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ATPS Direito Processual Penal II Etapa III e IV ATPS

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Direito Processual Penal II ATPS Curso: Direito 
 
 
Observado as peculiaridades processuais analisadas nas etapas anteriores 
nesta atividade pratica supervisionada, seguiremos com as medidas que seriam 
mais adequadas ao caso concreto do desafio proposto. 
 
 
ETAPA 3 – Prisão preventiva 
 
 
Conceito. 
 
Prisão processual de natureza cautelar decretada pelo juiz em qualquer fase da 
investigação policial ou do processo criminal, antes do trânsito em julgado da 
sentença, sempre que estiverem preenchidos os requisitos legais e ocorrerem 
os motivos autorizadores. 
 
 
Natureza. 
 
 
A prisão preventiva é modalidade de prisão provisória, ao lado do flagrante (ver 
comentário acima) e da prisão temporária. Possui natureza cautelar e tem por 
objetivo garantir a eficácia do futuro provimento jurisdicional, cuja natural demora 
pode comprometer sua efetividade, tornando-o inútil. Trata-se de medida 
excepcional, imposta somente em último caso (CPP, art. 282, § 6º). Nesse 
sentido: “A prisão provisória é medida de extrema exceção. Só se justifica em 
casos excepcionais, onde a segregação preventiva, embora um mal, seja 
indispensável. Deve, pois, ser evitada, porque é uma punição antecipada” (RT, 
531/301). Seus pressupostos são: necessidade, urgência e a insuficiência de 
qualquer outra medida coercitiva menos drástica, dentre as previstas no art. 319 
do CPP. 
 
 
 
 
Momento para a decretação da prisão preventiva 
 
Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal o juiz poderá 
decretá-la. No curso da ação penal, de ofício ou a requerimento do Ministério 
Público ou de seu assistente, do querelante ou por representação da autoridade 
policial. Durante a investigação, não cabe decretação ex officio, ressalvados os 
casos de conversão do flagrante em preventiva (CPP, art. 311 c.c. o art. 310, II). 
Cabe tanto em ação penal pública quanto em ação privada. 
 
Pressupostos para a prisão preventiva: “fumus boni iuris” 
 
a) Garantia da ordem pública: a prisão cautelar é decretada com a finalidade de 
impedir que o agente, solto, continue a delinquir, não se podendo aguardar o 
término do processo para, somente então, retirá-lo do convívio social. Nesse 
caso, a natural demora da persecução penal põe em risco a sociedade. É caso 
típico de periculum in mora. 
b) Conveniência da instrução criminal: visa a impedir que o agente perturbe ou 
impeça a produção de provas, ameaçando testemunhas, apagando vestígios do 
crime, destruindo documentos etc. 
c) Garantia de aplicação da lei penal: no caso de iminente fuga do agente do 
distrito da culpa, inviabilizando a futura execução da pena. Se o acusado ou 
indiciado não tem residência fixa, ocupação lícita, nada, enfim, que o radique no 
distrito da culpa, há um sério risco para a eficácia da futura decisão se ele 
permanecer solto até o final do processo, diante da sua provável evasão. 
d) Garantia da ordem econômica: o art. 86 da Lei n. 8.884, de 11 de junho de 
1994 (Lei Antitruste), incluiu no art. 312 do CPP está hipótese de prisão 
preventiva. Trata-se de uma repetição do requisito “garantia da ordem pública”. 
e) Descumprimento da medida cautelar imposta: havendo o descumprimento de 
qualquer das medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP, poderá o juiz: (a) 
substituí-la por outra medida; (b) impor cumulativamente mais uma; (c) e, em 
último caso, decretar a prisão preventiva (CPP, art. 312, parágrafo único). Essa 
espécie de prisão preventiva difere da concedida autonomamente porque é 
aplicada depois de frustradas todas as tentativas de se garantir o processo, 
mediante meios menos traumáticos. A recalci trância do acusado ou indiciado 
em cumprir suas obrigações processuais acaba por tornar inevitável a medida 
extrema da prisão. 
 
