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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
	Existem três fundamentos no Direito Constitucional que são importantíssimos: Processo Legislativo, Controle de Constitucionalidade e Direitos e Garantias.
A nossa constituição é rígida porque o processo de mudança é mais solene e difícil em relação às leis ordinárias e complementares. 
Só temos controle de constitucionalidade onde há constituição rígida. Controlar a constitucionalidade é checar parâmetros, é saber se as leis estão de acordo com a constituição. E para isso, há um princípio de controle de constitucionalidade que é o PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO, que como lei maior, vincula a todos e a todas. Ela obriga a todos e a todas a obedece-la, sob pena, de aqueles que não estiverem de acordo com a constituição serem considerados inconstitucionais, ou seja, normas inválidas, que não encontram sustentação constitucional. 
Temos 2 tipos de inconstitucionalidade, a formal e a material. Sendo perfeitamente possível encontramos em uma única norma inconstitucionalidade formal e material.
	Inconstitucionalidade Formal: Está ligada ao processo legislativo propriamente dito (processo de elaboração de Leis). O processo legislativo esta previsto do Art. 60 ao 69 CF, sendo que qualquer incoerência com o que esta normatizado, teremos uma inconstitucionalidade formal. 
Inconstitucionalidade Material Tem a ver com o conteúdo da norma. Vejamos os exemplos que se seguem:
Art. 5° I CF homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; Então dentro desse princípio de igualdade, se o legislativo decidir criar o dia da Mulher, para que ela faltar um dia de trabalho para ir ao ginecologista, estaria incorrendo em Inconstitucionalidade Material.
Sendo assim se a lei confronta a constituição estamos diante de uma norma Inconstitucionalmente Material. Toda norma em seu conteúdo material, precisa atentar para os dispositivos constitucionais e não contrariar seus princípios.
	O controle de constitucionalidade, portanto, como vimos até o momento tem a ver com: Chegar parâmetros, Constituição Rígida e o Principio da Supremacia Constitucional.
	• Existem 2 métodos de checar a Constitucionalidade: um Preventivo e outro Repressivo.
Controle Preventivo, que é realizado durante o processo legislativo. Visa impedir que uma norma inconstitucional adentrasse ao ordenamento, ou seja, que uma norma inconstitucional se torne lei. 
São os instrumentos de controle preventivo: 
O parecer da CCJ (Comissão Constituição e Justiça) da Câmara (Legislativo) 
O parecer da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado (Legislativo)
Veto Jurídico (Executivo)
Direito Função – Através de Mandado de Segurança (STF).
O Processo Legislativo pode ser resumido da seguinte forma: 
Um Deputado tem uma ideia e faz um PLO ou um PLC, que segue para a Mesa da Câmara, onde o projeto ganha um número (PLO 666), em seguida passa para as comissões temáticas (cada uma das casas tem várias comissões temáticas – agricultura, ciência e tecnologia, educação entre elas tem a CCJ), o CCJ emite um parecer sobre a constitucionalidade ou não do projeto (se a norma é constitucional ou inconstitucional), o CCJ é composta por técnicos distintos (agrônomos, veterinário, médicos, arquitetos, engenheiros, matemáticos, além de integrantes da própria câmara etc – vistos que os parlamentares muitas vezes são semi-analfabetos), e o parecer é meramente opinativo (ele não é terminativo, ou seja, não põe fim ao processo legislativo), sendo assim, mesmo com o parecer de inconstitucionalidade eles podem aprovar o projeto em plenário (o povo delegou a eles a prerrogativa de fazer leis, portanto um parecer técnico não pode sobrepuja a legitimidade da câmara) e enviá-lo para a mesa do Senado Federal (Casa Revisora), que também passa para as comissões temáticas, uma delas a CCJ, igualmente composta por técnicos além dos próprios senadores, e novamente a CCJ do Senado emite um parecer, que novamente é meramente opinativo, e mesmo que se considere o projeto inconstitucional ele vai a plenário e caso aprovado segue para o Presidente da República, que pode vetar ou sancionar, caso o Presidente sancione a norma entra em vigor e acaba o processo legislativo, agora se o Presidente vetar um dos vetos é o veto jurídico (analisando que ambas as CCJ da câmara e do senado disseram que o projeto é inconstitucional, podendo utilizar isto como argumento). Uma vez vetado o projeto retorna para o congresso que ainda tem a prerrogativa de derrubar o veto do Presidente, pois é deles a função de Legislar.
Lei Ordinária x Lei Complementar: A diferença é apenas o coro de aprovação, onde na Lei Ordinária são duas votações de maioria simples e as Leis Complementares são duas votações de maioria absoluta. 
 A Sanção do Presidente pode ser Escrita, mas pode também ser Tácita, se o presidente não sancionar por escrito ou vetar em 15 dias, a Lei é sancionada tacitamente. 
Há, no entanto, dois tipos de vetos, o Jurídico e o Político:
O Veto Político é sempre falta de interesse público, ou seja, não tem dinheiro para fazer (falta de previsão orçamentária) Este veto não é controle de constitucionalidade, tendo unicamente a ver com falta de dinheiro.
O Veto Jurídico por sua vez é controle de constitucionalidade.
O Veto possui 4 Características:
É escrito, pois se o presidente não se manifestar a norma adentra ao ordenamento tacitamente;
É justificado, pra saber se o presidente esta vetando por falta de dinheiro ou se é por acreditar ser a norma inconstitucional;
É suspensível, a partir do veto do presidente a norma não adentra no ordenamento;
É superável, pois volta para o congresso, e este por maioria absoluta pode derrubar o veto.
DIREITO FUNÇÃO – Feito pelo Mandado de Segurança
Art. 60° § 4° CF Trás as cláusulas pétreas Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: [...]
Suponhamos que depois de situações constrangedoras envolvendo a câmara ou o senado, visando apaziguar os ânimos da população uma das casas inicia a discussão de um projeto para haver pena de morte no Brasil.
Neste caso um Deputado e/ou Senador pode pedir um Mandado de Segurança ao STF, para impedir a discussão de projetos tendente a abolir direitos considerados pétreos Controle Preventivo feito pelo Judiciário.
A constituição manda que não pode deliberar (discutir sobre o assunto), então tem que parar. Este é um direito líquido e certo. 
Este é o único controle que funciona preventivamente.
CONTROLE REPRESSIVO
Não é um controle do projeto e sim um controle de Lei.
CONTROLE REPRESSIVO DIFUSO 
Características:
Há que existir uma Lei, ou Ato Normativo ou Ato Não Normativo;
ART. 59 CF
Lide – Pretensão Resistida Conflito 
Ex. Vem à norma, dizendo que não tem mais progressão de regime prisional, incide sobre uma pessoa, e ela alega inconstitucionalidade;
Caso Concreto
Inconstitucionalidade incidindo sobre a pessoa. Ex. Uma medida provisória que torne crime torcer para o São Paulo. Esta norma é manifestamente inconstitucional, pois além de ferir princípios de liberdade de expressão e liberdade de manifestação de pensamento, há estipulado no Art. 62 §1° b que Medida Provisória não pode editar sobre matéria de direito penal. 
Inter – Partes 
No caso dos São Paulinos presos, só valerá para aqueles que pediram os demais vão continuar presos. 
Via de Defesa ou de Exceção 
Pois a pessoa não quer ser alcançada pela norma inconstitucional. 
Qualquer Instrumento Jurídico cabível
No caso do São Paulino, preso, Impetra o Habeas Corpus.
No caso do imposto Impetra Mandado de Segurança (Direito Líquido e Certo). Se for direito de informação Impetra Habeas Data. Podendo ter até ação inominada (ação sem nome).
Há, no entanto, a exceção da ADIn, ADECON (ADC) ou ADPF. 
Art. 97 CF Todos os tribunais terão que julgar o controle de constitucionalidade, por maioria absoluta, pelo pleno ou pelos órgãos especiais
Qualquer Juiz ou Tribunal, por qualquer instrumento cabível. 
Inclusive no TribunalMilitar, no Tribunal do Trabalho, no STJ, no STF, etc.
Recursos – até STF 
Pode através de seguidos recursos chegar até ao STF.
CONTROLE REPRESSIVO CONCENTRADO
	É feito por ações próprias (se limita a estas ações):
ADIn (Ação Direita de Inconstitucionalidade) Genérica – Conhecida por AD também. Art. 102, I, a CF
ADIn Interventiva. Art. 36, III CF
ADINO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão) Omissiva. Art. 103, § 2°
ADC – ADECON (Ação Declaratória de Constitucionalidade) Art. 102, I, a, in fine CF
ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) Sumária
ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) Incidental.
Art. 102, § 1° CF
Somente estas ações são do controle concentrado, todas as demais são difusas. A principal diferença entre as ações é o campo material, ou seja, aquilo que pode ser controlado. Por exemplo, lei municipal e lei anterior a constituição de 88, só pode ser controlado por arguição.
O controle repressivo concentrado necessariamente inicia no STF, ao passo que o difuso pode alcançar o STF através de seguidos recursos. 
Caraterísticas:
Iniciam já no STF, tendo como palco, apenas o STF;
Não há Lide (pretensão resistida) 
Análise da Lei em Tese
 “Erga omnes” Valerá para todos.
• OS LEGITIMADOS: O Art. 103 CF Traz as pessoas que podem entrar com este processo, ou seja, as pessoas ditas legitimadas. As pessoas entram com a ação e diz ao supremo, analise esta lei. 
ADIN – Genérica 
 Ação Direta de Inconstitucionalidade 
Não há subjetividade, ao passo que o processo é objetivo, a norma ou se adequa ou não se adequa de acordo com a constituição. É a discussão da lei em tese, e os efeitos alcançam todas as pessoas. 
Em um processo subjetivo, um juiz pode dizer uma coisa e outro dizer outra coisa, no caso da ADIn genérica, o supremo decide se a norma é ou não contraria a constituição objetivamente e seu alcance atinge a todos.
