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A2 - Prevenção e Bombeiro Civil

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREVENÇÃO E BOMBEIRO 
CIVIL 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Antônio Geraldo Hiller Lino 
 
2 
 
 
CONVERSA INICIAL 
 Nesta aula trataremos de assuntos relacionados à organização brasileira 
para o enfrentamento a desastres: a Defesa Civil. Veremos como é a sua 
estrutura, sua articulação e o desenvolvimento do trabalho para a redução 
dos desastres. 
 Num segundo momento, estudaremos o planejamento em defesa civil para 
as ações de resposta aos desastres e, na mesma toada, passaremos pelos 
planejamentos para o enfrentamento a emergências, dando-se destaque 
aos incêndios. 
 Os planejamentos, como para qualquer ação humana, são fundamentais 
para que os resultados buscados possam ser alcançados de uma forma mais 
lógica, num menor espaço de tempo e com o emprego somente dos recursos 
realmente necessários. 
 
TEMA 1 - DEFESA CIVIL 
 Para entendermos o que seja defesa civil, devemos saber qual o seu 
campo de atuação, que são os desastres, temática esta que será estudada em 
capítulo próprio. 
 Temos, contudo, uma ideia popular do que são os desastres, que já nos 
serve, neste momento, para avançarmos no entendimento de questões relativas 
à defesa civil. Todos podem assistir nos telejornais, quase que diariamente, 
notícias sobre terremotos, tsunamis, vulcões, vendavais, etc. que causam 
desastres por todo o mundo. Mas, desde quando existe a defesa civil da 
maneira como ela é hoje, com seus conceitos e objetivos? 
 A defesa civil tem suas raízes nas guerras que, devido à destruição 
causada, necessitava de grupos organizados que pudessem socorrer pessoas, 
trabalhar para procurar garantir os recursos necessários para a sobrevivência 
dos civis. 
 
3 
 
 No Brasil, em 1942, devido à Segunda Guerra Mundial, foi criado o Serviço 
de Defesa Passiva Antiaérea, que além de promover a defesa da população 
brasileira contra possíveis ataques de guerra, tornou obrigatório o ensino da 
defesa passiva em todos os estabelecimentos brasileiros de ensino, públicos ou 
privados. Em 1943, a designação de Defesa Passiva Antiaérea foi alterada 
para Serviço de Defesa Civil. 
 A primeira defesa civil estadual do Brasil foi criada em 1966 no estado da 
Guanabara. 
 Para Castro (2007), a Defesa Civil é um conjunto de ações preventivas, de 
socorro, assistenciais e reconstrutivas com o intuito de evitar ou minimizar 
situações de desastres. Buscando assim, salvaguardar o moral da população, 
evitando o sofrimento e restabelecendo a normalidade social. 
 Contudo, atualmente o entendimento do que seja Defesa Civil acabou por 
adquirir um sentido diferenciado àquele da última década. 
A Constituição Federal de 1988 traz para o âmbito federal as atividades 
de Defesa Civil em seu artigo 21, inciso XVIII, atribuindo à União a competência 
para planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, 
com especial atenção aos eventos de secas e inundações. No artigo 22, inciso 
XXVIII, a Carta Magna atribui privativamente à União a competência para legislar 
sobre defesa civil. 
A ideia atual de defesa civil é de um grande sistema. Assim, não devemos 
entender a defesa civil como um órgão em si, responsável por desenvolver as 
mais diversas atividades voltadas à proteção da população contra desastres de 
forma autônoma. A defesa civil deve ser entendida como um sistema composto 
pelos órgãos e entidades públicas das três esferas de governo, pela sociedade 
civil organizada e por pessoas, os voluntários individuais que, em conjunto, por 
meio da união de esforços, buscam o desenvolvimento das ações de defesa 
civil, tendentes a reduzir os danos e prejuízos causados pelos desastres e, 
principalmente, diminuir o sofrimento das pessoas atingidas pelos desastres. 
No Brasil, a defesa civil é organizada por meio do Sistema Nacional de 
 
4 
 
Proteção e Defesa Civil, cujo órgão central de gestão desse sistema é a 
Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, junto ao Ministério da Integração 
Nacional. Nos estados, há as Coordenadorias Estaduais de Proteção e Defesa 
Civil; e nos Municípios, as Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa 
Civil. Cada uma dessas coordenadorias tem a função de congregar esforços e 
coordenar a atuação dos órgãos, entidades e sociedade civil organizada para o 
desenvolvimento das cinco ações globais de defesa civil: prevenção, mitigação, 
preparação, resposta e recuperação. 
 
 
TEMA 2 - PLANEJAMENTO 
Para podermos realizar enfrentamento dos desastres de uma forma mais 
eficiente e eficaz, devemos realizar o planejamento necessário para tal 
enfrentamento. O planejamento do atendimento a uma situação hipotética de 
desastre facilitará a execução de ações quando de sua ocorrência. 
Sem um planejamento adequado, a resposta a um desastre torna-se 
muito mais demorada, considerando apenas o fato de que não se sabe a quem 
pertence e como acionar os recursos que eventualmente sejam necessários 
para o enfrentamento do desastre. 
Ao confeccionarmos um planejamento, saberemos onde está o recurso, 
quem é o contato para o seu acionamento, enfim, teremos o conhecimento 
necessário para utilização do recurso. 
O período de normalidade é muito importante, pois nos dá a oportunidade 
de nos prepararmos para os desastres. Se não nos prepararmos 
adequadamente, não conseguiremos atender durante a ocorrência dos 
desastres as demandas que são sempre muito grandes. 
O planejamento mais característico para os casos de desastres chama-se 
Plano de Contingência. 
De outra parte, havendo a possibilidade de uma emergência em uma 
 
