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O Ilícito tributário 
O ilícito tributário traduz a violação ou transgressão das normas jurídico-tributárias impostas pelo Estado que surge com o tributo.
A resistência ao pagamento de tributos, é problema cujas origens se perdem no tempo.
O Ônus econômico sendo por demais elevado, conduz os sujeitos passivos a diversas espécies de evasões e fraudes. Por outro lado, a proliferação de leis tributárias, as vezes obscuras ou contraditórias, torna-se convite para a sonegação e à evasão.
Distinção: ilícito tributário x ilícito penal tributário
É importante distinguir o ilícito tributário e o ilícito penal tributário, pois para caracterizar o ilícito meramente tributário é irrelevante a vontade ou a intenção do agente (art.136 CTN). 
Para aplicação de uma penalidade fiscal, é suficiente:
a) a violação da norma;
b) a identificação do autor.
Assim, o que distingue o ilícito tributário e o ilícito penal tributário é a vontade do agente. O elemento volitivo é essencial para a configuração dos ilícitos penais, mas não interessa à caracterização dos ilícitos tributários.
Formas de redução do ônus tributário 
Na tentativa de redução do ônus tributário visando minorar os dispêndios com os pagamentos de tributos, os contribuintes podem reduzir ou extinguir a carga tributária, das seguintes maneiras:
a) pela economia fiscal, que consiste em reduzir ou extinguir o tributo que seria devido, pela abstenção de praticar o fato gerador do tributo.
b) pela elisão fiscal, que traduz a atitude consciente do contribuinte, em buscar dentro dos limites legais, “brechas” na lei para pagar menos tributos ou se eximir de pagar os tributos.
c) pela fraude fiscal, que se verifica após a caracterização da obrigação tributária, onde o contribuinte por ato fraudulento, exime-se de pagá-la. O contribuinte pratica a fraude transgredindo a lei tributária, com o intuito de se eximir ou reduzir o pagamento do tributo devido.
Fraude Dolosa – Fraude Culposa
A fraude pode ser culposa e se caracteriza quando o sujeito por negligência, imperícia ou imprudência cumpre mal ou deixa de cumprir a obrigação tributária. Neste caso há apenas infração às leis tributárias, não caracterizando ilícito penal tributário. A culpa é que caracteriza essa conduta.
Na fraude dolosa a vontade predomina, pois intencionalmente, o sujeito passivo procura pagar menos tributo ou pagar menos que o devido. A sonegação é a figura jurídica que configura a fraude dolosa, ultrapassando os limites de uma mera infração tributária, para atingir o campo do ilícito penal tributário. O ato é praticado com dolo específico, isto é, o agente pratica o ato conscientemente no intuído de transgredir a norma tributária.
Tal conduta enseja aplicação de sanções capituladas no código penal, sem prejuízo de penalidades previstas nas leis tributárias.
Responsabilidade por Infrações
CTN art. 137 – Responsabilidade pessoal do agente.
Penalidades: 
Acréscimos moratórios
Multas
Perdimento de Bens
CTN art. 138 – Denúncia espontânea.
Direito Penal Tributário
Infrações consideradas graves que fogem ao âmbito tributário e invadem o campo do DIREITO PENAL.
As sanções serão previstas pelo Direito Penal, sem prejuízo de penalidades previstas nas leis tributárias.
Infrações caracterizadas como crimes tributários.
Princípios e elementos aplicáveis ao Crime Tributário
Todos os princípio gerais aplicáveis ao Direito Penal, também podem ser aplicados aos Crimes Tributários.
Entretanto, alguns elementos são inerentes aos crimes tributários:
Sujeito Ativo
Sujeito passivo
Erro de fato
Coação irresistível
Obediência hierárquica
Dolo
Tentativa
Co-autoria
Inexigibilidade de conduta diversa
Pagamento e Extinção da Punibilidade
Classificação dos Crimes Tributários
Crimes essencialmente tributários.
Crimes Circunstancialmente tributários.
Crimes tributários por extensão legal.
Tal divisão já esta superada. Entretanto ela é importante para fins didáticos.
Crimes Essencialmente Tributários
Sonegação* (Lei 8.137/90)
Sonegação de Contribuição Previdenciária (art. 337-A do C.P.)
Contrabando (art. 334 C.P.)
Descaminho (art. 334 do C.P.)
Excesso de Exação (Art. 316, parágrafo 1º, do C.P.)
Falsificação de Títulos e Papéis Públicos (Art. 293, I, do C.P.
Petrechos de Falsificação (Art. 294 do C.P.)
Crimes Circunstancialmente Tributários
Corrupção ativa e passiva (art. 333 do C.P.)
Advocacia administrativa (Art. 321 do C.P.)
Violação de Sigilo Funcional (Art. 325 do C.P.)
Concussão (Art.316 do C.P.)
Peculato (Art. 312, 313-A e B do C.P.)
Prevaricação (art. 319 do C.P.)
Tributários por Extensão Legal
Apropriação Indébita (168 – A do C.P.)
Crimes Tributários: reflexões importantes:
O Estado como vítima.
A cultura da Sonegação.
Extinção da punibilidade pelo pagamento.
Vara Criminal cobradora de tributos?
M.P. cobrador de Impostos?
Juiz(íza) Criminal determinando Penhora on line?
Extinção da punibilidade: inconstitucionalidade frente ao princípio da proteção deficiente.