Campo Material da ADIN (Aquilo que pode ser controlado):
Art. 102 I a) Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I – processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. 
• Lei municipal não é alcançada pela ADIN.
• Os dispositivos alcançados pela ADIN estão elencados no Art. 59 CF Emenda; Leis Complementares; Leis Ordinárias; Leis Delegadas (executivo) ; Medidas Provisórias (executivo); Decretos Legislativos e Resoluções (É possível controlar a constitucionalidade dos Regimentos Internos do Congresso, Senado e Câmara) São todas atingidas pela ADIN.
As medidas provisórias são leis criadas pelo executivo que tem um prazo de duração de 120 dias, e depois deste prazo ela deve ser votada para se tornar uma lei federal. Esse processo denomina-se conversão de medida provisória. Quando uma ADIn pretende alcançar uma medida provisória, é necessário pedir que os efeitos alcancem também o processo de conversão, pois caso contrário, há chance de quando o supremo for julgar a mesma, ela não exista mais, pois ela já poderá ter sido convertida em lei.
Regimentos Internos Podem ser controlados por serem criados por um instrumento chamado de Decreto Legislativo. Os regimentos internos, da câmara, do senado, do congresso, dos tribunais, são criados através de decretos legislativos, sendo estes alcançados pelo campo material da ADIN. 
	Tratados Internacionais Para que haja um tratado, há a necessidade de um decreto inicial que é a assinatura do tratado, realizado pelo presidente da república. Para ele virar lei no Brasil há a necessidade de passar por um processo dentro do congresso, iniciando na câmara dos deputados que faz um Decreto Legislativo, discute, vota e aprova, manda para o Senado Federal, que discute, vota e aprova, voltando então para o presidente da república que ratifica por um novo decreto e só então a norma é valida no Brasil. O que é alcançado pela ADIN, é apenas o Decreto Legislativo. O STF não pode revogar um Tratado Internacional, mas pode revogar o Decreto Legislativo que vai trazer o tratado para dentro do ordenamento. 
Para o Tratado Internacional, portanto, ser alcançado pela ADIN necessariamente tem que ser contra o DECRETO LEGISLATIVO. Quem for entrar com pedido no Supremo, tem que pedir que declare o Decreto Legislativo inválido.
Lembrando que o supremo não revoga o tratado, mas exclui o Brasil do seu cumprimento. 
ATO NORMATIVO DO PODER EXECUTIVO: GENÉRICOS E ABSTRATOS
Tem relação com o executivo, que faz medidas provisórias, leis delegadas, mas faz também portarias e decretos. Os dois primeiros citados, são alcançados pela ADIN, agora no caso da portaria e decreto, só poderão ser controlados quando tiverem força de lei, ou seja, que gozem de generalidade e abstração. Sendo assim, se a portaria ou decreto for um tipo de lei, que alcança as pessoas, é alcançada pela ADIN
LEIS ESTADUAIS 
Tanto a Constituição Estadual (poder decorrente) como as Leis Estaduais, que podem ser controladas pela ADIN.
OS LEGITIMADOS
Art. 103 CF Trás os legitimados, para ingressar com a ADIN.
O STF divide os autores em 2 tipos: Interessados Especiais, que precisam demonstrar a Pertinência Temática e os Neutros Universais, que podem tudo. 
Neutros Universais:
Presidente;
Câmara;
Senado; 
Procurador Geral da República (Ministério público possui função essencial à justiça);
Conselho Federal da OAB;
Partido Político com Representação (pelo menos 1 deputado ou 1 senador);
Representam o povo. 
Interessado Especial
Mesa das Assembleias Legislativas e a Câmara do Distrito Federal só cuidam dos interesses do Estado ou Distrito Federal;
Confederação Sindical só cuidam do interesse da entidade;
• Entidade de Classe de Âmbito Nacional só cuidam do interesse da classe. 
Cabe Cautelar ou Liminar (Previsão no Art. 102, I “p”, regulamentada pelos Arts. 10 a 12 da Lei 9.868/99) Antes da sentença o juiz pode antecipar efeitos, desde que estejam presentes dois requisitos: Fumaça do Bom Direito (muito provavelmente o requerente possui o direito) e Periculum in mora (perigo de demora). Ex. Quando foi criado o IPMF, e o imposto passou a ser cobrado no mesmo ano em que foi criado, ele estava fora da previsão orçamentaria dos cidadãos, e se por ventura provavelmente o cidadão demonstrasse a possiblidade se tornar insolvente, ou seja, havendo perigo de demora e muito provavelmente o cidadão tinha o direito que o imposto não fosse cobrado naquele ano em questão, o supremo manda não pagar, como medida cautelar, antecipando a decisão. Os pedidos de cautelar ou liminar, também são sempre os legitimados que tem requerer. Exceção apenas do recesso, a cautelar só pode ser concedida por maioria absoluta dos membros, pois toda decisão feita para o controle de constitucionalidade por força do Art. 97 CF é realizada por maioria absoluta.
Características da ADIn (O processo da ADIn):
• Inexiste Lide, pois a discussão é objetiva, discute-se a tese, se a lei esta de acordo com a constituição ou não. Não há, portanto, pretensão resistida. 
• Os Legitimados não dispõem do direito, ou seja, eles não são os donos da ação. A ação não é tecnicamente contra eles, e se não é contra eles, eles não tem o poder a disposição. Ex: As pessoas do Art. 103 CF não são donas do direito, só receberam a função da constituição pra entrar com ação.
• Não cabe intervenção assistencial de terceiros. No controle difuso a decisão é sempre inter-partes, para a pessoa ser beneficiada ela pode entrar com ação ou “pegar uma carona” na ação de outra pessoa, ou seja, ser um interveniente. 
• Não cabe desistência > Quem entrou com a ação, como não pleiteia direito próprio, não pode desistir da ação, mesmo que o sujeito legitimado que entrou tenha deixado o cargo que possuía e o outro que o substitua não queira prosseguir com a ação. A ação é de interesse público, para saber se a norma encontra o fundamento de validade na constituição ou se não encontra.• Descabe ação rescisória > A decisão é imutável. Julgado a ADIN e a norma for considerada inconstitucional, ela será inconstitucional pra sempre. A ação rescisória ataca a coisa julgada, ou seja, busca mudar a coisa julgada.
• STF não pode ampliar o objeto da ação
A ADIN é julgada pela Maioria Absoluta: Art. 97 CF 
O STF durante a discussão em tese, ainda consulta a opinião:
a) Do MPF (Ministério Público Federal) Mais precisamente do Procurador Geral da República (Chefe do MPF) 
b) Do AGU (Advogado Geral da União) O Advogado Geral da União, é responsável por fazer o contraditório, cabe a ele defender o ato impugnado. Em prazo de três dias, ele tem que fazer a defesa da norma. 
c) Dos Amicus Cure: Literalmente indica os amigos da corte, que são especialistas. Permitido pela Lei 9.868/99, art. 7°, 2°. 
Sentença
	A decisão em regra é ex-tunc (desde então, com efeito retroativo), mas o STF pode declarar o efeito ex-nunc (de agora em diante, a partir do presente momento) ou então a partir de determinado período, sendo isso possível para garantirmos a segurança jurídica. 
Julgamento
Avaliação da inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo é a fixação do parâmetro de controle, ou seja, a identificação do dispositivo constitucional que servirá de elemento de comparação ou contraste para o exame da constitucionalidade do ato impugnado.
Decisão “Erga Omnes” 
Sem Redução do Texto 
Interpretação Conforme
Constitucionalidade em Transito para Inconstitucionalidade
Existindo o ministério público em todas as comarcas, por ele ter a competência em defender o interesse difuso, é constitucional a ação até a implantação da defensoria no município em questão. E que por ora a lei orgânica do ministério público do Estado de São Paulo, que permite a entrada desse tipo de ação, por ora é constitucional. 
ADIN INTERVENTIVA
É uma ação diferente, que possui duas finalidades: Uma Jurídica e uma Política.
Campo Material: Lei ou Ato Normativo Estadual que viole os princípios sensíveis. 
Finalidade Jurídica – que é de suspender o ato normativo, afastando a lei inconstitucional violadora de princípios sensíveis. 
Finalidade Política – de afastar a autoridade eleita, no caso o governador. 
Há um único legitimado, que é o Procurador Geral da República, e por ser este nomeado pelo presidente da república, já pressupomos que o PGR só entra com ADIN INTERVENTIVA por pedido do presidente. 
O campo material, ou seja, o que pode ser controlado está definido no Art. 34 VII CF, que são os princípios ditos sensíveis. Para entendermos os princípios sensíveis, precisamos associar com algo que ao ser tocado há ação imediata, tendo relação com intervenção federal. 
	A ADIn Interventiva, necessariamente busca a lei primeiramente (finalidade jurídica). Se retirando a lei for suficiente, ela terminar ai. Só partindo para a segunda fase (finalidade política), retirando do poder o governador do estado, nos casos em que a primeira fase não deu resultado. 
OS TIPOS DE INTERVENÇÃO FEDERAL
Há dois tipos de intervenção:
• Espontânea: Quando o chefe do executivo age de ofício; ou
• Provocada: Quando o chefe do Executivo toma a medida por instância de outro órgão. Este é o tipo de intervenção que ocorre por intermédio da ADIN Interventiva.
NASCIMENTO DA AÇÃO
A Constituição de 1988, vigente atualmente, manteve a intervenção por ofício (espontânea) e normatizou a ADIn Interventiva, que se constitui na intervenção provocada. 
AUTONOMIA DOS ENTES FEDERADOS
	A Constituição estabelece que a organização político-administrativa compreenda todos os entes federados, ou seja, União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios, sendo todos autônomos Como regra, portanto, temos a autonomia dos entes federativos, todos possuem competência para legislar sobre suas normas, escolher seus representantes do executivo e legislativo, que decidirão por sua agenda política. Por isso é que temos o princípio da não intervenção, a vontade parcial precisa ser respeitada. 
