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RESENHA DO LIVRO DE DIMITRO DIMOULIS corrigido e finalizado.

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RESENHA DO LIVRO DE DIMITRI DIMOULIS
O CASO DOS DENUNCIANTES INVEJOSOS
INTRODUÇAO
RELAÇÕES ENTRE O DIREITO, A MORAL E A JUSTIÇA
O que é Direito ?
Conjunto de normas que rege o comportamento social do ser humano.
CITO: LICC: art , 5º, na aplicação da Lei, o Juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
O que é Moral?
Moral é um conjunto de normas e regras para o bem viver.
Porém, nem todas as regras Morais são regras Jurídicas.
O Direito e a Moral , são duas formas de controle social,tem a mesma relevância .
A Lei tem em seu conteúdo a moralidade.
AS regras são necessárias para a boa conduta, porém nem todo conteúdo moral, é justo.
O que é Justiça?
Pelo conceito normativo justiça é o princípio moral que determina a conduta justa; da igualdade, liberdade, democracia.
 É dar a cada individuo segundo o seu mérito, individualmente justiça é um conceito jurídico.
RELEVÂNCIA DO ASSUNTO
 
A QUEM COMPUTAR A CULPA ?
Legisladores: Fizeram as leis contemplando apenas os seus interesses políticos e econômicos, privilegiando assim apenas uma determinada classe social ( a deles ).
Prejudicaram, portanto, a maioria da população na época.
Governantes: Governavam injustamente e suas leis eram discriminatórias.
Oprimiu direitos fundamentais do povo e das classes menos favorecidas.
Denunciantes Invejosos: Com lesividade delataram os “compatriotas, sendo coniventes com a lei da época, apesar de injusta e arbitrária, não dando sequer a oportunidade deles se defenderem.
ARGUMENTOS BÁSICOS DE DEFESA
Primeiro argumento:
O réu aplicava o direito em vigor ( legalidade ) Art-1ºCP.
Não há crime sem lei anterior que o defina.
Não há pena sem prévia cominação legal.
Em seu parágrafo único: O agente em quaisquer das hipóteses responderá pelo excesso doloso ou culposo.
Terceiro argumento: Se o réu não colaborar com o regime, será punido e exposto a perseguições e a seus familiares (inegibilidade de conduta diversa) Art.22 CP.
Quando o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não ilegal, do superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Nesse caso a defesa entende que só deverá ser punido o Legislador da Leis da época e não os que a praticavam.
Quarto argumento: Se o réu não colaborasse os ditadores encontrariam facilmente quem colaborasse com até maior rigor. Art.244: Quando a lei prescreve determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz poderá considerar o ato valido se realizado no intuito de lhe alcançar a finalidade.
Quinto argumento: A conduta do réu é um mero detalhe diante das atrocidades de uma ditadura. A punição imposta significaria simplesmente que se encontrou um bode expiatório (insignificância) 
Princípio da Bagatela, em virtude da supremacia constitucional, qualquer ato jurídico incompatível com a Constituição deve ser tido como insignificante.
O BRASIL E AS DIVERSAS DUVIDAS SOBRE A DITADURA
Lei da Anistia:
Pode ser considerada uma lei dupla, pois beneficiou os agentes torturadores das vitimas da ditadura e indenizou as famílias dos reconhecidamente desaparecidos e dos mortos, políticos.
Perdoou as vítimas e desconsiderou os atos dos que delinquiram contra o Estado.
Sendo também com o duplo propósito de “proteger” a memória das vitimas e de suas famílias, e de exemplo e prevenção a repetição de tais praticas em futuras gerações.
Justiça de Transição:
Um grande desafio:
 Selar o passado no mar do esquecimento e proporcionar um novo conceito ao novo sistema. Temendo que antigas atitudes pudessem frustrar a busca pela nova democracia e pela paz.
São as questões da transição democrática.
A MIDIA E SUAS PRODUÇÕES:
Vários filmes mostram o legado da Ditadura, das perseguições políticas e ideológicas, das torturas, do desaparecimento de pessoas .
Cito as produções cinematográficas como Zuzu AngeL e O Ano Em Que Meus Pais Saíram De Férias.
Estes relatam de forma explícita o momento que o país passava , sem no entanto arguir satisfações aos vitimados.
SOLUÇAO DO CASO DOS DENUNCIANTES INVEJOSOS
A Constituição:
Dos direitos e deveres LICC Art.5º LE- SE
 NÃO HÁ CRIME SEM LEI ANTERIOR QUE A DEFINA
 NEM PENA SEM PRÉVIA COMINAÇÃO LEGAL.
 A LEI NÃO RETROAGIRÁ, salvo para beneficiar o réu.
Reflexão:
O caso dos denunciantes invejosos é uma ficção, porem o seu conteúdo concluso é aplicável na vida real.
O caso traz teorias que se transportadas para vida real, traz a polemica sobre, O DIREITO, A MORAL E A JUSTIÇA.
Sendo necessário ao leitor um equilíbrio racional sobre o entendimento sobre ordem jurídica e o desejo real de fazer a justiça.
O Fato
Com a queda do governo ditatorial de injustiças e maldades, surge o questionamento de se punir ou de se perdoar os delitos ocorridos, tanto dos denunciantes como dos que cumpriam as ordens. O comportamento do Estado e de suas leis naquele tempo, colocava a população em um estado de medo e incertezas.
