE
 ↓
Art. 837. Verificando-se no curso do processo que se desfalcou a garantia, poderá o interessado exigir reforço da caução. Na petição inicial, o requerente justificará o pedido, indicando a depreciação do bem dado em garantia e a importância do reforço que pretende obter.
 ↓
= procedimento
 ↓
Art. 838. Julgando procedente o pedido, o juiz assinará prazo para que o obrigado reforce a caução. Não sendo cumprida a sentença, cessarão os efeitos da caução prestada, presumindo-se que o autor tenha desistido da ação ou o recorrente desistido do recurso.
10.12. Justificação
Não tem natureza cautelar
Trata-se de jurisdição voluntária
Objetivo
Justificar a existência de algum fato ou relação jurídica, seja para simples documento e sem caráter contencioso, seja para servir de prova em processo regular, exporá, em petição circunstanciada, a sua intenção (própria produção da prova testemunhal para utilização eventual).
Diferença para a produção antecipada de prova
Na justificação > nãohá o periculum in mora, pois não é cautelar.
Pode haver contradita
Semelhança para a produção antecipada de prova
Não vincula o juízo do processo principal
Procedimento
1
Protocolo da PI > requisitos normais
Descrição pormenorizada do fato ou da relação jurídica cuja existência se quer provar através da prova testemunhal + rol das testemunhas
Pode juntar docs. só para orientação, se necessária > prazo de 24h p/ vista.
2
Designação de audiência + citação dos interessados + intimação das testemunhas
Se o interessado não puder ser citado pessoalmente, haverá intervenção do MP. – art. 862, p.u.
3
Realização da audiência + proferimento de sentença (em audiência ou em 10 dias) > homologatória da prova
Obs > Não se admite defesa nem recurso!!! – art. 865
4
Permanência dos autos em cartório por 48h para eventuais certidões
5
Entrega dos autos ao demandante, independentemente de traslado.
10.13. Protestos, notificações e interpelações.
Não tem natureza cautelar
Trata-se de jurisdição voluntária
São medidas extremamente semelhantes > = procedimento
Objetivo
Prevenir responsabilidade
Prover a conservação e ressalva de seus direitos
Manifestar qualquer intenção de modo formal
Protesto > documentação da intenção do promovente
Notificação > cientificação para alguém fazer ou deixar de fazer algo, sob cominação de pena.
Interpelação > fazer conhecer ao devedor a exigência do cumprimento da obrigação, sob pena de ficar constituído em mora.
Exemplo de protesto
Protesto feito pelo engenheiro que elaborou um projeto, que dirige seu protesto ao construtor que não o está seguindo, para prevenir sua responsabilidade no caso de o projeto gerar algum dano para o dano da obra.
Exemplo de notificação
Notificação pelo locador ao locatário
Exemplo de interpelação
Interpelação pelo banco ao cliente devedor
Procedimento do protesto (serve para todos)
1
Protocolo da PI
Fatos e fundamentos do protesto – não se admite protesto genérico > art. 869
2
Deferimento do protesto + determinação da intimação – regras gerais da citação do CPC
Não é citação porque não se chama a outra parte para a apresentação de defesa (doutrina dominante).
Regras específicas para a comunicação (intimação) por edital > art. 870
Obs: Não haverá apresentação de defesa nem contraprotesto nos mesmos autos (o contraprotesto poderá ser feito em autos apartados) > art. 871
3
Permanência dos autos em cartório por 48h para eventuais certidões.
4
Entrega dos autos ao demandante, independentemente de traslado.
10.14. Da posse em nome do nascituro
Não tem natureza cautelar
Conceito
Nascituro > ser desprovido de personalidade, mas seus direitos estão a salvo desde a concepção – art. 2º, CC/2002.
Finalidade
Permitir que se dê proteção aos interesses do feto, através da constituição de prova da existência da gravidez, para o fim de permitir que o representante legal do nascituro entre na “posse de seus direitos” > na verdade, investidura nos direitos do nascituro para poder habilitá-lo no inventário
Cabimento
Quando se estiver diante de um caso de sucessão mortis causa em que o nascituro venha, no caso de nascer com vida, a ser um dos sucessores.