PROCEDIMENTO DE JULGAMENTO
	 A violação dos princípios sensíveis da Constituição da República (Art. 34, VII) pode causar a ação direta interventiva. 
	Procurador Geral da República deve ajuizá-la e o Supremo Tribunal Federal processá-la e julgá-la (Art. 36, VI).
	Esta ação possui contraditório, como a ADIn Genérica. 	
PRINCÍPIOS SENSIVEIS ART. 34, VII CF
	Avaliação do campo material, da ADIn Interventiva:
Forma Republicana, Sistema Representativo e Regime Democrático
Direitos Humanos 
Autonomia Municipal 
Prestação de contas da administração pública direta e indireta
Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferência, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. 
	A ADIn juridicamente vem retirar a lei que viole um desses princípios (Finalidade Jurídica). Se retirando a Lei for o suficiente, o processo para nesta fase. No entanto, se a simples retirada da Lei do ordenamento não for o suficiente, ela passa para a segunda finalidade (política), e vai retirar o Governador Eleito do Cargo. 
ADECON – Ação Declaratória de Constitucionalidade
• Lei ou Ato Normativo Federal. 
Autores Legitimados
• São os mesmos legitimados da ADIN que, aliás, também são os mesmos da ADPF. 
• Seguindo os mesmos princípios, onde alguns precisam demonstrar a Pertinência Temática, no caso dos Interessados Especiais ao passo que os Neutros Universais, podem tudo.
Campo Material ou Extensão do Controle (o que diferencia a ADIN da ADECON é o campo material)
• APENAS Leis ou atos normativos federais;
Pode-se entrar com ADECON contra o decreto legislativo de um tratado, desde que haja controvérsia relevante a respeito do tratado. 
Julgamento
• Não há citação do Advogado Geral da União É a única ação no ordenamento brasileiro que não tem contraditório.
O processo da ADECON
Semelhante ao da ADIN, com a diferença de não ter o Advogado Geral da União.
Inexiste lide;
Legitimados não tem poder de disposição, ou seja, abrir mão do recurso;
Não existe desistência;
Não é possível a intervenção assistencial de terceiro, mas Lei 9.868/99, art. 7°, 2°, permite “amicus cure”;
Descabe ação rescisória;
Judiciário não pode ampliar o objeto da ação, mas não está adstrito à sua fundamentação;
Procurador Geral fala, a exceção se for autor;
Não ocorre defesa do ato impugnado pelo Advogado Geral da União. 
Sentença: efeitos peculiares (Isso é importante)
Quando julgado definitivamente o mérito (procedência ou improcedência), a decisão tem efeito “erga omnes” e vinculante para os Poderes Judiciário e Executivo (Art. 102, § 2° CF).
Em caso de desobediência do Judiciário, cabe Reclamação.
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)
	O termo Arguição significa questionamento. Neste caso não estamos dentro de uma inconstitucionalidade qualquer, mas em um descumprimento de preceito fundamental. Preceitos que fundaram o Estado, preceitos mais importantes. Por isso para muitos doutrinadores, esta ação não tem a ver comente com a Supremacia da Constituição, mas sim com a Primazia da Constituição, ou seja, aquilo que Ela possui de mais importante. 
Em resumo, ela tem a ver com a Supremacia da Constituição, mas dentro desta, os preceitos mais importantes.
	LEI 9.882/99 REGULAMENTOU A ARGUIÇÃO
Os autores, segundo essa legislação de dezembro de 1999, são os mesmos da ADIn e da ADECON divididos pelo STF em dois tipos: neutros-universais e interessados especiais.
	CONSTITUIÇÃO: UMA HIPÓTESE
	A Constituição previa a Arguição nos termos de uma lei, mas a lei veio e criou dois tipos de ação, uma Direta e outra Incidental. Embora a constituição estabelecesse uma, a lei trouxe duas, e ambas foram aceitas. 
	PRIMEIRO TIPO DE ADPF
	• Evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do poder publico. A novidade é que esta ação veio pegar tudo o que não era controlado, todos os atos do poder público, os atos normativos e inclusive não normativos. 
Ex.No caso do Presidente decidir emprestar dinheiro para um determinado governo estando faltando verba para algo interno Este é um exemplo de Ato de Efeito Concreto, que não eram alcançados antes, mas pela ADPF, é possível mais do que reparar, é possível impedir / evitar o ato. 
	Esta ação não é para apenas reparar, mas também para evitar. 
	Há também o Ato Regulamentador toda lei precisa ser regulamentada, precisa ter uma estrutura, como no caso da criação e um imposto, há que regulamentar qual a guia de pagamento, quantas vias, pra onde vai, quem vai cobrar, a norma que estabelece isso são Normas Regulamentadoras que até então também não podiam ser controlados, e com o advento da ADPF podem. 
	Os atos não normativos, portanto, são os Atos Regulamentadores e os Atos de Efeito Concreto, que antes não podiam ser controlados, e agora podem desde que violem preceitos fundamentais. 
	SEGUNDO TIPO DE ADPF
	Paragrafo Único. Caberá também arguição de descumprimento de preceito fundamental:
	I – quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição.
	Uma novidade são as leis municipais que não tinha controle.
Resumindo: O campo material da ADPF, ou seja, aquilo que pode ser controlado, trouxe como novidades o controle de Atos Não Normativos, Leis Municipais e as Normas Anteriores a Constituição Vigente. 
	A AÇÃO DIRETA
	Finalidade: “evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público”. A ação direta sempre inicia no STF.
	Evitar diz respeito a uma precaução, uma ação preventiva.
	INCIDENTAL
	Tem como pano de fundo uma controvérsia constitucional relevante iniciada em um processo judicial qualquer. 
 	Há uma verdadeira cisão entre a questão constitucional e as demais suscitadas pelas partes, subindo aquela diretamente à apreciação da Corte Constitucional. 
	No caso da Ação Incidental, portanto, ocorre uma transposição do controle difuso para o controle concentrado. Claro que essa transposição é provocada, chegando ao pondo de dizer que é uma avocatória, ou seja, que o Supremo avoca para si o processo. 
TIPOS DE INCONSTITUCIONALIDADE
	Esta ação é muito eclética, pois pega tudo, incluindo aquelas novidades (Lei Municipal, Ato Não Normativo do Poder Público e Leis Anteriores a CF-88). Mas é importante desde já salientarmos que esta ação tem um caráter subsidiário ou residual.
	STF O QUE É RELEVANTE?
	Nem a lei nem a Constituição dizem o que é relevante. Sendo assim, o Supremo é quem decide o que é e o que não é relevante.
	Então com a ADPF, é possível controlar praticamente tudo, desde que seja relevante o fundamento da controvérsia constitucional na visão do STF. 
	PRECEITO FUNDAMENTAL
	O vocábulo “fundamental” da ideia de base, alicerce ou, em suma, fundamento. Há de indagar, então quais os fundamentos da Constituição. 
	MATERIALMENTE CONSTITUCIONAIS
	Estas são as questões mais importantes, aqui estamos diante da fundamentabilidade. Este é o campo material da ADPF. 
	Assim sendo, pode-se controlar qualquer coisa, desde que viole preceito fundamental, como os que se seguem:
As que identificam a forma e a estrutura do Estado (federalismo, princípio republicano);
Sistema de Governo;
A divisão e funcionamento dos poderes;
Os princípios fundamentais;
A ordem econômica; e
A ordem social.
Portanto temos como preceito fundamental, somente as coisas mais importantes, princípios, direitos e garantias, ordem econômica, ordem social, etc. 
SUBSIDIARIEDADE
Caráter subsidiário ou residual da ADPF. 
A ação possui um caráter subsidiário, ou seja, a utilização dessa via de controle concentrado tratara apenas de matérias residuais, de situações em que não exista outra maneira ou meio eficaz de evitar a lesividade (Art. 4° § 1° da Lei 9882/90). Sendo assim, para Leis Estaduais do Distrito Federal e Federais, a ADPF só poderá ser utilizada subsidiariamente, ou seja, se não couber ADIn ou ADECON.
Lembrando que o Campo Material da Ação Sumária, é Ato do Poder Público e da Ação Incidental é Lei ou Ato Normativo, Federal, Estadual ou Municipal incluindo os anteriores a CF de 88.
Tanto o Ato Não Normativo, a Lei Municipal, como a Lei Anterior a CF-88, precisam apenas descumprir preceito fundamental (regime, república, princípios, direitos e garantias), não havendo para estas, caráter residual pois não há outra ação que as atinjam. 
PROCESSO E JULGAMENTO
Há necessário ter reserva de plenário, ou seja, maioria de votos. Para que haja segurança jurídica, de que a decisão não ira mudar.
EFEITOS DA DECISÃO
A arguição tem em regra efeitos ex-tunc (para trás), mas o Supremo pode dar o efeito que ele quiser. Pode valer para daqui 2 meses, próximo semestre, a partir de agora, enfim o que ele quiser, desde que a decisão seja por pelo menos 2/3 dos ministros. Mas a regra geral é de efeito ex-tunc. A decisão é sempre “erga omnes”. Além do efeito vinculante já citado.
PETIÇÃO INICIAL: LEI 9882/99
O que deve conter na petição inicial. A Lei 9882/99, estabelece o que deve conter a petição inicial. O legitimado defino no Art. 103 CF que vai ingressar com a ação precisa demonstrar o que se segue:
I – A indicação do preceito fundamental que se considera violado;
II – A indicação do ato questionado;
III – A prova da violação do preceito fundamental;
IV – O pedido com suas especificações; e
V – Se for o caso, a comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se considera violado. * Claro que o Supremo é quem decide se é relevante, mas o legitimado tem que demonstrar que há relevância. 
LIMINAR
Cabe por decisão da maioria absoluta dos membros do STF.
