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Fichamento Oração aos Moços

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Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes
Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CCSA
Curso de Direito
Disciplina: Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Jurídico
Prof.ª: Dr.ª Ionete de Magalhães Souza
Acadêmico: Mateus Rodrigues Pinheiro
FICHAMENTO
BARBOSA, Ruy. Oração aos Moços. Rio de Janeiro, (RJ): Edições Casa de Ruy Barbosa, 1999. 5.ed.
	Mal sabia Ruy Barbosa o bem que sua escrita faria para o Direito do Brasil. Em ‘’Oração aos Moços’’ Ruy Barbosa evidência a importância da Ética para o Direito em uma palestra que seria proferida aos formandos em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo. Se encontrando com problemas de saúde Ruy Barbosa não pode ir a colação de grau dos jovens, que por ele eram chamados de moços. O autor evidencia ainda que, por coincidência o momento em que os jovens estão entrando para vida de jurisprudência Ruy Barbosa estaria encerrando o seu trabalho como advogado.
Não quis Deus que os meus cinquenta anos de consagração ao Direito viessem receber no templo do seu ensino em São Paulo, o selo de um grande bênção, associando-se hoje com a vossa admissão ao nosso sacerdócio, na solenidade imponente dos votos, em que o ides esposar. (p.11).
	Ruy Barbosa, ao começar o seus discurso fala sobre o coração. O que ele carrega, sua função de ser mais que um órgão vital, é ele que carrega todos os seus ideais, sua moral e sua ética. ‘’Há, nele, mais que um assombro fisiológico: um prodígio moral. É o órgão da fé, o órgão da esperança, o órgão do ideal’’(p.13). O coração é o responsável pela sensação, de apesar da distância que separa o autor dos moços, eles estão próximos de alguma outra maneira. O coração dos jovens, recém formados, ainda está puro, sem que as corrupções mundanas o tenha corrompido e o autor roga a Deus para que assim seja preservado.
	O autor remonta a seu passado e todos os bens que fez por seu país, e fazia até os dias em que redigia a obra, durante os seus 50 anos de trabalho.
Tenho o consolo de haver dado ao meu país tudo o que me estava ao alcance: a desambição, a pureza, a sinceridade, os excessos de atividade incansável, com que, os bancos acadêmicos, o servi, e o tenho servido até hoje.(p.17).
	
O autor, utilizando da figura de Jesus Cristo, mostra a importância da ira nos momentos corretos fazendo um paralelo entre o bem e o mal. Jesus, por melhor pessoa que foi, levando o bem e o amor por onde passava, em alguns momentos também irava, com isso Ruy Barbosa demonstra que até mesmo o mais Santo dos Santos se irava, claro que tudo em seu lugar e tempo corretos. A ira se mostra, então, importante no combate ao mal.
Os maus só lhe inspiram tristeza e piedade. Só O Mac é o que o inflama em ódio. Porque o ódio ao mal é o amor do bem, e a ira contra o mal, entusiasmo divino. Vede Jesus despejando os vendilhões do templo, ou Jesus provando a esponja amarga de Gólgota. Não são o mesmo Cristo, esse ensanguentado Jesus do Calvário e o aqueleoutro, o Jesus iroso, o Jesus armado, o Jesus do látego inexorável ? Não serão um só Jesus,o que morre pelos bons, e o que açoita os maus ? (p.18).
	 É com essa ira que todos conseguem alcançar o bem, é a ira a responsável por expulsar todo o mal, considero então importante repetir célebre frase: ‘’Porque o ódio ao mal é o amor do bem.’’(p.18).
	Ruy Barbosa diz que está abrindo o livro de sua vida aos jovens, de modo que os mesmos possam se inspirar em um vida pura e correta que o autor levou, que eles entendam a palestra como uma dica que o pai passa para o filho e que este deve carregar por toda a vida.
	O autor evidência que não cabe mais a ele transmitir conhecimento, apesar de sua grande experiência, cabe a cada um a partir de agora seguir o seu sacerdócio. Após a luta durante os cinco anos de faculdade que eles sentem a só e possam pontuar os seus propósitos nessa nova fase de suas vidas. 
Chegou o momento de vos assentardes, mão por mão, com os vossos sentimentos, de vos pordes à fala com a vossa consciência, de praticardes familiarmente com os vossos afetos, esperanças e propósitos.(p.24).
	O autor mostra que as orações e o trabalho são instrumentos importantes para a formação moral do Homem, visto que as orações ligam seu íntimo com Deus e o trabalho desenvolve a ligação entre o seu corpo e o seu espírito. Mostra também a importância da ligação entre trabalho e oração, mostrando que assim sendo a criação do Homem se assemelha com a criação do Homem pelo divino criador. ‘’Mas quando o trabalho se junta à oração, [...] semelha às vezes, em maravilhas, à criação do homem pelo divino criador.’’(p.27).
	Ruy Barbosa ainda informa que o trabalho baterá à porta dia e noite e que se o jovem quer honrar sua profissão não poderá negá-lo. Quanto mais seu sono seja interrompido pelo trabalho, mais se deve agradecer.
	O autor cita os filósofos para justificar que o Homem nasce para trabalhar, justificando que se deve sempre trabalhar e trabalhar, estudar e estudar. Diz que os melhores trabalhadores são os que madrugam, os que desde cedo trabalham e até mais tarde continuam em suas atividades laborais, pode se comparar com a famosa frase dos tempos contemporâneos ‘’Deus ajuda quem cedo madruga.’’.
	Propõe então, Ruy Barbosa, que os mesmos que madrugam no ler, possam também madrugar no pensar. ‘’ Vulgar é o ler, raro o refletir.’’(p.32). Diz que o saber não está no na ciência alheia, no que é escrito por terceiros, mas sim, principalmente, nas idéias próprias.
	O autor diz que por mais que os legisladores criassem as leis por má fé, injustiça, etc, cabia aos jovens, futuros executores da lei, corrigir tias injustiças, agir com boa fé. Pede para que os sua vida seja regada por Deus, Pátria e trabalho, são esses os três pilares para que os jovens sejam bem sucedidos.
	Ruy Barbosa começa então a dar dicas para a magistratura, dizendo como devem ser comportar, dizendo que devem levar uma vida jurídica cheia de justiça. Como por exemplo:
Não julgueis por consideração de pessoas, ou pelas do valor das quantias litigadas, negando as somas, que se pleteiam, em razão da sua grandeza, ou escolhendo, entre as partes na lide, segundo a situação social delas, seu poderio, opulência e conspicuidade. Porque quanto mais armado estão de tais armas os poderosos, mais inclinados é de receiar que sejam à extorsão contra os menos ajudados da fortuna; [...].(p.41).
	Pede ainda que os juízes de amanhã preservem suas almas. Cada magistrado tem dentro de si uma ideia de heroi mas sempre na pureza de seus atos.
	Finaliza a obra pedindo para que todos reivindiquem a autonomia de cada um. Pede para que substituam o simulacro político pela verdade.
Mãos à obra na reivindicação de nossa perdida autonomia; mãos à obra da nossa reconstituição interior; mãos à obra de reconciliar-mos a vida nacional com as instituições nacionais; mãos à obra de substituir pela verdade o simulacro político da nossa existência entre nações.(p.50).
Montes Claros, 23 de agosto de 2016
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