Legitimidade
Ativa > gestante
Passiva > demais herdeiros do de cujus
Procedimento > apesar de não ser cautelar, será utilizado o do procedimento cautelar comum.
Observações
A PI deverá ser instruída com a certidão de óbito da pessoa de quem o nascituro é sucessor.
O pedido será para que seja realizado exame de gravidez por um médico nomeado pelo juiz.
Será dispensado o exame se os outros herdeiros aceitarem a declaração da requerente.
Haverá a oitiva do MP depois de decorrido o prazo de resposta.
Apresentado o laudo reconhecendo a gravidez, a sentença declarará a requerente investida na posse dos direitos do nascituro.
Se à requerente não couber o exercício do pátrio poder, será nomeado curador ao nascituro.
10.15. Homologação do penhor legal – art. 874 ao art. 876
Penhor legal > penhor imposto por lei – art. 1467 ao art. 1472, CC/2002.
Art. 1471, CC/2002 > “Tomado o penhor, requererá o credor, ato contínuo, a sua homologação judicial”. > Conclusão: o penhor legal só se aperfeiçoa e se regulariza com a homologação judicial.
 ↓
Prolação da sentença homologatória > condição de existência e eficácia do penhor legal
Não tem natureza cautelar
Obs: Em que pese não possuir natureza cautelar, a doutrina entende que o penhor só poderá produzir efeitos por 30 dias e o credor deverá ajuizar a ação de cobrança do seu débito nesse prazo, sob pena de cessar a eficácia do penhor.
Objetivo
Constituição regular do penhor legal
Diferença para a caução
Na caução, a pessoa ainda não está em débito; ela somente não prestou a caução a que estava obrigada.
No penhor legal, a pessoa já está em débito e, por isso, nos casos previstos no art. 1467, CC, o credor “está autorizado” a empenhar determinados bens por ato de mão própria, devendo requerer sua posterior homologação.
Procedimento > apesar de não possuir natureza cautelar, aplica-se, no que couber, o procedimento cautelar comum.
Observações:
Como não tem natureza cautelar, não há necessidade na PI de ser colocado o inciso III, do art. 801.
Documentos essenciais à PI:
Conta pormenorizada das despesas
Tabela dos preços (no caso de hospedeiro)
Relação dos objetos retidos (se caso já houverem sido apreendidos pelo credor)
Prazo para apresentação de defesa ou pagamento > 24h
Poderá haver homologação de plano do penhor > condição: que o pedido esteja suficientemente provado
 ↓
A doutrina entende que a citação não poderá ser dispensada (princípio do contraditório)
 ↓
Interpretação: atendida a condição > dispensa-se a instrução, mas NÃO SE DISPENSA A CITAÇÃO.
Possíveis argumentos da defesa:
Nulidade do processo
Extinção da obrigação
Não estar a dívida compreendida entre as previstas em lei ou não estarem os bens sujeitos a penhor legal.
Depois de homologado o penhor > os autos serão entregues ao autor em 48h, independentemente de traslado.
Não havendo homologação > os bens serão entregues ao requerido.
QUADRO RESUMO DOS PROCEDIMENTOS ESTUDADOS
Procedimentos
Natureza Jurídica
1
Arresto
Cautelar
2
Seqüestro
Cautelar
3
Busca e apreensão
Cautelar
4
Produção antecipada de provas
Cautelar
5
Exibição
Cautelar
6
Arrolamento de bens
Cautelar
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--------------------------------------
1
Alimentos provisionais
Há controvérsia
2
Apreensão de título
Há controvérsia
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1
Atentado
Mista ou só cautelar
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1
Caução
Satisfativa
2
Justificação
Satisfativa
3
Protestos, notificações e interpelações
Satisfativa
4
Posse em nome do nascituro
Satisfativa
5
Homologação do penhor legal
Satisfativa
Aluno(a):__________________________________________
Turma: ___________ Curso: Direito – Campus V
2010-1
Procedimentos Cautelares
Prof Welenn Cleber Prates da Costa
- Pontifícia Universidade Católica de Goiás - 
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