Pode determinar que juízes e tribunais suspendam o andamento do processo e os efeitos das decisões judiciais ou de qualquer outra medida. 
A liminar traz um problema de um fenômeno que não existe no ordenamento brasileiro, que é a Repristinação, pois o Supremo pode dar uma Liminar dizendo para parar de utilizar a lei, e depois no julgamento pode perceber que a lei é boa, e então decide sobre a constitucionalidade, voltando a ser aplicável. Tecnicamente é um efeito Repristinatório. 
PEDIDO DE INFORMAÇÕES
Apreciado o pedido de Liminar, o relator solicitará informações aos responsáveis pela elaboração do ato, podendo determinar a requisição de informações adicionais, a designação de perícia ou de audiência pública para oitiva de especialistas (Amicus cure).
HIPOTESES DE CABIMENTO
Cabível de acordo com a lei, seja na modalidade de ação autônoma (Sumária), seja por equivalência ou equiparação. 
Uma coisa interessante então é o evitar lesão a preceito fundamental, resultante de ato o Poder público isso é totalmente novo no ordenamento, pois a função de reparar já existia. A norma entra, nós tentamos tirar. Agora no caso da ADPF é quase um controle preventivo, sendo possível evitar. 
PREVENTIVO / REPRESSIVO
Há um nítido caráter preventivo descrito na ADPF Direta, caracterizando a situação a tentativa de evitar.
JULGAMENTO DA ADPF
STF deve proceder ao julgamento da arguição, fixando as condições e o modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental. A decisão terá efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Público.
NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA
	Para estudarmos o controle da omissão, é necessário conhecermos as normas de eficácia limitada, onde parte delas, ainda não reguladas, representam as omissões constitucionais. 
Também são chamadas não auto executáveis, ou normas não bastante em si, pois elas sempre trazem a necessidade de lei complementar ou ordinária que disciplina determinada coisa, ou dispõe sobre tal assunto. 
A norma de eficácia limitada, sempre fará referencia a norma infraconstitucional. AS normas de eficácia limitada é uma característica das Constituições Diligentes, como a nossa. A característica das constituições diligentes é que ela traz uma política de dizer o que deve ser feito na norma infraconstitucional,sendo esta a característica das normas de eficácia limitada. 
Segue abaixo uma relação dos dispositivos, ainda não regulados:
	DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS (Arts. 5 – 17)	
	No nosso “bill of rights”, há 17 dispositivos importantes sem regulamentação.
Temos vários dispositivos na Constituição que não possuem regulamentação, e isso é inconstitucionalidade por omissão. Pois a partir do momento que se passa 25 anos e o legislador não fez, alguma coisa esta errada. E para piorar é que 68 destes dispositivos não possuem se quer projeto de lei. Temos que decidir, se a Constituição vale ou não.
	ORGANIZAÇÃO DO ESTADO (Arts. 18 – 43)
	Há vários dispositivos no que tange a organização do Estado, que também não foram regulamentados. Ao todo são 26 dispositivos.
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES (Arts. 44 – 135)
	São 16 dispositivos que ainda repousam em berço esplendido estando sem nenhum tipo de regulamentação, no que tange a organização dos poderes.
	Temos que ler a norma de eficácia limitada para entendê-la. Pois ela não se basta em si, a Constituição diz regulamente isso e a norma fica dependente desta regulamentação, ficando amingua a legislação infraconstitucional, ao passo que se a legislação infraconstitucional não regulamentar ela não possui eficácia. 
DEFESA DO ESTADO E INSTITUIÇÕES (Arts. 136 – 144)
	Há 7 dispositivos, sem regulamentação ainda.
Vemos portanto, que temos na Constituição muitos dispositivos que necessariamente precisam ser regulamentados mas não o são. 
	DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO (Arts. 145 – 169)
	Há 16 dispositivos sem regulamentação.
	ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS
	O ADCT era para perdurar transitoriamente, e já se passaram 25 anos, sem que o legislativo fizesse as regulamentações de algo que era para durar apenas de 2 a 5 anos. Havendo ainda 11 dispositivos para serem regulamentados. 
	ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA (Arts. 170 – 192)
	12 dispositivos sem regulamentação.
DA ORDEM SOCIAL (Arts. 193 – 232)
29 dispositivos sem regulamentação.
	DAS DISPOSIÇÕES COSNTITUCIONAIS GERAIS (Arts. 233 – 250)
	3 dispositivos sem regulamentação.
Art. 245, caput; Art. 249, caput; Art. 250, caput
EMENDAS CONSTITUCIONAIS
	Ocorreram Emendas Constitucionais que trouxeram novas normas que não foram regulamentadas. Uma inclusive criada em 1998, e até hoje sem regulamentação. 
	Regulamentar as normas de eficácia limitada é um dever previsível para o Estado, sendo responsabilidade do Executivo e do Legislativo. 
O poder principal responsável pela omissão é o Legislativo, portanto, se ele deixa de fazer aquilo que a Constituição prevê para fazer o que Ele bem entender, Ele incorre em inconstitucionalidade por omissão. 
JUIZO DE AMPARO 
Nós vamos estudar que para este tipo de inconstitucionalidade por omissão, ou seja, para ausência da norma, teremos dois instrumentos importantes a ADINO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão) e vamos ter o Mandado de Injunção, ambos tendo origem em uma criação mexicana chamada Juízo de Amparo.
O Juízo de Amparo foi o primeiro instrumento de controle de constitucionalidade por omissão, tendo nascido no México durante a Revolução Mexicana.
MANDADO DE INJUNÇÃO
Art. 5°, LXXI – Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
A falta da norma regulamentadora é a omissão. O mandato de injunção é o controle difuso da omissão. Teremos a ADINO que é o controle concentrado da omissão.
O mandado de injunção guarda a finalidade de suprir a omissão do legislador infraconstitucional na edição dessas normas pela via de exceção ( ou de defesa).
	CONSTITUIÇÃO DIRIGENTE
	As Constituições Dirigentes abarcam normas de eficácia limitada, que são normas cuja eficácia delas é fraca. São denominadas, por Pontes de Miranda como normas não bastante em si. E a partir do momento que estas normas não são regulamentadas é que há a omissão. 
	São normas FFF – Fraca Fica Forte Normas de eficácia fraca que querem ficar forte.
	As normas de eficácia limitadas podem ser de princípio programático ou de princípio institutivo. Quando nos referimos à eficácia, nos referimos à eficácia jurídica e não social. A eficácia social é a efetividade, e diz respeito se a norma é cumprida ou não.
	Existem omissões inclusive quanto a Direitos e Garantias Fundamentais, o que é um absurdo, visto que a própria constituição no Art. 5° § 2° determina que estas normas possuam eficácia imediata e, portanto, deveriam possuir total prioridade do congresso para receberam a regulamentação.
CONTROLE DA OMISSÃO
	Vejamos a distinção entre normas de eficácia limitada de principio programático e institutivo.
	Esta é uma norma de eficácia limitada de principio institutivo. A norma com este princípio vai sempre criar um órgão ou conselho. 
	Já a norma de principio programático, é a que aparece entre seus elementos designações como: nos termos da lei, segundo dispuser a lei, lei definirá, etc., e não cria um órgão ou conselho. 
	CONTROLE DA AUSÊNCIA
	O texto da CF-88 criou uma nova forma de inconstitucionalidade, conhecida por omissão, ou seja, das normas de eficácia limitada de princípio programático ou institutivo. É um dever previsível dos poderes e das autoridades de disciplinar determinadas matérias, a omissão pode ser de qualquer dos poderes. 
	O texto constitucional, já sabendo que havia muitas normas não bastante em si, criou dois mecanismos de controle da omissão.
A CONDUTA NEGATIVA
Art. 102, § 1 A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.
Sempre que nos depararmos com a expressão: na forma da lei, estamos diante de uma norma de eficácia limitada com principio programático. Esta é uma norma, que enquanto o legislador infraconstitucional não regula o que o constituinte ordenou não há como ninguém entrar com uma ADPF.
AUSÊNCIA
	Há por força da “Lei Maior” um dever previsível de complementar as normas de eficácia limitada.
	Constituição Dirigente e Poder Vinculante O princípio é da Supremacia da Constituição, e ela vincula seus intérpretes, ou seja, obriga que o legislativo faça leis, e a partir do momento que o legislativo fica inerte, o não fazer representa contrariar a Constituição, o não fazer se configura em uma inconstitucionalidade. 
	DOIS INSTRUMENTOS
Controle Concentrado, realizado direto no STF, chamado ADIn Omissiva ou ADINO; 
Controle Difuso, que visa resolver casos concretos, realizado através de Mandado de Injunção – Art. 5° LXXI CF.
	CONTROLE CONCENTRADO
	Na ADIn Omissiva, os legitimados são os mesmos das outras ações (Art. 103 CF) e os procedimentos também.
	Não existe prazo para propositura da ação, havendo necessidade, porém, de aferir-se caso a caso a existência do transcurso de tempo. 
 
	PARTICIPAÇÃO DO AGU E DO PGR
	A oitiva do Advogado Geral da União, não é obrigatória, pois não há ato impugnado. A única ação que não possui contraditório é a ADECON, as demais todas possuem, no entanto esta o AGU é convidado para participar, mas ele participa se quiser, pois se temos uma previsão na constituição para se regulamentar uma lei a 25 e o legislativo até agora não fez nada, não haveria como explicar. Agora se a ação decorre de uma regulamentação dada por uma nova emenda, neste caso talvez ele possa argumentar a falta de tempo para o legislativo pedindo maior prazo para a regulamentação da mesma, argumento este que seria inconcebível para uma norma que aguarda 25 anos para regulamentação.
	O Procurador Geral da República, deverá se manifestar antes da análise do plenário. 	
	JULGAMENTO DO MÉRITO
Art. 103 § 2° CF Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trintadias.
