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1. Apostila de Geografia do Brasil

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Prévia do material em texto

GEOGRAFIA DO BRASIL 
 
 
 
 
 
4ª Edição - 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecimentos 
Em primeiro lugar, meu agradecimento especial e minha consideração a dois professores 
extraordinários – aqueles que me levaram a gostar de ensinar com excelência – Dometildes 
Tinoco e Euzébio Cidade. (Olá, Mamãe e Papai!) 
Um agradecimento sincero aos meus queridos alunos e a nossa excelente e dedicada equipe 
de professores da Cadeira de Geografia, liderada pelo Professor Drº Adriano Bittencourt 
Andrade, ex-membro da Banca do Concurso da EsFCEx; profissional ímpar, e que reúne as 
qualidades de um verdadeiro líder, auxiliado pelo professor Gibrailto Soares da Silva que com 
seu extraordinário conhecimento da Geografia Brasileira, reescreveu este Caderno de 
Estudos. Trabalho de incomensurável valor pedagógico que servirá de guia para a preparação 
dos nossos alunos candidatos a uma vaga na EsFCEx. 
 
Agradeço também a prestativa colaboradora de todas as horas, Laura Maciel, que aliada à 
coordenação da equipe de TI e Chefe do Suporte, executou excelente trabalho de formatação 
e diagramação deste material. 
Nosso Caderno de Estudos apresenta várias questões por subtópico, além das que foram 
cobradas nos 12 últimos Concursos da EsFCEx. Questões necessárias e fundamentais para um 
adestramento simples, rápido e eficaz para o concurso da Escola de Formação Complementar 
do Exército. 
Esperamos que você utilize esta obra, exercitando com atenção cada questão apresentada e 
pesquisando na bibliografia àquelas que apresentarem maior grau de dificuldade. Traga para 
a aula as dúvidas dos itens cuja resposta não esteja de acordo com seu conhecimento ou 
poste sua dúvida no fórum na Plataforma de ensino do curso para que o professor possa 
respondê-la. 
Aceite nossa companhia nesta viagem de treinamento Rumo à EsFCEx. 
 
Bons Estudos!! 
Luiz Cidade 
Diretor 
Prezado aluno do Curso EsFCEx - Geografia do Brasil 
O conhecimento, o entendimento e o perfeito domínio da Geografia Brasileira, em suas 
muitas vertentes, são ferramentas essenciais para o sucesso em qualquer concurso – 
especialmente no âmbito da carreira militar, com provas cada dia mais seletivas, que 
abordam diversas particularidades e singularidades da nossa Geografia. 
Tendo em vista, essencial e prioritariamente, o sucesso de seus alunos, o Curso Cidade, por 
meio de sua equipe de Professores de Geografia, apresenta este Caderno de Estudos 
confeccionado a partir de um sólido embasamento teórico, a presente apostila apresenta um 
atualizado conteúdo e um arcabouço de exercícios realizados por inúmeras bancas 
examinadoras, com o intuito de fortalecer e solidificar a teoria aprendida em sala, ou nas 
aulas ao vivo, trabalhada na apostila e praticada nos exercícios. Há uma quantidade 
significativa de questões e de tópicos teóricos importantes, cujo objetivo é ajudar a pensar a 
Geografia do Brasil, sem recorrer a estratégias mnemônicas ineficazes e ideias generalizadas, 
desprovidas de lógica. 
Aproveite! O material é seu: faça um ótimo uso dele! 
Temos certeza de que aquele que se dedicar com afinco ao estudo da teoria e das questões 
aqui apresentadas irá melhorar sobremaneira o seu desempenho nos exames vindouros. 
Nosso principal objetivo, com este material, é contribuir para melhorar o desempenho de todo 
candidato que, de fato, queira aprender para resolver as questões de forma rápida e eficaz 
por ocasião do concurso. 
Estamos aqui torcendo e trabalhando pelo seu sucesso! 
O Curso Cidade tem como objetivo a sua aprovação! 
Bom trabalho e bom estudo! 
Equipe de Geografia do Brasil 
Curso Cidade 
 
 
 
E Q U I P E 
 
Diretor Geral 
Luiz Alberto Tinoco Cidade 
 
Diretora Executiva 
Clara Marisa May 
 
Diretor de Artes 
Fabiano Rangel Cidade 
 
Coordenação Geral dos Cursos Preparatórios 
Profº Luiz Alberto Tinoco Cidade 
 
Coordenação dos Cursos de Idiomas EAD 
Profº Dr. Daniel Soares Filho 
 
Secretaria 
Evelin Drunoski Mache 
 
Suporte 
Laura Maciel Cruz 
Jefferson de Araújo 
Geraldo Luís da Silva Júnior 
 
Editoração Gráfica 
Edilva de Lima do Nascimento 
 
Fonoaudióloga e Psicopedagoga 
Mariana Ramos – CRFa 12482-RJ/T-DF 
 
Assessoria Jurídica 
Luiza May Schmitz – OAB/DF – 24.164 
 
Assessoria de Línguas Estrangeiras 
Cleide Thieves (Poliglota-EEUU) 
João Jorge Gonçalves (Poliglota-Europa) 
 
 
Equipe de Professores 
 
Professores dos Idiomas 
Luiz Cidade – Espanhol 
Maristella Mattos Silva – Espanhol (EAD) 
Monike Cidade – Espanhol (EAD) 
Genildo da Silva – Espanhol 
Leonardo dos Santos – Espanhol 
Diego Fernandes – Espanhol 
Rita de Cássia de Deus Vindo - Inglês 
Márcia Mattos da Silva – Francês (EAD) 
Marcos Henrique – Francês 
 
Professores dos Concursos 
Drº Adriano Andrade – Geografia do Brasil 
Gibrailto Soares - Geografia do Brasil (EAD) 
Drº Daniel Soares Filho – Espanhol (EAD) 
Drª Simone Tostes – Inglês (EAD) 
Edson Antonio S. Gomes – Administração de Empresas 
Tomé de Souza – Administração de Empresas (EAD) 
Sormany Fernandes – História do Brasil 
Djalma Augusto – História do Brasil 
André Luís Gonçalves – História 
Felício Mourão Freire – História Geral (EAD) 
Albert Iglésias – Língua Portuguesa e Literatura 
Valber Freitas Santos – Gramática, Redação e Literatura (EAD) 
Alexandre Santos de Oliveira – Direito 
Lúcio dos Santos Ferreira – Direito 
Emerson Marques Lima – Direito 
Ms Edson da Costa Rodrigues – Ciências Contábeis 
Genilson Vaz Silva Sousa – Ciências Contábeis 
Paulo Augusto Moreira – Ciências Contábeis 
Anderson Silva de Aguiar – Ciências Contábeis 
Jorge Basílio – Matemática Financeira 
Ricardo Sant'Ana – Informática 
Cláudio Lobo – Informática 
Eliel Martins – Informática 
Cintia Lobo César – Enfermagem 
Elaine Moretto – Enfermagem (EAD) 
 
Curso Preparatório Cidade - SCLN 113 Bloco C - Salas 207/210 Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 - www.cursocidade.com.br 
Conteúdo 
Conteúdo ................................................................................................................................... 7 
UMA PRIMEIRA CONVERSA GEOGRÁFICA .................................................................................... 9 
UM NORTE PARA O ESTUDO: ALGUMAS CATEGORIAS GEOGRÁFICAS .......................................... 9 
MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO .................................................................... 10 
CAPÍTULO 1: A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL ........................................................ 10 
1.1 O processo de formação do território nacional .............................................................. 12 
1.2 Fases de ocupação do território e os ciclos econômicos ................................................ 16 
RESUMO ............................................................................................................................... 21 
EXERCÍCIOS ......................................................................................................................... 22 
EXERCÍCIOS DE PROVA ......................................................................................................... 26 
CAPÍTULO 2: A INSERÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA NO PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO DA 
ECONOMIA ........................................................................................................................... 32 
2.1 Conceitos e temas: a globalização perversa ..................................................................32 
2.2 A globalização na prática e seu histórico ...................................................................... 33 
2.3 A Regionalização e o MERCOSUL ................................................................................. 35 
RESUMO........................................................................................................................... 41 
EXERCÍCIOS ......................................................................................................................... 42 
EXERCÍCIOS DE PROVA ......................................................................................................... 47 
CAPÍTULO 3: O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO E O ESPAÇO INDUSTRIAL BRASILEIRO .... 59 
3.1 Conceitos e temas: território usado e outros territórios ................................................. 59 
3.2 Compreendendo a indústria ......................................................................................... 59 
3.3. Modelos de produção: Taylorismo/Liberalismo, Fordismo/Keynesianismo e 
Toyotismo/Neoliberalismo ................................................................................................. 60 
3.4 Período pré Vargas - o papel do estado na industrialização brasileira. ............................ 61 
3.5 Período Vargas - O período desenvolvimentista e os PNDS. ........................................... 62 
3.6 Período pós-Vargas - O tripé da industrialização: empresas multinacionais, nacionais e 
estatais ............................................................................................................................ 63 
3.7 Características atuais da industrialização brasileira ....................................................... 64 
3.8 Diversificação industrial brasileira ................................................................................ 65 
RESUMO .............................................................................................................................. 72 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................ 73 
EXERCÍCIOS DE PROVA ........................................................................................................ 78 
CAPÍTULO 4: URBANIZAÇÃO ................................................................................................ 84 
4.1 Conceitos e temas: urbanização e crescimento urbano................................................. 84 
4.2 Hierarquia urbana ...................................................................................................... 84 
4.3 A urbanização brasileira .............................................................................................. 88 
4.4 Características atuais da urbanização brasileira ............................................................ 89 
4.5 Os problemas urbanos ................................................................................................ 90 
RESUMO .............................................................................................................................. 93 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................ 94 
EXERCÍCIOS DE PROVA ........................................................................................................ 97 
CAPÍTULO 5: A REDE DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÃO BRASILEIRA, SUA ESTRUTURA E 
EVOLUÇÃO ......................................................................................................................... 103 
5.1 Conceitos e temas: .................................................................................................... 103 
5.2 A história do transporte no Brasil ............................................................................... 104 
RESUMO ............................................................................................................................. 116 
EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 117 
EXERCÍCIOS DE PROVA ....................................................................................................... 119 
CAPÍTULO 6: O ESPAÇO RURAL ........................................................................................... 122 
6.1 Conceitos e temas: .................................................................................................... 122 
6.2 Espaço rural brasileiro: histórico ................................................................................ 122 
6.3 Espaço rural brasileiro: O Agronegócio ....................................................................... 123 
6.4 Espaço rural brasileiro: Produção agroindustrial x fome .............................................. 124 
6.6 Espaço rural brasileiro: Agricultura familiar ................................................................. 125 
RESUMO ............................................................................................................................. 128 
EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 129 
EXERCÍCIOS DE PROVA ....................................................................................................... 132 
CAPÍTULO 7: A POPULAÇÃO BRASILEIRA ............................................................................. 137 
 