 
Hipóteses de cabimento da prisão preventiva 
 
Nos termos do art. 313 do CPP, a prisão preventiva somente poderá ser 
decretada nas seguintes hipóteses: 
(a) crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 
4 (quatro) anos: o critério não é mais pena de reclusão ou detenção, mas 
quantidade de pena cominada. 
Ficaram excluídas infrações graves, cuja sanção máxima prevista não excede a 
quatro anos, como o sequestro e cárcere privado na forma simples (CP, art. 148, 
caput); furto simples (CP, art. 155, caput) e satisfação de lascívia mediante 
presença de criança ou adolescente (CP, art. 218-A), dentre outras; 
(b) condenação por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, 
ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do CP: mesmo que a pena 
máxima cominada seja igual ou inferior a quatro anos, caberá a prisão 
preventiva. Basta a condenação por outro crime doloso, com sentença transitada 
em julgado, e desde que não tenha ocorrido a prescrição da reincidência (mais 
de cinco anos entre a extinção da pena anterior e a prática do novo crime); 
(c) crime que envolva violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, 
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a 
execução das medidas protetivas de urgência: a Lei n. 11.340/2006, Lei Maria 
da Penha, já previa a prisão preventiva nos casos de violência doméstica e 
familiar contra a mulher. O Código de Processo Penal, em sua nova redação, 
ampliou o cabimento para as hipóteses de vítima criança, adolescente, idoso, 
enfermo ou pessoa com deficiência; 
(d) quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa; ou quando esta não 
fornecer elementos suficientes para esclarecê-la: pouco importa a natureza do 
crime ou a quantidade da pena. A Lei n. 12.037/2009 prevê as situações em que, 
embora apresentado o documento de identificação, a identificação criminal é 
autorizada e deve servir de parâmetro para configuração da presente hipótese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prisão temporária 
 
 
Prisão cautelar de natureza processual destinada a possibilitar as investigações 
a respeito de crimes graves, durante o inquérito policial, só pode ser decretada 
pela autoridade judiciária. 
A prisão temporária pode ser decretada nas situações previstas pelo art. 1º da 
Lei n. 7.960/89. São elas: imprescindibilidade da medida para as investigações 
do inquérito policial; indiciado não tem residência fixa ou não fornece dados 
necessários ao esclarecimento de sua identidade; fundadas razões da autoria 
ou participação do indiciado em qualquer um dos seguintes crimes: homicídio 
doloso, sequestro ou cárcere privado (com os acréscimos operados pela Lei n. 
11.106/2005 ao art. 148 do CP), roubo, extorsão... estupro, atentado violento ao 
pudor; rapto violento (art. 219 do CP, revogado pela Lei n. 11.106/2005), 
epidemia com resultado morte, envenenamento de água potável ou substância 
alimentícia... crimes contra o sistema financeiro. 
Entendemos que a prisão temporária somente pode ser decretada nos crimes 
em que a lei permite a custódia. No entanto, afrontaria o princípio constitucional 
do estado de inocência permitir a prisão provisória de alguém apenas por estar 
sendo suspeito pela prática de um delito grave. 
Inequivocamente, haveria mera antecipação da execução da pena. Desse modo, 
entendemos que, para a decretação da prisão temporária, o agente deve ser 
apontado como suspeito ou indiciado por um dos crimes constantes da 
enumeração legal, e, além disso, deve estar presente pelo menos um dos outros 
dois requisitos, evidenciadores do periculum in mora. Sem a presença de um 
destes dois requisitos ou fora do rol taxativo da lei, não se admitirá a prisão 
provisória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ETAPA 4 
 
Esta atividade é importante para que se conheça todos os aspectos relacionados 
ao processo de competência do Júri, especialmente a questão do rito escalonado 
de tal procedimento. 
 
Procedimentos:do processo dos crimes de competência do Júri. 
 
