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VOTO DO MINISTRO AYRES BRITO NA ADPF 130

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TRABALHO: CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: Direito Constitucional “I”
PROFESSOR: Henrique Simon
VOTO DO MINISTRO AYRES BRITO NA ADPF 130 - LEI DE IMPRENSA 
Pela maioria o STF, julgou a favor da ADPF 130 que considera a Lei de Imprensa 5250/67 como não compatível com a Constituição Federal de 1988 inclusive, o voto do relator ministro Carlos Ayres Brito também foi pela procedência da ADPF 130.
Assim, naquela ocasião, o ministro Ayres Brito disse que a então Lei de Imprensa não podia permanecer no ordenamento jurídico brasileiro por não ser compatível com a Constituição de 1988 e o ministro Menezes Direito seguiu o voto do relator pela procedência da ação.
Para os ministros a imprensa está mais para as mazelas do que para a boa informação aos cidadãos, sendo repassadas a outras instituições a tarefa de informação, mesmo a imprensa ser um órgão democrático e o cidadão precisa dela para obter as informações necessárias, e partindo desses princípios a instituição jornalística precisa ser autônoma e não ser dependente do Estado.
Para o ministro Ayres Brito, a lei 5250/67, era ainda, entre outras, reptício e herança do regime militar que segundo o ministro confrontava com as normas vigentes não recepcionado pela Constituição de 1988, sendo impugnado todos os dispositivos desta lei o que foi acompanhado pelo ministro Eros Grau que se reportou nos fundamentos do julgamento.
Com base nos dispostos dos artigos; 220 §§§ 1,2,3, e 222 todos da CF88, na visão de Ayres Brito, do plano objetivo a imprensa seria umas atividades enquanto que do subjetivo ou orgânico, constituir-se ia e, empresas e meios juridicamente sendo a comunicação o traço diferenciador. O ministro disse ainda que o modelo que a imprensa desempenharia era mais dirigida ao publico de um modo geral procurando sempre atingir o maior numero de pessoas, e como isso a imprensa passaria o se identificar como um veículo característico e centralizado como um veiculo de comunicação de massa.
Assim, caberia a imprensa o direito e também o dever de olhar com mais objetividade o dia-a-dia do Estado e também estar focada sempre na sociedade civil. Sendo, no entanto, a matriz da opinião pública confrontando com o próprio Estado, interagindo nesse tipo de comunicação procurando a máxima abrangência de pessoas.
O relator explicou que foi baseando nessa abrangência de participação humana foi que a CF reservou todo um bloco normativo (Capitou V do Título VIII) e que desta forma a imprensa desempenharia suas atividades independentemente focada em si mesma.
O relator fez comparações entre as mídias impressas radiofusoras e televisivas, ressaltando que estas sendo executadas possibilitaria o controle da comunicação como um todo inclusive das coisas respeitantes do Estado e de controle de toda a sociedade que, para Ayres Brito, garantiria espaços críticos do pensamento em qualquer lugar ou contingência.
Para o ministro, aduzindo as suas colocações que esta relação entre o pensamento critico e a imprensa livre, a Constituição Federal no seu Artigo 220 §5, que os meios de comunicação social não podem diretamente ou indiretamente, ser objetos de monopólios ou oligopólios, o que fere a concretização da norma de que rege uma sociedade compreendida como socialmente democrática.
Prosseguindo no seu raciocínio, o relator salientou que a questão seria comprovar que a Constituição tratou o tema da liberdade de imprensa como prioridade e na devida conta afirmando que em se tratando de imprensa não haveria espaço para meio termo, ou seja, ou ela seria totalmente livre ou não se poderia ser transparente sendo assim, um jogo com aparências jurídicas.
Para Ayres Brito, o que teria como destarte, seria apenas a expressão da realidade seria tão somente, de um lado um corpo social manipulado por uma aparentemente livre e, ela mesma, no pluralismo haja visto sendo oligopolizada pela situação, ou progressivamente, fortalecida nas suas estruturas de exigências enquanto destinatários tendo como as suas próprias reações de imprensa.
Segundo o ministro Carlos Ayres Brito, a imprensa livre contribuiria para os mais elevados conceitos em termos de comunicação e princípios constitucionais dando ênfase aos direitos da soberania e cidadania que pelo condão de vitalizar de diversas maneiras a Constituição Federal e manteria a harmonia com a democracia razoáveis relações de mutua dependência.
Comparando como as “Irmãs siamesa” da democracia, a imprensa passaria a desfrutar de mais liberdade e atuação ainda muito maior que a liberdade de pensamento de expressão considerados, até porque as duas modalidades de liberdade seriam muito mais usufruídas quando veiculadas pela imprensa. ADPF 130/DF , rel. Min. Carlos Britto, 1º.4.2009. (ADPF-130) 
Aluno:
Divino Nunes dos santos
RA: 21653407

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