Curso Preparatório Cidade - SCLN 113 Bloco C - Salas 207/210 Tel.: 3340-0433 / 9975-4464 / 8175-4509 - www.cursocidade.com.br 
7.1 Conceitos e temas: ................................................................................................... 137 
7.3 Teorias demográficas ................................................................................................ 138 
7.4 Transição demográfica e pirâmide etária .................................................................... 138 
7.5 A Formação, estrutura e dinâmica da população brasileira .......................................... 142 
7.6 O Índice de desenvolvimento humano ....................................................................... 145 
7.7 Os Fluxos migratórios internos ................................................................................... 146 
7.8 O Imigrante na formação do Brasil ............................................................................ 148 
RESUMO ............................................................................................................................. 150 
EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 151 
EXERCÍCIOS DE PROVA ....................................................................................................... 155 
MÓDULO II - O ESPAÇO NATURAL .......................................................................................... 159 
CAPÍTULO 8: Estrutura e dinâmica do planeta + o espaço natural brasileiro .......................... 159 
8.1 Conceitos e Temas: O Planeta Terra .......................................................................... 159 
8.2 Teorias e o movimento de placas ............................................................................... 161 
8.3 Calendário geológicoe ciclos das rochas ..................................................................... 162 
8.4 Classificação do relevo brasileiro ................................................................................ 166 
8.5 Os domínios morfoclimáticos do Brasil ....................................................................... 169 
8.5 Imagens adicionais ...................................................................................................175 
RESUMO ............................................................................................................................. 177 
EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 180 
EXERCÍCIOS DE PROVA ....................................................................................................... 184 
CAPÍTULO 9: CLIMA E VIDA ................................................................................................ 192 
9.1 Conceitos e temas ..................................................................................................... 192 
9.2 Fatores e elementos do clima .................................................................................... 193 
9.3 O clima em escala nacional........................................................................................ 197 
RESUMO ............................................................................................................................. 199 
EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 201 
EXERCÍCIOS DE PROVA ....................................................................................................... 204 
CAPÍTULO 10: FONTES DE ENERGIA ................................................................................... 208 
10.1 Conceitos e temas: As fontes de energia ................................................................. 208 
10.2 As políticas energéticas no Brasil .............................................................................. 214 
RESUMO ............................................................................................................................. 218 
EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 219 
EXERCÍCIOS DE PROVA ...................................................................................................... 221 
GABARITOS ............................................................................................................................. 226 
Capítulo 1 ........................................................................................................................... 226 
Capítulo 2 ........................................................................................................................... 226 
Capítulo 3 ........................................................................................................................... 226 
Capítulo 4 ........................................................................................................................... 227 
Capítulo 5 ........................................................................................................................... 227 
Capítulo 6 ........................................................................................................................... 227 
Capítulo 7 ........................................................................................................................... 227 
Capítulo 8 ........................................................................................................................... 228 
Capítulo 9 ........................................................................................................................... 228 
Capítulo 10 ......................................................................................................................... 228 
 
 
 
 
 
Curso Preparatório Cidade | UMA PRIMEIRA CONVERSA GEOGRÁFICA 9 
 
UMA PRIMEIRA CONVERSA GEOGRÁFICA 
 
Vamos começar pessoal?! Antes de iniciar os capítulos traremos algumas conceituações que serão 
fundamentais ao longo de toda a apostila. 
A Geografia se interessa pelas relações estabelecidas entre a sociedade e a natureza. Para tanto, 
busca compreender quem é, a sociedade e o que é a natureza. Os pesquisadores identificaram 
que, com a ação humana, o meio natural/intocado sofre uma artificialização e instrumentalização. 
A sociedade desenvolve técnicas para habitar e construir e, altera a configuração de um meio 
natural para um meio técnico. Com o processo histórico vivido pela sociedade ocidental e a 
aceleração proveniente da famosa globalização, chegamos na etapa do meio técnico-científico-
informacional. 
O meio natural não é destituído de técnica e por isso o geógrafo Milton Santos negou o uso do 
termo ―pré-técnico‖. O que as sociedades desenvolviam através da domesticação de plantas e 
animais, o uso do fogo, construção de mantimentos e outras atividades, são técnicas, mas optou-
se por definir o estágio da técnica a partir da mecanização, ou seja, do uso de máquinas. 
O espaço mecanizado passa a diferenciar as sociedades e os Estados em função da presença de 
objetos técnicos. O homem concede a si mesmo o status de poderoso a medida que avança sobre 
a natureza em dominação e concomitantemente se diferencia de outros homens pelas posses 
maquinizadas. 
 ―Utilizando novos materiais e transgredindo a distância, o homem começa a fabricar um tempo novo, no trabalho, no 
intercâmbio, no lar‖ (SANTOS, 2006, p.158). 
O meio-técnico-científico-informacional representa a união entre técnica e ciência na lógica 
mercantil (a ciência, a tecnologia e o mercado global caminham juntos atendendo aos interesses 
da propriedade privada). A informação é a energia de circulação das técnicas que se apresentam 
em toda parte (e a todo instante) como necessidades. Esse momento é temporalmente identificado 
a partir da Segunda Guerra Mundial mas se consolida após a década de 70. 
Essa primeira ideia trazida na apostila é fundamental para que percebam ao longo dos capítulos o 
que é, afinal, a Geografia e que passem a identificá-la em seu cotidiano. Vivemos em um meio 
técnico-científico-informacional e vocês verão, no decorrer do curso, que a Geografia está mais 
presente no dia-a-dia do que podiam imaginar. A Geografia está em toda parte. 
Biblioteca do Geógrafo: MILTON SANTOS Natureza do Espaço: Técnica e tempo. Razão e Emoção. 
 
UM NORTE PARA O ESTUDO: ALGUMAS CATEGORIAS GEOGRÁFICAS 
 
Antes de iniciar o primeiro capítulo do primeiro módulo ainda se faz necessário refletir sobre 
algumas questões muito caras à Geografia: suas categorias. Elas serão imprescindíveis ao longo do 
estudo, ok?! O ESPAÇO GEOGRÁFICO é resultado da ação humana. Conhecendo o meio técnico-
científico-informacional, compreende-se como o homem se especializa e por sua vez, como o 
espaço se configura. O espaço é a totalidade, onde as técnicas atuam e intervêm. O homem deixa 
marcas no espaço por meio dos objetos, dos monumentos, das construções e etc. É o chamado 
patrimônio que se configura nas PAISAGENS urbanas e rurais. 
O espaço, enquanto totalidade pode ser dividido em outras escalas como a Paisagem que é vista 
como um conjunto de formas e objetos existentes por uma construção transversal (passado e 
presente). No entanto, por mais que pertença ao presente (à história viva) é história congelada e 
praticamente imutável, possibilitando o desenvolvimento da ideia de patrimônio. Milton Santos 
discorre sobre as rugosidades que são o ―passado como forma, espaço construído, a paisagem, o 
que resta do processo (...)‖ (SANTOS, 2006, p.92). As rugosidades são os testemunhos do passado 
que ainda existem/persistem na atualidade. 
Outra escala de análise do espaço geográfico é o TERRITÓRIO. Este é concebido por relações de 
poder, ou seja, é um recorte do espaço onde se pode identificar ações de poder. Além disso, um 
território sugere a existência de apropriação. Um sujeito que se insere em um território, possuiu 
um sentimentode pertencimento. Um território pode ser um Estado-nação, uma tribo indígena, um 
grupo de quilombolas, torcidas organizadas, funcionários de uma fábrica e outros. 
Para finalizar, a REGIÃO precisa ser mencionada. Ao longo da história da Geografia essa categoria 
já teve mais visibilidade e era entendida de uma forma diferenciada. Hoje ela se apresenta no 
processo de regionalização verificado juntamente com a mundialização. O tempo acelerado que 
diferencia os eventos, diferencia também os lugares e, desta forma, intensifica o fenômeno da 
região (da regionalização). 
Todas essas categorias estarão presentes ao longo do curso e poderão ser entendidas e aplicadas 
com maior precisão. 
Biblioteca do Geógrafo:MILTON SANTOS Brasil, território e sociedade no início do século XXI 
 
Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 10 
 
MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 
 
CAPÍTULO 1: A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL 
 
Para compreender a formação do território nacional brasileiro é necessário entender o que é 
FRONTEIRA. A partir do avanço de fronteiras, os europeus chegaram na América; com o 
rompimento de fronteiras, a colônia portuguesa tornou-se bem maior do que o previsto no Tratado 
de Tordesilhas; pelo fortalecimento de fronteiras, o Brasil manteve-se em sua unidade, enquanto a 
colônia espanhola fragmentou-se em diversos países; pela fronteira marítima, o Brasil se destaca 
internacionalmente na produção de petróleo. Esses são apenas exemplos da força da fronteira 
frente a um território. 
As fronteiras naturais são zonais, ou seja, modificam-se a partir de certa dinâmica temporal 
passível de previsão (na maioria dos casos). As marés são exemplos de modificação de fronteira 
movida por fases temporais, onde os limites entre a superfície terrestre e o oceano se alteram. As 
fronteiras imóveis e lineares são resultado da ação humana, principalmente no âmbito político. O 
que é um mapa político se não a representação dos limites territoriais de um país? 
O Estado-nação é uma fronteira humana que se fundamenta na constituição de um território, no 
nosso caso, o Brasil. O território brasileiro não é uma fronteira natural, mas sim uma construção 
política e histórica que expressa uma apropriação realizada pelo homem. O Brasil foi descoberto? 
Não, o Brasil foi constituído pela posse do território e as relações de poder que se estabeleceram 
pelo uso da terra. O território nacional é um espaço com fronteiras onde o Estado brasileiro tem 
sua soberania legitimada pela CF/88. 
Mas afinal, você sabe onde acaba e onde começa o Brasil? A leste, com certeza no mar. A norte, 
sul e oeste o território brasileiro faz fronteira com outros países e não possuímos postos de 
fronteira rodeando toda essa extensão, ou seja, a exatidão do mapa pode não representar com 
precisão a vida nessas localidades fronteiriças. Os postos, por conseguinte, são fundamentais para 
que negócios ilegais não se efetuem com facilidade. O cuidado com essas zonas compete 
exclusivamente à União. 
Nosso mar territorial, a imensa Amazônia Azul que possuímos, é fundamental na economia 
brasileira. A ONU definiu em 1994 que uma faixa de 12 milhas náuticas (aproximadamente 22,2 
quilômetros) a partir da linha de base da costa, pertence à nação. O Estado exerce seu poder com 
totalidade, mas não possui autonomia de impedir o tráfego de embarcações internacionais. 
Além disso, o país pode ter como ZEE (Zona Econômica Exclusiva) uma faixa de exploração dos 
recursos naturais de 200 milhas náuticas, podendo ser estendida para 350 milhas náuticas caso 
comprove-se a presença de plataforma continental igualmente extensa. O governo ganha o 
direito ao uso e se compromete a zelar pela saúde da área explorada. O Brasil ganhou o direito de 
aumento da área de ZEE após pesquisas minuciosas realizadas pela Marinha e pela Petrobrás e 
hoje possui cerca de 4 milhões de quilômetros quadrados de área. 
Mas o que é Plataforma Continental? Vamos compreender esse e outros conceitos. Veja a figura 
abaixo: 
 
Figura 1: Mar territorial e ZEE / Organização: Janaína Mourão Freire 
A plataforma continental é a extensão submersa do relevo terrestre que se dissipa na camada 
íngreme do talude. Após o talude, é alto-mar, onde a ausência de luz e a imensa profundidade faz 
do oceano algo ainda muito misterioso para os estudiosos da área. 
Dicionário do Geógrafo 
Amazônia Azul... É um termo utilizado para designar a vasta área marítima que está sob a 
responsabilidade brasileira. O nome faz alusão à floresta amazônica (a Amazônia verde) que 
também é imensa e rica em recursos naturais como o oceano atlântico. 
 
Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 11 
 
Citação bibliográfica 
A soberania brasileira não se limita apenas às suas terras de 
superfície. Também fazem parte do território nacional seu subsolo, 
espaço aéreo e mar territorial. Por essa razão, o Brasil tem o 
direito de explorar recursos minerais, energéticos, água subterrânea, 
etc., além de poder fiscalizar o tráfego realizado no espaço aéreo 
sobre seu território terrestre e mar territorial, 
Embora o Brasil não apresente qualquer questão a ser resolvida em 
suas fronteiras terrestres, uma forte vigilância é exercida nesses 
locais, mesmo com a atividade sendo dificultada pela grande 
extensão e a presença da floresta Amazônica no norte do país. 
Dentro da política de soberania e segurança nacionais, destacam-se 
o conceito de Faixa de Fronteira e os projetos Calha Norte, 
Sipam/Sivam e Radambrasil. 
Almeida, Lúcia Marina Alves de 
Voaz geografia : volume único : ensino médio / Lúcia Marina e Tércio . – 1 ed. – 
São Paulo : Ática, 2013. 
 
 
Leitura complementar 
 
Amazônia Azul: um oceano tão rico quanto a Amazônia verde 
 
Ministério da Ciência e Tecnologia - 15/06/2009 
 
 
Um tesouro escondido no fundo do mar, repleto de riquezas minerais e biológicas espalhadas por 
mais de quatro milhões de quilômetros quadrados. Este patrimônio nacional, ainda desconhecido 
por boa parte dos brasileiros, é a Amazônia Azul. 
 
O território apresenta enorme potencial de desenvolvimento para o País e, assim como a Amazônia 
verde, está ameaçado pelos interesses internacionais e pela biopirataria. Algumas iniciativas já 
foram tomadas no sentido de reunir esforços para definir estratégias de melhor aproveitamento e 
exploração da região. 
 
 
Dificuldades das pesquisas marítimas 
 
Em dezembro de 2008, o governo federal lançou o 7º Plano Setorial para os Recursos do Mar 
(PSRM). Em março último, terminou o 4º Ano Polar Internacional, cujo objetivo foi o de 
desenvolver pesquisas científicas para conhecer os ambientes nos polos Ártico e Antártico, suas 
mudanças climáticas e a interação com o meio ambiente da Terra. 
 
No mês passado, a Universidade Federal de Rio Grande (Furg), no Rio Grande do Sul, sediou o 1º 
Fórum Brasileiro da Amazônia Azul e Antártica, que trouxe reflexões acerca das necessidades e 
dificuldades das pesquisas marítimas e na Antártica. 
 
Recursos do mar 
 
O Fórum reuniu por três dias mais de 500 participantes, entre estudantes de graduação, pós-
graduação, pesquisa e técnicos dos ministérios do Meio Ambiente (MMA), Ciência e Tecnologia 
(MCT), Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (Seap) e Marinha. 
 
Além de discussões sobre a importância dos oceanos, do mar e Antártica, o encontro discutiu 
avanços na cooperação oceanográfica e o uso das pesquisas como estratégia econômica para 
explorar o potencial pesqueiro. No fim dos debates, os participantes apresentaram uma síntese das 
propostas, que fará parte de um documento a ser encaminhado ao Congresso Nacional.O relatório final apresentado no fórum alerta para a necessidade de que os temas do oceano, dos 
mares e da Antártica tenham a devida relevância por parte das políticas públicas. 
Profissionais para estudar o mar 
 
Outro desafio apontado pelos pesquisadores refere-se à quantidade e continuidade de recursos 
destinados às pesquisas no mar. "É importante dar a esta área o correspondente prestígio, tendo 
em vista seu potencial econômico e social", diz a vice-presidente do Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), Wrana Panizzi, que representou o ministro 
Sergio Rezende na mesa de encerramento do Fórum. 
 
O documento salienta ainda a importância da formação e preparação de profissionais, além de 
chamar a atenção para questões de caráter mais operacional, como a valorização da experiência 
embarcada como instrumento de formação de recursos humanos. E, mesmo com os avanços da 
cooperação da comunidade na área oceanográfica, é preciso que haja colaboração internacional e 
entre as instituições. 
 
 
 
 
Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 12 
 
Acordo para pesca 
 
No final do 1º Fórum Brasileiro da Amazônia Azul, a Seap e a Furg assinaram um Acordo de 
Cooperação Técnica que possibilita ações conjuntas para o desenvolvimento da cadeia produtiva da 
anchoíta, um pescado comum na costa brasileira, mas que ainda é pouco aproveitado 
economicamente. 
 
O acordo também pretende promover ações para consolidar a pesca da anchoíta no País, fortalecer 
a indústria pesqueira de Rio Grande e elaborar produtos de anchoíta para consumo direto humano, 
priorizando a alimentação escolar. 
 