O Júri na atual Constituição encontra-se disciplinado no art. 5º, XXXVIII, inserido 
no Capítulo Dos Direitos e Garantias Individuais. 
A soberania do Júri é um princípio relativo porque não pode obstar o princípio 
informador do processo penal, qual seja, a busca da verdade real. 
A competência mínima para julgar os crimes dolosos contra a vida não impede 
que o legislador infraconstitucional a amplie para outros crimes. No entanto, a 
finalidade do júri é a de ampliar o direito de defesa dos réus, funcionando como 
uma garantia individual dos acusados pela prática de crimes dolosos contra a 
vida e permitir que, em lugar do juiz togado, preso a regras jurídicas, sejam 
julgados pelos seus pares. Como direito e garantia individual, não pode ser 
suprimido nem por emenda constitucional, constituindo verdadeira cláusula 
pétrea (núcleo constitucional intangível). Tudo por força da limitação material 
explícita contida no art. 60, § 4º, IV, da Constituição Federal. 
Seus princípios básicos são: 
• A plenitude da defesa, 
• O sigilo nas votações, 
• A soberania dos veredictos e a competência mínima para julgamento dos 
crimes dolosos contra a vida. 
A plenitude da defesa implica o exercício da defesa em um grau ainda maior 
do que a ampla defesa. Defesa plena, sem dúvida, é uma expressão mais 
intensa e mais abrangente do que defesa ampla. Compreende dois aspectos: 
• 1º, o pleno exercício da defesa técnica, por parte do profissional 
habilitado, o qual não precisará restringir-se a uma atuação 
exclusivamente técnica, podendo também servir-se de argumentação 
extrajurídica, invocando razões de ordem social, emocional, de política 
criminal etc. Esta defesa deve ser fiscalizada pelo juiz-presidente, o qual 
poderá até dissolver o conselho de sentença e declarar o réu indefeso 
(art. 497, V), quando entender ineficiente a atuação do defensor. 
 
• 2º, o exercício da autodefesa, por parte do próprio réu, consistente no 
direito de apresentação de sua tese pessoal no momento do 
interrogatório, relatando ao juiz a versão que entender ser a mais 
 
conveniente e benéfica para sua defesa. No nosso entendimento, o juiz-
presidente está obrigado a incluir no questionário a tese pessoal do 
acusado, ainda que haja divergência com a versão apresentada pelo 
defensor técnico, sob pena de nulidade absoluta, por ofensa ao princípio 
constitucional da plenitude de defesa. O STF, porém, já havia se 
manifestado em sentido contrário, ao dizer que “a formulação dos 
quesitos no julgamento pelo tribunal do júri não se faz a partir das 
declarações prestadas pelo réu no interrogatório ou pelas testemunhas 
na instrução, e sim com base nas teses sustentadas pela defesa técnica”. 
Com o advento da Lei n. 11.689/2008, na elaboração dos quesitos, “o 
presidente levará em conta os termos da pronúncia ou das decisões 
posteriores que julgaram admissível a acusação, do interrogatório e das 
alegações das partes” (CPP, art. 482, parágrafo único). 
O sigilo nas votações é princípio informador específico do Júri, a ele não se 
aplicando o disposto no art. 93, IX, da CF, que trata do princípio da publicidade 
das decisões do Poder Judiciário. Assim, conforme já decidiu o STF, não existe 
inconstitucionalidade alguma nos dispositivos que tratam da sala secreta (CPP, 
arts. 485, 486 e 487). Quando a decisão se dá por unanimidade de votos, 
quebrasse esse sigilo, pois todos sabem que os sete jurados votaram naquele 
sentido. Por esta razão, há quem sustente deva a votação do quesito ser 
interrompida assim que surgir o quarto voto idêntico (sendo apenas sete os 
jurados, não haveria como ser modificado o destino daquele quesito). 
A soberania dos veredictos implica a impossibilidade de o tribunal técnico 
modificar a decisão dos jurados pelo mérito. Trata-se de princípio relativo, pois 
no caso da apelação das decisões do Júri pelo mérito (art. 593, III, d) o Tribunal 
pode anular o julgamento e determinar a realização de um novo, se entender 
que a decisão dos jurados afrontou manifestamente a prova dos autos. Além 
disso, na revisão criminal, a mitigação desse princípio é ainda maior, porque o 
réu condenado definitivamente pode ser até absolvido pelo tribunal revisor, caso 
a decisão seja arbitrária. Não há anulação nesse caso, mas absolvição, isto é, 
modificação direta do mérito da decisão dos jurados. 
Nesse sentido, o Tribunal de Justiça de São Paulo: 
 