Assim sendo se o julgamento da ADInO for contra um órgão do poder, como o Congresso Nacional, Câmara dos Deputados ou Senado Federa, o STF dá ciência para que o determinado órgão tome providencias, neste caso não há uma hierarquia, é um poder pedindo para o outro que normatize algo, não há como o Supremo obrigar o legislativo a legislar, mas ele pode dar ciência de que tal poder esta em mora. 
Agora no caso de ADInO contra autoridade administrativa, como a Caixa Econômica Federal, FUNAI ou Petrobras, será determinado que tal autoridade tome providências num prazo de 30 dias, pois neste caso há uma hierarquia, e o Supremo olha de cima para baixo, ordenando que se faça, o Supremo é o poder e a autoridade em questão tem que tomar providencias. 
	OBJETIVO PRETENDIDO
	O objetivo é dar eficácia jurídica a norma de eficácia limitada. 
	Temos 3 tipos de normas: as de eficácia plena; as de eficácia limitada; e as de eficácia contida (Ex. Todos podem exercer uma profissão, ai vem a lei e diz pra ser advogado tem que passar na OAB, sendo a primeira uma norma contida).
	QUESTÃO DA LIMINAR
	Como temos ausência da norma, parte da doutrina diz que não há como haver liminar. Mas o Supremo tem entendido que na ADInO é possível suspender os processos em curso, através de liminar.	No caso da omissão total, a liminar tem o efeito de suspender os processos em curso, ao passo que se a omissão for parcial, a liminar pode ser tanto para suspender a lei ou suspender os processos em curso. 
	VIA DE DEFESA OU EXCEÇÃO
	É o Controle Difuso, da omissão legislativa.
Art. 5° LXXI CF – Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
	O único instrumento do controle da omissão por via de defesa ou exceção, ou seja, no caso concreto é o mandado de injunção. 
	Então temos a ADInO para qualquer norma de eficácia limitada no controle concentrado, e temos o instrumento de defesa que é o mandando de injunção, no controle difuso. 
	O mandado de injunção é um desdobramento do juízo de amparo, que surgiu no México durante a revolução.
	CAMPO MATERIAL
	O que é atingido pelo Mandado de Injunção é tudo que inviabilize o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e a cidadania, não se trata, portanto, de qualquer omissão, mas apenas as que reflitam sobre os direitos citados. 
INTERESSADO É O AUTOR
	O Mandado de Injunção é Impetrado pelo interessado, ou seja, aquele que sofre com a omissão.
	O STF tem admitido, por analogia e economia processual, o mandado de injunção coletivo quando impetrado por sindicato ou associações. Pois imaginem um sindicato que representa 40 pessoas, ter que entrar com 40 ações para ter o direito garantido, seria desperdício de tempo e dinheiro. 
	O dispositivo é auto-aplicável e deve seguir, no que couber, o rito do mandado de segurança (por analogia).
FORO DETERMINADO PELA CF
	Quando a omissão for das mais altas autoridades, como o Presidente, o Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal e o Tribunal de Contas, o foro competente é o STF. 
Quando a omissão for de órgão, entidade ou autoridade federal, como a Anatel por exemplo, a competência é do STJ.
	RESULTADOS DO JULGAMENTO
O STF apenas comunica a ciência da mora ao Congresso Nacional;
O STF concede prazo ao Congresso e determina que, decorrido este sem providência, o direito será colhido pelos interessados;
Diante da omissão legislativa, o STF fixa prazo e, desatendido este, autoriza o pleito indenizatório contra a União, ressalvando posição mais benéfica de legislação posterior.
CONTROLE REPRESSIVO
	Nós já vimos que como regra o controle repressivo, ocorre no poder judiciário.. 
	O controle repressivo é um controle de uma norma que já tem eficácia jurídica no ordenamento, e veremos a seguir um controle repressivo realizado pelo poder Legislativo, sendo esta uma exceção, visto que normalmente o controle realizado pelo Legislativo é o preventivo, ou seja, de projeto de Lei.
	A primeira questão que precisamos saber é que este controle repressivo feito pelo poder Legislativo, só incide em duas espécies normativas primárias (são os tipos de lei que estão no Art. 59 CF), sendo somente sobre a Medida Provisória e a Lei Delegada.
 
	PROCESSO DE CONVERSÃO
	Presidente poderá editar Medidas Provisórias se a matéria for relevante e urgente pelo prazo de 60 dias prorrogáveis por igual período.
	Tem força de lei e após a sua edição o Presidente deve comunicar imediatamente o Congresso para que no prazo de 45 dias o mesmo órgão decida pela conversão ou pela rejeição.
	Art. 62 CF é quem traz a espécie normativa chamada de Medida Provisória. 
	Algumas questões são importantes: 
A medida provisória não era pra ser utilizada no dia a dia, ou seja, sendo criada para casos de relevância e urgência. 
O próprio legislador constituinte diz que ela não é Lei, mas que possui força de lei.
Assim que editada deve ser submetida ao Congresso de imediatamente.
Passado os 45 dias, se não for votado à medida provisória ela entra em regime de urgência, bloqueando a pauta da casa em que estiver tramitando, até que seja votada Art. 62. § 6° CF. É no processo de conversão da Medida Provisória em Lei que vai ocorrer o Controle de Constitucionalidade.
	RELEVÂNCIA E URGÊNCIA
	São juízos do Presidente. O Judiciário só pode intervir de forma excepcional, quando houver clara e manifesta ausência dos tais requisitos. 
 O Supremo deve utilizar a limitação e interferir controlando as Medidas Provisórias com base no Art. 62 CF, que diz que só pode ser editado MPs em caso de relevância e urgência. 
	QUESTÕES
	Uma MP que tem analise de ADIn e outra surge revogando-a. 	Neste caso, a ADIn fica suspensa, para saber se o Congresso aprovará ou rejeitará a nova MP. 	Se aprovar, a ADIn fica prejudicada: perde o objeto. Se for rejeitada a nova MP, a ADIn volta a ter curso. Perde o objeto também a ADIn, se estiver discutindo lei e esta vem a ser revogada.
	PEDIDO DA INICIAL
	Há possibilidade no curso de uma MP que está sendo analisada por ADIn, antes desta análise, que a MP venha a ser convertida em lei pelo Congresso. Se não houver o pedido de extensão, a ADIn perde o objeto.
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
	Se a Medida for rejeitada pelo Congresso por ser inconstitucional será o caso de controle repressivo que irá se materializar por um decreto legislativo.
	MP não votada em 60 dias, da sua publicação, pode ser prorrogada mais 60 dias, segundo o Art. 62, § 7° CF.
	No processo de conversão da Medida Provisória em Lei, Congresso exerce o controle jurídico e político.
A MP pode ser aceita ou ser rejeitada pelo Congresso. Uma das hipóteses de rejeição é alegar a inconstitucionalidade, e ai revoga-se a MP. 
PREVISÃO NO Art. 62 CF
	O controle jurídico deve ser feito com relação à constitucionalidade da Medida, sendo de fundamental importância à verificação da presença dos requisitos de admissibilidade (relevância e urgência).
Este controle repressivo feito pelo Congresso é feito com base justamente neste dispositivo Art. 62 § 5° CF.
	DELEGADA (CF, Art. 49, V)
	Para elaborar a Lei Delegada, o Presidente pede autorização.
	Art. 68 CF – As Leis Delegadas são elaboradas pelo Presidente, que deverá solicitar a delegação ao Congresso.
	Trata-se de ato normativo feito pelo Presidente, mediante autorização por resolução do Congresso.
	É a hipótese em que o Presidente legisla. O Congresso participa de sua elaboração, estabelecendo os limites da lei e podendo determinar a apreciação do projeto por ele Congresso Nacional.
A MP e a Lei Delegada possuem em comum que é o Presidente que elabora. Mas a diferença é que na Lei Delegada, ele precisa de autorização para fazer e a MP ele faz e manda para análise.
As Leis Delegadas possuem previsão legal, por haver assuntos em que o Presidente é a pessoa mais competentepara fazer a Lei, por isso ele solicita para fazer.
	LEGISLATIVO FAZ CONTROLE
	Congresso verificando que o regulamento viola lei possui o poder de suspender eficácia por decreto legislativo (Art. 49, V da CF).
	Legislativo pode fazer um controle repressivo da lei delegada que exorbitar os limites da delegação legislativa. 
	Congresso poderá sustar o ato normativo por meio de decreto legislativo (Art. 49, V da CF).
O Congresso diz que deu autorização para fazer isso, e o Presidente fez mais do que estava autorizado. O controle no caso da MP é realizado primeiro na Câmara dos Deputados e depois no Senado Federal, já no caso da Lei Delegada é no Congresso Nacional, as duas casas juntas. 
	ATRIBUIÇÃO DA CF-88
	Congresso controla a constitucionalidade dos atos do Presidente naquilo que exorbite o limite de seu poder regulamentar. Trata-se, pois, de um controle de inconstitucionalidade, chamada de reflexa.
	CONTROLE NO ÂMBITO ESTADUAL
	O Controle de Constitucionalidade no Âmbito Estadual da a possiblidade de Controlar as Emendas as Constituições Estaduais, as Leis Estaduais, Leis Orgânicas do Município e as Leis Municipais.
	PARÂMETROS DO CONTROLE
	A própria Constituição Federal estabeleceu no Art. 125, parágrafo 2° que as Constituições Estaduais têm competência para a instituição da Ação Direita de Inconstitucionalidade Estadual, assim sendo, cada Estado faz a disciplina jurídica da maneira que entende, sendo vedado pelo mesmo parágrafo apenas a atribuição da legitimação para agir a um único órgão, pois caso isso fosse possível, o Estado poderia dar a legitimação apenas para o Procurador Geral de Justiça (PGJ), sendo este mandado pelo Governador, apenas este decidiria sobre as ações a serem propostas ou não. 
OS PARÂMETROS ESTÃO CLAROS
A competência para a ação é do Tribunal de Justiça.