O Fórum se encerrou com o lançamento do livro Mar e Ambientes Costeiros, organizado pelo 
Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE/MCT). A publicação, que reúne trabalho de vários 
pesquisadores da área de oceanografia, sugere ações a serem empreendidas para subsidiar 
políticas públicas não apenas para o desenvolvimento da ciência, mas também para o 
aproveitamento dos recursos naturais do mar. 
 
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=amazonia-azul-oceano-tao-rico-quanto-
amazonia-verde#.VMoGTivF- 
 
1.1 O processo de formação do território nacional 
Para se chegar na atual configuração do território nacional foram necessários muitos litígios que, 
por um processo paulatino, constituíram a historiografia de cada localidade. Vale ressaltar que, por 
muito tempo, os brasileiros se estabeleceram no litoral com uma economia voltada ao mercado 
externo (e inicialmente à metrópole). Só a partir do século XX, com o processo de industrialização, 
que efetivamente ocorreu o desenvolvimento do centro do Brasil e do mercado interno. 
A formação da população brasileira deu-se a partir da concentração da propriedade de terra e a 
formação de elite (juntamente com a exclusão). O Tráfico negreiro pelo atlântico, o extermínio 
gradual de populações indígenas e a migração européia (intensificada em meados do século XIX) 
foram fatores fundamentais no processo de consolidação do Estado brasileiro. 
Com a ―descoberta‖ da América, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas (figura ao 
lado) que parcelava a América do sul em dois domínios. Inicialmente, os portugueses não se 
deslocaram para suas colônias americanas e apenas com a instituição do sistema de capitanias 
hereditárias é que o processo de colonização começou a acontecer (e se estendeu até o dia 7 de 
setembro de 1822). 
O limite estabelecido no tratado não foi cumprido na prática e o domínio português ampliou-se 
consideravelmente. Em 1750 uma nova fronteira foi fixada pelo Tratado de Madri que substitui o 
Tratado atual. Pelo tratado, ambas as partes reconheciam ter violado o Tratado de Tordesilhas na 
Ásia e na América e concordavam que, a partir de então, os limites deste tratado se sobreporiam 
aos limites anteriores. O diploma consagrou o princípio do direito privado romano do uti possidetis, 
ita possideatis (quem possui de fato, deve possuir de direito), delineando os contornos 
aproximados do Brasil de hoje. Após a independência do Brasil e até recentemente, novos 
territórios foram inseridos ou renomeados e entre eles o do Acre que pertencia à Bolívia até 1903, 
anexado por meio do Tratado de Petrópolis e alguns renomeados, outros foram realocados e 
muitos criados (inclusive capitais como Palmas, Goiânia e Brasília). 
 O conjunto de mapas na página seguinte faz um histórico sucinto do processo de 
organização territorial do Brasil. Observe que o Acre, até o século XX não pertencia ao país e 
estados como Goiás, Mato Grosso e Santa Catarina tiveram suas áreas modificadas. A formação de 
Rondônia, Mato Grosso do Sul, Amapá e Tocantins fazem parte de processos bem recentes. 
Durante o processo de consolidação do Brasil foram criados alguns territórios federais que eram 
administrados pela União e, portanto, não tinham autonomia de um estado. O Objetivo era dar 
mais atenção as áreas de fronteira. O primeiro foi criado no Acre e posteriormente vieram os 
territórios do Rio Branco na atual Roraima; do Amapá; do Guaporé na atual Rondônia, de Ponta 
Porã que hoje pertence ao Mato Grosso do Sul e do Iguaçu hoje parte do Paraná e Santa Catarina. 
Com o tempo esses territórios foram elevados à condição de estado ou inseridos em algum estado 
já existente. Em 1977 o Mato Grosso se dividiu originando o Mato Grosso do Sul e em 1988 Goiás 
cedeu parte de seu território para a construção de Tocantins. 
O Brasil parou de se modificar? Chegamos na feição final do nosso território? Não é possível 
afirmar isso vivendo em um mundo tão dinâmico (o meio técnico-científico-informacional). 
 
Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 13 
 
 
Figura 2: Tratado de Tordesilhas 
 
Figura 3: Tratado de Madri – 1750. 
 
 
Figura 4: Fases de formação do território nacional 
 
Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 14 
 
Figura 5: Brasil - Questões limites. 
 
Referência Bibliográfica Brasil Sociedade e Espaço: José William Vesentini 
Canções do Geógrafo 
ANTONIO NÓBREGA ... Chegança 
Biblioteca do Geógrafo 
GILBERTO FREYRE ... Casa Grande e Senzala 
DARCY RIBEIRO ... O Povo brasileiro 
Cinema do Geógrafo 
 A MISSÃO ... RolandJoffé (1986) 
Atualmente o território brasileiro está dividido em cinco regiões com um total de 26 estados mais o 
Distrito Federal. Tem uma imensa fronteira marítima a leste e faz divisa com os países da América 
do Sul a oeste/norte/sul, exceto o Chile e Equador (o que o coloca em uma posição extremamente 
estratégica). É o quinto maior país do mundo em extensão territorial, sendo muitas vezes 
qualificado como um território de proporções continentais. Em termos de área contínua, é o 4º 
maior do mundo (visto que os EUA contêm o Alaska e o Havaí em seus cálculos de área). De norte 
a sul são 4.394,7 km e de leste a oeste 4.319,4 km. Tem 5,7% das terras emersas do planeta e 
ocupa 48% da América do Sul. Está localizado entre os paralelos 5º16‘de latitude norte e 33º44‘ de 
latitude sul, assim como entre os meridianos 34º47‘ e 73º59‘ de longitude oeste. 
 
Figura 6: Mapa Político 
 
Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 15 
 
Pela sua posição no globo, o Brasil tem fácil acesso à América do Norte e Central, assim como à 
África e à Europa. É um país com posição privilegiada. 
 
 
Figura 7: Pontos extremos e fronteiras 
 
 
 
Fusos Horários 
Como se sabe a Terra executa o movimento de rotação, movimento em volta de sí. Esse 
movimento dura aproximadamente 24 horas. Como o dia tem 24 horas e a superfícieterrestre é 
dividida em 360º (180º leste e 180º oeste), o globo terrestre está dividido em 24 fusos horários. 
Cada fuso abrange uma determinada hora, e possui 15º (360/24). Contudo na prática a divisão dos 
fusos respeitam características político-administrativas dos países, se portando não como linhas 
retas, mas como linhas adaptadas. O fuso inicial é Greenwich (Londres-Inglaterra). 
Para se medir os fusos horários foi determinado que para leste do ponto analisado as horas 
tenderiam a aumentar, enquanto para oeste as horas diminuiriam, ou seja, se em Londres (0º) 
fosse 12:00 horas, no Brasil (Brasília – 45º W ou -3 hora legal / oficial do Brasil) ainda seriam em 
torno de 09:00 horas (hora oficial) e na Alemanha (Berlim – 15º E ou + 1) seria 13:00 horas. 
O Brasil apresenta quatro fusos horários atrasados até quatro horas (a oeste) em relação a 
Greenwich mean time - GMT (linha internacional de hora). Os fusos são assim distribuídos. 
 
Figura 8: Fusos horários do Brasil 
 
Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 16 
 
1º fuso (-2) 
Abrange apenas as ilhas oceânicas Brasileiras Exemplo. Fernando de Noronha, Atol das Rocas, 
Trindade e Martin Vaz. Esse fuso está atrasado em duas horas em relação à GMT. (Fuso –2 ou 30º 
a oeste). 
2º fuso (-3) 
Esse fuso horário caracteriza a Hora Oficial do Brasil, pois abrange a capital Federal. Áreas: 
Nordeste, Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste (DF, Goiás), cobre também o estado do Tocantins, 
Amapá e Pará. Está atrasado em três horas em relação à GMT (Fuso –3 ou 45º a oeste). 
3º fuso (-4) 
Esse fuso abrange grande parcela da parte da região Norte do país, e o restante do Centro-Oeste 
(MT, MS). Está atrasado em quatro horas em relação à GMT (Fuso –4 ou 60º a oeste). 
4º fuso (-5) 
Esse fuso abrange o estado do Acre e parte ocidental do estado do Amazonas, territórios situados 
na porção mais ocidental do território brasileiro e que por influência da população local, retomou 
essa configuração de duas horas atrasadas em relação ao horário oficial de Brasília. Estão 
atrasados em 5 horas em relação à GMT (Fuso -5 ou 75º a oeste) 
 