Muitos dos denunciantes no intuito de protegerem-se e aos seus familiares, delatavam quaisquer manifestações contrarias as leis impostas por medo de que se não o fizessem a culpa recairia sobre a sua própria pessoa. Infelizmente os denunciantes se valeram das leis vigentes em função própria, de forma bestial e frívola, estabelecendo uma luta pela vida , passando assim em cima da moralidade, do direito e da justiça. 
Tudo era denunciado, falar mal do governo, adquirir coisas e ou alimentos em maior quantidade do que a necessária a subsistência , fazer musica com letras contrarias ao sistema das leis da época, ouvir ou ver TV estrangeira,ler revistas e jornais contrários as leis por eles impostas.
Entendimento:
É injusto, um sistema onde não se pode fazer nada, a não ser obedecer leis impostas e injustas.O povo sofreu as consequências , pagou com a própria vida.
O partido político que se autodenominava Camisas Púrpuras, interpretava as leis no interesse de satisfações pessoais e particulares.
No entanto as leis adotadas por esse grupo puderam ser questionadas devido a existência do DIREITO INTERNACIONAL, pois anteriormente, o país tinha assinado um Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos.
 Lê-se no seu artigo a permissão de pena de morte, excepcionalmente em casos gravíssimos.
Diante desse Pacto que foi firmado e por eles não terem revogado a Constituição do país deixaram intactos os Códigos Civil, Penal e Processual. 
Questiono sobre a legitimidade em torno do ordenamento jurídico imposto e utilizado pelos Camisas Púrpuras, já que não havia bases sustentáveis para tornarem as vidas descartáveis, faz-se necessário a condenação de todos que direta ou indiretamente colaboraram para o caos implantado no país.
Portanto é necessário que se faça um estudo individual de cada caso, pois em cumprimento das leis impostas na época da Ditadura, muitos pensavam estar ajudando o sistema sendo delatores de possíveis condenáveis e o fizeram de forma leviana que culminou em muitas mortes de pessoas inocentes.
Clamamos hoje por um sistema que funcione, que não existam tantas falcatruas e contravenções, políticos sérios e com ideais de Justiça, Moral e Civismo.
 A quem não conheceu a Ditadura, ate acha que a lei e a ordem pudessem ser restabelecidas nesse sistema, ignoram saber das atrocidades a que tantos dizimou.
Quando comparamos a Ditadura aos nossos princípios hoje, vemos que há uma diferença de ideologias.
Nosso direito hoje é de livre expressão de opiniões e finalidades distintas. Não que não existam injustiças, porém a liberdade de expressão é assegurada pela nossa constituição.
Naquela época não eram assegurados nenhum direito de expressão:
 Cito a historia real do cantor e compositor Wilson Simonal. 
Negro, famoso, expressivo em suas apresentações, formador de opinião e genialidade a conduzir plateias com sua musica de letras comuns e simpáticas. Porém foi confundido com alguém contrário a ditadura.Nessa época aindanão se falava em discriminação racial,e o rapaz de família pobre e negro foi feito um bode expiatório.Traído por seus compatriotas foi preso, machucado e repudiado inclusive pelos companheiros da arte , tachado como um delator, e traidor. Tamanha a ira dos partidários que precisou se esconder para não ser morto. Era, todavia inocente.
Viu sua família dilacerada, era agora odiado por todos, passou a vida inteira injustiçado, acuado, recluso no cárcere da impunidade no desprezo e obscuridade dos artistas. Morreu velho, porém com o estigma de traidor. 
Nunca mais a mídia o quis por seus talentos, todas as aparições eram de rechaça, inclusive pelo apresentador de televisão Sr Jô Soares que a poucos anos numa entrevista que eu pude assistir, deixou claro sua antipatia pelo cantor.
Os filhos de Wilson Simonal, como Simoninha e sua Banda, apesar do seu grande sucesso e talento musical, por varias aparições na mídia televisiva teve o assunto do pai como pauta a responder desafetos de entrevistadores.
Outras realidades num mesmo momento:
Outros artistas que por suas condições financeiras e famílias influentes, puderam se auto-exilar, como foi o caso do cantor e compositor Chico Buarque de Holanda, e sua esposa na época Marieta Severo e filha, que na iminência de problemas com o sistema, foram morar na Itália, França e em outros países onde puderam continuar com suas carreiras e fugir das perseguições e deportações sempre que gravavam um trabalho, usavam um pseudônimo, para não serem reconhecidos. No caso do Chico Buarque de Holanda o pseudônimo era Julinho da Adelaide.
IDEOLOGIA OU UTOPIA?
Cabe aos governantes do nosso país, legislar justas e claras leis que beneficie a população de forma geral , com força de comando , DIREITO, JUSTIÇA E MORAL, para que o Brasil seja um país com ORDEM E PROGRESSO como ditado em nossa flâmula.
Por Ivane Bueno Quirino

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