5 
 
edificação, como em um shopping center, o planejamento das ações de resposta 
se fazem igualmente de grande importância, uma vez que os brigadistas e/ou 
bombeiros civis devem estar preparados, ou seja, devidamente treinados para 
a ação de enfrentamento ao sinistro e ter suas ações previstas em 
planejamentos prévios. 
Esse tipo de planejamento é chamado, em sentido lato, de Plano de 
Emergência. Como exemplo, a NBR 15.219/2005 estabelece os detalhamentos 
do Plano de Emergência contra Incêndio, que deve ser elaborado por 
profissional habilitado para toda e qualquer edificação, com exceção das 
residências unifamiliares. 
Para esse planejamento, inicialmente deve ser realizado um estudo de 
todo um contexto de aspectos que envolvem a planta, ou edificação. Em um 
segundo momento, deve ser realizada uma análise dos riscos da planta, 
procurando identificá-los e eliminá-los, ou mitigá-los. Por fim, elencaremos e 
descreveremos todas as ações necessárias para enfrentamento do sinistro. 
A elaboração deste plano se emprega em toda e qualquer edificação ou 
planta, exceto nas residências unifamiliares. Devendo ser redigido por 
profissional habilitado e atendendo a alguns aspectos como a localização da 
edificação, sua distância da vizinhança e da unidade mais próxima de 
atendimento a emergência, além de se averiguar se está localizada em região 
urbana ou rural. Os materiais utilizados na construção também devem ser 
levados em consideração, sendo as mais comuns à alvenaria, o concreto, a 
metálica, a de madeira e a mista. A forma de ocupação, como industrial, 
comércio ou moradias; a população fixa e a flutuante; ou ainda se existe alguma 
pessoa portadora de necessidades especiais de locomoção, são outros 
requisitos a serem analisados, como também devemos atentar aos riscos 
específicos, para que assim seja feito um plano de emergência mais completo e 
abrangente (ABNT NBR 15.219/2005). Este documento deve ser de 
conhecimentos da comunidade no entorno, ainda mais se tratandode indústria 
ou em locais onde se exerçam atividades perigosas. E uma cópia deve ser 
 
6 
 
entregue ao Corpo de Bombeiros local. 
Os planos, sejam eles quais forem, precisam ser divulgados a todas as 
pessoas que trabalham ou moram na edificação, no caso dos planos de 
emergência e, no caso de hipóteses de desastres, os planos de contingência 
devem ser levados ao conhecimento de todos os envolvidos que tenham ações 
nele previstas. 
Os procedimentos previstos nos planejamentos devem ser treinados, de 
modo que os envolvidos passem da mera leitura à ação prática, o que ajudará na 
fixação das ações que devem ser desenvolvidas no momento de um sinistro, 
momento esse que exerce grande pressão psicológica sobre os executores e 
que dificulta o raciocínio lógico e a tomada de decisão. Face a esses fatores, o 
treinamento faz-se ponto fundamental. Como ponto alto dos treinamentos, os 
exercícios simulados, que procuram criar situações a serem resolvidas com o 
emprego dos planejamentos, são uma excelente ferramenta para a fixação 
mental dos procedimentos necessários e previstos nos planos. 
Há dez procedimentos básicos de emergência aplicáveis nos 
planejamentos contra incêndio e pânico: Alerta, Análise da situação, Apoio 
externo, Primeiros-socorros, Eliminar riscos, Abandono de área, Isolamento da 
área, Confinamento do incêndio, Combate ao incêndio e Investigação. 
 
NA PRÁTICA 
Uma empresa localizada em um edifício de cinco pavimentos, com uma 
população fixa aproximada de 73 pessoas por pavimento, no caso de um 
princípio de incêndio no segundo pavimento, possui amplas possibilidades de 
contar com vários feridos e até óbitos. Para que essa possibilidade seja 
diminuída, a estruturação de brigadas, assim como a existência de bombeiros 
civis, apoiará a importante tarefa de planejamento para o enfrentamento da 
situação descrita acima. 
 Para que os bombeiros civis e a brigada desenvolvam adequadamente os 
 
7 
 
trabalhos necessários, objetivando neutralizar as possibilidades dos efeitos 
danosos do incêndio se instalarem, um planejamento bem realizado e com o 
envolvimento de todos da edificação é que aumentará ainda mais a possibilidade 
de sobrevida das pessoas no momento desse sinistro. 
 
SÍNTESE 
Não basta apenas possuir uma estrutura de atenção aos desastres e 
demais emergências. Devemos ter uma estrutura composta por pessoas 
comprometidas com o que se propuseram a fazer e, mais ainda, uma estrutura 
bem organizada, consciente das suas atribuições. 
 Nesse sentido, tanto os desastres como as emergências, necessitam ser 
pensados, ou seja, necessitam de planejamento aliado à estrutura de pessoas, 
bombeiros civis e brigadistas, bem organizada e operacionalizada. Essa receita 
tem o potencial de reduzir as possibilidades de perdas. 
 Para que essa receita funcione bem, devemos sempre pensar no pior 
cenário possível e desenvolver ações voltadas a ele, pois assim estaremos 
preparados também para os cenários menos desfavoráveis, que são os que 
acontecem com maior frequência. 
 
REFERÊNCIAS 
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 15.219/05. 
 
CASTRO, A. L. C. Segurança Global da População. Brasília, 2007 
Ministério da Integração Nacional, Instrução Normativa 01/12 
Lei Federal 12.608/12

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