1.2 Fases de ocupação do território e os ciclos econômicos 
O processo de ocupação do território brasileiro está totalmente interligado com a história do 
desenvolvimento econômico do país. Ao longo do século XVII, a cana de açúcar foi a matéria-prima 
de maior importância para o Brasil e teve sua produção localizada basicamente na região Nordeste. 
Entre as capitanias da Bahia e Pernambuco, as planícies e os tabuleiros litorâneos ocuparam-se da 
economia canavieira. As criações de gado foram realocadas para o centro do território para se 
afastarem das terras nobres e, por isso, a pecuária se estabeleceu mais no interior, próximo aos 
rios Parnaíba e São Francisco. Esses grupos formaram inúmeros povoados que ao longo do tempo 
possibilitaram a formação das cidades sertanejas. 
Ainda no final do mesmo século iniciaram-se as primeiras ocorrências do ouro, mas foi no século 
XVIII que ganhou força. O bandeirantismo representou a busca por metais preciosos 
principalmente nas áreas que hoje pertencem a Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. Juntamente 
com a atividade de extração, aprisionavam índios para escravização e o resultado foi um grande 
extermínio. Uma das cidades mais conhecidas de Minas Gerais se constituiu nesse período: Ouro 
Preto, a antiga Vila Rica. Eram como ilhas de povoamento no interior que foram, com o tempo, 
tornando-se cada vez mais interligadas e iniciou-se um processo de despovoamento do litoral 
brasileiro. 
No século XIX muitos colonos chegaram ao sul do Brasil. Dentre eles destacam-se os alemães, 
italianos e eslavos. Eles ocuparam terras que até hoje são como verdadeiras viagens a outro Brasil, 
completamente diferente culturalmente. Eles desenvolveram a pecuária na região que até hoje é 
bem expressiva. Os japoneses chegaram no início do século XX e possuem grande representação 
na cultura brasileira, principalmente na cidade de São Paulo. (Bairro da Liberdade, que á maior 
colônia japonesa do mundo). 
O século XX é caracterizado por duas grandes produções embora, a segunda tenha sido mais curta 
e bem menos comentada: o café e a borracha. A borracha amazônica teve dois grandes ápices: 
final do século XIX e princípio do século XX (entre 1880 e 1913) e durante a Segunda Guerra 
Mundial. A Amazônia, por conseguinte, já vinha sendo habitada desde o empreendimento de 
colonização realizado pela Igreja católica no século XVII com as missões. Além do trabalho de 
catequização, buscavam os conhecimentos tradicionais de plantas medicinais e especiarias e 
tinham como objetivo a proteção do território com a construção de fortes. Muitas das populações 
ribeirinhas surgiram desse período. 
 
Dica Geográfica 
A mão-de-obra nordestina predominou nos seringais amazônicos. Quando chegavam, logo 
deveriam inteirar-se de uma atividade inexistente no sertão: a extração do látex. Na extração do 
Caucho da Castiolla que rendia uma borracha de pior qualidade o povoamento tendia a ser 
nômade pela técnica utilizada para a extração. Já ―a exploração das hevea proporcionou uma 
ocupação de caráter permanente, a formação de núcleos populacionais estáveis e a fixação do ser 
humano na floresta [...]‖ (VALCUNDE, 2009). A espécie hevea foi a grande mantenedora da 
produção de borracha e possuía visibilidade internacional. O látex, extraído da seringueira (ou 
hevea), já era conhecido pelos índios que viviam na floresta amazônica e por povos pré-
colombianos da região do México e Haiti. Eles o utilizavam para atender a inúmeras demandas 
como a produção de bolas, sapatos, vasilhas, medicamentos, contra o frio e outros. A 
característica elástica e impermeável do material interessou muito os colonizadores europeus que 
apenas na metade do século XIX, com a vulcanização descoberta por Charles Goodyear e Thomas 
Hancock, iniciaram a produção industrial do material. 
De acordo com Joe Jackson (2011), o Brasil que produzia a maior parte da borracha internacional 
foi vítima de uma atitude desleal do governo inglês. Henry Wickham – botânico inglês - roubou 70 
mil sementes da espécie Hevea Brasiliensis possibilitando a produção em massa de látex 
principalmente na Malásia, antiga colônia inglesa. Contra a monocultura de seringa, nossos 
 
Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 17 
 
seringueiros não puderam competir. A Inglaterra desafiou a distância em que se encontrava a 
Amazônia produzindo um látex que além de mais barato, era de maior qualidade e não exigia dos 
trabalhadores tantos riscos na extração do material, como acontecia na floresta Amazônica. 
Nossos seringais entraram em crise e apenas na Segunda Guerra Mundial ganharam força 
novamente 
 
O Café, ou a Marcha do Café, se expandia do vale do Paraíba rumo ao Oeste Paulista. O complexo 
cafeeiro foi o grande facilitador do processo de industrialização do Sudeste. Muitos dos empresários 
de indústrias deslocaram-se da economia cafeeira após a crise. Os funcionários de fazendas, 
principalmente migrantes, deslocaram-se para trabalhar nas fábricas e as ferrovias criadas para 
escoamento do café foram fundamentais para o deslocamento de matérias-primas industriais. Esse 
ciclo econômico foi fundamental na criação de muitas cidades, grande parte delas com grande 
visibilidade nos dias atuais. 
 
 Figura 9: Esplanada dos Ministérios - Brasília / DF 
Em meados do século XX, Getúlio Vargas iniciou a Marcha para o Oeste e o objetivo de 
interiorização do Brasil que já constava na Constituição Federal de 1891, ganhou força. Juscelino 
Kubistchek, enquanto realizava um comício na cidade de Jataí – GO prometeu queconstruiria uma 
nova capital no interior do Brasil e da política dos ―50 anos em 5‖, nasceu Brasília. Nos finais do 
século XX, o fortalecimento da agroindústria e a expansão das tecnologias agrícolas no Centro-
Oeste deu força ao interior do Brasil. 
Dicionário do Geógrafo 
Áreas Anecúmenas -> áreas não habitadas pela população humana 
Áreas Ecúmenas -> áreas habitadas pela população humana 
Território Povoado -> Distribuição de grupos humanos na extensão total do território 
Território Populoso -> Grande quantidade de pessoas que habitam o território 
 
Canções do Geógrafo 
JACKSON DO PANDEIRO -> Rojão de Brasília 
DOMINGUINHOS -> Lamento Sertanejo 
CASA DE CABOCLO -> Nonô e Nana 
 
Cinema do Geógrafo 
AMAZONIA (Minissérie) -> Rede Globo 
A MISSÃO (Filme) 
 
Biblioteca do Geógrafo 
PEDRO MARTINELLO -> A Batalha da Borracha 
ALDO PAVIANI -> Brasília, controvérsias ambientais 
 
1.3 Coordenadas Geográficas 
As coordenadas geográficas foram desenvolvidas para facilitar o processo de organização 
cartográfica. Essas coordenadas são estruturadas em linhas horizontais (paralelos) e verticais 
(meridianos). A partir delas, é possível determinar qualquer ponto do planeta. É importante que 
você saiba que para localização de algo ou alguém, é necessária a combinação dos dois pontos: a 
 
Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 18 
 
latitude e a longitude. Se você possuir apenas um deles, a busca se torna pouco precisa e 
ineficiente. 
 
 
A latitude é obtida pelas linhas horizontais  PARALELOS 
A longitude é obtida pelas linhas verticais  MERIDIANOS 
A linha horizontal principal é o Equador, que equivale ao paralelo 0ºe que ―corta‖ a Terra no 
sentido oeste-leste e divide a Terra em hemisfério Norte e Sul. À medida que alguém se desloca da 
Linha do Equador em direção ao Polo Norte ou em direção ao Polo Sul, a latitude aumenta. A 
latitude varia de 0º a 90º para Norte e para Sul. 
A Terra é ―cortada‖ por5 (cinco) paralelos importantes, sendo eles: Linha do Equador, Trópico de 
Câncer, Trópico de Capricórnio, Círculo Polar Ártico e Círculo Polar Antártico. 
A linha vertical principal é Greenwich que ―corta‖ a Terra no sentindo norte-sul, que equivale ao 
meridiano 0º e divide a Terra em hemisfério Leste e Oeste. À medida que alguém se desloca do 
meridiano de Greenwich para o oriente e o ocidente, a longitude aumenta. A longitude varia de 0º 
a 180º para leste e para oeste. 
Veja a imagem abaixo: 
 
(Fonte: http://goo.gl/4TcbtP, acessado em abril de 2014) 
Podemos usar alguns nomes para definir os quatro hemisférios: 
Norte  Setentrional ou Boreal 
Sul  Austral ou Meridional 
Leste  Oriente ou Nascente 
Oeste  Ocidente ou Poente 
Pense um pouco sobre essa assertiva: 
Locais de latitudes mais baixas tendem a serem zonas mais quentes. 
Sim! Assim como as latitudes mais altas, ou seja, zonas mais próximas aos polos, tendem a ser 
mais frias. 
E o que podemos compreender a partir da longitude? 
Os Fusos Horários!!! 
1.4 Fusos Horários 
Sabemos que a Terra executa o movimento de rotação, ou seja, ela gira em torno dela mesma. 
Esse processo dura 24h. 
Isso quer dizer que a Terra gira 360º em 24 horas. Se: 
360º - 24h 
Xº - 1h 
A partir de uma regra de três simples, podemos dizer que cada hora equivale a 15º de giro. 
1h = 15º = 1 fuso 
Portanto, se cada hora equivale a um fuso ou 15º, e a Terra demora 24h no movimento de 
rotação, chegamos a mais uma conclusão: 
24h = 360º = 24 fusos 
Temos, então, 24 fusos de 15º cada. 
O meridiano de Greenwich é o fuso 0º, conhecido como GMT – Greenwich Mean Time (linha 
internacional de hora). 
 
Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 19 
 
Se andarmos um fuso para a direita a partir do GMT, ou seja, 15º para o oriente, o fuso aumentará 
em uma hora. Se andarmos um fuso para a esquerda, ou seja, 15º para o ocidente, diminuirá em 
uma hora. 
Veja abaixo: 
 
(Fonte: http://goo.gl/Z4Wgrw, acessado em abril de 2014) 
Está Claro né?! 
Vamos analisar agora os fusos horários do Brasil. 
1.5 Fusos Horários Do Brasil 
O Brasil possui quatro fusos horários atrasados até cinco horas em relação ao GMT. 
 