“Tratando-se de decisão do júri, a revisão é pertinente, quando a decisão se 
ofereça manifestamente contrária à prova dos autos, de forma dupla. ” 
 
• 1º, porque o veredicto do júri, por se revestir de garantia constitucional da 
soberania, só poderá ser anulado quando proferido de forma arbitrária, 
absolutamente distorcida da prova. 
 
• 2º, porque a própria natureza da revisão sempre pressupõe decisão 
manifestamente contrária à evidência dos autos” (RT, 677/341). 
 
Organização do Júri 
 
O Tribunal do Júri é um órgão colegiado heterogêneo e temporário, constituído 
por um juiz togado, que o preside, e de vinte e cinco cidadãos escolhidos por 
sorteio. 
Anualmente, cabe ao juiz-presidente do Tribunal do Júri organizar a lista geral 
dos jurados. Serão alistados pelo presidente do Tribunal do Júri de 800 
(oitocentos) a 1.500 (um mil e quinhentos) jurados nas comarcas de mais de 
1.000.000 (um milhão) de habitantes, de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) nas 
comarcas de mais de 100.000 (cem mil) habitantes e de 80 (oitenta) a 400 
(Quatrocentos) nas comarcas de menor população (CPP, art. 425). 
A lista geral dos jurados, com indicação das respectivas profissões, será 
publicada pela imprensa até o dia 10 de outubro de cada ano e divulgada em 
editais afixados à porta do Tribunal do Júri (CPP, art. 426, caput). 
A lista poderá ser alterada, de ofício ou mediante reclamação de qualquer do 
povo ao juiz presidente, até o dia 10 de novembro, data de sua publicação 
definitiva (CPP, art. 426, § 1º). Não cabe mais, portanto, o recurso em sentido 
estrito, o qual era proposto no prazo de 20 dias. 
Os nomes e endereços dos alistados, em cartões iguais, após serem verificados 
na presença do Ministério Público, de advogado indicado pela Seção local da 
Ordem dos Advogados do Brasil e de defensor indicado pelas Defensorias 
Públicas competentes, permanecerão guardados em urna fechada a chave, sob 
a responsabilidade do juiz-presidente (CPP, art. 426, § 3º). 
O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentença nos 12 (doze) meses que 
antecederam à publicação da lista geral fica dela excluído (CPP, art. 426, § 4º). 
Anualmente, a lista geral de jurados será, obrigatoriamente, completada (CPP, 
art. 426, § 5º). A convocação do Júri far-se-á por correio ou qualquer outro meio 
hábil depois do sorteio dos vinte e cinco jurados que tiverem de servir na sessão 
(CPP, art. 434, caput). O sorteio far-se-á a portas abertas, pelo juiz-presidente, 
a quem caberá tirar as cédulas (CPP, art. 433, caput). 
Para ser jurado é preciso tratar-se de brasileiro, nato ou naturalizado, maior de 
18 anos, e não 21 anos, como constava da antiga redação legal, notória 
idoneidade, alfabetizado e no perfeito gozo dos direitos políticos, residente na 
comarca, e, em regra, que não sofra de deficiências em qualquer dos sentidos 
ou das faculdades mentais. 
O serviço do Júri é obrigatório, de modo que a recusa injustificada em servir-lhe 
constituirá crime de desobediência. A escusa de consciência consiste na recusa 
do cidadão em submeter-se a obrigação legal a todos imposta, por motivos de 
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política. Sujeita o autor da recusa 
ao cumprimento de prestação alternativa que vier a ser prevista em lei, e, no 
caso da recusa também se estender a esta prestação, haverá a perda dos 
 