As decisões, incluindo as liminares devem ajustar-se à regra do Art. 97 da Carta Magna.
A Constituição de 1988, embora não tenha indicado os legitimados para sua propositura, foi expresso em vedar a legitimação de um único órgão. 
	O Art. 97 da CF dispõe que todas as decisões de ações de inconstitucionalidades, inclusive em liminares, tem que ocorre com coro de maioria absoluta, isso se deve ao fato, de que não pode ficar mudando, julgou tá julgado, é ou não é inconstitucional, tá dentro ou tá fora do ordenamento e pronto, por isso todas as decisões no Controle de Constitucionalidade precisam ser por maioria absoluta, a exceção é quando o Supremo já julgou.
	CONSTITUIÇÃO DO ESTADO
	O campo material foi igualmente predefinido: as normas estaduais e municipais que contrariem as constituições estaduais, inclusive emendas constitucionais. 
	Não atinge as normas que vão contra a Constituição Federal, neste caso, se ferir preceitos fundamentais há a possibilidade de entrar com ADPF.
	NORMAS DE REPETIÇÃO
	 A Constituição Estadual traz dispositivos que são replicas do que consta na Constituição Federal. 
CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE
	Art. 5° § 3° CF - Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
	Os tratados internacionais querem, portanto, ser Lei no Brasil, e exatamente por isso que depois da assinatura inicial ele passa pelo Congresso, e a partir do momento que o Presidente ratifica o tratado já previamente aprovado pelo Congresso, este passa a valer no Brasil, entrando em nível de emenda constitucional. 
	O Brasil não tem o poder de revogar o tratado internacional, mas apenas de suspender os efeitos dentro do ordenamento jurídico brasileiro.
	O tratado então aprovado, entra no nosso ordenamento, um uma hierarquia supra legal.
	MUDANÇAS NO CONTROLE
	Então a princípio o controle de constitucionalidade era realizado de acordo com a compatibilização vertical de uma Lei com a Constituição Federal. As leis necessitam de um fundamento de validade na Constituição.
	Com o advento da emenda n. 45, os tratado de direitos humanos passaram a ter equivalência a emendas constitucionais, como disposto no Art. 5° § 3° da CF.
	A Convenção das Pessoas com Deficiência e seus protocolos, foi o único tratado de Direitos Humanos que foi aprovado no Brasil com este coro determinado no § 3° do Art. 5° da CF	Eis que a partir do momento que os TDH, passam a integrar o ordenamento brasileiro, passamos a ter a necessidade de uma dupla checagem vertical, visto que as Leis infraconstitucionais terão que estar de acordo com a Constituição e também de acordo com os TDH que integram o ordenamento. 
	Sendo assim, antes de checarmos na Constituição, abaixo dela há um novo parâmetro de checagem, que é o Controle de Convencionalidade. 
	 SIGNIFICADO DA EQUIVALÊNCIA
	Dar aos Tratados de Direitos Humanos, a equivalência a emendas constitucionais, trazem algumas consequências:
1°) Reformam a Constituição, sendo, dessa forma, também formalmente constitucionais;
2°) Não poderão ser denunciados, nem mesmo pelo Congresso Nacional;
3°) Servirão de paradigma do “controle concentrado”, por quaisquer dos legitimados no Art. 103 da Constituição, a fim de invalidar “erga omnes” as normas infraconstitucionais com eles incompatíveis. 
OS DISPOSITIVOS NOS TRATADOS
O controle de convencionalidade, no que tange a prisão do depositário infiel, teve como base os seguintes dispositivos:
O pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (Art. 11): “Ninguém poderá ser preso apenas por não poder cumprir com uma obrigação contratual”.
Pacto de San José da Costa Rica (Arc. 7°, 7): “Ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente, expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar”. 
CONTROLE DIFUSO
	HC 87.585-TO e RE 466.343-SP Controle difuso a decisão é inter partes. Então um sujeito preso no Tocantins já entrou com HC, pois se o supremo decidisse pela inconstitucionalidade, o mesmo já seria liberado.
O controle difuso da constitucionalidade, que vale para a convencionalidade, é sempre inter partes, só tendo benefícios as pessoas que via de defesa ou exceção buscaram seus direitos, por isso que houve vários pedidos de HCs aliado a decisão do STF.
Ou seja, depois dessa apreciação jurídica, ele decidiu que todos os tratados de direitos humanos estariam no mesmo patamar.
Ou seja, foi na analise de tal dispositivo que o STF decidiu que todos os tratados de direitos humanos assinados até emenda 45, e que tenham entrado no ordenamento jurídico com duas votações simples, sendo uma em cada casa, teriam equivalência a emendas constitucionais, hierarquizadas como normas supra legais, e a partir de então, somente os aprovados em quatro votações de 3/5, sendo duas em cada casa legislativa, é que teriam validade no país, sendo que os aprovados, sejam anteriores a emenda ou posteriores, passam a ser cláusula pétrea.
SISTEMA INTERAMERICANO DE DIREITOS HUMANOS: E OS DIREITOS HUMANOS
 SISTEMA INTERAMERICANO NO DIREITO INTERNACIONAL
É um sistema regional de proteção aos direitos humanos. 
CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE
	Em duas decisões do STF, ele estabeleceu que os TDH são supra legais, o que significa, que é abaixo da Constituição Federal, mas acima das Espécies Normativas do Art. 59. CF. Assim sendo, o Brasil demonstra o valor dos Tratados de Direitos Humanos, e é obrigado a adequar os direitos protegidos na Convenção Americana, adequando suas espécies legislativas internas. 
	Assim temos todos os TDH em caráter supralegal, e todas as Leis abaixo dos tratados, precisam passar por uma Dupla Checagem Vertical. Uma lei ordinária, por exemplo, vai ter que encontrar seu fundamento de validade na Constituição, mas antes precisa encontrar seu fundamento nos Tratados de Direitos Humanos. 
	A Dupla Checagem Vertical, não exclui o Controle de Constitucionalidade, mas acrescenta o Controle de Convencionalidade.
	TDH é o gênero, como a maioria dos tratados de Direitos Humanos são Convenções,a doutrina optou por chamar de Controle de Convencionalidade. 
	O Controle de Convencionalidade propriamente dito acontecerá no âmbito da OEA, visto que a ONU não possui um tribunal que cuida de todas as violações de Direitos Humanos, tendo apenas o TPI que cuida apenas de algumas das violações mais graves dos Direitos Humanos. 
Somente os Tratados de Direitos Humanos da OEA, que possuem um controle de convencionalidade..
	PARAMETROS
Formais: forma, como por exemplo, aprovar atualmente TDH com duas votações de maioria simples, se caracteriza um vício de forma. 
Materiais: Busca reconhecer violações aos Tratados de Direitos Humanos (Convenções) Controle de Convencionalidade. 
	Esse Controle de Convencionalidade ocorre de duas formas:
Controle de Convencionalidade Interno Realizado no Brasil Todos os tipos de controle existentes:
• Controle Preventivo teremos:
Veto Jurídico.
Parecer CCJ (Câmara e Senado)
Direito Função (deputados e senadores);
Instrumento Jurídico: Mandado de Segurança
Igualmente o que ocorre no controle de constitucionalidade, o controle preventivo também não funciona para a convencionalidade, pois mesmo com pareceres contrários a convencionalidade das CCJs, e veto jurídico alegando o mesmo, mesmo assim o Congresso pode derrubar o veto e sancionar a espécie normativa em questão. 
• Controle Repressivo teremos:
- Controle Repressivo Difuso 
• Realizado por qualquer juiz ou tribunal O Efeito e Inter Partes
• Pode chegar até o STF através do Recurso Extraordinário. 
Controle Repressivo Concentrado 
• É realizado diretamente no STF;
• O Controle de Convencionalidade Concentrado, só admite três ações: ADIn, ADECON e ADPF, ficando de fora a ADIn interventiva e a ADINO, isto devido seus campos materiais serem incompatíveis com o controle de convencionalidade. A ADIn interventiva, possui como campo material os princípios sensíveis, ao passo que na ADINO o campo material a ausência da norma, a omissão do legislativo, não havendo possibilidade da ausência de uma norma violar uma Convenção.
ADIn – CF, art. 102, I, a : Lei ou ato normativo federal ou estadual que viole os Direitos Humanos (as convenções)
ADECON – CF, art. 102, I, a : Lei ou ato normativo federal sobre o qual há uma relevante controvérsia jurisprudencial que viole os Direitos Humanos (as convenções)
ADPF – CF, art. 102, § 1° : Descumprimento de preceito fundamental, atinente aos Tratados de Direitos Humanos (as convenções).
2 Tipos:
Sumária ou Direta: evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do poder publico, que lese os Direitos Humanos (as convenções)
Incidental: controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição, cujo parâmetro de checagem são os pactos assinados pelo Brasil. 
Controle Repressivo Legislativo
Medida Provisória: Precisa ser votada em 120 dias (Art. 62, § 7° CF), assim sendo, no processo de conversão da medida provisória em lei, o congresso exerce o controle jurídico e político. 
Leis Delegadas : São elaboradas pelo Presidente, que deverá solicitar a delegação.
As Leis Delegadas são obras de ficção cientifica, visto que as MP são editadas sem previa autorização e entram em vigor imediatamente, não há razão para o Presidente utilizar a Lei Delegada, que ele precisa esperar em média dois anos para que ela seja discutida no legislativo. 
Controle de Convencionalidade Internacional
É realizado na Corte de San José da Costa Rica
Controle Contencioso: É o controle do caso concreto. Ex. Caso Guerrilha do Araguaia.
Opinião Consultiva: É o controle abstrato.
No controle de convencionalidade o parâmetro deixa de ser a Constituição e passa a ser os Tratados de Direitos Humanos. 
Nós já vimos estas normas sendo checadas tendo como modelo a Supremacia da Constituição, e agora temos todas as normas passando a ter um novo dispositivo a ser checado, como o Pacto de San José da Costa Rica. 