Fuso 1 do Brasil  Abrange as ilhas oceânicas brasileiras como: Fernando de Noronha, Atol das 
Rocas, Trindade e Martin Vaz. É o fuso – 2 ou 30ºW. 
Fuso 2 do Brasil  Caracteriza a Hora Oficial do Brasil, abrangendo a Capital Federal e diversas 
áreas das cinco regiões. É o fuso – 3 ou 45º W. 
Fuso 3 do Brasil  Abrange grande parcela da região Norte e parte do Centro Oeste. É o fuso – 
4 ou 60ºW. 
Fuso 4 do Brasil  Abrange o estado do Acre e parcela da Amazônia ocidental. É o fuso – 5 
75ºW. 
Veja o mapa abaixo: 
 
 
(Fonte: http://goo.gl/M3GRmj) 
Veja que no canto direito há a frase Linha Internacional da Data. O que é isso? 
 
Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 20 
 
É também conhecido como o antemeridiano – LID. Esse meridiano é importante porque determina 
não apenas a mudança de hora, mas também a mudança de data. 
Corta a Terra no Estreito de Bering, no Oceano Pacífico sem 
atravessar áreas continentais. 
Observe a imagem ao lado e veja a explicação a seguir: 
―O horário na faixa de fuso em que a linha está situada é o mesmo, 
tanto de um lado como do outro da linha. No entanto, a parte leste 
da LID situada no hemisfério Oeste (ocidental), tem um dia a 
menos em relação à parte Oeste (o lado esquerdo), situada no 
hemisfério Leste (Oriental). Toda a embarcação que cruza a LID no 
sentido Leste-Oeste atrasa em um dia: por exemplo, da tarde de 
sábado passa à tarde de domingo. Já uma embarcação que cruza 
no sentido Oeste-Leste adianta em um dia, pois da manhã de 
Domingo, por exemplo, passa para a manhã de Sábado. Outra 
observação curiosa: se viajarmos para oeste e dermos uma volta 
completa ao redor da Terra, "perderemos" um dia, pois estaremos 
caminhando contra o sentido do movimento de rotação; nesse 
caso, os dias são mais longos. Na situação oposta, se circundarmos 
a Terra no sentido Leste "ganharemos" um dia, pois estaremos 
viajando no mesmo sentido do movimento de rotação da Terra: de 
Oeste para Leste.‖ 
(Fonte: http://goo.gl/r0Is8T, acessado em abril de 2014) 
ATENÇÃO: O fuso - 5 já foi abolido e retomado no final de 2013. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2013/lei/L12876.htm 
LEI Nº 12.876, DE 30 DE OUTUBRO DE 2013. 
Horário de Verão No Brasil temos a prática de adotar o Horário de Verão que como o próprio 
nome diz, refere-se a um horário novo, instaurado nos meses de verão. Como nessa época, pela 
inclinação da Terra, a amplitude da radiação solar é maior, aproveita-se mais o tempo de incidência 
solar sobre a Terra, adiantando uma hora no relógio. Assim, há economia de energia elétrica. 
 
 
 
 
Veja o infográfico abaixo utilizado para o horário de verão entre 2013 e 2014: 
 
(Fonte: http://goo.gl/goA33U) 
Dica Geográfica 
Leia o decreto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/d6558.htm 
 
Bom, agora que vocês já sabem tudo sobre Fusos horários, pratiquem nos exercícios. 
 
No próximo capítulo entenderemos como vem ocorrendo o processo de globalização. Animados?!
 
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RESUMO 
 
Conceitos e temas: 
 Meio técnico científico informacional; 
 Território 
 Paisagem 
 Região 
 Fronteira 
Zona Econômica Exclusiva (ZEE) –200 a 350 milhas náuticas (quando houver plataforma 
continental) 
Mar Territorial – 12 milhas a partir da base da costaPlataforma Continental – Extensão submersa do relevo terrestre que acaba na camada íngreme 
chamada Talude. 
Amazônia Azul – Vasta área marítima sob responsabilidade brasileira. 
Formação do Território Nacional: 
 Tratado de Tordesilhas 
 Ampliações e modificações do território 
 Tratado de Madri (1750) 
 Acordo de Petrópolis (1903) 
Brasil: 
 26 estados + DF 
 5º maior país do mundo em área 
 4º maior país em área contínua 
 País com posição privilegiada 
Fases de ocupação do território e ciclos econômicos: 
 Cana de açúcar – séc. XVII -Nordeste 
 Gado – séc. XVII- Grupos isolados no Nordeste 
 Ouro – séc. XVIII – Goiás / Minas Gerais e Mato Grosso 
 Colonização do sul – séc. XIX 
 Borracha e Café – séc. XX 
 Marcha para o oeste/ Interiorização do Brasil – séc. XX 
Questões de Provas: (APOSTILA NÃO COMENTADA CURSO CIDADE) 
2011/2012 - 21 
2011/2012 - 29 
2008/2009 - 39 
2007/2008 - 29 
2007/2008 - 36 
2007/2008 - 37 
2005/2006 - 44 
2005/2006 - 60 
2004/2005 - 47 
2003/2004 - 49 
2002/2003 - 57 
2006/2007 - 12 
2006/2007 - 13 
2006/2007 - 18 
2011/2012 - 01 
2011/2012 - 09 
2014/2015 - 01 
 
 
Curso Preparatório Cidade | MÓDULO I – O ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO 22 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. (UFCE) Na produção do espaço brasileiro, o período colonial foi marcado pela presença de: 
 
(A) cidades com forte intercâmbio comercial entre si. 
(B) um espaço de ―ilhas ou arquipélagos econômicos‖ voltados para o comércio com o espaço 
subordinante. 
(C) economias dinâmicas e simultâneas da cana-de-açúcar, da mineração, do café, como 
espaços de atração demográficas. 
(D) processo econômico comandado pelas necessidades internas. 
 
2. (PUC-MG) Tendo em vista a organização do espaço geográfico brasileiro, leia com atenção os 
itens a seguir. 
 
I. Estruturado a partir do modelo colonial de exploração, o espaço brasileiro deixou de 
apresentar uma economia fragmentada, para constituir uma dinâmica interna interligando 
as diversas regiões. 
II. Somente nas últimas décadas é que vem diminuindo a grande concentração espacial das 
principais atividades econômicas em uma determinada região. 
III. Intensificou a organização centro-periferia mostrando, durante todo o tempo, feições 
heterogêneas e internamente desequilibradas. 
 
São afirmativas CORRETAS: 
(A) I, II e III 
(B) I e II apenas 
(C) I e III apenas 
(D) II e III apenas 
 
3. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. 
 
O capitalismo nasceu das transformações ocorridas na Europa feudal, a partir do século XIII e está 
baseado na propriedade __________ dos meios de produção. A fase na qual o ciclo de reprodução 
do capital assentava-se na circulação e distribuição de mercadorias foi denominada de capitalismo 
__________ . A fase __________ do capitalismo caracterizou-se pelo seu florescimento na forma 
de pequenas e numerosas empresas que competiam por uma fatia do mercado. A consolidação do 
capitalismo __________ deu-se pela sua reprodução e acumulação na forma de grandes 
monopólios e oligopólios. 
 
(A) coletiva – comercial – concorrencial – monopolista. 
(B) estatal – concorrencial – comercial – monopolista. 
(C) estatal – comercial – concorrencial – monopolista. 
(D) privada – concorrencial – monopolista – financeiro. 
(E) privada – comercial – concorrencial – monopolista. 
 
4. (PUC – RJ) ―As estruturas estatais no mundo moderno se construíram em torno de um território 
nacional. Esse foi o parâmetro básico da atuação dos Estados, embora não o único. O Estado 
desenvolvimentista brasileiro não fugiu a essa regra e delineou o perfil do Brasil atual. Mal ou 
bem, criou-se por conta da arquitetura estatal um conjunto de interesses nacionais que por 
vezes se opõem, mesmo que de modo frágil, aos interesses estrangeiros. Na verdade, isso é 
comum a todas as nações modernas.‖ 
 
Extraído de OLIVA, Jaime, GIANSANT, Roberto. Temas da Geografia do Brasil. São Paulo. Atual, 1999. 
 
No Brasil, estamos assistindo ao desmonte desse Estado desenvolvimentista. Dentre os argumentos 
favoráveis a esse desmonte, podemos citar: 
 
I. O desenvolvimento socioeconômico não pode ser pensado a partir da dimensão nacional 
devido à crescente globalização da produção. 
II. O desenvolvimento encontra-se no mercado e na integração econômica mundial, já que as 
empresas tomam decisões e operam recursos segundo uma lógica de integração mundial. 
III. Para a integração mundial, é necessário remover os obstáculos que dificultam a presença 
dos interesses da economia global. 
IV. O território será mais atraente quanto mais vantagens competitivas apresentar ao capital 
externo. 
 
Estão corretas as afirmativas: 
 
(A) I e III. 
(B) II e IV. 
(C) I, II e III. 
(D) II, III e IV. 
(E) I, II, III e IV. 
 