Arrecadação Tributária x insignificância.
Inexigibilidade de conduta diversa x pagamento de tributo.
Responsabilidade tributária do sócio x crime tributário.
Crime Tributário x Processo Tributário
STF - Súmula Vinculante 24:
	“Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1°, incisos I a IV, da Lei 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo.”
Modalidades de Lançamento:
Direto;
Por declaração;
Por homologação.
Alterações no lançamento (Art. 145 CTN):
Impugnação do sujeito passivo (processo tributário);
Recurso de Ofício (processo tributário);
Iniciativa de ofício (auto de infração/nota de lançamento).
Suspensão de exigibilidade do Crédito Tributário: 
Hipóteses: art. 151 do CTN.
Processo Tributário
Administrativo:
Contencioso
Impugnação
Auto de Infração
Nota de Lançamento
Voluntário
Consulta
Processo Judicial Tributário
Ações do fisco x contribuinte:
Medida Cautelar Fiscal (Lei 8.397/92)
Execução Fiscal (Lei 6.830/80)
Defesas na execução:
Embargos à Execução Fiscal
Exceção de pré-executividade
Ações do Contribuinte x Fisco (CPC)
Impedir o Lançamento:
Ação Declaratória (Inexistência de Relação Jurídica)
Mandado de Segurança Preventivo
Contestar um Lançamento:
Ação Anulatória de Lançamento Fiscal c/c antecipação de tutela.
Mandado de Segurança Repressivo com pedido de Liminar.
Prevenir Direitos:
Ações Cautelares
Ação de Consignação em Pagamento
Devolução de Valores:
Repetição do Indébito Tributário
Crimes Contra a Ordem Tributária: Aspectos Processuais
Supressão de “tributo ou contribuição” – impropriedade terminológica.
Supressão e Apropriação de Contribuição Previdenciária é matéria prevista no C.P (arts 337-A e 168-A) e não na Lei 8.137/90
Crime Tributário e Responsabilidade dos Sócios
A mera qualidade de sócio ou diretor de uma empresa, na qual se constatou a prática de sonegação fiscal, não autoriza que contra o mesmo diretor seja formulada uma acusação penal em juízo ( STJ – RSTJ 134/519).
Denúncia por crime societário
STJ - Não há necessidade de a denúncia narrar detalhadamente a conduta de cada um dos agentes. Mas, é necessário estabelecer qualquer vínculo entre as denunciadas e a empreitada criminosa. (RHC 19.734/RO – 2006)
STJ – Inépcia formal. Gestão de todos os sócios. Responsabilidade objetiva. Não verificação. Ausência de dolo. (RHC 20.109-MG – 2009.
Crimes tributários – Momento Consumativo
STF – HC 81.611/DF – 2005 – A ausência de lançamento de crédito fiscal pela administração, por força de decadência, impede a condenação por crime de sonegação fiscal.
Súmula Vinculante 24: “Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1°, incisos I a IV, da Lei 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo”.
Falso para a prática de crime contra a ordem tributária
Crime sendo praticado com falsidade material ou ideológica.
Falsidade como crime meio para a prática da sonegação, como ainda não havia o lançamento
definitivo, trancou-se a ação penal (STF HC 81.611/DF-2005)
STJ – Entendeu que o Crime de Falsidade não é absorvido pela sonegação. Declarações falsas à fazenda para reduzir o pagamento de tributo e autenticação Mecânica falsa em DARF. Pagamento que não extingue a punibilidade do crime de falsidade, por ser autônomo.
Duplicata Simulada e Crime Tributário
Não confundir a previsão do art. 172 do C.P. que é crime contra o patrimônio com a previsão da lei 8.137/90.
No primeiro caso a duplicata é simulada, pois a operação não existiu.
No segundo caso a operação existiu mas não foi emitida a duplicata justamente para reduzir ou suprimir o tributo.
Aplicação do princípio da Insignificância
STF pacificou entendimento da aplicabilidade do princípio tendo por base os parâmetros do art. 20 da Lei 10.522/02.
Valor R$ 10.000,00
Portaria 75/2012 de 26.03.12 - R$ 20.000,00 
O critério central (e jurisprudencial) que orienta o reconhecimento do princípio da insignificância no âmbito do direito penal tributário ou previdenciário (este por extensão) assim como no crime de descaminho reside no valor mínimo exigido para que se proceda ao ajuizamento da execução fiscal (STJ, REsp 573.398, rel. Min. Felix Fischer, j. 02.09.2004)
Reiteração da prática dos crimes x insignificância
A prática reiterada do crime de descaminho afasta a insignificância (HC 35.800-RS – 2005).
Pagamento e extinção da punibilidade
Evolução:
Lei 4.729/65 – Pagamento Antes da Denúncia - Extingue a Punibilidade
Lei 8.137/90 – Art. 12 (Revogado) – Pagamento Antes da Denúncia
Lei 9.249 /95 – Pagamento antes da Denúncia (inclusive sobre contribuições previdenciárias).
Refis I – Lei 9.964/2001 – Parcelamento Antes da Denúncia – Suspensão da Pretensão Punitiva
Refis II – Lei 10.684/2003 – essa lei não traz marco temporal para o pagamento.
Refis III – Lei 11.491/2009 – Mantém o a lei anterior.
Refis IV – Lei 12.382 – Pagamento depois da denúncia extingue a punibilidade. Deu nova redação ao art. 83 da lei 9.430.

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