Sendo assim, o parâmetro de validade para o Controle de Convencionalidade são todos os Tratados de Direitos Humanos da OEA. Nada impede que haja um controle de convencionalidade dos Tratados no Âmbito da ONU. 
O CONTROLE NO ÂMBITO DA OEA 
A Comissão é um órgão não jurisdicional, que vai fazer um juízo de admissibilidade, ao passo que a Corte que é um órgão jurisdicional tendo competência consultiva ou contenciosa (de julgar). 
	 O que a Corte fez, nada mais foi do que um Controle Internacional de Convencionalidade, porque o Pacto de San José da Costa Rica proíbe a Auto Anistia. Invalidando uma lei. 
Principio da Subsidiaridade ou Esgotamento dos Recursos Internos Se esgotar os recursos internos e não for julgado adequadamente é que se faz necessário o Controle Internacional de Convencionalidade. 
FUNCIONAMENTO DA CORTE E COMISSÃO
Princípios do Sistema Internacional de Direitos Humanos -SIDH (Comissão e Corte)
1°) Princípio da Relativização da Soberania: O próprio Estado, pra prestigiar os Direitos Humanos participa e aceita as decisões da Corte. 
2°) Princípio da Necessidade do Esgotamento dos Recursos Internos: Como regra, a Corte Interamericana só vai entrar em ação, quando há uma sentença transitada em julgado, ou seja, aquela que não cabe mais recurso.
3°) Princípio da Suplementariedade dos órgãos de proteção internacional: Esta Corte que vai exercer o Controle de Convencionalidade, não é um órgão pra ser usado se o Brasil fizer a sua parte. 
4°) Princípio da Proibição do Retrocesso: É quase uma cláusula pétrea. É o que a Doutrina chama essas normas de “juscogens”, ou seja, estas normas não podem ser desrespeitadas, e não podem retroceder, alterando se necessário as próprias Constituições dos Estados-parte. 
5°) Princípio Pro homini : Embora ele esteja presente no Pacto de San José, ele esta na Constituição Federal no Art. 4° § 2°.
Ao alcançar os objetivos propostos não restam dúvida de que o Sistema Interamericano é um órgão internacional responsável pela salvaguarda suplementar dos direitos humanos quando os Estados se mostram inertes frente as suas violações, bem como por diversas transformações legislativas e sociais no Continente Americano.
COMISSÃO INTERAMERICANA
Composta por sete membros, que sempre deverão ser pessoas de alta autoridade moral e de reconhecido saber em matéria de direitos humanos (Art. 34 da Convenção), com mandatos por quatro anos, podendo ser reeleitos uma vez, e sem representar nenhum país em particular. 
Os Legitimados da Comissão:
Qualquer pessoa; Grupo de pessoas; ONGs de direitos humanos reconhecidas legalmente no Brasil; Conselho Federal da OAB; e Os Estados também podem denunciar outros países membros.
Funções da Comissão
Sua análise é baseada no sistema de relatórios, que são periodicamente publicitados, como o escopo de coagir moral e politicamente os Estados em relação ao cumprimento de suas obrigações internacionais. 
CORTE INTERAMERICANA
Composta por sete juízes, nacionais dos Estados-Membros da OEA, eleitos a título pessoal entre juristas da mais alta autoridade moral, de reconhecida competência em matéria de direitos humanos. 
Funcionamento da Corte
Sua função ou competência é consultiva e contenciosa, previstas no Art. 2° do Estatuto.
Princípio Pro-Humanidade (pro homine)
Estabelece que, havendo conflito entre uma norma interna e uma de direito internacional ou conflito de normas internacionais, deve prevalecer a mais favorável aos direitos humanos. Há a prevalência, ainda que implícita, do princípio pro homine nas decisões da Corte.
• Deveres dos Estados (Art. 1° da Convenção): Respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e garantir seu livre e pleno exercício a toda a pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação: raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social.
• Base do controle (Art. 2° da Convenção): Dever de adotar disposições de direito interno. Se o exercício dos direitos mencionadosno Art. 1° ainda não estiver garantido nas disposições legislativas ou de outra natureza, os Estados-partes comprometem-se a adotar, de acordo com as disposições desta Convenção, as medidas legislativas ou de outra natureza que forem necessárias para tornar efetivos tais direitos e liberdades. 
• Base do controle: Interpretação - No Art. 29, alíneas a e b do Pacto está estabelecido que nenhuma disposição da Convenção pode ser interpretada no sentido de aceitar que qualquer dos Estados-partes, grupo ou indivíduo, eliminem o gozo e o exercício dos direitos e liberdades reconhecidos na Convenção ou os restrinja em maior medida do que a nela previstas. 
STF: Julgamento interno
Defesa dos Direitos Humanos
A Convenção ou Pacto de San José da Costa Rica é de 1969, mas entrou em vigor em 1978. O documento assegura um extenso catálogo de direitos civis e políticos de forma semelhante ao que faz o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos. O pacto prioriza os direitos de primeira dimensão como a vida, personalidade jurídica, não escravidão entre outros. 
Efeito Paralisante
A norma superior irradia uma espécie de “eficácia paralisante” da norma inferior, havendo um duplo controle de verticalidade: no primeiro é analisada a compatibilidade do texto legal com a Constituição; no segundo o que se valora é a compatibilidade do texto legal com os tratados de direitos humanos ou convenções. 
Supra legalidade e bloco
As decisões da Corte consultivas e contenciosas são no sentido de prestigiar os direitos humanos.
A Supremacia
A Constituição deseja ser a norma suprema de controle e validade em matéria de direitos humanos. Agora, no entanto, o controle que exerce a Convenção Americana incide diretamente na ação dos Estados membros, e a força e eficácia da Convenção, permite que a competência transnacional em matéria de direitos humanos seja revista. 
O Bloco de Constitucionalidade
Nos sistemas onde se adota blocos de constitucionalidade, a Constituição não possui uma primazia sobre o resto das normas integrantes do bloco, pois divide com os tratados internacionais de direitos humanos. 
Supra legalidade
No Brasil o regime da supralegalidade é aplicável aos Trados de Direitos humanos anteriores à EC 45/04 e aos que sejam a ele posteriores, mas tenham sido aprovados segundo os procedimentos das emendas constitucionais. 
Tipos de Controle de Convencionalidade
Controle de convencionalidade doméstico, desempenhado por juízes e tribunais nacionais;
Controle de convencionalidade internacional, feito pela Corte Internacional de Direitos Humanos. 
PROCESSO LEGISLATIVO
	PROJETO DE LEI ORDINÁRIO E COMPLEMENTAR
PROJETO DE LEI ORDINÁRIO E COMPLEMENTAR
	A diferença entre ambas é o quorun, das duas votações. O PLO é aprovado pela maioria simples, já o PLC é aprovado por maioria absoluta (o primeiro número inteiro depois da metade)
Iniciativa: fica fora do processo legislativo;
Iniciado o processo legislativo vai para mesa da casa iniciadora (98% dos projetos começam na câmara), com exceção dos projetos iniciados por Senadores e mesa do Senado. Na mesa o projeto recebe um número e vai para as comissões temáticas (se for para o meio ambiente vai para a comissão do meio ambiente, se for de educação vai para comissão da educação, além das CCJs), feito isso ele vai para votação do plenário, podendo ser aprovado ou rejeitado. Se ele for rejeitado o processo legislativo acaba. A rejeição ocorre quando a maioria de votos são para que o projeto não seja aprovado. Sendo aprovado o projeto vai para casa revisora (nos termos da constituição é o segundo lugar a qual o projeto chega).
Na casa revisora o projeto também vai para mesa e dai passa para as comissões temáticas dentre elas a CCJs, então vai novamente para votação, havendo 3 possibilidades: Aprovar; Rejeitar ou Modificar. Se aprovar, vai para o executivo. Se rejeitar, encerra o processo legislativo do referido projeto. Se for modificado, ele volta para a casa iniciadora, isso porque todos os projetos precisam da anuência da Câmara que representa o povo e do Senado que representa os Estados. 
As mudanças, então ou vão ser aceitas, e vão para sanção do executivo, ou as alterações vão ser rejeitadas e o projeto segue para o executivo restaurado em sua forma original. Então na verdade, quando a casa revisora tem um projeto e quer altera-lo ela tem que pensar, que só pode mudar se tiver chance de ser aprovado, caso contrario é melhor ela rejeitar e fazer um projeto substitutivo iniciando um novo processo legislativo. 
No executivo, as possibilidades do Presidente são: o veto (político e jurídico) e a sanção (Tácita – 15 dias a norma entra em vigor; Expressa ou Escrita – Ocorre quando o Presidente quer fazer uma mídia). Se houver o veto da norma o projeto volta para o Congresso, que vai poder derrubar o veto. O Legislativo precisa ter a última palavra, caso contrário, teríamos um poder engessado. Se o Congresso não derrubar o veto, encerra o processo legislativo, caso ele derrube por maioria absoluta, e o próprio congresso promulga e publica. 
O PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO E PROCESSO LEGISLATIVO COMPLEMENTAR
Atualmente o processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. 
FASE DA INICIATIVA
Competência Material: São deveres éticos Cuidar, Zelar, Nomear. 
Competência Legislativa: Aparece o Verbo Legislar Sobre... 
INICIATIVA LEGISLATIVA
Presidente da República;
Qualquer Deputado ou Senador;
Comissão da Câmara, do Senado ou do Congresso;
STF, os tribunais superiores e o Tribunal de Contas da União;
Procurador Geral da República nas matérias relacionadas às respectivas instituições;
A população (atendidos os requisitos do Art. 61, § 2° da CF – assinatura de no mínimo 1% do eleitorado nacional, espalhando por pelo menos 5 Estados, sendo que deve haver um mínimo de 0,3% dos eleitores em cada um deles.
Iniciativa é a capacidade de alguns entes elencados na Constituição de apresentar um projeto de Lei, que tem por objetivo inovar na ordem jurídica. 
