Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Leucemias Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Núcleo Betim Graduação em Ciências Biológicas Graduandos: Arlen Aleixo Ana Flora Joana Pires Victor Melo Introdução As leucemias são um grupo de doenças neoplásicas que acometem o sistema hematopoiético, resultantes de uma proliferação desregulada de um clone celular e caracterizadas pelo acumulo de leucócitos malignos na medula óssea e sangue, causando sintomas por insuficiência da medula óssea . Objetivo Compreender os aspectos gerais das Leucemias , bem como o seu diagnóstico, formas de tratamento e complicações. Métodos Este estudo foi realizado por meio de levantamento de dados já existentes, encontrados na literatura. Foram realizadas pesquisas bibliográficas na base de dados da Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Livros . Classificação São classificadas em quatro tipos: Leucemia Mieloide Aguda Leucemia Mieloide Crônica Leucemia Linfoide Aguda Leucemia linfoide Crônica Leucemia Mieloide Aguda A leucemia mielóide aguda (LMA) é uma doença clonal do tecido hematopoiético que se caracteriza pela proliferação anormal de células progenitoras da linhagem mielóide, ocasionando produção insuficiente de células sanguíneas maduras normais. Alterações Diferenciação Hematopoiética Fonte: Hemo-Blog.blogspot.com.br alterações Sangue Normal LMA Eritrócitos Neutrófilo Linfócito Monócitos Plaquetas Blastos Incidência De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), são esperados no Brasil 8.510 novos casos de LMA, sendo 4.570 casos novos em homens e 3.940 em mulheres. A LMA é rara na infância (15-20%), sendo predominante em adultos mais velhos (acima de 60 anos de idade), com mais de 50% dos casos. Insuficiência da medula causado pelo acúmulo de células malignas. É acompanhada de bloqueio maturativo, havendo deficiência de glóbulos vermelhos (anemia), plaquetas (plaquetopenia) e glóbulos brancos (neutropenia). Consequências Febre Esplenomegalia Petéquias Anemia Equimoses Hemorragia Dor nos ossos e articulações ASPECTOS CLÍNICOS Infiltração de células leucêmicas (ABBOTT, 2002) Aspectos clínicos Infecção orbital devido baixa de células de defesa Hipertrofia e hemorragia das gengivas devido infiltração de células Leucêmicas. Radiação Alguns compostos Químicos (Benzeno, Pesticidas). Predisposição Genética Ativação de protoncogenes e mutações em genes que regulam a síntese celular . Possíveis causas Classificação As leucemias são classificadas de acordo com o tipo celular envolvido e o grau de maturação das células. Na tentativa de padronizar a linguagem para fins comparativos e separar grupos de acordo com os prognósticos, várias classificações foram realizadas, destacando-se a classificação Franco-Americana-Britânica (FAB) e a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Classificação Fab M0 – LMAminimamente diferenciada M1 – LMA sem maturação M2–LMA com maturação M3 – LMApromielocítica Bastonete de Auer Classificação FAB M4 – LMAmielomonocítica M5 – LMAmonocíticasem diferenciação M6 -Eritroleucemia M7 – LMAmegacarioblástica Leucemia mieloide Crônica A Leucemia Mielóide Crônica é uma doença de progressão lenta resultante de um distúrbio clonal de uma célula tronco pluripotente. A doença é decorrente de uma translocação entre os cromossomos 9 e 22, gerando a proteína híbrida BCR-ABL, a qual está presente em todos os pacientes com LMC. Incidência Sintomas Perda de peso, anorexia, suores noturnos. Esplenomegalia (Aumento do Baço) Sintomas de anemia. Hemorragia. Insuficiência renal. Leucemia linfóide Aguda A leucemia linfóide aguda (LLA) é um câncer das células brancas (leucócitos) do sangue caracterizada pela produção maligna de linfócitos