 
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5. (UnB) Com a mudança da capital do Brasil para o Planalto Central, para exercer funções 
exclusivamente político-administrativas, criou-se a expectativa de que a ocupação do Plano 
Piloto, projetado por Lúcio Costa, alcançaria cerca de 500 mil habitantes, quando consolidado. 
O que ocorreu atualmente é um processo absolutamente distinto. 
 
A respeito das transformações socioespaciais ocorridas no Distrito Federal (DF), julgue os itens a 
seguir. 
 
1. ( ) No DF, as crescentes taxas de desemprego estão associadas ao processo de fechamento 
de postos de trabalho urbano, que atinge apenas trabalhadores com pouca ou nenhuma 
possibilidade de ascensão social, como moradores de rua e iletrados. 
2. ( ) Brasília foi construída em uma posição territorial estratégica, com o objetivo de conduzir a 
articulação econômica, demográfica e social entre as regiões, promovendo a ocupação e a 
integração do território nacional, por intermédio do desenvolvimento da produção econômica. 
3. ( ) No DF, o ritmo de crescimento populacional elevado relaciona-se principalmente ao 
crescimento dos setores industrial e agropecuário, com fortes efeitos positivos nos setores 
comerciais e nos serviços privados. 
4. ( ) A construção de Brasília acentuou a ocupação da região Centro-Oeste como área de 
expansão da fronteira agrícola, que já vinha ocorrendo desde os anos 40, devido ao fato de que as 
terras serem mais baratas para a produção de culturas de exportação. 
 
(A) F - V - F - V 
(B) V - V - F - V 
(C) F - V - V - V 
(D) F - V - V - F 
(E) F - V - F - F 
 
6. Oficialmente, o Brasil é dividido, pelo IBGE, em cinco regiões: Sul, Sudeste, Nordeste, Norte e 
Centro-Oeste. 
 
Sobre essas regiões, é correto afirmar: 
 
(A) A Região Centro-Oeste, com seu clima semiárido, foi palco, no passado, das revoltas 
conhecidas como Cabanagem e Balaiada, e, atualmente, devido ao processo de irrigação 
de suas terras, lidera a produção de soja no País. 
(B) A base do povoamento da Região Sul foi a imigração europeia, principalmente no estado 
do Mato Grosso do Sul, o que acarretou uma cultura diferenciada nessa parte do Brasil, 
baseada na miscigenação dos imigrantes europeus com os escravos negros. 
(C) A Região Norte, atualmente, atrai o interesse internacional tanto pela necessidade de 
preservação ecológica de sua floresta equatorial, quando pela riqueza de sua 
biodiversidade. 
(D) A Região Sudeste, desde os tempos coloniais, desponta como hegemônica na economia 
do País, com a mineração em Minas Gerais, que foi seguida pela riqueza do café em São 
Paulo e posterior industrialização. 
(E) O problema da seca nordestina, trata-se de uma questão climática como, por exemplo, na 
região do Raso daCatarina se registram os mais baixos índices pluviométricos do País, 
não sendo portanto, uma questão política, alimentada pela chamada ―indústria da seca‖. 
 
7. Leia o fragmento de texto abaixo: 
 
O Brasil é um dos países signatários da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, 
conhecida como Convenção da Jamaica, de 1982. Essas convenções definem três limites marítimos. 
Na zona Econômica Exclusiva, o país tem jurisdição para agir em questões ligadas à alfândega, 
saúde, imigração, pontos e circulação. A mais ampla, a plataforma continental, inclui o leito 
marítimo e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além de seu mar territorial. A respeito 
dessa temática e dos conceitos envolvidos, marque a alternativa incorreta. 
 
(A) o mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítimas de largura, 
medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular, tal como indica nas 
cartas náuticas de grande escala, reconhecidas oficialmente no Brasil. 
(B) A soberania do Brasil estende-se ao mar territorial, ao espaço aéreo sobrejacente, bem 
como ao seu leito e subsolo. Porém, é reconhecido aos navios de todas as nacionalidades 
o direito de passagem inocente no mar territorial brasileiro. A passagem será considerada 
inocente desde que não seja prejudicial à paz, à boa ordem ou à segurança do Brasil, 
devendo ser contínua e rápida. 
(C) A zona contígua brasileira compreende uma faixa que se estende das doze às vinte e 
quatro milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a 
largura do mar territorial 
(D) Na zona econômico exclusiva, o Brasil, no exercício de sua jurisdição, não tem o 
direito exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e 
preservação do meio marítimo, bem como a construção, operação e uso de todos os tipos 
de ilhas artificiais, instalações e estruturas. 
(E) A plataforma continental do Brasil compreende o leito e o subsolo das áreas 
submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do 
prolongamento natural de seu território terrestre. O Brasil exerce direitos de soberania 
sobre a plataforma continental, para efeitos de exploração dos recursos naturais. 
 
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8. Sobre a formação do território brasileiro no período colonial, assinale a alternativa correta: 
 
(A) Era formado por cidades integradas entre si, apesar de dependentes do mercado externo. 
(B) Foi, primeiramente, delimitado pelo Tratado de Tordesilhas, que valeu até a 
Independência Brasileira. 
(C) Ficou restrita ao litoral, com pequenos surtos de interiorização promovidos por atividades 
como a mineração e a pecuária. 
(D) Teve sua extensão reduzida a partir da União Ibérica 
 
9. (Puccamp) ―No Brasil, a FRONTEIRA é um espaço ainda não estruturado, gerador de realidades 
novas e dotado de elevado potencial político. O dado fundamental da ‗fronteira‘ é sua 
potencialidade: dependendo da forma de apropriação das terras livres, das relações sociais e 
dos tipos e interesses dos agentes sociais ai constituídos ter-se-á a formação de projetos 
políticos distintos.‖ 
 
Está implícito no texto que a FRONTEIRA é: 
 
(A) uma região estratégica tanto para o Estado como para o capital, que se empenham em 
sua rápida estruturação e integração ao espaço global. 
(B) um esforço de iniciativa privada, no sentido de garantir a efetiva ocupação do espaço e 
deste modo inserir o País na Nova Ordem Mundial. 
(C) um fenômeno isolado que, neste final de século, representa uma ação geopolítica de 
interesse do Estado. 
(D) a mais importante alternativa para o desenvolvimento de latifúndios e grandes empresas 
agroindustriais. 
(E) sinônimo de terras devolutas cuja apropriação é franqueada a pioneiros. 
 
10. (Puccamp 2010) Menos que uma sociedade organizada, a Amazônia destes anos de febre de 
borracha terá o caráter de um acampamento. Enquanto a massa da população, os 
trabalhadores dos seringais, dispersos e isolados, se aniquilava nas asperezas da selva e na 
dura tarefa de colher a goma, os proprietários dos seringais, os comerciantes e toda esta 
turbamulta marginal e parasitária de todas as sociedades deste tipo, se rolavam nos prazeres 
fáceis das cidades, atirando às mancheias o ouro que lhes vinha tão abundante da mata. A 
riqueza canalizada pela borracha não servirá para nada de sólido e ponderável. 
 (Caio Prado Junior. ―História econômica do Brasil‖. São Paulo: Brasiliense, 1990, p. 240) 
 
 
A partir da análise do texto e do conhecimento histórico, pode-se afirmar que: 
 
(A) a extração da borracha, ao contrário do que afirma o autor, contribuiu decisivamente para 
o desenvolvimento da industrialização brasileira. 
(B) o aumento da exportação da borracha acentuou as desigualdades sociais na região Norte 
do país. 
(C) da população da Amazônia e do Brasil. 
(D) a exploração da borracha proporcionou a ascensão social e econômica das camadas mais 
baixas da população da região Amazônica. 
(E) os seringueiros e os proprietários dos seringais foram responsáveis pelo desmatamento 
na região Amazônica. 
 
11. (UEG) Observe o gráfico a seguir. Considerando que o eixo X corresponde à Linha do Equador 
e o eixo Y corresponde ao Meridiano de Greenwich, responda as questões a seguir. 
 
Considerando que no ponto A são 14 horas, calcule o horário local do Ponto B. Em sua resposta, 
desconsidere a possibilidade da existência de horário de verão e de horas cifradas: 
 
(A) 20 horas 
(B) 18 horas 
(C) 17 horas 
(D) 8 horas 
(E) 6 horas 
 
 
 
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12. (Pucrs) No dia de hoje, sabemos que Porto Alegre se encontra no horário de verão. Que horas 
marcará um relógio na capital gaúcha, quando em Londres forem 13 horas? 
 
(A) 11 horas 
(B) 10 horas 
(C) 9 horas 
(D) 11 horas e 30 min 
(E) 10 horas e 30 min 
 
13. (Unesp) Que horas devem marcar os relógios em Nova York, que fica no quinto fuso a oeste de 
Greenwich, quando em São Paulo, que fica no terceiro fuso, também a oeste, são onze horas ? 
 
(A) Duas horas. 
(B) Nove horas. 
(C) Treze horas. 
(D) Quinze horas. 
(E) Dezenove horas. 
 
14. (UFPE-Modificado) Observe atentamente o mapa a seguir e identifique os pontos A, B, C, D e E. 
 