INICIATIVA: CLASSIFICAÇÃO
Concorrente ou Comum ou Geral: É facultada a todos os entes (Câmara, Senado, Congresso, Presidente, População, etc).
Reservada pode ser: Exclusiva ou Privativa : A Constituição estabelece quem pode. O sujeito faz o que quiser, mas é Ele quem pode.Diferença entre a competência Exclusiva e Privativa:
• A competência privativa pode ser delegada;
• A competência exclusiva não pode ser delegada. 
Vinculada – pertence a uma ou mais pessoas indicadas pela Constituição, porém o titular não pode aquilatar a oportunidade de oferecer o projeto. Na competência da iniciativa vinculada, há o estabelecimento de um prazo e tem a ver com orçamento.
Atribuída – exclusivamente ao Legislativo, que, porém, pode exercê-la concorrentemente, pois não dependem da aquiescência recíproca para o encaminhamento da propositura. 
INICIATIVA, EM REGRA É CONCORRENTE.
PRESIDENTE: INICIATIVA RESERVADA
Esse tipo de iniciativa reservada é exclusiva e incumbe ao Presidente, legislar sobre estes assuntos: 
I – leis que fixem ou modifiquem os efeitos das Forças Armadas;
II – leis que disponham sobre:
Criação de cargos, funções ou empregos públicos na Administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;
Organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da Administração dos Territórios;
Servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade a aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares para a inatividade;
RESERVAS
Sobre a organização do Ministério Público da União, o procurador Geral da República (CF, Art. 128, § 5°) detém a inciativa juntamente com o Presidente da República. 
A câmara dos Deputados tem inciativa reservada sobre assuntos exclusivos de seu interesse (CF, Art. 51, IV), assim como o Senado Federal (Art. 52, XIII)
O Poder Judiciário– Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores e Tribunais de Justiça (Art. 96, II CF) – também detém a inciativa para as matérias de seu interesse exclusivo, elencadas nas alíneas do inciso II. O Tribunal de Constas da União também exerce inciativa reservadas nessas matérias. 
O STF detém inciativa para propor lei complementar que disponha sobre o Estatuto da Magistratura (CF, Art. 93) 
PROCESSO REJEITADO
Quando o projeto de lei é rejeitado, para que seja apresentado na mesma sessão legislativa, é necessária a assinatura da maioria absoluta de qualquer das Casas Legislativas. Configura-se, nesse caso, uma iniciativa reservada à maioria absoluta de qualquer das Casas, conforme determina o Art. 67 da Constituição.
No caso de PEC (Projeto de Emenda a Constituição) se houver rejeição, o projeto só poderá ser reapresentado na próxima sessão legislativa, ou seja, no próximo ano. Então emenda que não foi aprovada, só voltará no ano seguinte
Mas no tocante as Leis Ordinárias e Complementares há um tratamento diferente, sendo que o PLO ou PLC rejeitados, pra ele ser reapresentado na mesma sessão legislativa é necessário proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Sessão Legislativa Vai de 15 de Janeiro até 15 de Dezembro.
Normalmente a Casa que rejeitou o projeto, ou seja, onde o projeto foi barrado, é que por maioria absoluta pode apresentar novo projeto de lei, pois para Lei Complementar é necessário esse quorun para aprovação, então isso serve para dar segurança que o projeto agora será aprovado pela casa que barrou anteriormente. Este é um tipo de competência reservada especial, pois ela se destina a um projeto que já sofreu apreciação. 
DISCUSSÃO: SEGUNDO ATO
Após a iniciativa, depois da deflagração do processo legislativo, passa-se a sua discussão, que, a rigor, ocorre em duas sedes: nas comissões permanentes e no plenário.
Comissões permanentes examinam o projeto no seu aspecto material e formal. Do ponto de vista material, analisa-se o projeto quanto ao conteúdo e interesse público. Formalmente: na perspectiva da sua compatibilidade vertical com a Constituição.
Comissões Temáticas: CCJ – pessoas que tem mais conhecimento de direito, pra avaliar constitucionalidade; Saúde – pessoas ligadas à saúde, como médicos e enfermeiros; Agropecuária – possuem agrônomos, veterinários, produtores, para analisar o processo Mesmo com o parecer negativo das comissões temáticas, é o plenário quem resolve, pois suas decisões não são terminativas. 
O segundo ato do processo legislativo, são as discussões, e elas são realizadas em dois momentos: nas comissões temáticas de ambas as casas e no plenário de ambas as casas.
DISCUSSÃO E EMENDAS
Qualquer coisa que for mudada tem que passar por ambas as casas. Só que nas competências reservadas exclusivas, as alterações sofrem limitações. O que pode ser mudado é uma organização de parágrafos ou pequenas coisas, visto que a competência é exclusiva se outro poder alterasse seria como uma fraude. 
DELIBERAÇÃO (VOTAÇÃO)
Então, votação em regra é no plenário, mas há possibilidade nos termos do Art. 58, §2°, I, das votações se darem no âmbito das comissões. Neste caso, não há problema por haver previsão na própria Constituição e as comissões possuírem representação proporcional, ou seja, todos os partidos estarão representados.
O VOTO DE LIDERANÇA
Trata-se de processo simbólico de votação que permite aos líderes partidários emitir declaração substitutiva da vontade dos membros do Congresso.
- Afronta ao princípio da colegialidade parlamentar.
	O PEDIDO DE URGÊNCIA
O Presidente pode pedir urgência na apreciação de um projeto de lei de sua iniciativa, hipótese em que ele deve ser votado em 45 dias em cada Casa, reservando-se dez para apreciação das emendas, se existirem. Caso não ultimada a votação no prazo, será ele incluído na ordem do dia, sobrestando-se a votação de outras matérias, salvo aquelas que tiveram prazo constitucional assinalado, como as Medidas Provisórias, por exemplo. Estes 45 dias, no entanto, como sábados, domingos e feriados não contam, acabam virando 60 dias em cada casa, então quando há relevante urgência, o Presidente faz Medida Provisória e não Pede Urgência.
	FASE EXECUTIVA: SANÇÃO E VETO
A sanção é o ato pelo qual o Poder Executivo manifesta seu consentimento ao projeto de lei. Essa sanção pode ser expressa ou tácita. É expressa quando lançada no projeto. Tácita quando manifestada pelo silencio do Presidente da República no prazo de quinze dias úteis. O Veto pode ser Jurídico (controle de constitucionalidade) ou Político (falta de dinheiro público – contrariedade ao interesse público), portanto, precisam ser escritos e justificados, visto que o silencio do Presidente, sanciona a lei tacitamente. O veto possui ainda as características de ser suspensível e superável. 
	DERRUBADA DO VETO
	O veto é a discordância do projeto pelo Chefe do Executivo. O veto pode ter dois fundamentos: contrariedade ao interesse público ou inconstitucionalidade.
	Veto é suspensivo e superável: alonga o processo legislativo, impondo a reapreciação do projeto pelo Congresso, à luz das razões da discordância presidencial. 
Como é o Poder Legislativo quem deve fazer leis, é ele quem precisa ter a ultima palavra, caso contrário, teríamos um poder engessado.
	PARCIALIDADE DO VETO
O veto pode ser total ou parcial, valendo lembrar que o parcial só pode abranger texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea.
 Apresenta duas fases: a publicação e o envio dos motivos do veto ao Presidente do Senado quarenta e oito horas após a publicação. Inexistência de qualquer dessas fases invalida o veto, tornando-o sanção tática. 
Apreciado em 30 dias do recebimento, em sessão conjunta do Congresso. Não apreciado nesse prazo, será incluída na ordem do dia, impedindo as demais deliberações. 
	PROMULGAÇÃO
Ato pelo qual o Chefe do Poder Executivo atesta que a ordem jurídica foi inovada validamente. Constitui mera atestação de existência da lei e promulgação de sua executoriedade. Decorrem dois efeitos: tornar conhecidos os fatos e atos gerados da lei e indicar que esta é válida executável e obrigatória.
É ato de competência do Presidente da República, que possui o prazo de 48 horas para fazê-lo, a partir da sanção, expressa ou tácita, ou da superação do veto. Caso não o faça no prazo apontado, a competência passa sucessivamente para o Presidente e para o Vice-Presidente do Senado. 
	PUBLICAÇÃO
A publicação é o ato por meio do qual se dá conhecimento público da existência do ato normativo. Deve ser feita por meio de veículo oficial, e a data da publicação é o termo inicial do período de vacância, que à míngua de expressa disposição em contrário, é de quarenta e cindo dias. 
Vacatio legis: Período entre a publicação da norma e que era tenha eficácia jurídica. Este prazo era para que a lei chegasse até o conhecimento das pessoas no interior do país. 
	Importante saber: Fase de Inciativa 2 discussões 3 tipos de votações Rejeição Pedido de Urgência Parte do Executivo (Sanção, Promulgação e Publicação).
ESPECIES NORMATIVAS – MEDIDAS PROVISÓRIAS: Ato normativo primário
Função atípica do Poder Executivo
Apesar de ser um ato normativo primário, a MP é um ato atípico do poder Executivo, e na maioria das vezes não tem sanção ou veto. 
CF/88
Caráter excepcional: A MP seria para assuntos excepcionais, para casos graves, mas hoje é impossível governar o país sem as Medidas Provisórias. Precisaria limitar as medidas provisórias. 
CONCEITO: Esta no caput do Art 62 CF. A medida provisória exige relevância e urgência (Supremo disse que o Presidente define o que é relevante e urgente); feita pelo Presidente (função atípica); com força de lei (não é lei); devendo remeter de imediato ao congresso. 
Medida provisória estadual e municipal
A maioria dos Estados que possuem previsão em sua Constituição estadual podem editar Medida Provisória, se não tem não podem, mas podem emedar e colocar o dispositivo e passar a poder também,

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