imaturos (linfoblastos) na medula óssea. Na maioria dos casos, a leucemia linfoide aguda invade o sangue com razoável rapidez e pode se disseminar para outras partes do corpo, como os gânglios linfáticos, fígado, baço, sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) e testículos nos homens. Alterações lla Aspectos epidemiológicos Pode atingir tanto adultos como crianças, sendo o câncer infantil mais frequente, apresentando um pico de incidência entre os 2 e 5 anos de idade. Em crianças e adolescentes, é a neoplasia mais comum, representando 25% a 35%; Possíveis Causas As radiações ionizantes, os agentes quimioterápicos em geral e o benzeno → LMA; Outras anomalias cromossômicas de natureza constitucional, como a doença de Fanconi, a síndrome de Down e a síndrome de Bloom; A etiologia da LLA está muito relacionada com mutações de genes secundários a uma virose ou à ação de agentes físicos ou químicos. Aspectos Clínicos LLA Os aspectos clínicos decorrem de duas consequências principais da proliferação leucêmica: Insuficiência da medula óssea Anemia (palidez, letargia, dispineia) Neutropenia (febre, mal estar, infecçoes da boca, garganta,pele, vias aereas,região perianal e outras) Trombocitopenia( equimoses espontâneas, hemorragias, purpuras, sangramento gengival) Diagnóstico Laboratorial L2 → Forma mais comum em adultos. Ás células são grandes e heterogêneas, citoplasma mais abundante, núcleo irregular, nucléolo evidente. L3 → Ás células são grandes e homogêneas com citoplasma azul escuro, núcleo regular e oval, nucléolo evidente. (1-3%) L1 → Forma mais comum em crianças. Ás células são pequenas, núcleo redondo e regular com citoplasma escasso e sem vacúolos. Leucemia linfoide Crônica A leucemia linfóide crônica é entendida como uma doença linfoproliferativa causada pela acumulação de linfócitos maduros, com raras formas blásticas e formas intermediárias circulantes. São imunoincompetentes e apresentam distúrbios nos mecanismos normais de apoptose. Incidência A LLC é a leucemia de maior frequência entre adultos do mundo ocidental, sendo responsável por 30% de todas as leucemias nesta população. Afeta principalmente pessoas maiores de 55 anos, aumentando ainda mais as chances em maiores de 70 anos. Alterações A LLC é o resultado de uma mutação adquirida no DNA de uma só célula da medula óssea que se converte em um linfócito: Em 95% dos indivíduos afetados, essa mutação acontece no linfócito B. Nos outros 5%, a célula normal que se transforma em uma célula leucêmica tem as características de um linfócito T ou célula NK. Ainda não são compreendidas as causas desta mutação. Sabe se que quando ela ocorre, as células passam a se multiplicar descontroladamente na medula óssea, apresentando melhor sobrevivência que as células normais. Complicações Maior risco de infecções: - Produção de anticorpos imuno-incopetentes; - Efeito da quimioterapia (redução de neutrófilos e monócitos); Presença de anemia; Anemia hemolítica autoimune (produção de auto-anticorpos); Desenvolvimento de cânceres secundários (mutações). As técnicas utilizadas para detecção da leucemia e confirmação da doença incluem: diagnóstico Biópsia Fonte: http://medifoco.com.br/leucemia-mieloide-aguda-sintomas-exames-tratamento/ Biópsia da medula óssea Diagnostico laboratorial Exames dos Cromossomos Citogenética Hibridização Fluorescente In Situ (FISH) Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) tratamentos Tratamento Quimioterápico A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada período de tratamento seguido por um período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo de quimioterapia dura em geral algumas semanas. tratamento Efeitos colaterais Queda de cabelo Feridas na boca