 
1. O ponto E é o que apresenta o menor valor de latitude. 
2. Os pontos A e B estão situados praticamente à mesma distância longitudinal de Greenwich. 
3. O ponto C localiza-se numa faixa de latitudes médias e de baixas altitudes. 
4. O ponto D se situa numa faixa climática bastante diferente daquela onde se localiza o ponto E. 
5. O maior valor de latitude é encontrado no ponto D. 
 
 
Estão corretas: 
 
(A) 1, 2, 3, 4 e 5. 
(B) 1 e 2 apenas. 
(C) 1, 4 e 5 apenas. 
(D) 1, 3, 4 e 5 apenas. 
(E) 1 e 4 apenas. 
 
15. (UFSM-RS) Observe o mapa a seguir e responda à questão adiante. 
 
 
 
Desconsiderando horários de verão locais, as coordenadas geográficas do mapa permitem, 
também, deduzir que uma competição esportiva que ocorra em Sydney, às 16 horas, seja assistida 
pela TV, ao vivo, em Nova York à(s): 
 
(A) 7 horas. 
(B) 8 horas. 
(C) 2 horas. 
(D) 1 hora. 
(E) meia-noite. 
 
 
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16. (Fuvest) A reintrodução do ―horário de verão‖ no Brasil foi consequência da: 
 
(A) crise energética que afeta especialmente as regiões Sul e Sudeste. 
(B) necessidade de racionalização dos horários dos diferentes setores industriais do país. 
(C) prolongada estiagemque assolou, nos últimos anos, a região nordeste. 
(D) ampliação da demanda de hidroeletricidade no setor de serviços acompanhada pelo 
declínio do consumo no setor industrial. 
(E) melhoria geral das condições de vida no país, que permite maior disponibilidade de tempo 
para o lazer. 
 
17. (Ufrs) Na última etapa de uma competição aeronáutica internacional, uma equipe formada 
pelos aviões A e B tem a seguinte tarefa para realizar: o avião A deverá sair às 13 horas (hora 
local) da cidade de Vila dos Remédios (Fernando de Noronha-PE), com destino à cidade de 
Manaus-AM; o avião B somente poderá sair da cidade de Vila dos Remédios após a chegada do 
avião A em Manaus. Para realizar esta tarefa, os pilotos receberam as seguintes informações 
técnicas: a cidade de Vila dos Remédios está localizada no 1° fuso horário do Brasil, a cidade 
de Manaus está localizada no 3° fuso horário do Brasil e o tempo de voo entre as duas cidades 
tem a duração de 8 horas. 
 
Com base no exposto acima, assinale a alternativa que contém, respectivamente, o horário da 
chegada do avião A em Manaus e o horário da saída do avião B de Vila dos Remédios. 
 
(A) 15h e 17h 
(B) 19h e 21h 
(C) 21h e 19h 
(D) 21h e 22h 
(E) 21h e 23h 
 
EXERCÍCIOS DE PROVA 
 
1. (EsFCEx - 2003/2004) O ouro aparece, na natureza, sob as formas de veios e pepitas. Os veios 
ocorrem em estruturas rochosas cristalinas e são recuperados através da mineração, ou 
resultantes da erosão atuante sobre os meios auríferos que são transportados e depositados 
pelas águas correntes. 
 
O texto acima auxilia na compreensão de que, no Brasil, os depósitos aluviais auríferos aparecem 
principalmente: 
 
(A) no sudeste do Pará e nos vales dos rios Madeira e Tapajós. 
(B) ao longo do rio São Francisco na depressão sertaneja. 
(C) na bacia do Paraná, no rio Paraguai na região do Mato Grosso do Sul. 
(D) no Quadrilátero Mineiro, no vale do rio Paraopeba. 
(E) no Pará, entre os rios Xingu e Araguaia. 
 
2. (EsFCEx 2004/2005) ―Por território entende-se geralmente a extensão apropriada e usada. [...] 
Num sentido mais restrito o território é um ‗nome político‘ para o espaço de um país. Em outras 
palavras, a existência de um país supõe um território.‖ 
(SANTOS, 2001, p. 19) 
 
A partir do texto acima e dos seus conhecimentos sobre o território brasileiro, é correto afirmar 
que: 
 
(A) a ideia de extensão apropriada e usada atesta que o território brasileiro é sinônimo de 
Estado e possui sua atual configuração desde o período colonial, forjada na era 
pombalina. 
(B) a transformação do Brasil em Estado Federal, com a constituição republicana do final do 
século XIX, deu às unidades da federação a autonomia política, cuja expressão de maior 
polêmica hoje é a política fiscal, pois promove a ―guerra dos lugares‖. 
(C) os territórios brasileiros, como Acre e Amapá, criados depois da II Guerra Mundial, 
representavam áreas de segurança externa do país, pois situavam-se na faixa de fronteira 
do Brasil, daí a falta de autonomia política destes até a Constituição de 1988. 
(D) o Distrito Estadual de Pernambuco representa, atualmente, o Território Federal de 
Fernando de Noronha, em razão da sua localização em rota estratégica no Atlântico Sul, 
extinguindo-se todas as suas representações políticas. 
(E) a extensão de costas atlânticas no Brasil é inferior a 200 mima (milhas marítimas), pois 
o atual tratado internacional limita a soberania do país costeiro a uma ZEE (Zona 
Econômica Exclusiva) correspondente a 12 mima, em cuja faixa terá total soberania 
sobre os recursos. 
 
 
 
 
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3. (EsFCEx 2006/2007) A questão de transferência da capital federal do Rio de Janeiro para o 
Planalto Central do Brasil é um assunto de destaque desde o final do século XIX. Sobre este 
tema, analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra ―V”, quando se tratar 
de afirmativa verdadeira, ou a letra ―F” quando se tratar de uma afirmativa falsa. A seguir, 
assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 
1. ( ) A constituição Republicana de 1891 previa a transferência da capital federal para o 
Planalto Central, em uma cidade que seria construída na área de formação das três grandes bacias 
hidrográficas brasileiras – a do Amazonas, a do São Francisco e a do Prata. 
2. ( ) Por ser uma área bastante interiorizada do país, mas com razoável povoamento, o 
Triângulo Mineiro foi uma das áreas sugeridas para a construção da capital brasileira. 
3. ( ) A construção da rodovia Belém-Brasília tinha como objetivo principal ligar, por via 
terrestre, a Amazônia, região produtora de matérias-primas, ao parque industrial que floresceu nas 
grandes cidades do Centro-Oeste com a construção da capital federal. 
4. ( ) Ao ser construída, Brasília cumpria uma dupla finalidade: instalou o governo nacional 
longe de pressões populares e possibilitou grandes negócios às empreiteiras e empresas 
industriais. 
 
 
(A) V - V - F - F. 
(B) V - V - F - V. 
(C) V - V - V - F 
(D) F - F - V - F. 
(E) F - V - V - V. 
 
4. (EsFCEx 2007/2008) Analise as afirmativas abaixo acerca da formação do território brasileiro, 
especificamente no tocante à incorporação das terras do atual estado do Acre e, a seguir, 
assinale a alternativa correta. 
 
I. As terras do atual estado do Acre foram adquiridas, nos termos finais, a partir de acordos 
com a Bolívia e o Peru. 
II. Antes da incorporação ao território nacional, esse espaço extremo ocidental do Brasil de 
hoje foi povoado por seringueiros nordestinos, o que pressionou a negociação entre os 
países envolvidos. 
III. As negociações, especialmente através do Tratado de Petrópolis, a fim de acordar acerca da 
incorporação de terras da Amazônia Oriental boliviana, aconteceram no início do século XX. 
IV. O Tratado de Madri foi instrumento decisivo na aquisição das terras do estado do Acre pelo 
poder português frente à colonização espanhola. 
(A) Somente I, II e III estão corretas. 
(B) Somente I, III e IV estão corretas. 
(C) Somente I e IV estão corretas. 
(D) Somente I está correta. 
(E) Todas as afirmativas estão corretas. 
 
5. (EsFCEx 2007/2008) Complete as lacunas abaixo e assinale a alternativa que dá sentido correto 
ao parágrafo. 
 
O fato urbano, medidas as variações espaço-temporais, remonta ao início da colonização 
portuguesa quando as cidades e vilas _____________ tinham função estratégica na ocupação e 
uso do território. Ao longo do século XVIII, a centralidade das cidades ___________ se concretizou 
determinando nova lógica espacial para a colônia portuguesa nas Américas. Vivia-se, no conjunto 
do território, __________ integração entre os centros urbanos, concretizando-se, no século XX, o 
estabelecimento de uma rede e hierarquia urbanas nacionais com expansão das ___________. 
 
(A) interiores — amazônicas — grande — rodovias. 
(B) amazônicas — açucareiras — intensa — rodovias. 
(C) litorâneas — mineiras — pequena — rodovias 
(D) sertanejas — litorâneas — grande — ferrovias. 
(E) atlânticas — agrárias — pequena — ferrovias. 
 
6. (EsFCEx 2008/2009) O Brasil possui características bastante diferenciadas em seu território. 
Segundo Milton Santos e Maria Silveira, o território nacional é dividido em quatro grandes 
regiões conforme mapa abaixo. 
 
Com base nos dados acima, analise as afirmativas abaixo colocando entre parênteses a letra “V”, 
quando se tratar de afirmativa verdadeira e a letra “F” quando se tratar de afirmativa falsa e, a 
seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

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