direitos políticos, de acordo com o disposto nos arts. 5º,VIII, e 15, IV, da 
Constituição Federal. 
Considera-se serviço alternativo o exercício de atividades de caráter 
administrativo, assistencial, filantrópico ou mesmo produtivo, no Poder 
Judiciário, na Defensoria Pública, no Ministério Público ou em entidade 
conveniada para esses fins (CPP, art. 438, § 1º). O juiz fixará o serviço alternativo 
atendendo aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade (CPP, art. 
438, § 2º). 
Estão isentos do serviço do Júri o presidente da República e seus ministros de 
Estado, os governadores e seus secretários, os membros do Poder Legislativo, 
em qualquer das esferas federativas, os prefeitos, os magistrados, os 
representantes do Ministério Público, os servidores do Poder Judiciário, do 
Ministério Público e da Defensoria Pública, os funcionários da polícia e da 
segurança pública, os militares da ativa, os cidadãos maiores de 70 (setenta) 
anos que requeiram sua dispensa, aqueles que o requerem, demonstrando justo 
impedimento (CPP, art. 437). 
O exercício efetivo da função de jurado traz os seguintes privilégios: presunção 
de idoneidade e preferência, em igualdade de condições, nas licitações públicas 
e no provimento, mediante concurso, de cargo ou função pública, bem como nos 
casos de promoção funcional ou remoção voluntária (CPP, art. 440). 
Por exercício efetivo entende-se aquele jurado que comparece ao dia da sessão, 
ainda que não seja sorteado para compor o conselho de sentença, diante do que 
dispõe o art. 433. Mencione-se que ao jurado não se confere mais o privilégio da 
prisão especial, por crime comum, até o julgamento definitivo, em face da 
modificação operada pela Lei n. 12.403/2011 no art. 439 do CPP. 
Soberania dos veredictos 
Trata-se de princípio relativo, logo não exclui a recorribilidade de suas decisões, 
limitando-se, contudo, a esfera recursal ao juízo rescindente (judicium 
rescindem), ou seja, à anulação da decisão pelo mérito e a consequente 
devolução para novo julgamento (art. 593, III, d). Do mesmo modo, em 
obediência ao princípio maior da verdade e em atenção ao princípio da plenitude 
da defesa, admite-se alteração do “meritum causae”, em virtude de revisão 
criminal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desafio proposto; 
 
Com base no caso descrito no desafio, etapa inicial desta atividade pratica 
supervisionada em suas etapas 1 e 2, segue simulação de sentença judicial, 
refletindo a opinião da equipe após os estudos relacionados neste desafio. 
Por fim, em comparação com o desafio proposto previsto na atividade (ATPS), 
em alguns casos observados em acórdãos nos sites de jurisprudência do STJ, 
STF e Jusbrasil, segundo o brocardo jurídico “iure novit cúria”, ou seja, o juiz 
conhece o direito. 
 
A Sentença 
AUTOS N° (NUMERO) 
PROCESSO: CRIME DE HOMICIDIO QUALIFICADO 
AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO 
RÉU: JOÃO DA SILVA 
VÍTIMA: ANTÔNIO SOUZA 
SENTENÇA - ABSOLVIÇÃO/REVOGAÇÃO – E04/17 – DOS CRIMES CONTRA 
A VIDA / HOMICIDIO QUALIFICADO. 
Publicado em 01 de maio de 2017 
 
Vistos. 
 
JOÃO DA SILVA, já qualificado nos autos, foi denunciado como como incurso 
nas penas dos artigos 121, § 2°, incisos I e IV do Código Penal. 
Assim, em 11 de junho de 2013, foi decretada sua prisão preventiva. A Defesa 
Prévia foi apresentada a fls. (Numero). O laudo pericial de arma de fogo foi 
juntado, fls. (Numero). 
 
Em alegações finais fls. (Numero), o Ministério Público (Dr. Nome) requereu a 
procedência da ação penal, com a consequente condenação do réu, nos termos 
dos artigos 121, § 2°, incisos I e IV do Código Penal. 
A Defesa (Dr. da defesa Nome), da mesma forma (fls. (Numero), pugnou pela 
absolvição do acusado e a expedição urgente de alvará de soltura. 
 