Náuseas Dores e vômitos Tratamento Radioterápico O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor. Existem vários tipos de radiação, porém as mais utilizadas são as eletromagnéticas (Raios X ou Raios gama) e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta energia). tratamento Radioterapia Transplante de Células Tronco O transplante de medula óssea, envolve a coleta de células estaminais saudáveis para repor a medula óssea do paciente. As novas células estaminais assumem a produção das células sanguíneas. Transplante células tronco Figura 6 – Transplante de medula óssea Fonte: http://www.abrale.org.br/uploads/files/Leucemia%20Mieloide%20Aguda%20simples.pdf tratamento Transplante de medula Conclusão Percebe-se que as Leucemias em geral apresentam vários sinais e sintomas que são inespecíficos, exigindo que o diagnóstico reúna o resultado de diversos exames. Assim, é primordial que o diagnóstico seja feito corretamente, pois a partir dele ocorrerá a classificação do paciente, auxiliando na escolha do tratamento. Por fim, é essencial um maior número de doadores de medula óssea, visto que o transplante de células-tronco pode ser a melhor solução para o tratamento de pacientes de alto risco. ALMEIDA, A., CASTRO, I., COUTINHO, J., GUERRA,L., MARQUES, H., PEREIRA, A.M. Recomendações para o diagnóstico, tratamento e monitorização da Leucemia Mielóide Crônica. Acta Med Port. 2009; 22(5):537-544. • Barboza, L.P., Souza, J.M., Simões, F.V., Bragança, I.C., Abdelhay, E. Análise dos transcritos da translocação t(9;22) em Leucemia Mielóide Crônica. Rev.bras.hematol.hemoter., 2000, 22(2): 89-98 • Bortolheiro, T.C., Chiattone, C.S. Leucemia Mielóide Crônica: história natural e classificação. Rev. bras. hematol. hemoter. 2008;30(Supl. 1):3-7 . •de Souza CA, Pagnano KBB, Bendit I, Conchon M, Freitas CMBM, Coelho AM, Funke VAM, Bernardo WM. Leucemia Mieloide Crônica. Projeto Diretrizes, Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 2012. • Tabak, G.C. Transplante de medula óssea na Leucemia Mielóide Crônica. Medicina, Ribeirão Preto, 33: 264-277, jul./set. 2000. referências HOFFBRAND, A.V.; MOSS, P.A.H. Fundamentos em Hematologia. 6.ed.Porto Alegre: Artmed, 2013. MARTINS, S. L. R; FALCÃO, R.P. A Importância da imunofenotipagem na Leucemia Mieloide Aguda. Revista Associação Médica Brasileira.Vol.46.n.1. São Paulo jan./mar.2000. CAPRA, M. E. Z. Estimativa do Numero de casos, distribuição regional e Sobrevida de Pacientes com diagnóstico de leucemia mieloide aguda no estado do Rio Grande do sul – Brasil. Dissertação de mestrado. UFRS, Faculdade de Medicina. Rio Grande do Sul, 2004. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/5416/000514784.pdf?sequence=1. HAMERSCHLAK, Nelson. As leucemias no Brasil. Revista Onco&. Ano 03.n.14.nov./dez.2012. Disponível em: http://revistaonco.com.br/wp-content/uploads/2012/11/Hematologia.pdf SILVA, C. G. et al. Diagnóstico Laboratorial das Leucemias Mielóides Agudas, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v42n2/a04v42n2.pdf referências referências PENÃ, C. et al. Leucemia mieloide aguda secundaria a inmunosupresores em una paciente trasplantada de pulmón, una inusual y letal entidade, 2015. Disponível em: http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-98872015000200015 RANG, H. P. et al. Rang & Dale farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 778 p. GOODMAN, L, S. et al. As bases farmacológicas e terapêuticas de Godman & Gilman. 12. ed. Porto Alegre: AMGH Editora LTDA, 2012. 2079 p. http://www.abrale.org.br/upload/files/Leucemia%20mieloide%20aguda%20simples.pdf LORENZI, Terhezinha F. Manual de Hematologia Clínica. Guanabara Koogan. 4ª edição. 723p. Rio de JaPnroepireod,ê2u0t0i6ca.
Compartilhar