É o relatório. 
 
DECISÃO. 
 
A ação penal é improcedente. 
 
Segundo consta da denúncia, o acusado portava uma arma de fogo calibre 380, 
sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
 
Em juízo (fls. (Numero), o réu negou os fatos narrados na denúncia. Esclareceu 
que se declarou inocente e se retratou da confissão alegando que a mesma fora 
forçada através de tortura perpetrada pelos agentes policiais. Afirmou que não 
estava em poder da arma de fogo. Alegou ainda que era servente de pedreiro e 
tinha residência fixa. 
 
Os investigadores passaram a investigar o réu João da Silva, que fora localizado 
com uma arma do mesmo calibre dos projeteis retirados do corpo da vítima, isso 
em 11 de junho de 2013, o que motivou a decretação da sua prisão preventiva. 
 
Em que pesa a prova da autoria, a conduta é atípica, pois o laudo pericial (fls. 
Número) atestou inconclusivo não restaram suficientemente provadas, no 
 
decorrer da instrução criminal, a autoria e a materialidade das vias de fato ao 
bem jurídico tutelado. 
O fumus boni juris que autorizou o recebimento da denúncia não é suficiente 
para autorizar a condenação. 
 
DA DECISÃO FINAL 
 
Posto isto e por tudo mais que dos autos consta, com base no Art. 413. Do 
Código Processo Penal - Decreto Lei 3689/41. Acolhemos a manifestação do 
(Dr. da defesa (Nome) e julgo improcedente a presente ação penal. 
Ainda, revogamos a prisão preventiva diante da falta de prova da materialidade 
delitiva de que o réu tenha sido o autor de um fato típico e ilícito, e indícios 
suficientes da autoria, com base no Art. 386 do Código Processo Penal - Decreto 
Lei 3689/41. Portanto não nos resta absolver JOÃO DA SILVA, já qualificado nos 
autos, da prática do crime previsto no 121, § 2°, incisos I e IV do Código Penal, 
com fundamento no art. Art. 316, do Código de Processo Penal. (Redação dada 
pela Lei nº 5.349, de 3.11.1967) 
Não há custas. 
Oportunamente, arquivem-se. 
P. R. I. C. 
Santo André, 01 de maio de 2017. 
Alunos de Direito; 
Geison Killinger Cara RA 1299132005 
Leticia B. da S. Sousa RA 9902009868 
Mônica H. Sire RA 8412143872 
Nicolle de J. de Souza RA 8486201587 
Silvana L. Petineli RA 8488211816 
 
 
Santo André/SP. 
 
Maio de 2017 
 
 
Bibliografia. 
Endereços eletrônicos observados e acessados. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12403.htm 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12037.htm 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/l11689.htm 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12403.htm 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848compilado.htm 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm 
 
Livro-texto da disciplina 
A produção desta ATPS é fundamentada no livro-texto da disciplina: CAPEZ, Fernando. 
Curso de Processo Penal. 20° edição, São Paulo: Saraiva, 2013. 
Aula-tema relacionada à prisão preventiva e a temporária no livro-texto CAPEZ, 
Fernando. Curso de Processo 
Penal. 20° edição, São Paulo: Saraiva, 2013, especialmente as modificações operadas 
pela Lei n° 12.403/2011. 
Curso de processo penal / Fernando Capez. – 23. ed. – São Paulo: Saraiva, 2016. 
1. Processo penal 2. Processo penal - Jurisprudência - Brasil I. Título. CDU-343.1 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988, art. 5º, XXXVIII 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988, art. 60, § 4º, IV, 
CHEMELLO, Emiliano. Ciência Forense: Balística. Ano 2007, disponível em: < 
http://www.quimica.net/emiliano/artigos/2007fev_forense3.pdf >. 2017. 
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Processo penal. 23° edição, São Paulo: Saraiva, 2013. 
Código de processo Penal. 17° edição, São Paulo: Saraiva, 2016.

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